Veículo para o metrobus da Boavista passa testes em fábrica. Veja as primeiras imagens
CaetanoBus prevê que os autocarros articulados a hidrogénio desenvolvidos para sistemas BRT comecem a circular em maio no canal entre a Casa da Música e a Praça do Império, finalizado há meio ano.
A primeira unidade do novo veículo que vai circular na linha de metrobus no Porto, ligando a Casa da Música à Praça do Império, já foi testado “com sucesso” em fábrica, com a CaetanoBus a prever iniciar os testes de estrada na avenida da Boavista “dentro de dois meses”.
O canal do metrobus está pronto desde o final de setembro, mas o início do serviço ainda aguarda a entrega dos 12 autocarros articulados elétricos movidos a hidrogénio, com 18 metros de comprimento, que foram comprados ao consórcio português liderado pela CaetanoBus e que integra também a DST Solar, Dourogás, PRF e BrightCity.
Esta quinta-feira, a fabricante de autocarros e chassis detida pela Toyota Caetano Portugal e pela japonesa Mitsui & Co anunciou que a primeira unidade do novo modelo Caetano H2.CityGold 18, a entregar à Metro do Porto, “passou esta semana todos os testes tecnológicos em fábrica”. Está agora a ser finalizado e decorado no exterior e no interior, prevendo-se que comece a circular na Avenida da Boavista no início de maio.
Desenvolvido para sistemas Bus Rapid Transit (BRT), também conhecidos como metrobus, este novo modelo articulado está equipado com a mais recente geração da tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio da Toyota – testada pela empresa de Vila Nova de Gaia nos Jogos Olímpicos de Paris, no verão de 2024 — e que permite uma autonomia até 480 quilómetros para autocarros desta dimensão com um único carregamento.
Em comunicado, a CaetanoBus, que tem mais de 200 autocarros movidos a hidrogénio em operação, adianta que, após as entregas à Metro do Porto, tem já “encomendas do mercado alemão para entregas no final de 2025 e em 2026”. O modelo metrobus tem portas de acesso à zona de passageiros em ambos os lados da carroçaria, “o que confere flexibilidade à operação e facilita a acessibilidade dos até 135 passageiros que pode transportar, dependendo das características da operação e da legislação do país em circulação”.
A primeira linha de metrobus no Porto, que irá ligar a Casa da Música à Praça do Império, na zona da foz do Douro, vai ser percorrida em 12 minutos. A empresa destaca, por outro lado, que o tempo de reabastecimento do hidrogénio, que demora cerca de 15 minutos, é “significativamente inferior” ao de um autocarro elétrico a baterias, que pode precisar de três a quatro horas para um carregamento completo.
Na mesma nota, detalha que o projeto para a Metro do Porto prevê a instalação de um eletrolisador para a produção de hidrogénio verde, “garantindo assim o abastecimento sustentável dos autocarros”. Além disso, está prevista a implementação de infraestruturas associadas, como posto de abastecimento de hidrogénio, bem como sistemas de produção de energia elétrica renovável, como painéis solares, para alimentar a operação.
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Além do fornecimento e da manutenção dos veículos, o consórcio português vai assegurar igualmente a criação de toda a infraestrutura necessária para o “funcionamento eficiente e sustentável” da frota. No total, o contrato ascende a 29,5 milhões de euros.
A construção do canal, que também inclui o troço até à Anémona, em Matosinhos, custou cerca de 76 milhões de euros e foi também financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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