⛽ Com petróleo em queda, gasolina desce 7,5 cêntimos e o diesel 6,5 cêntimos para a semana

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,522 euros por litro de gasóleo simples e 1,669 euros por litro de gasolina simples 95.

Na próxima semana os preços dos combustíveis vão sofrer uma forte queda. A gasolina deverá descer 7,5 cêntimos e o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, 6,5 cêntimos, segundo os dados do ACP. Já fonte do mercado, avançou ao ECO que, com base nas cotações desta manhã, as decidas podem ser um pouco menos pronunciadas: a gasolina desde sete cêntimos e o gasóleo seis. Em qualquer dos casos, há mais de dois anos que os combustíveis não tinham uma queda tão acentuada. O trambolhão dos mercados e a a forte descida dos preços da matéria-prima explicam esta descida.

Quando for abastecer, usando por base os dados do ACP, passará assim a pagar 1,522 euros por litro de gasóleo simples e 1,669 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Caso esta tendência se venha a confirmar, é preciso recuar à semana de 10 de julho de 2023 para encontrar o litro do gasóleo mais barato (1,519) e não se assistia a uma quebra tão significativa do preço do diesel desde 30 de janeiro de 2023. Já em relação à gasolina a queda é a maior desde 14 de novembro de 2022 e o preço não estava tão baixo desde 30 de setembro do ano passado (1,659).

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desceu 1,1 cêntimos e a gasolina 0,1 cêntimos, um desempenho próximo das expectativas do mercado, que apontava para uma estabilização dos preços da gasolina e uma descida de 1,5 cêntimos dos preços da gasolina. Não era certo se os operadores no mercado iam optar por tomar uma decisão “mais comercial do que tecnocrática”, ou seja, antecipar um pouco a descida da próxima semana, que já se antecipava muito significativa.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, estava esta sexta-feira a descer 0,24% pelas 10h32, para os 63,18 dólares por barril, e caminhava para a segunda perda semanal consecutiva, em torno 4%, de acordo com a Reuters, uma queda significativa, mas não tão impressionante como os 11% da semana anterior. Os mercados reagiram mal à ofensiva tarifária de Trump, embora tenham estabilizado um pouco depois de o Presidente dos EUA ter anunciado uma pausa de 90 dias nas taxas.

“Embora a pausa ofereça algum alívio aos mercados, ainda há muita incerteza na frente comercial”, frisam os analistas de matérias-primas do ING, Warren Patterson e Ewa Manthey. Esta incerteza poderá prejudicar o crescimento global, e consequentemente a procura de petróleo. O principal fator a pressionar os preços do crude continua a ser o receio de uma recessão global, uma vez que o efeito da pausa das tarifas ainda não foi totalmente processado pelos agentes do mercado e a os acontecimentos na frente de batalha tarifária estão longe de terminados. Esta sexta-feira a China aumentou de 84% para 125% as taxas impostas sobre produtos oriundos dos Estados Unidos, mantendo a política de retaliar os aumentos das tarifas sobre bens chineses decretados por Washington.

Os analistas do ANZ estimaram que se o crescimento mundial cair para um nível inferior a 3%, o consumo de petróleo cairá 1%.

(Notícia atualizada às 11h08 com as previsões de fonte do mercado)

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