Metropolitano de Lisboa reduz prejuízos para 19,8 milhões em 2024

A empresa que gere o sistema de metropolitano da cidade de Lisboa reduziu as perdas em 4,1 milhões. O volume de negócios fixou-se nos 132,3 milhões de euros, em linha com 2023.

A Metropolitano de Lisboa registou prejuízos de 19,8 milhões de euros no ano passado, menos 4,1 milhões de euros em relação aos resultados líquidos negativos de 24 milhões de euros obtidos em 2023.

O volume de negócios fixou-se nos 132,3 milhões de euros, significando um decréscimo de um milhão de euros (ou menos 0,7%) comparativamente ao ano anterior. O Plano de Atividades e Orçamento (PAO) de 2024 estimava que a empresa faturasse na ordem dos 135,4 milhões de euros, mas a execução ficou abaixo dessa estimativa em 3,2 milhões de euros (-2,3%).

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em 5,8 milhões de euros, inferior em 57,6 mil euros ao valor registado em termos homólogos. Na comparação com a estimativa do PAO 2024, verificou-se uma melhoria de 3,5 milhões de euros, segundo o relatório financeiro publicado esta segunda-feira.

“O ano de 2024 foi desafiador, mas também determinante para o Metropolitano de Lisboa, marcado por avanços significativos e pela superação de desafios que reforçaram o nosso papel como um dos pilares estruturantes da mobilidade urbana sustentável na Área Metropolitana de Lisboa”, afirmou a presidente da empresa, Maria Helena Campos, na mensagem que acompanha o documento.

Mais de 170 milhões de passageiros

A Metropolitano de Lisboa transportou 176,7 milhões de passageiros em 2024, mais 6,5% do que no ano anterior.

“Em 2024 registou-se uma recuperação na procura do Metropolitano de Lisboa em comparação com o ano anterior, com aumentos de 6,3% nas validações e de mais 6,5% no total de passageiros. Esta evolução foi impulsionada, em parte, pelas medidas de gratuitidade implementadas ao longo do ano”, destacou ainda a presidente da Metropolitano de Lisboa, Maria Helena Campos.

Os rendimentos operacionais aumentaram 3,5% de um ano para outro e atingiram 150,7 milhões de euros. Nas contas publicadas esta tarde pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) é possível verificar que os gastos com pessoal (1.573 trabalhadores) ultrapassaram os 102 milhões, de 169 milhões com despesas operacionais, que superaram o orçamento de 2024 em 5,6%.

Além do valor alocado à equipa, o aumento global dos gastos operacionais deveu-se ao “reconhecimento de imparidade de investimentos, apesar de ter sido possível reduzir algumas rubricas de gastos, com destaque para os outros gastos e gastos de depreciação e amortização”.

A performance da Metrocom, que explora em exclusivo as lojas, foi “fortemente” impactada pela limitação decorrente do final do prazo da subconcessão a 30 de junho de 2024, que “condicionou a entrada de novos negócios na rede, levando a que a empresa, nos meses imediatamente anteriores aquela data, pudesse oferecer cada vez menores prazos de comercialização dos espaços comerciais disponíveis, tornando-os menos atrativos no mercado”. O volume de negócios só cresceu 0,8% para 2,5 milhões.

Além da Metrocom, são ainda participadas da Metropolitano de Lisboa a Ferconsult (também a 100%), a TREM e a TREM II para aluguer de material circulante.

A 31 de dezembro de 2024, o capital da empresa pública, que espera chegar aos lucros este ano, ascendia a 4,3 milhões de euros, sendo detido na totalidade pelo Estado.

Notícia atualizada às 17h24 com mais informação

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