Depósitos a prazo já rendem menos de 1,5% com juros a caírem em maio pelo 17.º mês seguido
Bancos continuam a cortar remuneração dos depósitos. Taxa média das novas aplicações caiu em maio pelo 17.º mês seguido, atingindo os 1,49%, o valor mais baixo em dois anos.
Os bancos continuam a cortar os juros dos depósitos a prazo. Em maio, a remuneração média das novas aplicações para particulares baixou para 1,49%, marcando o 17.º mês seguido em queda.
Trata-se mesmo do valor mais baixo desde maio de 2023, há dois anos. Em dezembro desse ano atingiu o ponto mais alto acima dos 3%. Desde então a remuneração dos depósitos tem vindo progressivamente a cair em reflexo do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Em maio, a taxa de inflação em Portugal situou-se nos 2,3%, o que significa que quem aplicou as suas poupanças a render no banco está a perder dinheiro em termos reais.
De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, Portugal tinha a quarta taxa de juros dos depósitos mais baixa em toda a área do euro, onde a média se situava nos 1,87% — apenas na Eslovénia, Grécia e Chipre os bancos ofereciam remunerações mais baixas nos depósitos.
Ainda que os juros estejam em queda, as famílias portuguesas aplicaram 13,1 mil milhões de euros em depósitos a prazo em maio, representando um aumento de 123 milhões em relação ao mês anterior.
Segundo o Banco de Portugal, nos novos depósitos com prazo até 1 ano, a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e que representou 95% das novas aplicações em maio, a taxa de juro média diminuiu 0,15 pontos percentuais para 1,50%.
No que toca aos depósitos de empresas, a remuneração média caiu dos 2,01% em abril para 1,84% em maio, a taxa mais baixa desde fevereiro de 2023.
(notícia atualizada às 11h26)
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