Custo de construir casa nova desacelera para 3,8%. Mão-de-obra continua a pesar
Em agosto, construir uma habitação nova era 3,8% mais caro do que um ano antes. Um agravamento explicado em grande parte pela subida de 7,3% do custo da mão-de-obra.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 3,8% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos mensais, o índice registou uma descida face a julho, o que não acontecia desde setembro do ano passado.
A subida deste indicador, embora represente uma desaceleração de nove décimas face à variação registada em julho, é influenciada maioritariamente pelo aumento do custo da mão-de-obra, que foi de 7,3% no oitavo mês do ano.
Já o preço dos materiais teve uma variação de 0,9%, depois de um acréscimo de 1,5% em julho, de acordo com os dados oficiais divulgados esta quarta-feira.
Variação homóloga dos custos de construção de habitação nova:

O custo da mão-de-obra contribuiu, assim, com 3,3 pontos percentuais (3,9 pontos percentuais no mês anterior) para a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, enquanto os materiais tiveram um contributo de 0,5 pontos percentuais (0,8 pontos em julho).
Os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30%, e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização e o betão pronto, com um aumento de cerca de 5%, contribuíram positivamente para a variação agregada do preço no mês em análise.
Em sentido inverso, os betumes e os produtos cerâmicos, que registaram uma descida de cerca de 10%, e os tubos de PVC, a chapa de aço macio e galvanizada e as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações, com uma queda de cerca de 5%, tiveram uma influência negativa.
No que diz respeito à variação em cadeia dos custos de construção de habitação nova, a variação mensal do índice foi de -0,3% em agosto, oito décimas abaixo do registado no mês anterior, sendo que tanto o custo dos materiais como o da mão-de-obra caíram 0,3%.
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