Presidente do Eurogrupo confia em “plano muito credível” para baixar dívida francesa
O presidente do Eurogrupo acredita que o governo francês "encontrará uma forma de apresentar um plano muito credível para a economia francesa e o seu endividamento".
O presidente do Eurogrupo disse esta quinta-feira confiar que França apresentará um plano muito credível” para economia francesa, que inclua a redução do endividamento público, apesar da demissão do primeiro-ministro francês, para não afetar as finanças públicas do euro.
“Tive um debate muito produtivo e construtivo com o ministro das Finanças de França, o ministro Lescure, que me apresentou a sua avaliação da atual situação política em França. Quero afirmar a minha confiança de que o governo francês, em colaboração com o seu parlamento, encontrará uma forma de apresentar um plano muito credível para a economia francesa e o seu endividamento e, mais uma vez, reafirmar a confiança que tenho nas finanças públicas na Europa”, disse Paschal Donohoe.
O presidente do Eurogrupo, que falava à entrada para a reunião dos ministros das Finanças da zona euro no Luxemburgo, acrescentou que os contactos que teve com o executivo francês lhe deram “motivos para acreditar que, embora o progresso seja sempre difícil, continuará a ser feito”. Esta é a primeira reunião do ministro das Finanças de França, Roland Lescure.
O primeiro-ministro demissionário Sébastien Lecornu reuniu-se com as forças políticas para negociações finais rápidas sobre o orçamento de 2026, conforme solicitado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron. A sua saída precipitada compromete a aprovação atempada de um orçamento, que deveria ser entregue ao Parlamento até 13 de outubro.
Sébastien Lecornu havia dito que desejava reduzir o défice público para 4,7% do produto interno bruto (PIB) em 2026 e para um máximo de 3% em 2029, ou seja, ao nível das exigências europeias. Nas declarações à imprensa no Luxemburgo, Paschal Donohoe adiantou que, neste encontro, “vários países darão uma atualização sobre o seu trabalho”, incluindo Portugal.
Porém, o ministro português das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, não está presente no encontro devido à apresentação do Orçamento do Estado para 2026.
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