Putin afirma que drone submarino russo com ogiva nuclear foi testado com êxito
O Poseidon é incomparável em velocidade e profundidade, disse o presidente russo, antes de garantir que "não há forma de o intercetar".
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira que Moscovo realizou com êxito o teste de um novo drone submarino movido a energia atómica e com capacidade nuclear, acrescentando que a arma não pode ser intercetada.
O anúncio de Putin, que surge três dias depois de ter elogiado o teste bem-sucedido de um novo míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, parece ser mais uma mensagem para o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Rússia mantém firmes as suas grandes reivindicações em relação à Ucrânia.
Falando num encontro com soldados feridos na Ucrânia, Putin afirmou que o submarino não-tripulado Poseidon foi testado com energia nuclear pela primeira vez na terça-feira, descrevendo o feito como um “grande êxito”. O Poseidon é incomparável em velocidade e profundidade, disse, e “não há forma de o intercetar”.
O reator nuclear que o alimenta é “100 vezes mais pequeno” que os dos submarinos, e o poder da sua ogiva nuclear é “significativamente maior que o do nosso futuro míssil balístico intercontinental Sarmat”, precisou. O chefe de Estado russo mencionou pela primeira vez o drone submarino movido a energia nuclear no seu discurso sobre o estado da nação de 2018, juntamente com outras armas em desenvolvimento.
Os meios de comunicação social russos noticiaram então que o Poseidon fora concebido para explodir perto de zonas costeiras e desencadear um forte tsunami radioativo. No teste de terça-feira, o Poseidon deslocou-se a energia nuclear pela primeira vez, indicou Putin, sem especificar onde os testes se realizaram ou fornecer mais pormenores.
Revelou também novas informações sobre o míssil de cruzeiro Burevestnik, cujo reator nuclear disse ser “1.000 vezes mais pequeno” que o de um submarino. No domingo, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, o general Valery Gerasimov, informou Putin de que o teste do míssil Burevestnik, realizado a 21 de outubro, fora um êxito total.
O míssil percorreu 14.000 quilómetros (8.680 milhas) durante um voo de 15 horas, utilizando combustível nuclear, e realizou manobras que “demonstraram a sua elevada capacidade de evasão aos sistemas de defesa antimíssil e aérea”, disse Gerasimov.
Putin tem ostentado repetidamente o poderio nuclear da Rússia desde que enviou tropas para invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, declarando que Moscovo estava preparada para utilizar “todos os meios” para proteger os seus interesses de segurança.
Voltou a recorrer a mensagens sobre armas nucleares desde que Trump suspendeu a cimeira planeada com Putin em Budapeste e anunciou as primeiras grandes sanções à Rússia desde que regressou à Casa Branca, em janeiro deste ano, para o segundo mandato presidencial (2025-2029).
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