Centeno no BCE? Governo “vê sempre com satisfação” um português na corrida

Ministro das Finanças considera que falar em nomes ainda é extemporâneo, mas realça que "é sempre bom" para o país quando há um português na corrida a cargos internacionais.

O ministro das Finanças considera que “é sempre bom” quando um português tem possibilidade de chegar a um cargo internacional. É desta forma que Joaquim Miranda Sarmento comenta pela primeira vez publicamente a hipótese de Mário Centeno entrar na corrida ao cargo de vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

O Governo, naturalmente, como acontece sempre, e como aconteceu com o Dr. António Costa recentemente, vê sempre com satisfação quando um português pode chegar a um cargo internacional“, afirmou esta quarta-feira o ministro das Finanças em declarações aos jornalistas à entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.

Miranda Sarmento comentava assim as questões colocadas pelos jornalistas sobre o processo de nomeação que arranca na reunião desta quarta-feira e que, como o ECO avança — e também a newsletter do Politico –, pode ter como desfecho Mário Centeno em Frankfurt.

Aquilo que se passará hoje [quarta-feira] no Eurogrupo é apenas a indicação do calendário e de todos os formalismo desse processo. A questão dos nomes ainda é extemporânea“, explicou o ministro das Finanças, garantindo que “a satisfação” de ver um português na corrida a um cargo internacional “é igual para todos”.

Neste sentido, reiterou que “é sempre bom para o país quando um português tem possibilidade de chegar a um cargo europeu ou internacional, como há vários casos”. Quando questionado sobre quais as condições que Centeno reúne para vice-presidente do BCE que não reunia para que o Governo português o reconduzisse como governador do Banco de Portugal (BdP), Miranda Sarmento remeteu “essa análise” para mais tarde.

Como o ECO conta aqui, a corrida de Mário Centeno ao lugar de vice-presidente do BCE começa formalmente esta quarta-feira, com a abertura do processo na reunião do Eurogrupo. Mário Centeno, que tem estado nas últimas semanas em contactos intensos com vários responsáveis europeus, quer o lugar e vai contar com o essencial apoio do Governo português. O processo de nomeação para o sucessor de Luís de Guindos não está identificado na agenda do encontro, mas será discutido no âmbito dos pontos “diversos” agendados para o fim do encontro.

Este é o início de um processo, mas hoje não constarão já nomes que estão em cima da mesa e circulam nos corredores de Bruxelas. Esse momento ficará para daqui a cerca de um mês: A 11 de dezembro haverá nova reunião do Eurogrupo, com Ecofin a 12 e 13 do mesmo mês, e será nessa altura que os países terão de clarificar quem propõem.

A corrida está em aberto — o mandato do espanhol chega ao fim no próximo ano — e há vários candidatos fortes ao lugar disputado por Mário Centeno, à cabeça deles o finlandês Olli Rehn. Mas também o croata Boris Vujčić e Christina Papaconstantinou, a vice-governadora do banco central da Grécia, entre outros nomes, têm sido falados nos corredores. A newsletter do Politico inclui esta quarta-feira na lista o letão Mārtiņš Kazāks.

(Notícia atualizada às 14h27)

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