CTT aumentam preços do correio regulado em 6,2% a partir do dia 2 de fevereiro

Proposta da empresa postal foi aprovada pelo Governo, por aplicação de uma fórmula combinada com a Anacom e a Direção Geral do Consumidor. Futura concessão pode exigir financiamento dos contribuintes.

Os preços praticados pelos CTT CTT 0,42% ao abrigo da concessão do serviço postal universal, que abrange o correio, vão aumentar em média 6,20% a partir de 2 de fevereiro de 2026.

O incremento proposto pela empresa foi determinado pela aplicação da fórmula em vigor, acordada com a Anacom e a Direção Geral do Consumidor, e formalmente aprovado esta sexta-feira pelo Governo. Trata-se de um agravamento inferior aos 6,9% aplicados em fevereiro de 2025.

Num despacho publicado no Diário da República esta sexta-feira, e assinado pelo ministro da tutela, Miguel Pinto Luz, lê-se que o Governo decidiu “aprovar os preços a praticar nos serviços postais que integram a oferta do serviço universal”, conforme notificados pelos CTT a 21 de outubro de 2025. Em causa está um aumento médio que a Anacom calcula ser de 6,2%, indica o diploma.

Na prática, de acordo com o despacho, esta atualização resulta num aumento de quatro cêntimos no preço do correio normal com peso até 20 gramas.

O aumento dos preços do correio tem em conta múltiplos fatores, incluindo a queda nos volumes do correio. Financia o serviço universal, que é pago pelos próprios utilizadores, e onde entram outros serviços praticados pelos CTT além do correio. Mas trata-se de um agravamento muito acima dos 2,2% de inflação prevista para este ano pelo Banco de Portugal no boletim económico de outubro.

Todavia, ainda neste mês de novembro, o CEO dos CTT, João Bento, alertou que o serviço postal universal continua a não ser sustentável, apesar dos constantes aumentos de preços anuais. O gestor lançou ainda as bases para, na próxima concessão, vir a exigir que a concessão tenha “contribuições do Orçamento do Estado”, devido ao que considera ser a inviabilidade do modelo de “autofinanciamento”. O atual contrato de concessão continuará em vigor até 31 de dezembro de 2028.

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