Portugal será “muito brevemente” independente de importações de gás russo, garante Montenegro
Montenegro diz que, atualmente “há apenas um importador que tem um contrato de longa duração ainda vigente” e que este ano “teve três descargas”.
Portugal ficará “muito brevemente” independente de importações de gás russo, anunciou esta sexta-feira no parlamento o primeiro-ministro, Luís Montenegro, após a União Europeia ter acordado esta semana uma proibição no outono de 2027.
“Assumimos o objetivo de deixarmos de ter qualquer importação de gás vindo da Rússia. Estamos em condições de dizer que há essa possibilidade”, afirmou o chefe do Governo no parlamento, durante um debate sobre o Conselho Europeu de 18 e 19 de dezembro.
Segundo Montenegro, atualmente “há apenas um importador que tem um contrato de longa duração ainda vigente” e que este ano “teve três descargas”.
“Muito brevemente, é nossa convicção, haverá condições para podermos ficar completamente independentes de qualquer fornecimento de gás russo”, sublinhou Montenegro, que respondia a uma pergunta da bancada liberal. “Não que seja uma obrigação a que estejamos vinculados, mas é uma opção que tomamos”, ressalvou.
A União Europeia (UE) alcançou na quarta-feira um acordo para proibir todas as importações de gás russo no outono de 2027. Trata-se de um compromisso alcançado entre o Parlamento Europeu, que desejava uma proibição mais rápida, e os Estados-membros, que queriam um pouco mais de tempo.
Quase quatro anos após a invasão da Ucrânia, a União Europeia pretende privar a Rússia da fonte de receitas financeiras provenientes do gás. A quota do gás russo nas importações de gás da União Europeia passou de 45% em 2021 para 19% em 2024.
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