Direitos tombam 6% e pressionam ações da REN

Ações da REN cedem mais de 1% pressionadas pela queda acentuada do valor dos direitos de subscrição dos novos títulos que a gestora vai emitir no aumento de capital de 250 milhões de euros.

Até dia 6 de dezembro a cotação das “velhas” ações da REN RENE 0,62% vai andar ao sabor dos direitos que permitem subscrever os novos títulos do aumento da capital. Com os direitos de subscrição a negociar com uma queda de 6,5% para os 0,144 euros, é natural que as ações da REN estejam fortemente condicionadas: estão a ceder esta sexta-feira 1,65% para os 2,448 euros.

Em termos simples, o que acontece é que cerca de quatro direitos vão permitir aceder a uma nova ação que a empresa liderada por Rodrigo Costa vai emitir no âmbito do aumento de capital no valor de 250 milhões de euros. Cada novo título da REN será emitido ao preço de 1,877 euros.

Ou seja, feitas as contas, face aos preços atuais, um investidor que queira participar no aumento de capital terá de desembolsar aproximadamente 2,45 euros — resultado da soma do preço do novo título (1,877 euros) com os quatro direitos de subscrição (0,57 euros).

É este o preço que os investidores têm em mente. Se os direitos desvalorizam (tendo implícita uma descida do valor de uma ação nova), então as ações que já existem tenderão a negociar também em baixa. É o que está a acontecer na sessão de hoje, deixando a “velha” ação da REN em queda de 1,5%.

Direitos da REN pressionam ações

Em sentido contrário, havendo interesse dos investidores em participarem no aumento de capital, tendencialmente os direitos irão valorizar — e aí as ações existentes também tenderão a valorizar. Até ao momento, entre os grandes investidores, a State Grid e a Fidelidade já disseram que vão participar, assegurando 35% do aumento de capital.

O dinheiro desta operação vai financiar a aquisição da EDP Gás. Esta transação foi anunciada a 7 de abril deste ano e ficou concluída em setembro. A REN comprou a totalidade do capital social da EDP Gás e das suas subsidiárias, EDP Gás Distribuição e EDP Gás GPL. Já a comercialização de gás natural ficou de fora. A operação atribuiu à EDP Gás, que detém a concessão de distribuição de gás natural em 29 municípios do norte de Portugal, um enterprise value de 532,4 milhões de euros.

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