Novo plano de recuperação reduz dívida da Oi para metade
Quinta versão do plano de recuperação foi apresentado esta terça-feira. Credores vão ficar com 75% do capital da Oi com conversão de dívida em ações. Aumento de capital será de mil milhões de euros.
A operadora brasileira Oi apresentou esta terça-feira uma nova versão do plano de reestruturação, 18 meses depois de ter entrado num processo de recuperação judicial devido à elevada dívida. Foi a quinta alteração ao plano e tudo aponta para que seja finalmente aprovado dado que foi negociado previamente com a maioria dos credores e vem com um acordo para aumentar o capital da empresa em quatro mil milhões de reais (cerca de mil milhões de euros).
De acordo com os novos termos da proposta, o plano de recuperação vai permitir à operadora reduzir a dívida para metade, dos 64 mil milhões de reais (16 mil milhões de euros) para os 32 mil milhões (oito mil milhões), somando já as dívidas relacionadas com as multas aplicadas pelo regulador brasileiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A dívida que permanecer vai ser alongada nos prazos de pagamento — o prazo médio de vencimento ficará acima de dez anos.
“Com a redução da dívida, a Oi passa a ficar com o balanço equacionado e, ao solucionar o desequilíbrio em sua estrutura de capital, estará em condições de acelerar os investimentos para voltar a crescer e desempenhar um papel ainda mais relevante no setor de telecomunicações”, referiu o recém-nomeado presidente da Oi, Eurico Teles.
Entre outras medidas incluídas no plano está a conversão da dívida até 75% do capital da telecom brasileira onde a Pharol detém atualmente 27%. Isto quer dizer que, assim que o plano de recuperação da Oi estiver concluído, serão os credores a ficarem com o controlo da operadora, com os atuais acionistas a verem as suas participações reduzidas.
"Com a redução da dívida, a Oi passa a ficar com o balanço equacionado e, ao solucionar o desequilíbrio em sua estrutura de capital, estará em condições de acelerar os investimentos para voltar a crescer e desempenhar um papel ainda mais relevante no setor de telecomunicações.”
Além disso, está previsto um aumento de capital de quatro mil milhões de reais, um montante abaixo do que estava estabelecido na versão anterior do plano. Este reforço de capital foi negociado com o maior grupo privado de credores internacionais, com mais de 22 mil milhões de reais em dívida (cerca de 5,6 mil milhões de euros).
Em relação à dívida à Anatel, ela será liquidada em tranches ao longo dos próximos 20 anos.
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