Mexia quer que trabalhadores da EDP se mantenham “focados” durante a OPA
Os chineses querem mandar na EDP e na EDP Renováveis. Lançadas as ofertas sobre a totalidade do capital destas empresas, o líder da EDP enviou um email aos trabalhadores. Recomenda foco no trabalho.
O presidente executivo da EDP, António Mexia, recomendou aos colaboradores da empresa que se mantenham focados no trabalho, depois de se saber que os chineses da China Three Gorges lançaram uma oferta pública de aquisição (OPA) para tentar tomar o controlo da companhia. Foi ainda lançada uma OPA sobre a EDP Renováveis, a empresa liderada por João Manso Neto, cuja EDP é a principal acionista.
Num email enviado aos trabalhadores, a que o ECO teve acesso, António Mexia informa que a administração e o conselho executivo irão “pronunciar-se sobre a oportunidade e condições destas ofertas nos respetivos relatórios que deverão ser elaborados” na sequência destas operações. “Neste momento, reitero a importância de nos mantermos focados no nosso trabalho e na execução daquilo que são os objetivos com os quais nos comprometemos, guiados pela excelência que sempre nos caracterizou”, escreve o gestor. António Mexia assume ainda que vai manter informada “toda a equipa” da EDP e da EDP Renováveis acerca “dos desenvolvimentos deste processo”.
"Neste momento, reitero a importância de nos mantermos focados no nosso trabalho e na execução daquilo que são os objetivos com os quais nos comprometemos, guiados pela excelência que sempre nos caracterizou.”
A China Three Gorges, que detém 23,2% da maior empresa portuguesa de energia, propôs na última sexta-feira comprar a totalidade da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros. Contudo, alguns analistas e investidores têm considerado que a proposta dos chineses é demasiado baixa. Só esta segunda-feira, a empresa ganhou 1,1 mil milhões de euros de valor de mercado, depois de subir 9% para 3,40 euros.
A proposta também não terá caído bem junto da administração da EDP. Como avançou a Bloomberg esta segunda-feira (acesso condicionado), a empresa deverá recomendar aos restantes acionistas que rejeitem a OPA da China Three Gorges e estará a trabalhar com alguns conselheiros, incluindo o banco UBS, no desenvolvimento de um plano de defesa.
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