“Não temos a Huawei no núcleo” das redes, diz a Nos

A Nos está confiante de que Portugal vai acompanhar as recomendações de Bruxelas no 5G. Mas revelou que, no seu caso, a Huawei já não faz parte do núcleo da sua rede.

A Nos NOS 0,00% revela que a tecnologia da Huawei não está presente no núcleo da sua rede de telecomunicações: “Não temos a Huawei no núcleo [da rede]”, afirmou o administrador financeiro, numa conferência telefónica com analistas.

A revelação surge duas semanas depois de Bruxelas ter recomendado aos Estados-membros que afastem as chamadas “fabricantes de alto risco” do núcleo das suas redes. Apesar de a Comissão Europeia não ter mencionado nomes, a chinesa Huawei, acusada de ser um veículo e espionagem da China, tem estado no topo das preocupações.

Instado a clarificar a situação da Nos à luz destas recomendações, José Pedro Pereira da Costa garantiu que a Nos recorre a tecnologia da Ericsson, da Nokia e da Huawei nas suas redes. Depois, questionado sobre se o core da sua rede é composto por tecnologia destes três fabricantes, o gestor negou: “Não temos a Huawei no núcleo”, garantiu.

Não ficou claro, porém, se se referia às redes atuais de 4G ou à rede de 5G que já começou a desenvolver em alguns locais do país, nomeadamente em Matosinhos. Mas é público que Altice Portugal e Nos têm recorrido à Huawei para a construção das suas redes de quinta geração.

Na mesma conferência telefónica, o gestor da Nos disse ainda aos analistas que a empresa está confiante de que Portugal “vai obedecer às recomendações da União Europeia”. “O sentimento geral é de que não vão existir grandes problemas neste mercado em particular”, sinalizou.

Altice vendeu a fibra, mas Nos desconhece oferta de acesso à rede

A Altice Portugal vendeu 49,99% da rede de fibra ótica a um consórcio de investidores, mas nada mudou no mercado. Segundo a concorrente Nos, “ainda não há qualquer oferta comercial” para aceder à rede, que continua a ser controlada pela Meo.

Incentivado a comentar o negócio por um analista do Goldman Sachs, o administrador financeiro da Nos, José Pedro Pereira da Costa, garantiu que não existe qualquer oferta grossista no mercado, apesar da venda.

“Ainda não há qualquer oferta comercial. Ou seja, sabemos que há um novo acionista, mas não foram tornados públicos os termos de acesso à nova rede”, garantiu o gestor da Nos, numa conferência telefónica com analistas realizada após a apresentação dos resultados de 2019. Dito isto, assumiu também que “ainda é cedo”.

A venda da rede de fibra ótica da Meo foi anunciada em meados de dezembro de 2019. O comprador foi o consórcio Morgan Stanley Infrastructure Partners, numa operação que avaliou o ativo em 4,63 mil milhões de euros. Apesar da alienação, a Altice Portugal mantém o controlo da rede.

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