5 coisas que vão marcar o dia

Chega, esta terça-feira, ao fim o primeiro trimestre do ano e começam a surgir dados que permitem medir o impacto do surto de Covid-19 nos mercados financeiros e na economia.

Chega ao fim o mês de março, o primeiro em que a Covid-19 afetou de forma intensa Portugal. E começa a ser possível ser avaliar o impacto do vírus nos mercados, mas também na economia. É o caso da bolsa de Lisboa, que se prepara para fechar um dos piores meses de sempre, bem como as primeiras estimativas económicas. Há ainda novidades no campo fiscal.

Fim do mês nas bolsas

A sessão desta terça-feira será importante para as bolsas europeias já que vai permitir avaliar o impacto que a Covid-19 está a ter nas ações. O português PSI-20 acumula uma perda de quase 18% em março e próxima de 25% no trimestre, sendo que foi neste período que o índice tocou mínimos históricos. Estas poderão mesmo ser perdas superiores às da crise financeira, com os investidores a refletirem os receios sobre o abrandamento da economia e os efeitos da paralisação da economia nas empresas.

Portugal acelera emissões de dívida

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP deverá divulgar esta terça-feira o programa de financiamento de Portugal para o segundo trimestre do ano. O documento tem especial relevância depois de a presidente do IGCP, Cristina Casalinho, ter admitido em entrevista à Rádio Observador que Portugal poderá vir a antecipar a execução do programa de financiamento para dar respostas às necessidades criadas pelo surto de Covid-19.

Primeiros dados económicos

Na semana passada, foi conhecido o primeiro indicador avançado que permite avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 na economia europeia: o PMI da Zona Euro colapsou para o valor mais baixo da série. Este foi o primeiro, mas serão divulgados muito mais indicadores, como a inflação que será conhecida esta terça-feira. O Instituto Nacional de Estatística vai divulgar a estimativa rápida de inflação em março, mês em que o preço dos combustíveis afundou. O gabinete de estatísticas vai ainda divulgar as estimativas mensais de emprego e desemprego, mas ainda referente a fevereiro.

Acordo no petróleo chega ao fim

O fim do mês traz também um marco que vai agitar os mercados financeiros: vai chegar ao fim o acordo de cortes de produção de petróleo que estava em vigor há três anos. Desde janeiro de 2017 que a Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e um grupo de outros países alinhavam a produção para evitar um excedente no mercado e permitir estabilidade nos preços. Após um desacordo entre Arábia Saudita e Rússia, o acordo termina, dando abertura a maior produção.

Último dia no calendário fiscal

Sendo o último dia do primeiro trimestre do ano, há ainda uma série de prazos de impostos que chegam ao fim. É o caso do pagamento das contribuições e quotizações (relativas a fevereiro) para a segurança social, que tinha sido suspenso, e poderá ser feito, excecionalmente, até esta terça-feira. Em simultâneo, é também o último dia para os contribuintes verificarem os montantes que foram apurados pela Autoridade Tributária (AT) para dedução em sede de IRS.

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