Portugueses já ouviram falar de 5G, mas maioria não sabe para que serve

A esmagadora maioria dos inquiridos numa sondagem da Ipsos para a Samsung admitem já ter ouvido falar de 5G. Mas 68% não sabe o que é ou para que serve.

A esmagadora maioria dos portugueses já terá ouvido falar de 5G. Porém, mais de metade não faz ideia do que é ou para que serve. Esta é uma das conclusões de um inquérito realizado pela Ipsos para a marca Samsung, divulgada no rescaldo da aprovação do leilão de frequências para a quinta geração de rede móvel de comunicações em Portugal.

“Os resultados hoje [quarta-feira] divulgados mostram que, apesar de 84% dos inquiridos já terem ouvido falar sobre o tema, mais de metade, cerca de 68% da amostra, desconhece os benefícios do 5G”, aponta a Samsung num comunicado. A marca recorda que “a quinta geração móvel irá permitir velocidades maiores e tempos de resposta menores e tudo, ou praticamente tudo, estará ligado entre si”.

Este estudo teve como objetivo “analisar o nível de perceção do utilizador da tecnologia 5G em Portugal”. “Para este efeito, foram inquiridos, através de um inquérito online, 750 indivíduos maiores de 18 anos, 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino”, oriundos de todas as regiões do país, entre 4 e 10 de agosto deste ano.

Portugueses querem velocidade, muitos estão satisfeitos com o 4G

Apesar de a maioria afirmar não conhecer muito bem as funcionalidades da tecnologia 5G, 49% dos inquiridos destacam como principal característica a velocidade de download, seguida pela melhoria de desempenho dos equipamentos. Ainda assim, uma “grande percentagem” admite estar satisfeita com a atual rede de quarta geração (4G).

Os inquiridos também têm uma ideia geral sobre os aspetos negativos. “O destaque vai para a falta de cobertura em zonas mais remotas”, refere a Samsung na mesma nota, salientando que “cerca de 16% refere que é um dos principais motivos de desagrado sobre o 4G”.

Numa altura em que as principais fabricantes já lançaram telemóveis com capacidade para 5G — incluindo, para além da Samsung, a Huawei e a Apple –, “a diferença de desempenho entre a rede móvel atual e a nova geração leva a que 45% dos inquiridos assuma a compra de um equipamento compatível com 5G nos próximos” meses. 35% dos inquiridos admitem comprar um terminal 5G só daqui a um ano.

Estes dados são conhecidos cerca de uma semana depois de a Anacom ter revelado as condições do leilão que atribuirá às operadoras as frequências necessárias para o 5G, que se espera que comece a ser lançado comercialmente no final do primeiro trimestre de 2021. No entanto, a Nos e a Meo já admitiram avançar para tribunal por estarem em desacordo com as regras do processo definidas pelo regulador.

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