Cinco especiais sobre o futuro do trabalho (para celebrar 2 anos de Pessoas)
A revista Pessoas cumpre dois anos e estes são os especiais que sugerimos que leia (ou releia) sobre o futuro do trabalho, dos escritórios e da liderança.
O último ano marcou o conteúdo da revista Pessoas. Se há algum tempo escrevíamos sobre o futuro do trabalho (e o trabalho do futuro), o futuro do escritório (e o escritório do futuro), bem como sobre temas como a saúde mental, e a importância da flexibilidade e personalização, em 2020 estes temas ganharam, inevitavelmente, uma importância e relevância muito maior.
A pandemia mundial acelerou a transformação digital e a revolução laboral que já se anunciava e a prova disso são as mudanças que estão a ocorrer nas empresas, os debates criados à volta destas questões e o interesse de líderes e pessoas, que valorizam, talvez mais do que nunca, a flexibilidade e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Esta segunda-feira, a revista Pessoas celebra dois anos de história. E queremos que faça parte dessa “festa”. Como? Pense connosco sobre o futuro do trabalho: sugerimos estes cinco especiais.
1. “Direito a desligar”: Lei é suficiente, mas é preciso cumpri-la
No início do ano, continuando o teletrabalho a ser uma realidade para milhares de portugueses, escrevemos sobre o “direito a desligar”. Em casa, nem sempre é fácil desconectar, torna-se difícil definir os limites do início e do fim do dia de trabalho, por isso o direito a ficar offline é um dos temas que tem merecido destaque e discussão.
Neste artigo, a Pessoas/Advocatus conversou com alguns advogados sobre a lei existente, o artigo 169º do Código de Trabalho que prevê as mesmas regras de limites do período normal de trabalho para o trabalho presencial e para o trabalho à distância, bem como sobre o Livro Verde para o futuro do trabalho.
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2. Como planeiam as empresas voltar aos escritórios? Assim que possível, adiando o regresso ou tornando-o opcional
Os escritórios tornaram-se lugares vazios, “lugares estranhos” como a Pessoas escreveu na edição de janeiro/fevereiro da revista e, por isso mesmo, durante o segundo confinamento obrigatório em Portugal quisemos falar deles e tentar perceber como é que as empresas estavam (e estão ainda) a preparar o regresso.
Se, por um lado, há quem esteja apenas à espera “luz verde” do Governo para voltar a abrir as portas do escritório, por outro lado, há também quem pretenda adiar o regresso, mesmo que esta já seja ponderado pelo Governo. As empresas do setor tecnológico são as que mais querem prolongar o trabalho remoto, com algumas a adotar mesmo uma política de remote first, que permite aos colaboradores escolherem quando (e se) querem ir aos escritórios ou, se preferem, trabalhar a partir de casa. Nestes casos, liberdade é a palavra de ordem.
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3. Como é que a pandemia transformou a casa ideal? E o escritório perfeito?
Regressar ao escritório vai significar, em muitos casos, encontrar espaços um pouco diferentes, mais adaptados às novas necessidades e dinâmicas de trabalho, mais flexíveis e, sobretudo, mais híbridos e versáteis. A forma de trabalhar mudou com a pandemia, bem como os espaços onde trabalhamos. E não só os escritório como as próprias casas sofreram alterações.
“Com a pandemia, a casa tornou-se para muitos um misto de residência e escritório. Há necessidade de mais espaço”, dizia Miguel Poisson, CEO da imobiliária Sotheby’s International Realty Portugal, na altura. Uma das tendências que se observou neste ano de pandemia, impulsionada pelo teletrabalho e pela telescola, foi a transformação de quartos e divisões da casa em escritórios. “Há, claramente, uma necessidade de mais espaço para acomodar o teletrabalho e a telescola”. A procura por áreas maiores e com outro tipo de valências também saiu reforçada: espaço exterior e divisões extra para escritório são alguns dos pré-requisitos mais procurados.
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4. JLL: um escritório presente, pensado para o futuro do trabalho
Uma das visitas que fizemos, a precisamente um escritório desenhado a pensar no futuro do trabalho, foi à JLL. Um dos primeiros edifícios de escritórios da cidade de Lisboa, o Heron Castilho, a poucos metros da rotunda do Marquês de Pombal, já servia de sede à JLL. Mas foi no início deste ano que consultora imobiliária arrancou com as obras que garantiram a mudança de um dos pisos do escritório para o 11.º andar, o último piso do edifício.
O 11.º junta-se, agora, ao 8.º, onde a JLL organizou o espaço de trabalho dos colaboradores. “O piso 8 é a ‘fábrica’”, explicava Pedro Lencastre, diretor-geral da JLL em Portugal, na altura. “É onde as pessoas estão concentradas, que conta com alguns espaços de networking e é um open space”. A grande novidade do ano é, por isso, o rooftop, com vista sobre a cidade de Lisboa.
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5. Empresas estão “viciadas” na proximidade física. O que fazer para evitar “a febre das reuniões”?
Temos também estado atentos ao tema da saúde, física e mental, das pessoas. Há um ano, a capa da Pessoas falava sobre saúde mental — o “benefício (funda)mental” — mas não esgotámos o tema por aí. Desde o início da pandemia que as reuniões e encontros presenciais foram substituídos por novas rotinas que incluem videochamadas diárias que, muitas vezes, se estendem por várias horas, em plataformas digitais.
É a “febre das reuniões”, alertam os especialistas em trabalho remoto, acrescentando que esse excesso pode trazer consequências ao nível da saúde mental e produtividade dos trabalhadores e, em último caso, influenciar economicamente os negócios.
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