Teresa Morgado assume direção-geral da Universal McCann

  • + M
  • 17 Setembro 2024

A profissional terá a responsabilidade de desenvolver e implementar a estratégia de negócio da UM, agência na qual ingressou em 2007 e na qual assume, desde 2011, funções de direção.

Teresa Morgado, até agora business & client partner da Universal McCann (UM), vai assumir a direção-geral da agência do grupo IPG Mediabrands.

“Estamos orgulhosos em reconhecer o vasto percurso da Teresa Morgado e as suas excelentes competências. O trabalho que tem desenvolvido com a sua equipa, com os clientes, new business, e com os nossos parceiros, demonstra que está mais do que preparada para assumir esta nova função e estas novas responsabilidades”, comenta Alberto Rui Pereira, CEO do grupo, que assumia transitoriamente esta a direção-geral da agência. “Este é também o reconhecimento do contributo que tem dado ao nosso grupo, nas suas funções acrescidas de gestão na UM e na nossa aposta no talento interno”, prossegue citado em comunicado.

A profissional, que assume as novas funções em setembro, terá a responsabilidade de desenvolver e implementar a estratégia de negócio da UM, agência na qual ingressou em 2007 e na qual, desde 2011, desempenhou funções de direção.

“É com muito entusiasmo que aceito este desafio como diretora-geral da UM, acredito que com a minha experiência em comunicação e conhecimento sobre o negócio vamos continuar a responder aos atuais desafios e às novas oportunidades que surjam com a constante evolução deste mercado. Estarei focada no desenvolvimento da empresa, que está intrinsecamente ligado às equipas da UM, e dos clientes que acreditam que somos um driver de crescimento de negócio e de desenvolvimento das suas marcas”, diz, citada em comunicado, a nova diretora-geral.

No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a Universal McCann é, de acordo com os rankings da Mediamonitor, a 12ª maior agência do país. O portfólio de clientes em Portugal inclui a Johnson & Johnson, Iberdrola, Dyson, Upfield, General Mills, British Council, Robbialac, Mattel, Vileda, entre outros.

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“Orçamento do Estado deve garantir condições” para que investimento estrangeiro seja “cada vez mais célere”, diz partner da EY

Partner da EY considera que é preciso "passar de serviços e de um mindset" de "um país barato, para um país" que cria "muito valor agregado" na atratividade do investimento direto estrangeiro.

Miguel Cardoso Pinto, partner da EY, defende a importância da estabilidade de Portugal como recetor do investimento direto estrangeiro e que o próximo Orçamento do Estado deverá garantir condições que permitam que o investimento seja cada vez mais célere. Em entrevista ao ECO, após a divulgação do estudo da consultora que coloca o país no sétimo lugar do ranking de atratividade, considera que é preciso “passar de serviços e de um mindset” de “um país barato, para um país” que cria “muito valor agregado”.

O número de projetos de investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal caiu 11%, para um total de 221 no ano passado, em comparação com o ano anterior, em linha com a diminuição registada em toda a Europa, depois de três anos de crescimento contínuo.

Ainda assim, a análise da EY indica que os projetos de IDE na área de Software & Serviços de TI continuam a liderar em Portugal, “num sinal de força da atratividade da economia digital para Portugal, que entre 2021 e 2023 foi o quarto país europeu a atrair o maior número de projetos de IDE (244) neste domínio”, destacando-se também os serviços às empresas e serviços profissionais, cujo crescimento mais do que quadruplicou em relação a 2022.

A análise conclui ainda que Portugal continua atrativo para o IDE, “com 84% dos investidores inquiridos a afirmarem terem planos para estabelecer ou expandir operações no país em 2025, um indicador acima da média europeu que não vai além dos 72%”. Paralelamente, 77% dos inquiridos antecipam a melhoria da atratividade do país nos próximos três anos, percentagem que supera os 49% registados em 2021.

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Projetos de energia de 40 milhões asseguram cumprimento de um marco do PRR

"Os projetos estão numa fase inicial, foram assinados os termos de aceitação e os adiantamentos [do PRR] serão pagos rapidamente”, garantiu João Rui Ferreira.

Já foram assinados os termos de aceitação de cinco dos sete investimentos estratégicos que vão permitir aumentar a capacidade de produção de hidrogénio e gás renováveis, assim como sistemas de armazenamento de energia. Em causa está um investimento total que ultrapassa os 40 milhões de euros e que deverá criar 150 postos de trabalho, revelou o secretário de Estado da Economia. Este é um marco associado ao pedido de desembolso do sexto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Temos cinco termos de aceitação assinados. São projetos na área da indústria ecológica, e tecnologias sobretudo na área da energia, projetos para o fabrico de eletrolisadores, componentes para sistemas fotovoltaicos, sistemas de armazenamento de energia, num total de investimento que ultrapassa os 40 milhões de euros”, especificou João Rui Ferreira, à margem da apresentação do EY Attractiveness Survey Portugal.

“Os projetos estão numa fase inicial, foram assinados os termos de aceitação e os adiantamentos [do PRR] serão pagos rapidamente”, garantiu João Rui Ferreira.

“Os referidos projetos da C21-i05 enquadram-se no marco 21.12 do sexto pedido de pagamento, referente à assinatura das condições de aceitação para a execução de projetos industriais”, detalhou ao ECO fonte oficial da estrutura de missão Recuperar Portugal.

O anexo revisto da Decisão de Execução do Conselho da União Europeia estipula que “os termos de aceitação devem ser assinados para a execução de projetos industriais, que devem ser selecionados através de convites à apresentação de propostas, relacionados com tecnologias estratégicas para a transição climática”.

A conclusão estava prevista para o segundo trimestre deste ano, mas o secretário de Estado vangloriou-se com o facto de este Governo ter conseguido desbloquear este dossier. Em causa está um cheque de 1,86 mil milhões de euros que tem implícito o cumprimento de 29 metas e marcos.

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Grupo Mercan investe 21 milhões de euros em novo hotel no Porto

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

O novo Holiday Inn Express Porto-Boavista representa um investimento de 21 milhões de euros e vai permitir gerar 32 postos de trabalho diretos”.

O grupo Mercan Properties investiu 21 milhões de euros num novo hotel no Porto, um empreendimento que vai gerar 32 postos de trabalho diretos, adiantou, em comunicado.

Segundo a nota, a empresa “inaugura hoje o novo Holiday Inn Express Porto-Boavista, o seu mais recente empreendimento, sob a insígnia InterContinental Hotels Group (IHG), que representa um investimento de 21 milhões de euros e vai permitir gerar 32 postos de trabalho diretos”.

O hotel conta com 91 quartos, um restaurante e zona de bar, e terá a gestão hoteleira da AHM – Ace Hospitality Management, “empresa do grupo especializada na gestão de empreendimentos hoteleiros”. Esta unidade integra “o projeto de reabilitação urbana que o Grupo Mercan Properties tem desenvolvido na região do Porto, onde já tem em funcionamento oito hotéis e mais três em construção”.

O hotel é o segundo inaugurado este ano sob a insígnia InterContinental Hotels Group (IHG), juntando-se, assim, “ao Holiday Inn Beja, inaugurado em agosto, e ao Holiday Inn Express Évora, cuja abertura está prevista ainda para este ano”, indicou.

O grupo Mercan Properties “é responsável pela gestão e desenvolvimento de ativos hoteleiros em Portugal e conta, atualmente, com 32 empreendimentos em diversas localidades do país como Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lisboa, Amarante, Santiago do Cacém, Évora, Beja, Algarve e Madeira”, lembrou. A empresa está presente em mais de 30 países e em Portugal entrou em 2015.

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Mais de 220 mil utilizadores já usam o SPIN para transferir dinheiro

Desde esta segunda-feira que os bancos são obrigados a disponibilizar o novo serviço de transferências SPIN, que já conta com mais de 220 mil utilizadores.

A nova funcionalidade SPIN, que permite realizar transferências bancárias usando o número de telemóvel do beneficiário em vez do tradicional IBAN, conta já com mais de 220 mil utilizadores ativos, adianta o Banco de Portugal.

O serviço foi lançado pelo regulador bancário a 24 de junho e desde esta segunda-feira que todos os bancos são obrigados a disponibilizá-lo aos seus clientes sem custos adicionais – além do que é cobrado numa transferência a crédito ou imediata, conforme os preçários.

O Banco de Portugal adianta que, desde o seu lançamento, o SPIN já foi usado para iniciar mais de quatro milhões de operações de pagamento.

Na base do SPIN está a funcionalidade “Identificador para Derivação de Conta” e que permite associar o número de telemóvel (no caso de pessoa singular) ou o número de identificação de pessoa coletiva (no caso de empresa) ao IBAN. Assim, em vez de colocar o IBAN, basta indicar o número de telemóvel ou o NIPC do beneficiário para transferir dinheiro – um pouco como já acontece com o MB Way, que já tem mais de cinco milhões de utilizadores.

O serviço está disponível tanto na app ou homebanking do banco, como também ao balcão.

Além disso, desde maio que estas operações se tornaram mais seguras com a funcionalidade “confirmação de beneficiário”, que permite identificar a pessoa que irá receber o dinheiro antes de efetuar a operação.

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Draghi desafia UE a concluir mercado de capitais, uma missão para a futura comissária Maria Luís

Depois de a pasta ter sido entregue a Maria Luís Albuquerque, enquanto futura comissária para os Serviços Financeiros, Draghi apelou no Parlamento Europeu que a estratégia fosse executada.

O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) considera que a reforma do mercado de capitais na União Europeia vai ser fundamental para que o bloco europeu possa recuperar o terreno que perdeu para os Estados Unidos e a China. Mario Draghi falava ao Parlamento Europeu, esta terça-feira, a propósito do relatório que apresentou na Comissão Europeia, na semana passada, horas depois de Ursula von der Leyen ter atribuído a gestão do portefólio da União do Mercado de Capitais a Maria Luís Albuquerque.

No documento que entregou à presidente alemã e que vai integrar o plano de ação da Comissão Europeia na próxima legislatura, Draghi desafia o bloco europeu a fechar o gap de inovação face aos EUA e à China, especialmente nas tecnologias limpas; desenvolver um plano conjunto para a descarbonização e competitividade europeia e reforçar o setor da segurança europeia, com vista a diminuir a dependência face a outros blocos políticos e económicos. Tudo isto exigiria que os 27 Estados-membros alocassem até 800 mil milhões de euros por ano, cerca de 5% do PIB. Como?

“Historicamente, o financiamento na União Europeia é 80% privado e 20% público”, afirmou perante os eurodeputados, frisando que para manter este ritmo de investimento é necessário dar prioridade ao mercado de capitais, na próxima legislatura.

Temos de fazer progressos no mercado de capitais para que as poupanças possam ser canalizadas para o investimento em toda a União Europeia“, proferiu o antigo governante italiano, dando nota de que mesmo com um mercado de capitais operacional, o investimento público vai continuar a ser “necessário”.

Se a UE mantiver a estratégia definida no relatório, a produtividade vai aumentar e os mercados de capitais vão ser mais reativos”, prevê, garantindo que graças a este impulso será mais fácil aos governos, por via da dívida comum, financiarem a sua parte destinada a projetos estratégicos como inovação tecnológica, redes energéticas e defesa.

Mario Draghi ressalvou ainda que estas necessidades de investimento não são novas, sublinhando que vão em linha com os objetivos e valores da União Europeia, sobre os quais “todos concordámos”.

“A dimensão dos nossos desafios ultrapassa as nossas economias. É importante lembrarmos que esta dívida [comum] não é destinada às despesas gerais dos governos ou para a criação de novos subsídios. É para levar a cabo objetivos de competitividade com os quais todos concordámos”, vincou.

A concretização do mercado de capitais, que está na gaveta há vários mandatos, será uma das prioridades de Maria Luís Albuquerque que foi indicada, esta terça-feira, para ser a próxima Comissária dos Serviços Financeiros. Durante o anúncio, Ursula von der Leyen considerou que a pasta seria “vital para concretizar o mercado de capitais e assegurar o investimento privado na União Europeia”.

“Se olharmos para os números do Banco Central Europeu, a UE está a perder cerca de 470 mil milhões de euros em investimento que não é feito na UE dada a inexistência de uma união de mercado de capitais. Há uma urgência grande para executar isto”, respondeu Ursula von der Leyen em declarações aos jornalistas, esta terça-feira.

No relatório entregue ao executivo comunitário, na semana passada, Draghi já tinha dado nota da urgência em concretizar uma união do mercado de capitais.

“Uma das principais razões para uma intervenção financeira menos eficiente na Europa reside no facto de os mercados de capitais continuarem fragmentados e de os fluxos de poupança para os mercados de capitais serem mais reduzidos”, alertou o economista.

No mesmo relatório, Draghi salientou que “integrar os mercados de capitais da Europa para melhor canalizar as elevadas poupanças das famílias para investimentos produtivos na UE será essencial” para desencadear uma recuperação económica face à competição estrangeira.

Embora Maria Luís tenha sido proposta para o cargo, a nomeação não é, no entanto, definitiva. A antiga ministra das Finanças terá ainda de passar por um processo de escrutínio no Parlamento Europeu que começará com uma avaliação da idoneidade pela Comissão dos Assuntos Jurídicos (JÚRI) e a resposta a um questionário geral por escrito.

Antes disso, os indigitados entregarão aos eurodeputados um conjunto de elementos, nomeadamente, a declaração de interesses, o currículo e a carta de missão. Esta última será também entregue ao Conselho Europeu. Só depois de estarem reunidas todas as condições é que começarão as audições presenciais com os respetivos comités. O processo deve arrancar em outubro para que a nova Comissão entre em funções a 1 de novembro.

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Julgamento do cartel da banca tem fase final esta semana com alegações e sentença

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Segundo o regulador, entre 2002 e 2013, mais de 10 bancos partilharam informação entre si, nomeadamente tabelas das taxas spreads a aplicar aos créditos a clientes. Sentença é conhecida esta semana.

O julgamento do processo conhecido por ‘cartel da banca’ tem esta semana a fase final, com as alegações dos bancos sobre o acórdão do tribunal europeu marcadas para quarta-feira e a leitura da sentença agendada para sexta-feira. Nos últimos anos, decorreu no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, o julgamento de recurso de 11 bancos dos multados, em 2019, pela Autoridade da Concorrência (AdC) pela prática concertada de troca de informação sensível no crédito.

Segundo o regulador, entre 2002 e 2013, mais de 10 bancos partilharam informação entre si, nomeadamente tabelas das taxas spreads (margem de lucro comercial) a aplicar aos créditos a clientes (habitação, consumo e a empresas) e os volumes de produção, tendo-os multado no total em 225 milhões de euros.

No processo, que teve origem num pedido de clemência apresentado em 2013 pelo Barclays, a AdC condenou a CGD ao pagamento de 82 milhões de euros, o Banco Comercial Português (BCP) de 60 milhões, o Santander Totta de 35,65 milhões, o BPI em 30 milhões, o Montepio em 13 milhões (coima reduzida em metade por ter aderido ao pedido de clemência), o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria em 2,5 milhões, o BES em 700.000 euros, o Banco BIC em 500.000 euros, o Deutsche Bank (cuja infração prescreveu em outubro de 2020) e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo em 350.000 euros cada um. Já à Union de Créditos Inmobiliarios coube um pagamento de 150.000 e ao Banif (que não recorreu) de mil euros.

O Abanca, também visado no processo, viu a infração prescrever ainda na fase administrativa e o Barclays, que apresentou o pedido de clemência, viu suspensa a coima de oito milhões de euros.

Durante o julgamento dos recursos, iniciado em outubro de 2021, os bancos pediram a absolvição defendendo, genericamente, que não houve combinação de preços e que a partilha de informação não lesou a concorrência. Nas alegações finais, o BCP foi especialmente crítico com este processo, considerando que houve a intenção da AdC de “promover um julgamento público e mediático dos visados”.

Os montantes diferenciados das multas também foram questionados pelos bancos, caso de BCP e BPI que acusaram de falta de fundamentação.

Em abril de 2022, a juíza Mariana Gomes Machado deu factos como provados, que os bancos trocaram entre si informação sobre preços/taxas (atuais e futuras) que não eram do domínio público ou que eram de difícil acesso e sistematização, que partilhavam valores mensais de produção e que esta troca de informação, ocorrida num mercado relativamente concentrado, “facilitou o alinhamento” e permitiu o “estabelecimento de uma coordenação informal entre as instituições bancárias”.

Contudo, ao mesmo tempo, decidiu suspender a instância e remeter ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) para que este se pronuncie sobre se os factos constituem restrição de concorrência por objeto, por não ter ficado provado se a troca de informação teve ou não efeito sobre os consumidores.

Recentemente, em final de julho, veio a decisão do tribunal europeu. O TJUE admite que a troca de informações mantida pelos bancos durante mais de uma década “pode constituir uma restrição à concorrência por objeto” e que “basta que essa troca constitua uma forma de coordenação que, pela sua própria natureza, seja necessariamente (…) prejudicial ao correto e normal funcionamento da concorrência”.

Segundo o TJUE, para que um mercado funcione em condições normais, “os operadores têm de determinar de forma autónoma a política que tencionam seguir e têm de permanecer na incerteza quanto aos comportamentos futuros de outros participantes”.

Após esta interpretação do tribunal europeu, cabe agora ao Tribunal da Concorrência decidir se os factos são ou não uma “restrição por objeto” – geralmente os tribunais nacionais seguem o entendimento do tribunal europeu – e decidir as coimas a aplicar aos factos provados (se se mantêm ou são revistos os valores da AdC).

A leitura da sentença pela juíza Mariana Gomes Machado está marcada para sexta-feira, às 14:00. Antes, esta quarta-feira, os bancos farão as alegações finais sobre o acórdão do tribunal europeu.

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Milhares de feridos em explosões de ‘pagers’ no Líbano, incluindo embaixador iraniano

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Entre os feridos, encontra-se o embaixador do Irão no Líbano. Pelo menos nove pessoas morreram e 2.800 ficaram feridas com as explosões dos pagers no país. Beirute aponta o dedo a Israel pelo ataque.

Milhares de pessoas, incluindo o embaixador iraniano em Beirute e membros do grupo xiita Hezbollah, ficaram feridas esta terça-feira no Líbano, após os seus pagers portáteis terem explodido, segundo autoridades libanesa e órgãos de comunicação estatais.

A agência noticiosa estatal libanesa noticiou que nos subúrbios sul de Beirute e noutras áreas do país “o sistema de pagers portáteis foi detonado com recurso a tecnologia avançada”. Entre os feridos, encontra-se o embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani, de acordo com órgãos estatais de Teerão.

O Ministério da Saúde do Líbano colocou todos os hospitais em alerta para receberem casos de emergência e pediu que as pessoas que possuem pagers se afastem deles. Pediu ainda aos profissionais de saúde que evitassem o uso de dispositivos eletrónicos sem fios. Fotógrafos da agência Associated Press (AP) nos hospitais da região descreveram que as urgências estavam sobrecarregadas de doentes, muitos deles com ferimentos nos membros e alguns em estado grave.

A Agência Nacional de Notícias estatal informou que os hospitais no sul do Líbano, no leste do Vale de Bekaa e nos subúrbios sul de Beirute – áreas onde o Hezbollah tem uma forte presença – apelaram para a doação de sangue de todos os tipos.

O Exército israelita afirmou que acompanha o caso. “Neste momento não há alterações nas orientações do Comando da Frente Interna. A vigilância deve ser mantida e qualquer mudança na política será anunciada de imediato”, segundo uma declaração militar, que não menciona diretamente o Líbano nem o grupo xiita libanês Hezbollah.

A declaração, a primeira das Forças Armadas desde a revelação dos acontecimentos de hoje no Líbano e que atingiram membros do Hezbollah, acrescenta que o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, realizou uma “avaliação da situação” em conjunto com a liderança militar, com “ênfase na preparação para o ataque e a defesa”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano atribuiu as explosões simultâneas, ocorridas ao princípio da tarde, a um “ciberataque israelita, no qual foi detonado um grande número de ‘pagers’”, e revelou que está a preparar uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU. “Esta deliberada escalada israelita coincide com as ameaças de expandir a guerra para o Líbano e com a sua postura intransigente, apelando para mais derramamento de sangue, destruição e sabotagem”, acusou a diplomacia de Beirute em comunicado.

No mesmo sentido, o Hezbollah afirmou em comunicado que Israel é “inteiramente responsável” por “esta agressão criminosa” e que receberá a sua “justa punição”. “Depois de examinar todos os factos, dados atuais e informações disponíveis sobre o ataque maligno que ocorreu esta tarde, consideramos o inimigo israelita totalmente responsável por esta agressão criminosa que também teve como alvo civis e matou várias pessoas”, declarou o grupo pró-iraniano no comunicado.

Entre os feridos, encontra-se o embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani, de acordo com a televisão estatal de Teerão, mas os seus ferimentos são ligeiros. No seguimento das explosões de pagers, que atingiram também membros do Hezbollah presentes na Síria, os Estados Unidos instaram o Irão a evitar quaisquer ações que possam aumentar a tensão entre Israel e o seu aliado libanês.

“Pedimos ao Irão que não utilize o mais pequeno acontecimento para tentar alimentar a instabilidade e agravar ainda mais as tensões na região”, declarou o porta-voz da diplomacia norte-americana, Matthew Miller. Segundo o ministro das Telecomunicações do Líbano, Johanny Corn, os pagers que explodiram faziam parte de um carregamento que “chegou recentemente” ao país.

Em declarações à imprensa após uma reunião do Conselho de Ministros, o governante indicou que ainda não recolheu informação suficiente sobre o sucedido, mas indicou que as baterias dos pagers aqueceram e que algumas pessoas conseguiram afastar-se dos aparelhos antes de explodirem.

“Talvez tenham sido ativados remotamente, mas não sabemos como”, acrescentou Corn, acrescentando que é mais provável que os pagers tenham sido introduzidos no Líbano para este fim. Israel está envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 8 de outubro, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com as milícias palestinianas do Hamas na Faixa de Gaza.

Na passada terça-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que as missões das forças de Telavive na Faixa de Gaza estão quase cumpridas e que o foco estava a mudar para a fronteira com o Líbano, onde o constante fogo cruzado com o Hezbollah obrigou cerca de 60.000 pessoas a fugir das suas casas.

(notícia atualizada às 20h12 com mais informação)

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Telecomunicações com “perturbações pontuais” na zona dos incêndios

Operadoras estão a acompanhar a situação dos incêndios no país e a reforçar equipas no terreno, dizem ao ECO. A Altice Portugal mobilizou cerca de 300 operacionais.

A rede de telecomunicações móveis da Altice Portugal, Vodafone e da NOS está a registar um impacto pouco significativo, “perturbações pontuais” e “incidentes” com “impacto localizado” nas zonas próximas dos incêndios a lavrar no país. As operadoras estão a acompanhar a situação e a reforçar equipas no terreno, adiantam ao ECO. A Altice Portugal mobilizou cerca de 300 operacionais para o terreno.

“A Altice Portugal está ativamente a colaborar, monitorizar e a acompanhar de perto a situação dos incêndios que lavram nas regiões norte e centro do país. Neste momento, o impacto nas nossas infraestruturas não é significativo, verificando-se uma afetação parcial de comunicações nas zonas de: Celorico de Basto, Braga; Baião, Porto; Nelas, Cinfães, Mangualde e Carregal do Sal, Viseu; Águeda, Albergaria e Sever do Vouga, Aveiro”, adianta fonte oficial da operadora dona do Meo ao ECO.

“Foram mobilizados cerca de 300 colaboradores, técnicos e operacionais, que estão, em total coordenação com a ANEPC, as forças de segurança e as autoridades locais, a implementar as manobras de reposição dos serviços afetados”, refere ainda a mesma fonte da operadora.

“A Vodafone confirma perturbações pontuais na sua rede nas localidades mais afetadas pelos incêndios. Na atual situação é inevitável que algumas infraestruturas sejam afetadas por via da perda de energia/de ligações ou de destruição de equipamentos de rádio”, adianta fonte da Vodafone Portugal ao ECO.

As equipas técnicas da Vodafone estão a acompanhar permanentemente a situação, monitorizando a rede e agindo com a máxima rapidez possível, nomeadamente disponibilizando soluções de cobertura temporária — um trabalho que está em curso. Por razões de segurança, em alguns casos a resolução de falhas depende de autorização de acesso aos locais afetados, não sendo por isso possível estimar um prazo para a reposição total dos serviços impactados“, diz ainda quando questionada sobre as equipas no terreno e para quando uma resolução de eventuais ocorrências.

“A situação está controlada. Têm ocorrido incidentes que são inevitáveis em fogos desta dimensão, que têm tido impacto localizado nos serviços de comunicações”, diz fonte oficial da NOS ao ECO.

“As equipas da NOS estão em alerta máximo e a acompanhar de perto a evolução da situação, em coordenação com as forças de segurança presentes em cada foco de incêndio”, continua a mesma fonte da operadora

“Ao mesmo tempo, reforçámos as nossas operações no terreno, de forma a atuar de forma rápida e eficaz perante as situações que possam vir a surgir, e minimizar o impacto nos nossos clientes”, diz ainda.

(última atualização às 16h47 com posição da Altice)

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Nestum apresenta nova gama de cereais com campanha da Uzina

  • + M
  • 17 Setembro 2024

A campanha está presente em TV, rádio, digital, outdoor e ginásios, e pretende ligar a familiaridade da marca ao novo perfil do produto. O planeamento de meios é da Wavemaker.

“Come a prota, Joana, come a prota” é a música que serve de banda sonora à campanha com a qual a Nestlé Portugal está a comunicar o lançamento da Nestum Pro, uma nova gama de cereais ricos em proteína. A campanha, assinada pela Uzina, é protagoniza pelo ator Tiago Teotónio Pereira, e marca a entrada da marca no segmento proteico.

Com Nestum Pro, estamos a dar um passo significativo no nosso compromisso de oferecer produtos que satisfazem as diferentes necessidades dos nossos consumidores e a reforçar o portefólio nutricional da gama. Sabemos que a procura por alimentos ricos em proteína está a crescer e, com o Nestum Pro, com 25g de proteína por 100g e sem açúcares adicionados, queremos proporcionar uma opção nutritiva, saborosa e prática, que ao mesmo tempo mantém o sabor e a qualidade que os consumidores portugueses esperam”, explica Joana Bandeira, brand manager da marca, citada em comunicado.

A campanha está presente em TV, rádio, digital, outdoor e ginásios, e pretende ligar a familiaridade da marca ao novo perfil do produto e o objetivo é levar os consumidores a reconhecer o novo Nestum Pro como uma extensão natural do sabor que conheceram na infância, agora enriquecido com proteína vegetal e sem açúcares adicionados. O conceito é reforçado por uma versão adaptada de uma música que também faz parte do imaginário infantil.

“Recuperámos uma música que todos ouvimos na nossa infância — o clássico “Joana Come a Papa”, de José Barata Moura — e alterámos ligeiramente a letra, trocando “papa” por “prota”. A música adaptada é um toque divertido que conecta as pessoas com a marca de uma forma emocional e contemporânea, reforçando a ideia de que Nestum Pro traz benefícios sem perder o sabor que todos conhecem. A partir daqui, criámos um filme com um tom divertido e que tinha como intenção quebrar com o paradigma de comunicação de produtos proteicos”, descreve Susana Albuquerque, diretora criativa executiva da Uzina.

A campanha, explica a marca, foi estrategicamente planeada para atingir um público amplo e diversificado, desde os tradicionais meios de comunicação até as plataformas digitais e espaços frequentados por adultos ativos, como ginásios. O planeamento de meios é da Wavemaker.

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Joana Ribeiro Pacheco reforça equipa de fiscal da Cerejeira Namora, Marinho Falcão

O novo reforço da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, Joana Ribeiro Pacheco, vai integrar a equipa de fiscal, na qualidade de associada principal.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão reforçou a equipa de fiscal com Joana Ribeiro Pacheco, na qualidade de associada principal. A advogada transita da RSN.

“A Joana traz consigo não só uma elevada qualidade técnica, mas também uma experiência acumulada ao longo de vários anos de prática como advogada. Não é comum encontrar perfis tão diversificados como o da Joana, capazes de acrescentar tanto valor às várias áreas do Direito Fiscal”, sublinhou o sócio Pedro Marinho Falcão.

Joana Ribeiro Pacheco possui uma vasta experiência na assessoria a clientes internacionais nas diversas áreas do Direito Fiscal, especialmente na área de Contencioso Tributário.

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Seis crianças esfaqueadas por colega em escola de Azambuja

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Os alunos têm entre 12 e 14 anos e que a criança que está em estado grave – levada para o hospital de Vila Franca de Xira – ficou com lesões ao nível do tórax e da cabeça.

Seis alunos de uma escola básica do concelho de Azambuja foram esta terça-feira esfaqueados por um colega, tendo um deles ficado em estado grave e sido transportado para o hospital, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

Em declarações à Lusa, fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Lezíria do Tejo referiu que os alunos têm entre 12 e 14 anos e que a criança que está em estado grave – levada para o hospital de Vila Franca de Xira – ficou com lesões ao nível do tórax e da cabeça.

O incidente ocorreu na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja, no distrito de Lisboa, desconhecendo-se as motivações. No local encontram-se seis ambulâncias e elementos dos Bombeiros de Azambuja e do INEM.

O Presidente da República repudiou entretanto o ataque numa escola de Azambuja e defendeu uma reflexão sobre a necessidade de educar para a paz e a tolerância. Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “lamenta e repudia o incidente esta tarde ocorrido numa escola secundária perto de Lisboa” e afirma que “nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência”.

“A família, como a escola, a comunidade local e outras instituições essenciais para a nossa vida comum não podem ser dominadas pela violência, pela agressão, pela violação dos direitos das pessoas, de todas as pessoas, nem qualquer violação destes pode justificar a violência. E tudo devemos fazer para que comportamentos como o vivido hoje, envolvendo a agressão física a colegas, professor e outro trabalhador da escola, se não repitam”, acrescenta o chefe de Estado.

O Presidente da República defende que “a situação deve ser devidamente apurada e merece não só a condenação, como a reflexão sobre a necessidade de educar para a paz, a concórdia, a tolerância e a civilidade”.

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reagiu a esta situação através da sua conta na rede social X, condenando o ataque, que classificou como “um ato isolado e um fenómeno estranho à sociedade portuguesa”, mas que “deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que atuam no espaço público”.

(Notícia atualizada às 19h34 com reações)

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