Residentes falam em “invasão ilegal”, mas presença de barcos chineses nos Açores terá sido falso alarme

  • Lusa
  • 22 Agosto 2024

O assunto foi tema nas redes sociais e um residente na ilha das Flores alertou para "uma invasão ilegal de uma frota pesqueira chinesa". O governo açoriano diz que é um caso de falsificação de dados.

O alerta para a presença de várias embarcações de pesca chinesas na Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores terá sido um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática (AIS), informou esta quinta-feira o executivo açoriano.

Segundo um comunicado do Governo Regional dos Açores, o alerta para a situação, verificada a sul e a sudoeste da ilha das Flores, no grupo Ocidental, foi dado na quarta-feira, pelas 10h30 locais (11h30 em Lisboa), após o que as autoridades iniciaram uma missão de fiscalização e patrulhamento.

“Eram 10h30 de quarta-feira quando o serviço de inspeção da Secretaria Regional do Mar e das Pescas deu alerta ao Centro de Controlo e Vigilância da Pesca, da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, para a existência de 16 navios com pavilhão da República Popular da China a sul da ilha das Flores, identificados no Marine Traffic por AIS terrestre, como sendo de pesca e que apresentavam um comportamento aparentemente não compatível com atividades e operações de pesca“, lê-se na nota.

Após o alerta, foram de imediato ativados os meios navais e aéreos das entidades participantes no Sistema Integrado de Vigilância, Fiscalização e Controlo das Atividades da Pesca (SIFICAP). De acordo com a fonte, a Marinha enviou um semirrígido da Polícia Marítima da ilha das Flores, “para efetuar uma primeira aproximação”, e a Força Aérea Portuguesa (FAP) enviou um avião P3, “para monitorização da área identificada”.

“Não obstante, mas para melhor acompanhamento imediato da situação e respetiva evolução, foram solicitados os serviços de satélite da EuropeanMaritimeSafetyAgency para concederem acesso/imagens do serviço Copernicus”, acrescenta.

A unidade naval do Comando Local da Polícia Marítima das Flores esteve no local e “não verificou qualquer navio“. Também a aeronave da FAP “fez sobrevoo da área para além da área de referência, incluindo até aos limites da ZEE nacional da subárea dos Açores e não verificou qualquer navio deste conjunto, tudo levando a crer que se trata de AIS ‘spoofing‘”, admitiu o executivo açoriano.

As ações de fiscalização foram concluídas pelas 20:30 locais de quarta-feira (21:30 em Lisboa).

O assunto foi referido em publicações nas redes sociais e a Lusa recebeu na noite de quarta-feira uma informação por correio eletrónico, enviada por um residente na ilha das Flores, a alertar para “uma ‘invasão’ ilegal de uma frota pesqueira chinesa”.

“São mais de uma dezena de navios de pesca com bandeira chinesa que estão estacionados a poucas milhas da costa da ilha e na ZEE portuguesa, presumivelmente pescando de arrasto uma série de espécies protegidas (como o atum, cuja pesca está até interditada aos pescadores portugueses)”, descrevia José Madeira.

O mesmo residente na ilha das Flores considerava a situação “inédita”: “Porque se trata da primeira vez que uma frota pesqueira chinesa viola descaradamente a Zona Económica Exclusiva de Portugal, o que está naturalmente a deixar os residentes e pescadores locais muito nervosos e preocupados”.

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Publicidade chega ao Disney+ em outubro

O novo plano "standard com anúncios" chega a Portugal a 17 de outubro. A sua subscrição vai estar disponível apenas num método mensal, cujo valor é de 5,99 euros/mês.

Em breve os portugueses vão poder optar por subscrever o serviço de streaming Disney+ através de um plano com anúncios. Esta tipologia de subscrição, que já foi implementada em outros países, chega a Portugal a partir de 17 de outubro.

O novo plano “standard com anúncios” vai estar disponível apenas num método mensal, cujo valor é de 5,99 euros/mês. Este plano de subscrição permite a visualização (até 1080p full HD) em simultâneo em dois ecrãs mas não permite downloads.

Os clientes do serviço de streaming da Disney vão dispor também da opção de assinatura “standard” – que permite ver séries e filmes sem interrupções (até 1080p full HD), em dois ecrãs em simultâneo, e fazer downloads num máximo de 10 dispositivos – que custa 9,99 euros/mês ou 99,90 euros/ano.

Já a subscrição “premium” vai possibilitar a visualização de séries e filmes sem interrupções (até 4k UHD & HDR), em quatro ecrãs em simultâneo, e fazer downloads num máximo de 10 dispositivos. O custo é de 13,99 euros/mês ou 139,90 euros/ano.

Recorde-se que atualmente, as opções de subscrição do Disney+ variam apenas entre a subscrição mensal (10,99 euros/mês), e a subscrição anual (109,90 euros/ano), pelo que a chegada do método de subscrição com publicidade vai permitir aos subscritores do serviço a poupança de alguns euros.

O lançamento do plano com anúncios no Disney+ em Portugal é uma importante evolução do serviço tanto para os consumidores, que passam a ter mais opções para aceder ao Disney+, como para os anunciantes, nossos parceiros, e para o mercado publicitário no seu todo“, entende Luís Fernambuco, VP general manager da The Walt Disney Company (TWDC) Portugal, conforme citado em comunicado.

“A partir de 17 de outubro, a TWDC Portugal passará a ter uma oferta publicitária integrada, que adicionará o Disney+ à atividade comercial que desenvolve há anos em Portugal, onde se destaca tanto pela publicidade nos canais lineares do nosso grupo — Star, National Geographic, 24 Kitchen e Disney Channel — como pela inovação e qualidade reconhecida por todo o setor na produção e implementação de formatos inovadores de branded content, eventos e outros formatos publicitários”, acrescenta.

Atualmente, o Disney+ oferece conteúdos da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic e da marca de entretenimento Star, bem como séries e filmes de estúdios como o FX, ABC, Disney Television Studios, Searchlight Pictures e 20th Century Television.

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TdC dá visto prévio ao prolongamento da concessão do Metro de Lisboa até julho de 2030

A decisão contribui para a "criação das condições de estabilidade e previsibilidade necessárias à concretização do exigente plano de investimentos em curso", entende a empresa.

O Tribunal de Contas concedeu visto prévio ao aditamento ao contrato de concessão de serviço público de transporte de passageiros do Metropolitano de Lisboa, que vai vigorar até 1 de julho de 2030. Esta decisão suporta a concretização dos planos de expansão e modernização da rede do metro.

“Esta decisão constitui um marco relevante para a criação das condições de estabilidade e previsibilidade necessárias à concretização do exigente plano de investimentos em curso e para prosseguir com a estratégia de melhoria e desenvolvimento sustentável do serviço público de transporte de passageiros pelo Metropolitano de Lisboa“, refere a empresa em comunicado.

O aditamento ao contrato de concessão permite a definição de “mecanismos equilibrados de remuneração e de monitorização rastreáveis, assegurando a definição clara das obrigações de serviço público e respetivos mecanismos de controlo”.

O Governo decidiu em março prorrogar a concessão do serviço público de transporte de passageiros à empresa Metropolitano de Lisboa até 2030, num investimento de cerca de 71 milhões de euros.

No entendimento do Governo, a prorrogação do prazo de concessão era “necessária à prossecução do interesse público” e à concretização de projetos e investimentos já em curso, considerando ser o tempo necessário para a “amortização e remuneração do capital investido pelo concessionário”.

Segundo o Metropolitano de Lisboa, o contrato de concessão “reconhece e valoriza o papel fundamental e estruturante do Metropolitano de Lisboa para a mobilidade na cidade e na Área Metropolitana de Lisboa, na promoção da utilização do transporte público, na descarbonização e na transição energética, assegura o alinhamento temporal necessário com os calendários dos investimentos de expansão e modernização em curso”.

Além disso também “define e clarifica um conjunto coordenado e coeso de métricas de eficiência e eficácia para a medição da qualidade do serviço público e dos objetivos de valorização do seu serviço e do capital humano da empresa”.

Segundo a própria empresa, o metro de Lisboa assegura o transporte de 600 mil passageiros todos os dias úteis, sendo carbonicamente neutro nas suas operações, o que contribui para o compromisso assumido por Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.

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Aposta nos Certificados de Aforro cai há nove meses

Famílias continuam sem grande interesse nos certificados do Estado como forma de rentabilizar as suas poupanças.

Os certificados continuam fora do radar das famílias portugueses, sendo que os outrora populares Certificados de Aforro registam quebras de investimento há nove meses, depois de o Governo ter cortado a taxa de juro deste produto de poupança.

Entre subscrições e resgates, os Certificados de Aforro observaram um saldo negativo de 19,29 milhões de euros em julho, mantendo a tendência que se verifica desde novembro do ano passado, período em que acumula saídas líquidas de 130 milhões. Ainda assim, estes certificados continuam a assegurar uma grande fatia da poupança das famílias: 33,9 mil milhões de euros era o valor investido no final do mês passado.

Em junho do ano passado, o Governo decidiu cortar a taxa de juro quando lançou a nova Série F e, desde então, que o interesse das famílias se desvaneceu, até porque os bancos também começaram a remunerar os depósitos de forma mais adequada.

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Quanto aos Certificados do Tesouro, que atingiram o auge antes da pandemia, há 33 meses que registam mais saídas do que entradas. Em julho registou subscrições líquidas negativas de 82,9 milhões de euros, com o valor do investimento a cair para 10,2 mil milhões.

Tudo somado, as famílias detinham 44,18 mil milhões de euros em aplicações nos certificados.

(Notícia atualizada às 12h08)

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Lucro do Crédito Agrícola cresce 30% até junho à boleia das taxas de juro

Instituição liderada por Licínio Pina contou com o ambiente de taxas de juro elevadas para melhorar os resultados na primeira metade do ano: lucrou 224,4 milhões de euros.

O Crédito Agrícola reportou um lucro de 224,4 milhões de euros no primeiro semestre, correspondendo a uma subida de 28,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Como aconteceu com a generalidade dos bancos, também a instituição liderada por Licínio Pina beneficiou do ambiente de taxas de juro elevadas, com a margem financeira – que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – a aumentar 19,3% para 398,9 milhões de euros.

Este desempenho ajudou o grupo a registar um crescimento de 14,2% no produto bancário para 520,6 milhões de euros, apesar do recuo de quase 5% nas comissões, para 74,6 milhões.

Os custos de estrutura aumentaram 6%, para 219,6 milhões de euros, um acréscimo que é justificado principalmente pelo aumento dos custos com pessoal, “devido aos impactos da implementação de um novo modelo de carreiras, do aumento do número de colaboradores e das atualizações da tabela salarial”.

Por outro lado, as imparidades e provisões baixaram 73,1%, para 7,5 milhões.

Deste modo, o Crédito Agrícola alcançou uma rentabilidade dos capitais próprios de 17,7%, um registo para o qual também contribuiu os desempenhos positivos do negócio de seguros vida e não vida.

A CA Seguros apresentou um lucro de seis milhões de euros e a CA Vida de 3,3 milhões de euros, com o resultado a crescer 15,4% em termos homólogos.

Ao nível do balanço, a carteira de empréstimos praticamente estagnou em relação ao final do ano passado, mantendo-se nos 12,1 mil milhões de euros, sendo que a quebra no crédito às famílias (-1,6% para 4,85 mil milhões) foi compensada pelo crescimento do crédito às empresas e administrações públicas (+1,8% para 7,26 mil milhões).

Já os depósitos tiveram um crescimento de 4,4% desde o início do ano, ascendendo a 20,9 mil milhões de euros.

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PIB da OCDE mantém crescimento de 0,5% no segundo trimestre

Economia dos países da OCDE manteve inalterada a taxa de crescimento, na comparação em cadeia, registada no arranque do ano.

A economia dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve o ritmo de crescimento no segundo trimestre deste ano, com uma taxa de 0,5%, de acordo com a informação divulgada esta quinta-feira pela instituição.

Embora a taxa de crescimento global do PIB da OCDE, na comparação em cadeia, tenha permanecido inalterada em 0,5% no segundo trimestre de 2024, a economia do G7 avançou mais rapidamente no segundo trimestre (0,5%) do que no primeiro trimestre (0,2%).

O crescimento acelerou nos Estados Unidos de 0,4% no primeiro trimestre para 0,7% no segundo trimestre, impulsionado principalmente por um aumento do consumo privado (0,6% face a 0,4% no 1º trimestre). A tendência também se registou no Japão, com o PIB a subir 0,8% no segundo trimestre, após uma contração de 0,6% no primeiro trimestre, ajudado pela recuperação do consumo privado (1% no segundo trimestre face a -0,6% no primeiro trimestre) e ao investimento (1,7% face a -0,9%). O PIB do Canadá também subiu (de 0,4% para 0,5%) e manteve-se inalterado em França (0,3%).

Por outro lado, a economia alemã contraiu-se ligeiramente (-0,1% no segundo trimestre, após um crescimento de 0,2% no primeiro trimestre), devido a uma queda, em particular, na formação bruta de capital fixo em máquinas e equipamentos e na construção. O crescimento também abrandou ligeiramente em Itália e no Reino Unido no segundo trimestre, para 0,2% e 0,6%, respetivamente, em comparação com 0,3% e 0,7% no primeiro trimestre. No segundo trimestre, a economia portuguesa cresceu 0,1% face ao trimestre anterior.

Na comparação homóloga, o PIB da OCDE avançou 1,8% no segundo trimestre, quando no primeiro trimestre subiu 1,7%. Já a economia do G7 cresceu 1,7%, após uma taxa de 1,6% nos primeiros três meses do ano.

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Governo cria comissão para auditar Caixa de Previdência dos advogados

A nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído.

O Governo publicou esta quinta-feira em Diário da República o despacho que determina uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras, a qual deverá estar concluída e homologada no prazo de cinco meses. A nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído.

“A complexidade da matéria em apreço, bem como o pretendido apuramento dos impactos da eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, impõem não só a realização de uma auditoria ao património, encargos e responsabilidades futuras daquela entidade, tal como recomendado pela Assembleia da República, mas também uma análise técnica rigorosa aos resultados dessa mesma auditoria em função dos modelos em que tal integração poderá ocorrer“, lê-se em Diário da República.

Este despacho vem extinguir a comissão de avaliação criada em novembro de 2023, que tinha como objetivo analisar uma auditoria, que não foi realizada, e estudar a eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, ou, em alternativa, de ponderar um novo modelo de proteção social, tendo tal comissão sido incumbida de apresentar um relatório no prazo de 12 meses.

A nova comissão será composta por sete membros: um representante da área governativa da justiça, que preside e que diligencia pela constituição e pelo regular funcionamento da comissão; um da área das finanças; outro da área do trabalho, solidariedade e segurança social; um representante da CPAS e outro da Ordem dos Advogados; um representante da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução; e, por fim, uma pessoa de “reconhecido mérito”, que será indicada por alguns dos membros anteriores. A comissão de avaliação vai iniciar funções no prazo de 45 dias após a publicação do despacho.

“Sob a égide da comissão de avaliação, é constituído um grupo técnico, composto por técnicos do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças (GPEARI) e da Direção-Geral de Segurança Social, designados pelo Secretários de Estado Adjunto e do Orçamento e pelo Secretário de Estado da Segurança Social, com a missão de elaborar, com base nos resultados da auditoria e em cálculos atuariais pertinentes, um relatório“, explicam.

Esse relatório, que deverá ser entregue no prazo de quatro meses após a criação do grupo, contemplará o estudo de três possibilidades: a plena integração dos beneficiários da CPAS na Segurança Social, com impacto financeiro neutral no sistema previdencial; a criação de um regime optativo em que os beneficiários possam escolher entre a integração na Segurança Social ou na CPAS; e a manutenção da CPAS, com melhoramentos decorrentes das possibilidades reveladas no relatório do grupo técnico.

“Tendo por base os resultados da auditoria e o relatório do grupo técnico, a comissão de avaliação deverá cumprir a missão para a qual foi constituída, apresentando o seu relatório no prazo máximo de dois meses a contar da data da entrega do relatório produzido pelo grupo técnico”, lê-se.

As iniciativas legislativas apresentadas no Parlamento para alterar as regras de proteção social dos advogados e solicitadores foram votadas na generalidade a 28 de abril e rejeitadas. Apenas passou o projeto de resolução do PS visa a realização de uma auditoria e a criação de uma referida comissão. Foram rejeitados os cinco projetos de lei – do BE, do PAN, do Livre e do Chega – que pretendiam que os advogados, solicitadores e agentes de execução passassem a poder optar pelo regime contributivo: Segurança Social ou CPAS.

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Diamante com tamanho excecional de 2.492 quilates encontrado no Botsuana

  • Lusa
  • 22 Agosto 2024

Antes da descoberta anunciada esta quinta-feira, o maior diamante recuperado no Botsuana era uma pedra de 1.758 quilates também extraída pela Lucara em 2019 e batizada de Sewelo.

A empresa diamantífera Lucara anunciou esta quinta-feira a descoberta de um diamante de 2.492 quilates numa mina no Botsuana, com um tamanho excecional, que mal cabe na palma da mão, e o maior já encontrado no país.

Esta pedra preciosa encontrada na mina de Karowe, na nordeste do país, “é um dos maiores diamantes em bruto alguma vez descobertos” e o maior já encontrado no Botsuana, disse a Lucara num comunicado de imprensa citado pela agência francesa de notícias France-Presse (AFP).

Em termos de quilates, não está longe do maior diamante conhecido no mundo, o ‘Cullinan’, com mais de 3.100 quilates, que foi descoberto na África do Sul em 1905.

“Estamos muito satisfeitos por termos recuperado este diamante extraordinário”, disse o diretor executivo da Lucara, William Lamb, citado no comunicado de imprensa.

A Lucara não especificou o valor da descoberta nem a sua qualidade, mas está prevista uma apresentação à imprensa para esta tarde em Gaborone, a capital do Botsuana, esperando-se que o diamante seja então apresentado ao Presidente Mokgweetsi Masisi.

O Botsuana é um dos maiores produtores mundiais de diamantes, que constituem a sua principal fonte de receitas. No comunicado de imprensa, a Lucara diz que as receitas dos diamantes proporcionam ao Botsuana “benefícios socioeconómicos consideráveis”, financiando “áreas essenciais como a educação e a saúde”, bem como as infraestruturas deste país de 2,6 milhões de habitantes da África Austral.

Antes da descoberta anunciada esta quinta-feira, o maior diamante recuperado no Botsuana era uma pedra de 1.758 quilates também extraída pela Lucara em 2019 e batizada de Sewelo.

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Taxas usadas na prestação da casa recuam em todos os prazos

  • Lusa
  • 22 Agosto 2024

Euribor inverteram a tendência de quarta-feira e desceram a três, seis e 12 meses. Vão a caminho da maior queda mensal em mais de uma década.

As taxas Euribor, usadas como indexante nos contratos de empréstimo à habitação, inverteram a tendência de quarta-feira e desceram a três, seis e 12 meses, mantendo-se a caminho da maior queda mensal em mais de uma década.

  • A Euribor a três meses recuou 0,001 pontos face ao dia anterior, para 3,541%, continuando acima das taxas Euribor a seis e 12 meses.
  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, desceu 0,002 pontos para 3,408%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou 0,029 pontos para 3,133%.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Candidaturas a incentivo financeiro para grandes produções de cinema e audiovisual abrem em setembro

  • Lusa
  • 22 Agosto 2024

O prazo para a apresentação de candidaturas abre a 16 de setembro e estende-se até 31 de dezembro, caso a verba de 20 milhões de euros não seja esgotada até lá.

As candidaturas ao programa de incentivo financeiro às grandes produções de cinema e audiovisual (cash refund) abrem no dia 16 de setembro, com uma dotação de 20 milhões de euros, anunciou o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Em comunicado, o ICA refere que as candidaturas devem ser apresentadas a partir das 10h00 desse dia através da plataforma específica, sendo contempladas por ordem de chegada. O prazo de candidaturas é 31 de dezembro, caso não seja esgotada a verba até lá.

De acordo com a portaria, de 28 de março, que estabeleceu as normas deste mecanismo, o ‘cash refund’ “destina-se a apoiar produções cinematográficas que efetuem em território nacional, pelo menos, 2.500.000 [de euros] de despesas elegíveis”.

“Permite, assim, diversificar as produções a realizar em território nacional, de forma complementar ao incentivo à produção cinematográfica e audiovisual no âmbito do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema (FATC) e dar resposta à procura muito elevada pelo incentivo do FATC nos anos de 2022 e 2023”, pode ler-se no mesmo texto.

Em abril, o ICA abriu as candidaturas para a primeira fase do programa de cash rebate do FATC, que tinha uma dotação de sete milhões de euros e abrangeu 20 produções.

O FATC foi criado em 2018 para apoiar e financiar iniciativas que reforcem a vertente turística do país e inclui um mecanismo de incentivo (cash rebate) para a rodagem de produções de cinema e audiovisual em Portugal.

Segundo um estudo encomendado pelo Governo anterior sobre o FATC, divulgado em março de 2023, o sistema de ‘cash rebate’ apoiou 168 projetos de cinema e audiovisual, com um investimento total de 238,1 milhões de euros, dos quais 128,7 milhões de euros foram de investimento estrangeiro. O total do montante de incentivo foi de 64,3 milhões de euros, referia o estudo.

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Nova tecnologia permite aos robôs sensação de toque sem pele artificial

  • Lusa
  • 22 Agosto 2024

Este avanço tecnológico permite ao robô detetar e interpretar o contacto humano sem a necessidade de cobrir a sua superfície com peles biomiméticas ou sensores especiais, de elevado valor.

Uma equipa de investigadores desenvolveu um avanço tecnológico que permite aos robôs ter o sentido do tato sem a necessidade de utilizar pele artificial ou instrumentalização tátil, abrindo um leque de possibilidades de interação física entre humanos e máquinas.

Esta nova abordagem, cujo desenvolvimento foi liderado por Maged Iskandar, do Instituto de Robótica e Mecatrónica do Centro Aeroespacial Alemão DLR, permite ao robô detetar e interpretar o contacto humano sem a necessidade de cobrir a sua superfície com peles biomiméticas ou sensores especiais, de elevado valor.

“O sentido intrínseco do tato que propomos neste trabalho pode servir de base para uma categoria avançada de interação física humanos-robôs que ainda não foi possível, permitindo uma mudança das modalidades convencionais para a adaptabilidade, flexibilidade e operação intuitiva“, sublinharam os autores. Os detalhes do estudo foram publicados na revista Science Robotics.

Para interagir fisicamente com os humanos, os robôs devem estar equipados com sensores sensíveis, mas duráveis, que possam detetar a força aplicada, o que pode ser dispendioso e complicado quando se lida com superfícies robóticas grandes ou curvas.

Para superar estes desafios, a equipa de Iskandar utilizou a instrumentação já integrada no sistema Safe Autonomous Robotic Assistant (Assistente Robótico Autónomo Seguro, em português), um braço robótico com sensores de ‘força e binário’ de alta resolução nas suas articulações que, além de registar a força que é aplicada, medem a posição e orientam o movimento.

Graças aos sensores e à inteligência artificial, o robô consegue detetar onde e por que ordem é tocado por um humano e, com isso, perceber com sensibilidade o ambiente que o rodeia e localizar com precisão as trajetórias táteis aplicadas no tempo e no espaço na sua superfície.

Os investigadores combinaram esta capacidade com vários algoritmos de aprendizagem para interpretar o toque aplicado e mostraram que o robô conseguia reconhecer números ou letras traçadas na sua superfície através de redes neuronais.

Assim, se um ser humano desenhar o número seis no robô, a tecnologia é capaz de interpretar que o número é de facto um seis.

Além disso, a equipa expandiu este mecanismo para incluir “botões virtuais” ou controlos deslizantes nas superfícies do robô que poderiam ser utilizados para ativar comandos ou movimentos específicos.

Os autores sugerem que esta abordagem fornece ao sistema uma sensação de toque intuitiva e precisa e aumenta a gama de possíveis interações físicas entre humanos e robôs, abrindo “oportunidades inexploradas em termos de interação intuitiva e flexível“.

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Mais de 74 mil doentes aguardam cirurgia acima do tempo máximo definido na lei

  • ECO
  • 22 Agosto 2024

Em julho eram quase 270 mil os doentes que aguardavam por uma cirurgia. Cerca de um quarto, mais de 74 mil pessoas, já tinha ultrapassado o tempo máximo de resposta definido na lei.

Embora nunca tenham sido realizadas tantas cirurgias no Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo o Ministério da Saúde, a percentagem de doentes que aguardam cirurgia acima do tempo clinicamente aceitável aumentou marginalmente.

Apesar de nos primeiros sete meses deste ano, os hospitais do SNS terem feito mais de 37 mil cirurgias do que no mesmo período do ano passado – tendo sido operados 466.668 doentes – a lista de espera cirúrgica cresceu porque a procura de cuidados de saúde voltou a subir no SNS, como tem vindo a acontecer nos últimos anos, refere o Público. Assim, em julho, eram quase 270 mil os doentes que aguardavam por uma cirurgia, sendo que um quarto (27,5%) destes – ou seja, mais de 74 mil pessoas – já tinha ultrapassado o tempo máximo de resposta definido na lei, num agravamento marginal de 0,3% em comparação com 2023.

Sobre esta “subida marginal”, o Ministério da Saúde diz que o motivo se prende com “o maior número de inscritos para cirurgia”. Isto é algo natural que aconteça, tendo em conta a existência de uma população cada vez mais envelhecida, onde mais pessoas procuram o SNS, que não tem conseguido travar o crescimento da lista de espera apesar do aumento de resposta. Este padrão está também a ser registado noutros países.

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