Decisões que rejeitam contratos a estafetas já são quase quatro vezes mais do que as que reconhecem

Das decisões dos tribunais de primeira estância que já são conhecidas, 53 não reconhecem contratos entre estafetas e plataformas, enquanto 14 admitem vínculos. Rejeições são quase quatro vezes mais.

Em pouco mais de um ano, os tribunais portugueses recusaram reconhecer contratos de trabalho entre 66 estafetas e as plataformas digitais. Ainda assim, 29 estafetas viram reconhecido um vínculo de trabalho, com base na lei que entrou em vigor em maio do ano passado. O balanço foi feito esta terça-feira pela inspetora-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entidade que ainda não conseguiu entregar ao Parlamento o relatório da fiscalização ao trabalho nas plataformas digitais.

“Fazendo uma nota daquilo que a ACT tem conhecimento, tivemos já 14 decisões de primeira instância com reconhecimento de contrato de trabalho e 53 não reconhecendo a existência de contrato de trabalho. As que não reconhecem abrangem 66 estafetas, que foram identificados pela ACT e foram participados ao Ministério Público. Das que reconhecem, são relativas a 29 estafetas“, indicou Maria Fernanda Campos, numa audição requerida pelo Bloco de Esquerda.

“É objetivo que a maioria das decisões não reconhece [os contratos]. Já a decisão dos tribunais superiores reconhece, com argumentos diferentes”, observou.

A propósito, a responsável acrescentou que, recentemente, foram conhecidos dois acórdãos do Tribunal da Relação de Guimarães, que reconhecem a existência de contrato de trabalho entre dois estafetas as plataformas, e dois acórdãos do Tribunal da Relação de Évora, dos quais um reconhece um vínculo de trabalho, enquanto outro descarta-o.

Importa explicar que na base destas decisões está a lei que veio alterar o Código do Trabalho em maio do ano passado, abrindo a porta a que os estafetas sejam considerados trabalhadores (dependentes) das plataformas, desde que haja indícios de subordinação, como a organização do tempo de trabalho e a estipulação das remunerações.

Com base nessa lei, a ACT lançou uma ação inspetiva (sobretudo entre junho e dezembro do ano passado, precisou a inspetora-geral esta terça-feira), que envolveu 403 inspetores do trabalho, e mais de três mil horas de formação.

A ACT foi para o terreno. Inicialmente em Lisboa e Porto, por serem os sítios com maior concentração de estafetas e, depois, à medida que fomos progredindo no conhecimento, fomos estendendo aos 32 serviços da ACT”, explicou Maria Fernanda Campos.

Nessas ações inspetivas, a ACT identificou um total de 2.798 estafetas, sendo que a maioria eram estrangeiros oriundos de países terceiros à União Europeia, observou a responsável. “Com 63% de nacionalidade brasileira. E Índia, Bangladesh e Paquistão com 31% dos trabalhadores”, detalhou a responsável, que notou, “por curiosidade”, que também foram identificados nacionais de Itália e Luxemburgo a trabalhar para plataformas em Portugal.

Na sequência dessa ação, foram abertos 1.765 processos inspetivos, que abrangeram 2.798 indivíduos e 139 entidades.

Maria Fernanda Campos

Inspetora-geral da ACT

“Na sequência dessa ação, foram abertos 1.765 processos inspetivos, que abrangeram 2.798 indivíduos e 139 entidades“, avançou ainda a inspetora-geral. E realçou que, dessas entidades, 16 eram plataformas, 50 eram intermediários formais e cerca de outros 70 eram angariadores e alugueres de contas.

“Formulámos 1.217 autos de notícia o e autos por inadequação do vínculo e fizemos as mesmas participações ao Ministério Público menos três, porque houve uma plataforma portuguesa que, perante o auto, voluntariamente assumiu os trabalhadores como tal, aplicando contrato de trabalho”, sublinhou ainda Maria Fernanda Campos.

Sobre a fiscalização do terreno, a inspetora-geral reconheceu ainda dificuldades. Por um lado, os inspetores encontraram “barreiras linguísticas” e tiveram de ter apoio na tradução. Por outro, depararam-se com a surpresa das plataformas, às quais tiveram de explicar como funcionaria o processo de inspeção.

A lei dita que a ACT tinha não só de fazer uma “uma campanha extraordinária e específica de fiscalização” do trabalho nas plataformas entre maio de 2023 e maio de 2024, como elaborar um relatório a ser entregue à Assembleia da República. Os deputados da Comissão do Trabalho pediram esse relatório, mas não o receberam, até ao momento.

A ACT, apesar do esforço, não conseguiu elaborar o relatório atempadamente. Está em tratamento e há de ser concluído, como determina a lei.

Maria Fernanda Campos

Inspetora-geral da ACT

“A ACT, apesar do esforço, não conseguiu elaborar o relatório atempadamente. Está em tratamento e há de ser concluído, como determina a lei”, salientou a inspetora-geral, que atirou também que há ainda um “longo trabalho pela frente” no que diz respeito à fiscalização das plataformas digitais.

A ministra do Trabalho, Maria do Rosário do Trabalho, já assinalou que o trabalho nas plataformas digitais será uma das matérias a revisitar, no âmbito da reavaliação das mudanças à lei do trabalho que foram feitas na primavera do ano passado.

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EUA preparam sanções a países que enviam equipamento militar para Rússia

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

"Já na próxima semana, vamos introduzir novas e fortes sanções contra aqueles que facilitam a máquina de guerra do Kremlin", disse a secretária norte-americana do Tesouro, Janet Yellen.

A secretária norte-americana do Tesouro, Janet Yellen, anunciou esta terça-feira que um novo pacote de sanções à Rússia terá como alvo países e empresas que facilitam o fornecimento a Moscovo de equipamento de uso militar.

Continuamos a agir contra a evasão às sanções russas e, já na próxima semana, vamos introduzir novas e fortes sanções contra aqueles que facilitam a máquina de guerra do Kremlin, incluindo intermediários em países terceiros que fornecem à Rússia materiais essenciais para as suas forças armadas”, afirmou Yellen.

Yellen falava à margem da reunião das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), que congregam líderes de todo o mundo em Washington. Estas restrições fazem parte das novas medidas tomadas por Washington nos últimos meses para impedir às forças armadas russas o acesso a tecnologia e armamento para a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após a invasão, os EUA coordenaram com a União Europeia (UE) e países aliados, como o Canadá, a imposição de sanções destinadas a isolar a economia russa do mercado financeiro internacional, nomeadamente a exclusão dos bancos russos do sistema internacional de comunicação interbancária SWIFT e sanções contra o setor energético.

Nos últimos meses, Washington e os seus aliados intensificaram as sanções contra a “máquina de guerra” russa, com restrições, por exemplo, à exportação de bens que podem ser utilizados tanto para fins civis como militares. Para contornar as sanções ocidentais, a Rússia encontrou novas maneiras de ganhar acesso a essas matérias-primas, através de países como a China, a Índia, a Malásia e a Tailândia.

Para comprar armamento, munições e drones, o Kremlin recorre a países como a Coreia do Norte e o Irão, de acordo com Washington.

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Primeiro-ministro pede responsabilidade e gestão racional da água

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

O contrato de adjudicação da futura dessalinizadora do Algarve, que representa um investimento de cerca de 108 milhões de euros, está integrado no Plano Regional de Eficiência Hídrica da região.

O primeiro-ministro apelou esta terça-feira em Albufeira à responsabilidade e a uma gestão racional do consumo de água, durante a assinatura do contrato de construção da futura dessalinizadora do Algarve, que deverá estar construída até finais de 2026.

“Nunca podemos perder o foco na responsabilização. Nunca podemos perder o foco na responsabilidade. Nunca podemos perder o foco em evitar qualquer sensação de que os problemas estão resolvidos”, disse Luís Montenegro na sessão de assinatura do contrato de conceção, construção e exploração da futura central produtora de água doce a partir de água salgada.

Na sessão, realizada em Albufeira, onde ficará instalada a central dessalinizadora, o chefe do Governo classificou a construção da infraestrutura como “um momento histórico para o país e para a região”. O projeto de construção de uma dessalinizadora em Albufeira, no distrito de Faro, é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região mais a sul de Portugal continental, integrada num pacote de medidas lançado pelo anterior Governo e que tiveram continuidade no atual executivo.

O contrato de adjudicação, que representa um investimento de cerca de 108 milhões de euros, está integrado no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, enquadrado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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PGR defende recondução do diretor nacional da PJ

O mandato de Luís Neves à frente da Polícia Judiciária já terminou em junho, mas o diretor nacional ainda continua em funções, sem o Governo ter, até agora, esclarecido se este será reconduzido.

O novo procurador-geral da República, Amadeu Guerra, defendeu, esta terça-feira, a recondução do diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves.

O mandato de Luís Neves à frente da Polícia Judiciária já terminou em junho, mas o diretor nacional ainda continua em funções, sem o Governo ter, até agora, esclarecido se este será reconduzido ou se deverá abandonar o cargo.

“Eu já trabalhei com o doutor Luís Neves. Acho que é uma pessoa dinâmica. Se for essa a escolha do Governo, por mim está tudo bem”, afirmou o procurador-geral da República, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre a recondução do diretor nacional da PJ.

“A decisão está tomada”, disse na tsegunda-feira o primeiro-ministro, à entrada da sessão comemorativa do 79.º Aniversário da Polícia Judiciária e na inauguração do Laboratório Digital Forense. Mas não adiantou quando é que esse nome iria ser revelado.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, já tinha avisado que a decisão sobre a renovação de mandato ou nomeação de um novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) seria tomada em breve, logo após a tomada de posse do Procurador-Geral da República (PGR), que decorreu no sábado, dia 12. Na passada quarta-feira, assumiu que essa escolha está quase fechada. “Em breve vai ser tomada uma decisão sobre o novo diretor da PJ. Estamos a fechar o processo e muito em breve terei novidades para dar”, disse a ministra da Justiça esta quarta-feira, à margem do 13.º Encontro Nacional da Sociedade de Advogados de Portugal (ASAP), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O atual diretor Luís Neves tomou posse a 18 de junho de 2018 pela mão da então ministra Francisca Van Dunem e foi reconduzido pela primeira vez em maio de 2021 pela mesma ministra do Governo socialista. Agora, está em gestão desde junho, estando agora limitado para tomar decisões de fundo no órgão de polícia criminal que lidera.

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Obras do metro de Lisboa com desvio de 500 milhões e atraso entre 18 e 30 meses, admite Governo

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

A secretária de Estado começou por reconhecer, na audição no Parlamento, que as notícias que tinha para dar aos deputados “não são boas, mas não são novidades”.

As obras do Metropolitano de Lisboa estão com atrasos entre 18 e 30 meses e um desvio financeiro de cerca de 500 milhões de euros, admitiu esta terça-feira a secretária de Estado da Mobilidade, garantindo, porém, a sua execução. Cristina Pinto Dias falava numa audição na comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República, em Lisboa, a requerimento do PS, sobre “atrasos nas obras do metro de Lisboa”.

Na audição, a secretária de Estado começou por reconhecer que as notícias que tinha para dar aos deputados “não são boas, mas não são novidades”, garantindo, no entanto, que “não há reversões”, nem tão pouco haveria “utilização política dos dossiês”. “Todos os projetos que recebemos nesta pasta de transição são para executar […] e não tencionamos fazer política com o assunto. Mas, à data da tomada de posse deste Governo, os atrasos verificados nas obras são um desafio para o cumprimento do calendário de financiamento comunitário. Esta é a realidade”, afirmou.

De acordo com a responsável, os atrasos nos prazos de concretização das três linhas em questão, Amarela/Verde, Vermelha e Violeta, variam entre os 18 e os 30 meses e os desvios orçamentais estão próximos dos 500 milhões de euros, com risco de comprometer fontes de financiamento comunitário, “se nada fosse feito”.

A obra de expansão da linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa abrange uma extensão de cerca de quatro quilómetros e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara – e o prazo de execução da obra, com uma extensão de cerca de quatro quilómetros, que está definido em contrato é o final de 2026.

A estação de Alcântara fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental). Em julho, o ministro das Infraestruturas disse, no parlamento, que o metro de Lisboa podia vir a falhar nos prazos para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas que mesmo assim seria mantida a prioridade na expansão da linha vermelha.

Em audição na comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, Miguel Pinto Luz disse que “o metro de Lisboa tem sido um desafio enorme” e que assumia “a possibilidade de falhar no PRR”, no recebimento de fundos europeus. Já anteriormente, o governante tinha dito que a litigância pode levar a que o metro de Lisboa falhe os prazos do PRR.

No início de agosto, o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, adiantou que o Governo iria reapreciar projetos em risco de não serem concluídos no prazo estimado de forma a não serem perdidas as verbas do PRR. O financiamento do PRR prevê um investimento no metro de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a nova Linha Violeta (metro ligeiro de superfície), que ligará o Hospital Beatriz Ângelo por Odivelas a Loures, num total de 650 milhões de euros.

Já a linha Circular, prevista inaugurar no segundo semestre de 2025, vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede e duas novas estações (Estrela e Santos), unindo as linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa. Além da construção de duas novas estações será remodelada a estação existente no Cais do Sodré. O investimento previsto na construção desta linha é de 331 milhões de euros.

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A melhor publicidade de Cannes começa a ‘rodar’ nos ecrãs da MOP

  • + M
  • 22 Outubro 2024

“O objetivo é levar para as ruas o melhor da publicidade mundial, mostrando que a criatividade pode transformar marcas e inspirar pessoas”, adianta Ana Paula Costa, representante Lions Festivals.

As campanhas premiadas na categoria Outdoor do Festival Cannes Lions vão começar, a partir desta semana, a ‘rodar’ em todos os ecrãs digitais da MOP, representante em Portugal dos festivais do Lions Festivals (Cannes Lions e Eurobest).

Sinceramente é uma ideia que já deveríamos ter realizado há mais tempo mas a verdade é que, com o surgimento dos formatos digitais, tudo se torna mais fácil”, refere Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado.

A MOP vai começar por divulgar os trabalhos da edição do Cannes Lions deste ano, mas o objetivo é criar um ciclo contínuo de exibição, dando destaque às melhores criações logo após ocorrerem os festivais Cannes Lions e Eurobest, explica a empresa.

As campanhas serão integradas numa moldura especial, que terá informações sobre o festival correspondente, destacando as peças e o contexto do prémio conquistado.

O objetivo é levar para as ruas o melhor da publicidade mundial, mostrando que a criatividade pode transformar marcas e inspirar pessoas”, adianta Ana Paula Costa, representante Lions Festivals.

 

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EDP aposta em tecnologia para reduzir tempo de instalação de parques solares em 50%

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

O projeto-piloto AutoPV pretende reduzir em metade o tempo de montagem de parques solares. Depois do teste em Espanha, o objetivo é alargar a tecnologia a outras fronteiras.

A EDP apresentou esta terça-feira uma tecnologia de automação de painéis solares no parque fotovoltaico de Peñaflor, em Valladolid. Esta tecnologia insere-se no projeto-piloto AutoPV e reduz em 50% o tempo de instalação dos painéis fotovoltaicos.

O investimento feito na operação robotizada é de 350 mil euros, como explicou a EDP ao ECO/Capital Verde. A tecnologia ficará encarregue de instalar 3 megawatts de capacidade dos totais 122 MW que estão previstos para o parque fotovoltaico, que entrará em operação no segundo semestre de 2025.

“Tratando-se de um piloto, o investimento nesta fase não é significativo. Significativo será o que esta tecnologia poderá representar para o desenvolvimento de renováveis”, indica a energética, que ambiciona “escalar” esta tecnologia para a “construção de parques solares a nível global”.

O projeto-piloto, desenvolvido pela EDP, utiliza a tecnologia de automação da empresa italiana Comau que se concretiza em duas fases. A primeira fase, denominada de hyperflex, composta por uma estação de pré-montagem dos painéis solares. A segunda fase consiste no transporte dos painéis por um veículo automatizado rover que posiciona as estruturas pré-montadas nos locais finais.

Segundo a energética portuguesa, esta tecnologia permite construir em metade do tempo as estruturas fotovoltaicas, diminui o risco de fraturas nas estruturas e nos painéis solares, o que evita custos elevados de reparação, substituição e manutenção. Além disso, esta tecnologia realiza as tarefas pesadas, como a elevação de tubos de torque com cerca de 90 quilos ou a elevação de painéis solares com cerca de 27 quilos cada.

A EDP explica que decidiu apostar nesta tecnologia uma vez que a montagem manual dos painéis tende a ser mais demorada e, assim, os operadores passam a realizar tarefas qualificadas e de precisão que exigem menos esforço físico, nomeadamente “programação, ajuste fino da estação” de montagem e operações manuais como o “aperto de parafusos [e] ajustes finais”, realizados por mecânicos.

Para além da Comau, em Espanha, a EDP investiu também na americana Terabase, uma tecnológica sediada em Berkley, na Califórnia, que permite da mesma forma automatizar a montagem de painéis solares. Desta forma, “a EDP tem acesso a várias soluções tanto na Europa quanto nos EUA”, explica a empresa.

Nos Estados Unidos, a aplicação desta tecnologia materializou-se através de um projeto-piloto realizado no Arizona, o único desta natureza “até à data”, explica a EDP. No total, foram instalados 17 MW de montagem de estruturas solares fotovoltaicas.

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Centro aprova mais 41,8 milhões de euros para reabilitar escolas

CCDR Centro diz que "já foram pagos 13 milhões de euros aos beneficiários municipais, o que significa que quase 10% do valor aprovado foi pago". 

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) aprovou mais seis candidaturas no valor de 41,8 milhões de euros para a reabilitação ou modernização de escolas dos 2.º e 3.º ciclos e secundário, no âmbito do processo de descentralização de competências. Ao todo, 36 escolas da região já têm luz verde para intervenções ao abrigo do aviso de concurso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), perfazendo um investimento total de 191 milhões de euros.

Segundo a CCDRC, “já foram pagos 13 milhões de euros aos beneficiários municipais, o que significa que quase 10% do valor aprovado já foi pago”.

Isabel Damasceno, na liderança desta comissão, considera que “a aprovação destas escolas vem reforçar a prioridade que a região atribui aos investimentos em educação”. Aliás, sustenta, “estas candidaturas respondem ao desafio lançado pelo nosso Governo de aprovar projetos com maior estado de maturidade”.

O Programa Escolas visa promover a construção, recuperação e reabilitação de 451 escolas dos 2.º e 3.º ciclos de todo o país até 2033, no âmbito do acordo setorial assinado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para a descentralização de competências da Administração Central para as autarquias.

A aprovação destas escolas vem reforçar a prioridade que a região atribui aos investimentos em educação.

Isabel Damasceno

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Centro (CCDRC)

As obras nas 451 escolas transferidas para os municípios do país deverão ser executadas até 2033, com fundos europeus e sem qualquer tipo de encargo para as autarquias. Segundo a CCDRC, “todos os investimentos a realizar deverão implementar medidas de eficiência energética, assegurando uma redução do consumo de energia primária em, pelo menos, 30%, cumprindo assim os compromissos assumidos de descarbonização e sustentabilidade”.

Este programa, que conta com um investimento global de 1.730 milhões de euros, tem previstas diferentes formas de financiamento: PRR, Programas Regionais do Portugal 2030, um empréstimo-quadro do Banco Europeu de Investimento (BEI) e através do Orçamento do Estado, detalha esta comissão.

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Portugal tem intenções de investimento “muito interessantes”, diz ministro da Economia

A fiscalidade e o licenciamento são os dois "grandes temas necessários para desbloquear o investimento em Portugal", identifica o ministro da Economia.

Portugal tem um pipeline de intenções de investimento “muito interessante”, com algumas operações em estado “muito avançado”, revelou esta terça-feira o ministro da Economia, Pedro Reis, que sublinhou que a diplomacia económica está a trabalhar muito com a Alemanha, França e Reino Unido.

“Este é um momento interessante para captar investimento em Portugal”, disse Pedro Reis, na abertura do congresso dos gestores portugueses, na Gulbenkian. “Temos um mundo volátil e o investimento em busca de amarração”, acrescentou.

A estratégia seguida por Portugal é “escolher duas ou três cadeias de valor e depois é rolo compressor”. “É essa a minha estratégia nos conselhos de competitividade” da União Europeia, acrescentou. Mas para que esta estratégia tenha sucesso é fundamental que a própria União Europeia defina um mapa e, independentemente da concorrência interna, seja definida uma leitura transversal”. Pedro Reis defende que a Península Ibérica tem “condições seletivas” e “cadeias de valor mais densificadas”, nas quais a UE deveria apostar, nomeadamente a energia, deixando para a Alemanha outro tipo de investimentos.

“Há um pipeline de investimento muito interessante com operações identificadas muitas avançadas, algumas com sinalização e cartas de conforto do Estado português”, revelou o ministro da Economia, justificando com o facto de haver uma genuína intenção de investir em Portugal”. Os “argumentos que chamam a atenção para Portugal foram reforçados e a isso se juntou a segurança da decisão de investimento”, precisou. “A matriz de decisão dos investidores tem a ver com safe harbours e, em todas, vejo Portugal”, acrescentou.

Pedro Reis avança que vê “um interesse muito focado” no alinhamento e pipeline existente de intenções de investimentos, nos “clusters verde e azul”. “Se soubermos ser competitivos e ágeis, nomeadamente na área do shipping e retrofitting, gestão dos pavilhões, materialização dos formulários, comunicação entre navios, portos e autoridades marítimas”, exemplifica, “isso depois conta para ver se somos ou não atrativos para o investimento.

Pedro Reis sublinhou que um outro cluster, que está a atrair as atenções dos investidores, “tem a ver com centros de serviços partilhados, que vão muito além dos data centers”. “É através dos centros de competência que estamos a ir buscar a indústria novamente”, disse.

Já nos setores do imobiliário e real estate os “países do Golfo têm demonstrado interesse em projetos de dimensão”. “É importante dar escala aos projetos e escala ao licenciamento em grandes áreas de reabilitação e desenvolvimento da cidade e do país”, sublinhou, recordando que foi precisamente esse o objetivo do primeiro-ministro quando em Braga anunciou a criação da Sociedade de Gestão Reabilitação e Promoção Urbana, a que o Governo dará o nome de Parque Humberto Delgado, e que “será o instrumento para pensar, projetar e ordenar o Arco Ribeirinho Sul nos municípios de Almada, Barreiro e Seixal”.

Um segundo pólo, o Ocean Campus, será entre o vale do Jamor e Algés, nos municípios de Lisboa e Oeiras, e o terceiro irá aproveitar os terrenos que serão libertados com o fim do atual aeroporto Humberto Delgado, nos municípios de Lisboa e Loures.

Reconhecendo que a fiscalidade e o licenciamento são os dois “grandes temas necessários para desbloquear o investimento em Portugal” – “nas reuniões intergovernamentais analisamos como resolver os custos de contexto”, conta –, Pedro Reis defende que se fosse possível “aprovar um pré-financiamento, com a definição das condições de investimento, o país poderia “ir muito para além dos parâmetros normais”.

Pedro Reis considera que a linha de mil milhões de euros, que recebeu recentemente luz verde de Bruxelas, é fundamental para apoiar grandes projetos de descarbonização. “É o nosso IRA, à nossa escala”, brincou numa analogia com o pacote de investimentos aprovado pelo Governo norte-americano principalmente para a descarbonização da sua economia.

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Área Metropolitana de Lisboa lança Centro de Competências em Cibersegurança

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

A Área Metropolitana de Lisboa lançou esta segunda-feira o Centro de Competência em Cibersegurança, inserido no PRR. O projeto pretende reforçar a segurança cibernética de mais de 450 empresas.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) lançou, na segunda-feira, o Centro de Competências em Cibersegurança, no Templo da Poesia, em Oeiras. O evento faz parte da primeira fase do projeto Ciber4ALL que pretende reforçar a segurança cibernética de mais de 450 entidades públicas e privadas.

O projeto pretende capacitar entidades públicas e as pequenas e médias empresas no domínio da cibersegurança, na utilização segura dos dados através da criação de condições físicas e tecnológicas para um modelo de coordenação da cibersegurança e da segurança da informação, segundo comunicado divulgado aos jornalistas.

O Centro de Competências em Cibersegurança (CCC) está inserido no projeto Ciber4ALL que tem como responsáveis a Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI), a Câmara Municipal de Oeiras, a Universidade Autónoma de Lisboa e o Instituto Politécnico de Setúbal.

A iniciativa Ciber4ALL insere-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, de acordo com o mesmo comunicado, está prevista a sua finalização até ao final do primeiro trimestre de 2026.

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Universidade do Minho faz avanços na luta contra a malária e a leishmaniose

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

Investigadores da Universidade do Minho identificaram 28 compostos ativos contra a malária e 15 contra a leishmaniose. O próximo passo do projeto PuryMal é testar os compostos em animais.

Uma equipa de cientistas da Universidade do Minho procura desenvolver um fármaco eficaz na luta contra a malária e a leishmaniose. No laboratório, os especialistas já contam com 28 compostos ativos eficazes contra a malária e 15 contra a leishmaniose.

Estes avanços científicos “são importantíssimos, pois uma das maiores ameaças de saúde pública é o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos fármacos”, explica Maria Alice Carvalho, professora e membro da equipa do Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) em comunicado divulgado pela universidade.

A instituição indica que a resistência dos parasitas destas doenças aos fármacos diminui a sua eficácia. Acrescenta ainda que a leishmaniose e a malária colocam em risco cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, sobretudo nas zonas tropicais, e provocam milhares de mortes por ano, afetando principalmente as crianças com menos de cinco anos, que representam cerca de 80% das vítimas por malária.

O projeto PuryMal teve início há três anos e os cientistas do Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) estimam que ainda pode demorar mais dez anos.

O próximo passo do projeto são os estudos em animais para comprovar a eficácia e avaliar a segurança dos compostos para os humanos. Os compostos, no caso da malária, são de estirpes resistentes e não resistentes, com baixa toxicidade para testes em animais, assegura o comunicado.

Este projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e tem como parceiros o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.

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Caso BES/GES. “Estouraram com mais de 20 mil milhões! Isto é uma coisa extraordinária”, diz Fernando Ulrich

  • ADVOCATUS
  • 22 Outubro 2024

O chairman do BPI, Fernando Ulrich, foi ouvido esta terça no julgamento do BES. Chegou a defender publicamente que as autoridades deviam ter atuado mais cedo face aos problemas no GES.

Fernando Ulrich chegou perante o coletivo de juízes e a magistrada do Ministério Público – no âmbito do processo BES – e começou a criticar o julgamento. “Eu pedia-lhe que respondesse às perguntas. A relevância ou não há-de ser aferida pelo tribunal”, respondeu desde logo a juíza Helena Susano.

Da parte da tarde foi a vez de ser ouvido o presidente do conselho de administração do BPI (chairman), Fernando Ulrich. O banqueiro, então presidente executivo do BPI, chegou a defender publicamente que as autoridades deviam ter atuado mais cedo face aos problemas no GES. Ulrich visou, nomeadamente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal (BdP) e o Governo, acrescentando que essa ação deveria ter chegado ainda em 2012, a fim de tentar evitar o que viria a ser a ruína do grupo.

Fernando Ulrich, Presidente do BPI .Paula Nunes

Ulrich falou agora sobre os sucessivos aumentos de capital do BES, com a magistrada do MP a querer saber se, na perspetiva de Fernando Ulrich, os sucessivos aumentos de capital que o BES fez eram “sinal de vitalidade”. “Se considerarmos o início de 2013 e olharmos para o período entre 2000 e 2012 — esta era uma análise que costumávamos fazer. A questão da reputação dos bancos era uma grande prioridade e eu, na apresentação de resultados, apresentava sempre um slide em que o título era ‘os bancos não são todos iguais’ e um dos quadros era o montante dos aumentos de capital dos principais bancos e o montante dos dividendos distribuídos. E o que se vê é que a CGD, BCP e BES fizeram mais aumentos de capital do que pagaram dividendos”, respondeu.

“O que é que interessa o que me está a perguntar quando estouraram 18 mil milhões de euros?”, perguntou ainda o chairman do BPI. A magistrada continua a perguntar pelas relações de empréstimo do BPI à ESI, que é também arguida neste processo. Mas Fernando Ulrich volta a criticar Ministério Público: “Assim nunca vamos chegar a lado nenhum. Isto é de tal maneira monstruoso. O que é que interessa o que me está a perguntar [empréstimo de 100 milhões de euros] quando estouraram 18 mil milhões de euros? A resposta é sim, mas de que é que isso adianta?”, questionou. Dizendo ainda que “não sou eu que estou a ser julgado, nem o BPI. Essa pergunta serve para quê?”

O Ministério Público quis saber mais pormenores sobre as ligações entre o BPI e as empresas do GES mas Fernando Ulrich avisou logo que não ia responder a algumas questões: “Amanhã levo com um processo por violação do segredo bancário”.

A conversa que teve com o governador do Banco de Portugal em 2013 também foi falada pelo chairman, sublinhando que o que o “preocupava era as consequências que esta situação do GES pudessem vir a ter no BES e que isso gerasse um problema sistémico” e que pusesse todos “em perigo como veio a acontecer”. “Estouraram com mais de 20 mil milhões! Isto é uma coisa extraordinária”, defende.

Ricardo Salgado está acusado de 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais e falsificação. A queda do GES causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Ninguém arrisca prever quando termina este julgamento, pois envolve 18 arguidos, sete empresas, 733 testemunhas, 135 assistentes e mais de 300 crimes. Um megaprocesso que já vai nos 215 volumes após uma acusação com mais de quatro mil páginas. Este que já é o maior processo judicial da história da justiça portuguesa juntou no processo principal 242 inquéritos, (que foram sendo apensados) e reuniu queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Devido à vastidão de crimes, arguidos, assistentes, testemunhas, factos e documentos que integram este caso, o processo informático do BES tem oito terabytes de informação, correspondente a muitos milhares de ficheiros.

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