Rows estende ronda e eleva para nove milhões capital levantado

Extensão de ronda, na ordem de 1,2 milhões de euros, marca a entrada da Explorer no rol de acionistas da startup de software de folhas de cálculo.

Depois de em maio ter fechado uma ronda de cerca de 9 milhões de dólares, a Rows fechou no verão uma extensão de ronda elevando para 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) o capital levantado pela startup de software de folhas de cálculo, confirmou Humberto Ayres Pereira, o cofundador da empresa, ao ECO.

“O valor total da ronda, incluindo a expansão, é 10 milhões de dólares. Nesta última tranche (a extensão) adicionamos cerca de 1,4 milhões de dólares”, precisa o também CEO da startup. “Tivemos um bocado de interesse adicional à ronda principal, e decidimos fechar uma pequena extensão. Os acionistas ficaram quase idênticos, só adicionamos a Explorer”, acrescenta.

A ronda principal de cerca de 8 milhões de euros tinha sido liderada pela Indico Capital, contando com a participação dos anteriores investidores da Rows, Cherry Ventures, Accel, Lakestar e Armilar Venture Partners, entre outros. Foi o primeiro investimento do novo fundo de 70 milhões da sociedade de capital de risco e representou a entrada de Cristina Fonseca, partner da Indico e antiga fundadora do unicórnio Talkdesk, na direção da Rows. Agora entre o lote de acionistas junta-se também a Explorer.

O valor total da ronda, incluindo a expansão, é 10 milhões de dólares. Nesta última tranche (a extensão) adicionamos cerca de 1,4 milhões de dólares. Tivemos um bocado de interesse adicional à ronda principal, e decidimos fechar uma pequena extensão. Os acionistas ficaram quase idênticos, só adicionamos a Explorer.

Acelerar a expansão da Rows nos mercados chave da empresa — EUA, Reino Unido e Europa — estava entre os objetivos da ronda conhecida em maio e que se mantêm com esta extensão de ronda. “Não muda nada”, assegura Humberto Ayres Pereira quando questionado.

“O mercado continua super interessante, com a Inteligência Artificial (IA) a transformar o setor do software muito rapidamente, e os usuários cada vez mais exigentes. Este dinheiro junta-se ao restante para nos dar margem para fazer muitas experiências que resultem numa experiência superior”, detalha.

“Continuar a crescer a presença nos EUA e continuar a desenvolver a IA (da solução da Rows)” continuam assim nos planos. Em setembro, a startup tem previsto um upgrade do software.

“Vamos lançar uma nova versão do nosso sistema de AI”, diz. “É mais de duas vezes mais rápida a responder, e instantâneo a abrir (vários segundos a carregar); responde a muito mais tarefas e tipos de tarefas, como trabalhar colunas, alterar formatos, criar gráficos, até vários comandos num só; é ⁠mais inteligente, consegue mater uma conversa e alterar pedidos anteriores”, descreve o cofundador quando questionado sobre as melhorias introduzidas.

O número de utilizadores tem vindo a crescer superando neste momento 1 milhão, atingir entre 1,1 e 1,2 milhões até ao final do ano é o objetivo.

Desde 2017, altura da sua fundação, a Rows já levantou cerca de 30 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice Labs arrefece e faz cair receitas da Altice Portugal

Conjuntura externa menos favorável está a prejudicar o desempenho do polo de inovação de Aveiro, provocando quebras nas receitas da Altice Portugal que, nos serviços empresariais, superou os 16%.

A conjuntura económica menos favorável está a arrefecer o negócio exportador da Altice Labs, prejudicando os resultados financeiros da Altice Portugal. Na primeira metade do ano, a empresa que detém a operadora Meo registou receitas de 1.409 milhões de euros, o que representa uma queda marginal de 0,57% face ao mesmo semestre de 2023.

O polo exportador da Altice em Aveiro, que já foi chamado de PT Inovação e que no passado recente representou um acelerador do crescimento da Altice Portugal, tem estado a assistir a uma quebra nas vendas, fruto do menor apetite dos compradores estrangeiros, contribuindo para uma descida de mais de 16% das receitas no segmento empresarial.

“A performance financeira da Altice Labs continua impactada pelo decréscimo de vendas de hardware e serviços para outras geografias”, admite a Altice Portugal esta quinta-feira, num comunicado com os resultados em que, pela primeira vez, discrimina quanto teria sido o crescimento das várias rubricas financeiras excluindo o impacto da operação aveirense.

E que impacto foi esse? No semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, as receitas da Altice Portugal, como referido, estagnaram, apresentando mesmo uma diminuição marginal de 0,57%, segundo contas do ECO. Mesmo assim, o lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 2,35%, para 511 milhões de euros.

Analisando apenas o segundo trimestre, de abril a junho, as receitas da Altice caíram 1,74%, para 705 milhões de euros, enquanto o EBITDA recuou 0,9%, para 252 milhões de euros, segundo a Altice Portugal.

A performance financeira da Altice Labs continua impactada pelo decréscimo de vendas de hardware e serviços para outras geografias.

Altice Portugal

O grupo não esconde estas quebras nas receitas, mas conta uma história diferente. Se se excluir o impacto da Altice Labs, a receita trimestral teria subido 4,7%, e o EBITDA teria aumentado 4%, calcula a Altice. A empresa diz mesmo que este trimestre evidenciou “crescimento nos principais indicadores operacionais, quer face ao trimestre anterior, quer face ao período homólogo”.

“A empresa reforçou a posição de mercado e continuou a expandir a base de clientes únicos, a crescer o total de RGUs telco [unidades geradoras de receita nas telecomunicações, vulgo clientes], mantendo a angariação aliada a níveis recorde de desligamentos”, ressalva a empresa liderada por Ana Figueiredo. “A base total de RGUs e Clientes Únicos continuou a crescer, fixando-se em 14 milhões e 1,7 milhões, respetivamente”, acrescenta.

Observando apenas o segmento consumo, a receita trimestral cresceu 3,6%, para 348 milhões de euros. A operadora conseguiu aumentar as receitas de serviço em 3,1%, com mais clientes e um aumento da receita média gerada por cada um deles. O total de serviços fixos aumentou 2%, a base de clientes móveis pós-pago aumentou 1,3%, superando a marca dos cinco milhões, e os clientes do serviço de televisão subiram 2,9%.

Enquanto isso, as receitas do segmento empresarial fixaram-se em 320 milhões de euros, uma queda de mais de 16%, segundo cálculos do ECO com base nos dados reportados no ano passado, mas que a Altice Portugal diz representar um crescimento de 5,8% “excluindo a Altice Labs”.

A empresa também não está a investir ao mesmo ritmo que antes, depois de ter coberto a esmagadora maioria do país com fibra ótica e dos investimentos mais pesados que teve de fazer na construção da rede 5G. Segundo os cálculos do ECO, o investimento (capex) reportado pela Altice Labs para o conjunto dos seis meses até junho foi de 194 milhões de euros, uma diminuição de 19% face ao mesmo período de 2023.

Se se tiver em conta apenas o investimento realizado no trimestre, de 95 milhões de euros, a redução face ao período homólogo chegou mesmo a superar os 26%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de desemprego recua para 6,2% em julho

Taxa de desemprego fixou-se em 6,2% em julho, o que corresponde a uma quebra em cadeia. Mas também o emprego encolheu no sétimo mês do ano.

A taxa de desemprego recuou para 6,2% em julho, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, no sétimo mês do ano, também a taxa de emprego diminuiu para 63,6%. Esse é o valor mais baixo registado no mercado de trabalho desde o início de 2023.

Comecemos pelo desemprego. Segundo a nota publicada esta manhã, ao situar-se em 6,2% em julho, essa taxa recuou 0,2 pontos percentuais face a junho, sendo que há quatro meses consecutivos que este indicador estava “preso” nos 6,4%.

Já em comparação com o mês homólogo de 2023, a taxa de desemprego estabilizou, isto é, situou-se em 6,2% tanto em julho de 2023 como em julho de 2024.

No total, no sétimo mês do ano havia, assim, 331,8 mil pessoas desempregadas em Portugal, menos 12,7 mil pessoas do que há um mês.

Quanto ao emprego, julho trouxe uma redução (tanto em cadeia, como em termos homólogos) da taxa, que se situou em 63,6%. Face a junho de 2024 e a julho de 2023, a taxa de emprego caiu 0,2 pontos percentuais, mostram os dados divulgados pelo gabinete de estatística. Assim, a população empregada encolheu para 5,04 milhões de pessoas no arranque do segundo semestre.

Com estas variações do emprego e do desemprego, a população ativa acabou também por emagrecer em cadeia em julho, para cerca de 5,4 milhões de pessoas. Em causa está uma quebra de 0,4%, o que “resultou do decréscimo de 6,8 mil pessoas da população empregada e de 12,7 mil pessoas da população desempregada”, explica o INE.

Por outro lado, a população inativa aumentou para quase 2,6 milhões de indivíduos. Em cadeia, o salto foi de 1,1%, enquanto a subida homóloga foi de 1,6%. “A evolução [mensal] da população inativa resultou, sobretudo, do acréscimo do número dos outros inativos (18,6 mil; 0,8%)“, detalha o gabinete de estatísticas.

Já a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 10,9% em julho, menos 0,1 pontos percentuais do que há um mês e menos 0,6 pontos percentuais do que há um ano. “É o valor mais baixo desde o início da série“, destaca o INE.

A subutilização do trabalho agrega não só população desempregada e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, mas também os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego.

Esta quinta-feira, o INE publicou também os dados relativos ao emprego, remunerações e horas trabalhadas no setor do comércio. “Os índices apresentaram variações homólogas de -1,3%, 5,4% e 2,4% em julho, respetivamente”, lê-se na nota publicada esta manhã. Ou seja, o emprego diminuiu, mas os salários e as horas trabalhadas aumentaram.

Atualizada às 11h43

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Financiamento de 7,4 milhões para Ensino Superior reforçar alojamento já tem ‘luz verde’

Despesa relativa ao pagamento das camas protocoladas entre as instituições do ensino superior e os estabelecimentos de alojamento dos setores público, privado e social já foi autorizada.

As Instituições de Ensino Superior já têm à sua disposição uma linha de financiamento que lhes permite assinarem protocolos com entidades públicas, privadas e do setor social para reforço de camas em residências estudantis. A autorização de despesa de 7,4 milhões de euros para o ano lectivo de 2024/2025 foi publicada esta quinta-feira em Diário da República, produzindo efeitos desde 22 de agosto, data da aprovação em Conselho de Ministros.

A intenção foi anunciada pelo Governo aquando da divulgação do Pacote de medidas para a Juventude, no qual se inclui um “plano de emergência para o alojamento estudantil com três grandes eixos de ação”. Um destes eixos era precisamente a linha de financiamento para as Instituições de Ensino Superior reforçarem o número de camas disponíveis.

Estas camas devem integrar a oferta que os Serviços de Apoio Social que cada Instituição de Ensino Superior tem à sua disposição e a sua atribuição será gerida pelos Serviços de Ação Social (SAS)”, explicou o Governo.

A resolução do Conselho de Ministros indica que “a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) fica, assim, autorizada a realizar a despesa relativa ao pagamento das camas protocoladas entre as instituições do ensino superior e os estabelecimentos de alojamento dos setores público, privado e social, para os anos de 2024 e 2025 até ao montante máximo global de 7,4 mil milhões de euros, o qual já inclui o imposto sobre o valor acrescentado”.

Os encargos resultantes desta despesa não podem exceder 1,9 milhões de euros em 2024 e 5,5 milhões de euros em 2025.

O reforço da oferta de camas usando a capacidade instalada das Pousadas de Juventude e INATEL, com o objetivo de 709 camas distribuídas pelos concelhos do Continente com Instituições de Ensino Superior, também foi publicada este mês em Diário da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Betano torna-se patrocinadora oficial global da Liga Europa e Liga Conferência

  • + M
  • 29 Agosto 2024

Depois de já ter patrocinado o Euro 2024, a Betano - que em Portugal é parceira dos três grandes - alarga a sua ligação ao futebol através do apoio a duas competições europeias até 2026/2027.

A Betano vai patrocinar a Liga Europa e Liga Conferência a nível global. A parceria tem início na presente época e estende-se até à temporada 2026/2027.

O anúncio foi feito pela UEFA, que divulgou que a empresa de gametech Kaizen Gaming – em conjunto com a sua marca Betano – seria patrocinadora oficial global da UEFA Europa League e da UEFA Conference League. A Stoiximan, outra marca da Kaizen Gaming que opera na Grécia e no Chipre, será a patrocinadora oficial de ambas as competições nesses países, refere-se em nota de imprensa.

“Perante o crescimento contínuo da Kaizen Gaming, através da oferta de uma experiência de entretenimento única suportada por políticas de jogo responsável, esta parceria com uma das organizações desportivas mais respeitadas do Mundo é um testemunho do nosso progresso e do contínuo trabalho árduo da nossa equipa“, diz Aris Dimarakis, vice-CEO da Kaizen Gaming, citado em comunicado.

Já por parte da UEFA, o diretor de marketing, Guy-Laurent Epstein, refere que se aguarda “com expectativa para ver como a Betano irá conseguir captar a paixão do futebol entre clubes europeus, para proporcionar ainda mais emoção aos fãs“. O acordo foi assinado no Mónaco, antes dos sorteios das competições de clubes masculinos da UEFA.

A Betano patrocinou este ano, pela primeira vez, o campeonato europeu de futebol. Como parte dessa parceria, a Kaizen Foundation e a UEFA Foundation For Children uniram-se de forma a apoiar o “Projeto 10.000 Sorrisos”, que permitiu que 10 mil crianças, de contextos socialmente desfavorecidos, assistissem a 40 jogos em dez estádios diferentes durante o Euro 2024.

Recentemente, a plataforma de apostas desportivas que está presente em Portugal há cinco anos apresentou uma nova imagem. Na altura, José Almeida, marketing manager da Betano Portugal, explicou ao +M a estratégia por detrás do rebranding da patrocinadora oficial do Futebol Clube do Porto, Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal, feito com o objetivo de dotar a marca de um caráter mais moderno e alinhado com a linguagem das grandes marcas mundiais.

A nova fase de grupos da Liga Europa, com 36 equipas, começa no dia 25 de setembro, enquanto a Liga Conferência, que também inclui 36 clubes, arranca oficialmente a 3 de outubro. O sorteio da fase de liga das duas competições acontece esta sexta-feira, dia 30 de agosto.

Recorde-se que a partir desta época, e entre 2024-2027, os canais em sinal aberto vão deixar de transmitir os jogos da Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência. Os direitos de transmissão são divididos entre os dois canais desportivo por cabo – Sport TV e Dazn.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confiança dos consumidores cai e clima económico estabiliza em agosto

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, "de forma moderada na construção e obras públicas e ligeiramente no comércio, tendo diminuído nos serviços".

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em agosto, após ter atingido em julho o máximo desde fevereiro de 2022, e o indicador de clima económico estabilizou, segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No mês em análise, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, “de forma moderada na construção e obras públicas e ligeiramente no comércio, tendo diminuído nos serviços”.

De acordo com o INE, a evolução do indicador de confiança dos consumidores em agosto resultou do contributo negativo das expectativas da realização de compras importantes, da situação económica do país e da evolução futura da situação financeira do agregado familiar.

Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo.

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país diminuiu em agosto, suspendendo a trajetória positiva observada desde novembro de 2022 e após ter atingido em junho o valor máximo desde fevereiro de 2022.

Quanto ao saldo das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar, “também diminuiu em agosto, interrompendo o perfil ascendente iniciado em dezembro de 2023”.

Por sua vez, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços “diminuiu significativamente no último mês, após o ligeiro aumento verificado em julho”, tendo o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentado em agosto, após ter diminuído nos dois meses anteriores, suspendendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro.

Na indústria transformadora, a confiança aumentou em agosto, após ter diminuído em julho, traduzindo o contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, enquanto as perspetivas de produção contribuíram negativamente.

O indicador de confiança aumentou em todos os agrupamentos: bens de consumo, bens intermédios e bens de investimento.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em agosto, após ter diminuído em julho, tendo a evolução no último mês refletido o contributo positivo das perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas “diminuiu ligeiramente”.

O INE detalha que o indicador de confiança aumentou nas divisões de promoção imobiliária e de construção de edifícios, e de atividades especializadas de construção, tendo diminuído na divisão de engenharia civil.

O principal fator limitativo à atividade indicado pelas empresas continuou a ser a dificuldade em recrutar pessoal qualificado, verificando-se nos últimos cinco meses um aumento da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, atingindo um novo máximo da série”, nota.

no setor do comércio, o INE dá conta de que o indicador de confiança “aumentou em julho e agosto, apenas ligeiramente no último mês, após ter diminuído no mês precedente”, traduzindo o contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa e das apreciações sobre o volume de ‘stocks’, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído negativamente.

Em agosto, o indicador de confiança aumentou no comércio por grosso e diminuiu no comércio a retalho.

Quanto aos serviços, viram o indicador de confiança diminuir em agosto, após ter aumentado no mês precedente. Segundo o INE, a evolução do indicador resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa, tendo as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído positivamente.

Os períodos de recolha de informação pelo instituto estatístico decorreram entre 1 e 19 de agosto no caso do inquérito aos consumidores, com 1.148 respostas obtidas por entrevista telefónica, e entre 1 a 23 de agosto no caso dos inquéritos às empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor desce a seis e a 12 meses e mantém-se a três meses

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram nos prazos a seis e a 12 meses e manteve-se a três meses.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram nos prazos a seis e a 12 meses e manteve-se a três meses, e preparam-se para ter a maior queda em 15 anos.

  • A Euribor a três meses manteve-se no mesmo valor de quarta-feira, 3,505%, continuando acima das taxas Euribor a seis e a 12 meses.
  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, desceu 0,015 pontos para 3,376%, depois de, na quarta-feira, ter subido 0,006 pontos para 3,391%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, desceu 0,011 pontos para 3,108%, depois de no dia anterior ter subido 0,024 pontos para 3,119%.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

S&P deve manter rating de Portugal em “A-“

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Portugal deverá manter a classificação de risco junto da S&P, mas poderá ter mudanças na perspetiva positiva, estimam os analistas.

A Standard & Poor’s (S&P) vai avaliar o rating de Portugal esta sexta-feira, mas tudo aponta para a manutenção da notação em “A-“, decidida em março, enquanto a perspetiva positiva poderá ter mudanças, estimam analistas à Lusa.

“Nesta altura, os indicadores económicos mostram-se estáveis para Portugal”, além de que “as previsões para a condução da política monetária por parte do Banco Central Europeu são de estímulo pela redução das taxas de juro”, nota Vítor Madeira, analista da Xtb.

Desta forma, “o contexto será para que a capacidade de pagar com as suas obrigações por parte do Estado sejam semelhantes com as da última avaliação, sendo para nós provável que o rating seja mantido”, considera.

Já no que diz respeito ao outlook (perspetiva), atualmente positivo, o analista da Xtb salienta que “podem sempre existir mudanças”, nomeadamente já que “o contexto macroeconómico europeu não é muito animador e é claro que este pode impactar a direção que Portugal atravessa”.

“Além disso, a recuperação económica portuguesa tem vindo gradualmente acalmar, o que também pode indicar algum período de estagnação”, sinaliza.

Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, também aponta à Lusa que “o mais provável é que haja uma reafirmação da classificação de crédito em ‘A-‘”, mas “reiterando igualmente a perspetiva positiva do rating”.

“As tendências de descida do rácio da dívida pública face ao PIB nominal e de consolidação orçamental dever-se-ão manter nos próximos meses, mas, no entanto, o ritmo deverá abrandar relativamente ao verificado nos últimos dois anos, os quais foram caracterizados por uma elevada inflação que suportou consideravelmente a melhoria das contas públicas portuguesas”, indica o economista.

O responsável destaca ainda que, “nos últimos meses, o alívio fiscal, sobretudo ao nível do IRS, o aumento da despesa pública, essencialmente motivado pela subida dos salários dos funcionários do Estado, e uma eventual desaceleração do crescimento económico, são os principais entraves à manutenção da forte queda do rácio da dívida pública nacional observada desde 2022”.

Outro “obstáculo” à revisão em alta da atual classificação de crédito é, tendo em conta o “suporte parlamentar minoritário do atual executivo em funções, uma ameaça a eleições antecipadas na votação do Orçamento do Estado para 2025 em outubro”.

O economista sublinha que, nesta avaliação, a S&P vai tentar “perceber até que ponto o alívio fiscal e o aumento da despesa pública afetam a trajetória de queda da dívida pública e o excedente orçamental verificado em 2023“, tendo também em conta o atual “momento político”.

A pesar na análise da agência de notação financeira estará igualmente o contexto internacional, que pode afetar a economia portuguesa, nomeadamente o facto de a “economia alemã continuar a marcar passo e em território recessivo” e de o mercado de trabalho nos EUA estar a apresentar “gradualmente fragilidades”.

Em março, a S&P subiu o rating de Portugal de “BBB+” para “A-“, com perspetiva positiva, levando o país, treze anos depois, a estar entre os níveis ‘A’ de todas as principais agências.

O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ana Patrícia Monteiro reforça equipa da BAS

A associada Ana Patrícia Monteiro vai dedicar-se ao acompanhamento de Parcerias Público-Privadas nas áreas de Direito Administrativo e de Contratação Pública da BAS.

A BAS reforçou a sua equipa com a integração de Ana Patrícia Monteiro, na qualidade de associada. A advogada vai dedicar-se ao acompanhamento de Parcerias Público-Privadas nas áreas de Direito Administrativo e de Contratação Pública.

“Com vasta experiência de contencioso, a sua atividade beneficiará ainda outras áreas estruturantes da atuação da BAS“, refere o escritório em comunicado.

Ana Patrícia Monteiro transita da MPABS – Menéres Pimentel, Ataíde, Bailão, Sevivas e Associados. O seu percurso conta com experiência nas áreas de Resolução Alternativa de Litígios (Arbitragem e Mediação), Insolvência, Direito Civil, Direito Administrativo e Contratação Pública, Contencioso Civil e Laboral e Contencioso Administrativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reservas de ouro do Banco de Portugal já valorizaram 19% desde o início do ano

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Banco de Portugal não comprou mais ouro nos últimos meses, mantendo a quantidade de cerca de 382,6 toneladas, mas, com a subida dos preços da onça, estas reservas já valem 27.469 milhões de euros.

O preço do ouro tem vindo a atingir máximos históricos, o que impulsiona o valor das reservas detidas pelo Banco de Portugal, que já se valorizaram 19% desde o início do ano.

O Banco de Portugal não comprou mais ouro nos últimos meses, mantendo a mesma quantidade, cerca de 382,6 toneladas, segundo indicou fonte oficial à Lusa. No entanto, o valor deste já aumentou, numa altura em que as perspetivas de corte de juros da Reserva Federal e as tensões geopolíticas têm impulsionado os preços deste metal precioso.

Esta valorização já tinha acontecido no ano passado, sendo que o Relatório do Conselho de Administração de 2023 indicava que “a quantidade de ouro detida pelo Banco não se alterou (382,6 toneladas), mas valorizou-se 9,3%”. O acréscimo de 1.993 milhões de euros face a 2022 resultou “da evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”, lê-se.

Este ano deverá acontecer o mesmo, sendo que a reserva de ouro já vale 27.469 milhões de euros, de acordo com os dados disponíveis no BPstat, o que compara com 22.978 milhões de euros no final de 2023.

O preço do ouro registou um máximo histórico na semana passada, ao atingir 2.531 dólares a onça, e tem estado a negociar em valores próximos dessa marca.

Apesar de o Banco de Portugal não estar a reforçar as reservas, existem bancos centrais a fazê-lo, o que também impulsiona os preços. Como sinalizou David Finger, Fund Manager na Allianz Global Investors, à Lusa, os bancos centrais estão a “aumentar as suas reservas de ouro para diversificar as exposições cambiais”.

Esta tendência também é destacada por James Luke, Fund Manager de Metais na Schroders, que escreveu numa nota de análise que “o agravamento das tensões entre os Estados Unidos e a China, e as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022, levaram os bancos centrais a comprarem um volume recorde de ouro como ativo de reserva monetária”.

“As mais de mil toneladas de ouro (20% da procura global) compradas pelos bancos centrais em 2022 e 2023, um ritmo que se manteve no primeiro trimestre de 2024, são potencialmente sísmicas”, considerou, apontando que é possível que a “atual dinâmica de poder incumbente/em ascensão, combinada com a fragilidade fiscal, que paira não só sobre a moeda de reserva emitida pelos EUA, mas todo o bloco económico desenvolvido, pode desencadear uma mudança sustentada para o ouro”.

Entre os bancos centrais que compraram mais ouro destacam-se os da China, Turquia e Índia, segundo o relatório de 2024 do Conselho Mundial do Ouro.

No primeiro trimestre deste ano, as reservas oficiais globais de ouro aumentaram em 290 toneladas métricas, o maior aumento no primeiro trimestre desde pelo menos 2000.

Já o banco central da Polónia tornou-se o maior comprador conjunto de ouro entre os bancos centrais no segundo trimestre de 2024 (empatado com a Índia). O presidente do Narodowy Bank Polski, Adam Glapinski, disse no início do ano que o banco central ia continuar a comprar ouro e que esperava que o metal precioso viesse a representar 20% das reservas do banco.

Como explica o Banco de Portugal, “o ouro monetário é um ativo de reserva, constituindo um meio de pagamento internacional e de reserva de valor” e no ano passado representava 57,7% dos ativos de investimento próprio da instituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo falha quase 70% das medidas urgentes do plano para a Saúde

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

O Governo definiu 15 medidas urgentes a implementar no prazo de três meses no setor da saúde, mas apenas cinco (30%) eram dadas como concluídas até à tarde desta quarta-feira.

A grande maioria das medidas inscritas no Plano de Emergência e Transformação na Saúde consideradas urgentes pelo Governo continua por implementar. O Observador noticia que apenas um terço — ou seja, cinco das 15 medidas que deveriam ter sido concretizadas num prazo de três meses — foram, de facto, concluídas, citando a ferramenta de acompanhamento do plano disponível no site do SNS.

Segundo o jornal, o Ministério da Saúde começou por confirmar esta informação, mas, após a publicação da notícia do Observador, atualizou os dados do portal, dando mais cinco medidas como concluídas. Entre elas estão a atribuição de incentivos financeiros aos partos; a requalificação dos espaços de serviços de urgência; afetação de médicos de família aos utentes em espera com a capacidade atual do setor público (ou seja, segundo o Ministério da Saúde, a contratação de 900 médicos de família); a criação de um programa estruturado de saúde mental para as forças de segurança; e a contratação de psicólogos.

Porém, especialistas ouvidos pelo Observador contestam a implementação de algumas das medidas no terreno. O bastonário dos psicólogos, por exemplo, diz que “não tem nenhuma indicação de que o processo de contratação [de psicólogos] esteja em curso” e muito menos concluído. Quanto aos incentivos financeiros para a realização de partos, o presidente da Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente indicou que seria importante avançar com a medida, que ainda não se encontra implementada. Já no que toca à contratação de 900 médicos de família, cujos concursos foram abertos pelas Unidades Locais de Saúde de forma individual (o que tem vindo a atrasar o processo), é a própria associação que representa estes profissionais a garantir que o número de colocados até ao dia de hoje “é residual”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Municípios alertam que gestão do Alojamento Local deve ser acompanhada de financiamento

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

A ANMP considera que essa gestão "deve ser devidamente articulada com os instrumentos de planeamento existentes e integrada com outras vertentes de política pública além da habitacional”.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considerou esta quinta-feira que o reforço das competências dos municípios na regulação, fiscalização e promoção do alojamento local é o mais adequado tendo, contudo, de ser acompanhado da respetiva comparticipação financeira.

“A ANMP sempre entendeu que tinha de caber aos municípios — melhores conhecedores das necessidades habitacionais das suas populações e das efetivas demandas de alojamento turístico existentes no seu território — a gestão do dossier do alojamento local”, refere o parecer da ANMP ao decreto-lei que altera o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento local e que descentraliza os poderes de regulação da atividade para os municípios, aprovado pelo Governo PSD em 22 de agosto, e a que a Lusa teve acesso.

A ANMP salienta que essa gestão deve ser devidamente articulada com os instrumentos de planeamento existentes e integrada com outras vertentes de política pública além da habitacional, nomeadamente urbanística e ordenamento do território, política fiscal e taxas e estratégias de apoio social e desenvolvimento económico definida pelos poderes locais.

“O reforço das competências dos municípios neste domínio afigura-se-nos, assim, ser a abordagem mais adequada que pode, efetivamente, contribuir para a coexistência harmoniosa entre alojamento local e habitação”, sublinha.

Mas, a ANMP vinca que essa descentralização tem de ser “como manda a lei”, acompanhada dos devidos recursos económicos e financeiros e do tempo necessário à capacitação dos serviços e elaboração/implementação dos regulamentos.

Além disso, o parecer da ANMP, que foi favorável, destaca que as alterações introduzidas em matéria de alojamento local em prédios sujeitos ao regime de propriedade horizontal “beneficiariam de melhor ponderação e reflexão, pois os impactos desta convivência podem efetivamente potenciar conflitos entre residentes permanentes e hóspedes temporários, afetando a qualidade de vida e a tranquilidade, bem como o funcionamento normal destes edifícios, devido ao aumento do tráfego de hóspedes e à sobrecarrega das infraestruturas e serviços comuns dos prédios”.

A ANMP entendeu ainda ser importante dar resposta à “indefinição/dúvidas/inoperacionalização de muitas medidas do Mais Habitação e da manutenção de alterações ao seu abrigo efetuadas, muito potenciadas pela não atualização da Plataforma do Balcão do Empreendedor, gerida pela Agência para a Modernização Administrativa”.

Em 22 de agosto, o Governo aprovou o decreto-lei com as medidas sobre o alojamento local anunciadas em 8 de agosto que, entre outras coisas, volta a remeter para as câmaras municipais a decisão de pôr fim a alojamentos locais em edifícios de habitação.

Ao mesmo tempo, as câmaras podem não decretar o cancelamento imediato do registo de alojamento local e “convidar as partes a obterem um acordo”.

Os condomínios continuam a poder opor-se a alojamentos locais, mas têm de fundamentar essa oposição “na prática reiterada e comprovada de atos que perturbem a normal utilização do prédio, bem como de atos que causem incómodo e afetem o descanso dos condóminos”.

Simultaneamente, o Governo propõe a criação de um mediador para o alojamento local.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.