Jovens Advogados e advocacia de negócios na Advocatus Summit

  • ADVOCATUS
  • 17 Maio 2024

Com Sandra Fernandes, presidente da ANJAP, José Costa Pinto, ex-presidente da ANJAP e sócio fundador da Costa Pinto Associados e Cláudia Martins Costa, vogal do Conselho Geral da Ordem dos Advogados.

A Advocatus Summit terá este ano a sua 7.ª edição a decorrer entre os dias 20 e 23 de maio, no Estúdio ECO, em Lisboa. O evento conta com o habitual almoço com os managing partners das principais sociedades de advogados e, este ano, com a presença do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a decorrer no dia 22 de maio.

No dia 20 de maio, às 11.00, podem contar com o painel “Como os jovens advogados lidam com a advocacia de negócios” (inscreva-se aqui). Com Sandra Fernandes, presidente da ANJAP, José Costa Pinto, ex-presidente da ANJAP e sócio fundador da Costa Pinto Associados, Cláudia Martins Costa, vogal do Conselho Geral da Ordem dos Advogados e advogada na NEXT – Gali Macedo & Associados. Moderação de Frederico Pedreira, jornalista da ECO/Advocatus

A edição de 2024 contará igualmente com a presença da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, dia 20 de maio, às 9h00, da juíza conselheira Dulce Neto, presidente do Supremo Tribunal Administrativo, dia 23 de maio às 17h45 e ainda da bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, dia 23 de maio, às 17h00.

Nesta 7ª edição, vamos ainda ter dois novos encontros, que decorrem no Jncquoi Club, na Avenida da Liberdade, em regime Chatham House Rule.

No dia 20 de maio, a partir das 17h30, realiza-se o primeiro, reservado, com o chairman do Citi Invesment Banking MEA (Middle East and Africa), Miguel Azevedo, sobre a economia global e perspetivas para os próximos 12 meses.

No dia 22 de maio, a partir das 17h30, realiza-se o segundo encontro com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, sobre Portugal e a geopolítica internacional.

Para além dos debates temáticos em que os 11 principais escritórios em Portugal marcam presença. O evento que liga a advocacia de negócios aos agentes económicos e mundo empresarial conta com o patrocínio da Abreu Advogados, CMS, Deloitte Legal, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Sérvulo, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda das empresas Arkeyvata, Contisystems e Moneris.

Conheça aqui o programa e inscreva-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo promete “honrar” subsídio de mobilidade das regiões autónomas

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

Ministro das Infraestruturas e Habitação vai criar grupo de trabalho para a revisão do subsídio social de mobilidade dos Açores e da Madeira de modo a "garantir os direitos dos passageiros".

O ministro das Infraestruturas e Habitação assumiu esta sexta-feira, no plenário da Assembleia da República, “o compromisso de honrar o subsídio de mobilidade” das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

A questão foi levantada por Paulo Moniz, deputado do grupo parlamentar do PSD eleito pelo círculo dos Açores, que assinalou “a importância” do subsídio social de mobilidade das regiões autónomas de Açores e Madeira “para a coesão social e territorial”.

O deputado entregou na Assembleia da República, a 29 de abril, uma proposta para a criação de um grupo de trabalho dedicado à revisão do subsídio social de mobilidade. Nesse projeto de resolução, Paulo Moniz propôs a criação de um grupo de trabalho para “análise e revisão do subsídio social de mobilidade, “uma situação que o Governo do PS anunciou em 2017, mas nunca fez avançar”.

Os social-democratas açorianos defendem que é “cada vez mais urgente uma análise séria” sobre o subsídio, alertando para a necessidade de “garantir os direitos dos passageiros” e “aperfeiçoar as condições” do apoio.

Em resposta ao deputado do PSD, o ministro Miguel Pinto Luz, que esteve esta sexta-feira no parlamento para um debate sobre política setorial, disse que vai constituir o grupo de trabalho pedido, considerando que “deve incluir as duas regiões autónomas”, que, tendo diferenças, podem ajudar “a pensar no problema em conjunto”.

O ministro assegurou ainda que o Governo vai “encontrar soluções para resolver de forma imediata o que a IGF [Inspeção Geral das Finanças] aponta como ilegalidades“.

A 11 de abril, o Ministério Público deduziu acusação contra 60 arguidos num caso envolvendo crimes de burla qualificada e falsificação de documentos relacionados com o subsídio social de mobilidade dos Açores, que terão lesado o Estado em mais de 318 mil euros.

Os governos dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) e da Madeira (PSD/CDS-PP) já criticaram os novos critérios dos CTT para o subsídio de mobilidade, entretanto revertidos.

O subsídio de mobilidade permite aos residentes nos Açores deslocarem-se para o continente a uma tarifa aérea máxima de 134 euros, sendo que todo o valor acima desta meta é ressarcido a título de reembolso pelo Estado.

Na Madeira, os residentes pagam 86 euros nas ligações ida e volta para o território continental e 119 para os Açores, valor que pode ser acrescido se exceder o teto máximo de 400 euros, sendo de 65 euros para os estudantes.

Os estudantes têm também a possibilidade de pagar apenas os 65 euros no ato da compra da passagem se o fizerem numa agência de viagens. Já os restantes residentes têm de pagar a viagem e só no fim podem ser reembolsados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lidl lança terceiro vídeo da campanha “Quem compara, compra aqui”

  • + M
  • 17 Maio 2024

Com criatividade d'O Escritório e produção da Garage, a campanha marca presença em televisão, rádio, digital, lojas e folhetos do Lidl. O planeamento de meios é da Havas Media.

O Lidl regressa com a campanha “Quem compara, compra aqui”, lançando um terceiro vídeo onde destaca a sua oferta, desta vez ao nível da carne. A criatividade é d’O Escritório e a produção da Garage.

A marca volta assim “satirizar” alguns dos “comportamentos típicos” dos consumidores, “demonstrando que a insígnia continua a ser, de facto, a escolha certa para uma compra completa”, refere-se em nota de imprensa.

No spot, uma mulher liga a um homem (que está no seu trabalho, a meio de um jogo de futebol) a pedir-lhe o favor de ir a um supermercado perguntar se têm carne dos Açores. Quando a resposta é negativa, vê-se então a senhora a realmente colocar no carrinho das compras uma embalagem de carne dos Açores do Lidl.

A campanha marca presença em televisão, rádio, digital, lojas e folhetos do Lidl. O planeamento de meios ficou a cargo da Havas Media.

Com um “tom descontraído, acompanhado do humor já característico da marca”, a campanha é composta por quatro filmes, que “representam todos aqueles que se consideram especialistas em comparar os mais ínfimos detalhes de um produto no momento pré-compra”, refere-se em nota de imprensa.

Neste que é o terceiro filme, a marca comunica assim a oferta de produtos de carne do Lidl, sendo que o próximo spot vai incidir na secção de pastelaria e padaria. Anteriormente foram abordados os laticínios Milbona e as frutas e legumes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Da Microsoft à Delta, estas são as empresas “mais atrativas” para trabalhar

Microsoft, OGMA e Delta Cafés são empresas mais atrativas para trabalhar em Portugal, segundo a Randstad, que ouviu cinco mil profissionais. Salários são o que mais pesa na escolha de empregador.

Afinal, que empresas são “mais atrativas” para se trabalhar em Portugal? Cinco mil profissionais de diferentes setores, idades e qualificações responderam a essa questão e a tecnológica Microsoft voltou a conquistar a medalha de ouro. A completar o ranking estão a aeronáutica OGMA e a Delta Cafés, de acordo com o estudo publicado esta sexta-feira pela empresa de recursos humanos Randstad.

“Este ano, a Microsoft volta a figurar no ranking como a empresa mais atrativa para trabalhar, o que tinha já acontecido em 2023. Neste pódio, segue-se a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal e a Delta Cafés, que esteve também no ano passado destacada como uma das três melhores empresas para trabalhar em Portugal“, anunciou esta manhã a Randstad.

No último ano, a Delta Cafés tinha ficado em segundo lugar e a completar o pódio tinha estado a Hovione. Já este ano, a Delta Cafés desceu uma posição, perdendo a medalha de prata para a OGMA, enquanto a Hovione aparece agora em quarto lugar.

A concluir o top dez estão ainda a Nestlé, a Bosch, a RTP, os Hotéis Real, a ANA – Aeroportos de Portugal e o Banco de Portugal.

“Relativamente aos setores, é a área da saúde aquela que se destaca como sendo a mais atrativa para trabalhar, seguindo-se os setores do turismo, desporto e entretenimento, aviação e indústria“, assinala a Randstad, que ressalva que a atratividade da saúde pode ter sido impulsionada pela Hovione.

A propósito, no setor da saúde, além da Hovione, também a Lusíadas Saúde e o Hospital da Luz estão em destaque, como mostra a tabela abaixo, que indica os empregadores “mais atrativos” em cada setor.

Em reação a estes resultados, o CEO da Randstad Portugal, Raul Neto, sublinha que, “numa altura em que tanto se fala de escassez de talento, saber aquilo que é mais valorizado pelos profissionais numa decisão de emprego é determinante para conseguir construir uma estratégia de atração e retenção“.

Salário pesa, mas não é o único fator relevante

O estudo divulgado esta sexta-feira mostra também que fatores pesam no momento em que o trabalhador está a escolher para que empregador exercer funções. Sem surpresa, o salário é o mais relevante. Mas o grau de importância dado a outros critérios tem vindo a crescer nos últimos três anos, observa a Randstad.

Assim, os cinco critérios mais pertinentes na escolha de um empregador, neste momento, são o salário e os benefícios (73%), seguindo-se o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (66%), o ambiente de trabalho (65%), a progressão de carreira (61%) e a segurança do emprego (59%).

“Vimos que são as mulheres quem dá maior importância ao ambiente de trabalho, tal como os profissionais com níveis de educação mais elevados. Por sua vez, e se olharmos para aquilo que as diferentes gerações valorizam, vimos que o top três se mantém, com exceção dos baby boomers que colocam em pé de igualdade o ambiente de trabalho e equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional no segundo lugar“, pormenoriza o estudo agora conhecido.

O que leva trabalhadores a mudar de emprego?

Da mesma forma que são o fator mais importante na escolha de um empregador, os salários são também o que pesa mais no momento de decidir continuar ou não num posto de trabalho.

“A remuneração demasiado baixa (54%), seguido do objetivo de melhorar equilíbrio entre vida pessoal e profissional (42%) e a falta de oportunidades de desenvolvimento (40%) são os três principais motivadores para procurar novo desafio profissional“, observa a análise da Randstad.

Esta vontade de mudar de emprego é maior nas gerações mais jovens, com os profissionais da geração Z a serem simultaneamente aqueles que mudaram mais de emprego no último ano e os que planeiam mudar no próximo.

Além disso, é de salientar que um quinto dos trabalhadores considera que não lhe são dadas oportunidades de desenvolvimento suficientes, o que “resulta numa maior tendência para abandonar o empregador (43%) face aos que têm oportunidades suficientes (15%)”.

“A análise revela que ainda ter oportunidades de qualificação e requalificação é importante para uma grande maioria dos trabalhadores portugueses (83%)”, sublinha a empresa de recursos humanos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 100 empresas de Loulé distinguidas com Prémio PME Líder

Com atividade nos setores do comércio, informática, hotelaria e turismo, reparação automóvel ou prestação de serviços, estas 107 empresas de Loulé atingiram lucros de 32 milhões de euros.

Um total de 107 empresas do concelho de Loulé — que geraram um volume de negócios acima dos 300 milhões de euros em 2023foram distinguidas com o Prémio PME Líder. E metade delas recebeu o Prémio PME Excelência pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e pelo Turismo de Portugal, contabiliza o município algarvio.

Com atividade nos setores do comércio, informática, hotelaria e turismo, reparação automóvel ou prestação de serviços, estas empresas atingiram ainda “32 milhões de euros de resultados líquidos, um ativo líquido no balanço conjunto de mais de 500 milhões de euros e uma rentabilidade dos capitais próprios acima de 10%”, contabiliza a autarquia em comunicado.

Estas empresas apresentam ainda uma autonomia financeira de 64%, ou seja 20 pontos percentuais acima da média nacional, aponta o município liderado por Vítor Aleixo. “Este é um número muito significativo quando comparado com o contexto nacional” e com “empresários de grande qualidade e de grande capacidade competitiva”, assinala Nuno Gonçalves, membro do Conselho Diretivo do IAPMEI.

Trata-se do “pelotão da frente das pequenas e médias empresas [PME] em Portugal que é muito importante, desde logo, na geração de emprego, de valor acrescentado para o país, nas exportações, mas, acima de tudo, pelo papel social fundamental que desempenham”, frisa Nuno Gonçalves.

É o pelotão da frente das pequenas e médias empresas [PME] em Portugal que é muito importante, desde logo na geração de emprego, de valor acrescentado para o país, nas exportações, mas, acima de tudo, pelo papel social fundamental que desempenham.

Nuno Gonçalves

Membro do Conselho Diretivo do IAPMEI

O presidente da câmara de Loulé considera que estas distinções são “um desafio para a autarquia responder com qualidade ao nível da criação de serviços e de infraestruturas que permitam atrair mais investimento” e cada vez mais empresas que se fixem no território e criem mais emprego. O município assegura que já tem trabalho feito nesse sentido no que concerne à melhoria da rede viária, da prestação de cuidados de saúde, da educação ou da reabilitação dos espaços públicos.

Atualmente, existem no concelho duas áreas empresariais: uma em Loulé, com 218.000 metros quadrados e onde estão instaladas mais de 195 empresas, uma associação empresarial, um ninho de empresas, entidades formadoras e outros serviços complementares; e um outro centro empresarial em Vilamoura com 115 empresas do ramo da construção civil, reparação naval, distribuição alimentar ou serviços de apoio ao turismo, distribuídas por 158.321 metros quadrados.

Entretanto, o município já enviou uma proposta de revisão do PDM de Loulé à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve no sentido de alargar o perímetro destes dois polos, com vista ao “crescimento empresarial e económico do concelho”.

Vítor Aleixo destaca ainda da vertente da sustentabilidade social ambiental nas empresas. “Os empresários têm uma responsabilidade de primeira linha na sustentabilidade quando gastam menos luz e menos água, instalam painéis fotovoltaicos, substituem relva por espécies autóctones”. Ou até “quando compram a produção agrícola local ou proporcionam aos seus colaboradores ordenados mais dignos, estão a ser sustentáveis”, completa o autarca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pérez-Llorca assessora Grupo DIA na venda da sua atividade em Portugal ao Grupo Auchan

Segundo revelou o escritório, a transação foi avaliada em 155 milhões de euros e representa o desinvestimento pelo Grupo DIA de toda a sua atividade em Portugal.

A Pérez-Llorca assessorou o Grupo DIA em todos os aspetos jurídicos da venda da sua atividade em Portugal, incluindo os ativos afetos aos estabelecimentos Minipreço, ao Grupo Auchan. Segundo revelou o escritório, a transação foi avaliada em 155 milhões de euros e representa o desinvestimento pelo Grupo DIA de toda a sua atividade em Portugal.

“A Pérez-Llorca liderou o processo, contando inicialmente com a colaboração da sociedade de advogados portuguesa Vieira de Almeida para as questões jurídicas de Direito Português. A transação foi concluída em conjunto com a equipa da Pérez-Llorca em Portugal, que se juntou ao projeto assim que a Sociedade começou a operar neste mercado”, explicaram em comunicado.

A equipa da Pérez-Llorca Portugal envolvida na operação foi composta pelos sócios Adolfo Mesquita Nunes, Carlos Vaz de Almeida e Rodrigo Nogueira e pelos advogados Inês Dias Lopes, João Carvalho, João Policarpo, Mariana Cabana e Rita Braga Themido, A partir de Madrid, a equipa foi liderada pelo sócio Pablo González Mosqueira e pelo advogado Ignacio Mozo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ikea lança campanha de apoio à comunidade LGBT+ em situação de sem-abrigo

  • + M
  • 17 Maio 2024

A campanha surge no âmbito do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, assinalado no dia 17 de maio.

“Dar abrigo ao orgulho” é a campanha lançada pela Ikea, que visa “dar esperança à comunidade LGBT+ em situação de sem-abrigo”. A campanha surge no âmbito do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, assinalado no dia 17 de maio.

No âmbito desta campanha, aqueles que visitarem uma das cinco lojas da marca entre os dias 17 e 19 de maio podem escrever mensagens de apoio, as quais são depois reproduzidas em mantas Ikea, para serem doadas a centros de abrigo.

Na Ikea, pretendemos ser um aliado neste caminho pela defesa dos direitos da comunidade LGBT+. Sabemos que muitas pessoas são excluídas e marginalizadas ao assumir a sua orientação sexual ou identidade de género – mesmo nas suas próprias casas. E porque acreditamos que todos temos direito a uma casa, onde podemos ser nós próprios, um espaço de aceitação e amor, ficamos especialmente preocupados com o crescente número de pessoas em situação de sem-abrigo, nomeadamente da comunidade LGBT+”, diz Cláudia Domingues, diretora de comunicação da Ikea Portugal, citada em comunicado.

Vamos, por isso, continuar a ser uma voz ativa e contribuir para a inclusão de todos os que sofrem de discriminação no seu dia a dia, apoiando também as fantásticas equipas que estão diariamente no terreno, a cuidar de quem não tem casa“, acrescenta.

Tal como já tem acontecido em anos anteriores, entre 17 e 19 de maio, as lojas da marca em Portugal também vão hastear a “Bandeira do Progresso”, símbolo do movimento social pela inclusão e direitos LGBT+.

Já durante o mês de junho, no âmbito da celebração do Pride, a Ikea une-se à Opus Diversidades para desenvolver um workshop especializado para instituições que trabalham com pessoas em situação de sem-abrigo, nomeadamente o Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA), onde serão dadas a conhecer ferramentas para acolher a população LGBT+ dentro desta comunidade”, adianta-se em nota de imprensa.

O presidente da Opus Diversidades, Hélder Bértolo, refere que esta iniciativa é importante tendo em conta que “a maioria das instituições, que trabalha com pessoas em situação de sem-abrigo, não tem conhecimento ou formação sobre como abordar ou trabalhar com membros da comunidade LGBT+”.

“Estudos recentes estimam que entre 20% a 40% da comunidade de pessoas em situação de sem-abrigo pertence à comunidade LGBT+, embora representem apenas 5 a 10% da população em geral, e este dado deve alarmar-nos a todos”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Na Corticeira Amorim, o aumento dos juros não penaliza a decisão de investir”, diz CFO

  • ECO
  • 17 Maio 2024

A administradora financeira da Corticeira Amorim garante que "o aumento das taxas de juro vem penalizando a conta de resultados, mas não a decisão de investir".

Cristina Rios Amorim

Cristina Rios Amorim, administradora financeira da Corticeira Amorim, considera que “estão reunidas as condições para se assistir ao corte das taxas de juro diretoras”, embora “receie que, no curto prazo, esse corte não seja expressivo”. A candidata ao prémio de melhor CFO dos Investor Relations and Governance Awards, da consultora Deloitte, garante que os planos de investimento da empresa não foram penalizados.

A persistência de taxas de juro mais elevadas por mais tempo é o principal desafio que os CFO irão enfrentar este ano? Que outros destacaria?

O aumento das taxas de juro, uma das medidas visando o controlo e redução da inflação, colocaram a todos os agentes económicos dificuldades acrescidas e obrigaram a maior rigor na gestão financeira, com reflexos no consumo e no investimento. Com a aparente estabilização da taxa de inflação em níveis consentâneos com os preconizados pelas autoridades financeiras, julgo que estão reunidas as condições para se assistir ao corte das taxas de juro diretoras, embora receie que, no curto prazo, esse corte não seja expressivo.

Como é que a empresa se adaptou a este contexto de taxas de juro mais altas? Os níveis de investimento tiveram de ser revistos? Foi necessário cortar custos?

Na Corticeira Amorim, o aumento das taxas de juro vem penalizando a conta de resultados, mas não a decisão de investir. Aliás, coincidiu com um período de fortes investimentos, porque o plano de investimento decorre da estratégia e da visão que temos do negócio a longo prazo: a expansão da atividade, o reforço das vantagens competitivas, o desenvolvimento tecnológico, a eficiência dos processos e a capacitação das nossas pessoas. A acrescer, adquirimos participações relevantes na Saci (50%), no Grupo VMD (55%) e mais um importante ativo florestal – a Herdade de Rio Frio.

Registámos um aumento da dívida e, neste enquadramento, um relevante aumento do custo da dívida. A Corticeira Amorim monitoriza e gere ativamente o seu perfil de dívida, nomeadamente em termos de distribuição entre curto e médio-longo prazos, estrutura de maturidades e o mix taxa variável vs taxa fixa. Nesse âmbito, a Corticeira Amorim dispunha, à data de fecho do exercício de 2023, de um relevante montante de 83,3 milhões de euros de financiamento a taxa fixa, contratado a médio-longo prazo, que nos permitiu registar, em termos consolidados, um all-in-cost da dívida inferior ao nível das Euribor, apesar do aumento da dívida ocorrido.

Uma parte significativa deste endividamento (quase 40%) está, também, alinhado com a nossa estratégia ESG e, por isso, é financiamento sustentável, implicando o cumprimento de condições mais abrangentes do que as inerentes aos financiamentos tradicionais, nomeadamente critérios sociais e ambientais. Com vantagens comparativas interessantes, são também ferramentas eficazes para apoiar o crescimento económico sustentável, tanto nas nossas próprias operações como na cadeia de valor. Em 2023, promovemos a primeira linha de financiamento ESG para fornecedores de matéria-prima cortiça em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, que podem beneficiar de um desconto no spread de financiamento em função do desenvolvimento das práticas ESG e de gestão florestal, visando incentivar os fornecedores a adotar práticas de gestão responsáveis e sustentáveis, contribuindo assim para um impacto ambiental e social mais positivo.

Que impacto é que os avanços na inteligência artificial poderão ter no negócio?

Vejo os avanços da inteligência artificial com otimismo. Conhecemos já o valor das suas aplicações mais correntes, como o tratamento de dados, a automatização de tarefas repetitivas, otimização de tempos e métodos, auxiliando na tomada de decisões e contribuindo para a redução de riscos e de custos.

Como é que os temas do ESG estão a mudar o papel dos CFO?

Os temas ESG estão a mudar – mudaram já – a definição de empresa, alterando substancialmente as responsabilidades tradicionais dos seus principais gestores, incluindo as do CFO. O alinhamento da nossa atividade pelos ODS, tomando também em conta as expetativas dos nossos stakeholders, as metas ESG que estabelecemos para os nossos resultados ambientais e sociais, obrigam a uma atuação concertada a todos os níveis da empresa e disclosure detalhado verificável.

Apesar da complexidade na sua implementação, o novo quadro regulatório europeu para a sustentabilidade é uma oportunidade para uma avaliação sistemática dos temas materiais associados à atividade da empresa. Não trazendo práticas ou estratégias novas, propõe um disclosure mais estruturado e abrangente, uma visão holística do negócio, integrando toda a atividade e todos os seus impactos: na própria empresa, na cadeia de valor, na sociedade e no planeta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores do parque industrial temem consequências de paragens e lay-off na Autoeuropa

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

Em meados deste mês, a administração da fábrica de Palmela anunciou duas paragens de produção temporárias, com aplicação do lay-off, num período de oito dias em junho e de 13 dias em julho.

As Comissões de Trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa estão preocupadas com as consequências das paragens de produção e do recurso ao lay-off da fábrica de automóveis de Palmela para as duas dezenas de empresas fornecedoras.

O recurso ao lay-off [na Autoeuropa] deixa-nos mais preocupados com a incerteza de como as empresas fornecedoras reagirão a esta forma de paragem de produção“, lê-se num comunicado divulgado pela Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, que se reúnem na terça-feira.

A administração da fábrica de automóveis Volkswagen/Autoeuropa anunciou no passado dia 9 de maio a intenção de fazer duas paragens de produção temporárias, com aplicação do lay-off, num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, devido a uma reestruturação para a descarbonização da fábrica.

No comunicado, a coordenadora recorda que as anteriores paragens de produção, em que a administração da Autoeuropa recorreu ao lay-off, afetaram principalmente trabalhadores temporários e contratados a termo, que viram o seu vínculo contratual terminar e que foram colocados no desemprego.

A coordenadora refere ainda que, durante as anteriores paragens de produção na Autoeuropa, os trabalhadores de empresas do parque industrial sofreram quebras de rendimento de 5%, 10% ou mesmo de 33%, que, neste último caso, significa uma redução de um terço do salário nos dias de paragem.

A reunião das comissões de trabalhadores das empresas do Parque Industrial da Autoeuropa está marcada para as 8h30 da próxima terça-feira, dia 21 de maio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Descida dos juros vai contribuir para que Portugal “continue a registar taxas de crescimento razoáveis”

  • ECO
  • 17 Maio 2024

O administrador financeiro do BCP, Miguel Bragança, espera "um alívio das condições financeiras, que deverá contribuir para um maior dinamismo do consumo privado e do investimento".

Entrevista IRGAwards 2023 com Miguel Bragança, Vice-Presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP - 23JUN23
Entrevista IRGAwards 2023 com Miguel Bragança, Vice-Presidente da Comissão Executiva do Millennium BCPHugo Amaral/ECO

Miguel Bragança, administrador financeiro do BCP, é um dos nomeados na categoria de melhor CFO nos Investor Relations and Governance Awards 2024, uma iniciativa da consultora Deloitte. Em resposta por escrito a questões do ECO, o gestor afirma que o contexto de subida das taxas de juro obrigou o banco a adaptar os produtos e serviços, mas espera agora um alívio na política monetária do BCE, que “deverá contribuir para um maior dinamismo do consumo privado e do investimento”.

A persistência de taxas de juro mais elevadas por mais tempo é o principal desafio que os CFO irão enfrentar este ano? Que outros destacaria?

Uma equipa de gestão, da qual o CFO é parte integrante, enfrenta constantes desafios, sendo por isso muito importante para o exercício das suas funções garantir que tem à sua disposição os dados que permitam tomar decisões informadas sobretudo em contextos de incerteza, como o que vivemos atualmente.

Ao longo dos últimos anos vivemos um período prolongado de taxas de juro negativas, que não espelham o normal funcionamento dos mercados. Não me recordo de ter tido contacto nos compêndios de macroeconomia com cenários de taxas de juro nominais negativas, pelo que foi necessário encontrar novas formas de gerir uma entidade financeira num contexto extremamente desafiante. Importa recordar que as taxas de juro de facilidade permanente de depósitos do BCE entraram em terreno negativo em 2014 tendo atingido o valor de -0,5% em 2019, passando apenas para terreno positivo na 2ª metade de 2022, atingindo valor máximo de 4% em setembro de 2023. Assim, o que se verificou com a subida das taxas de juro, deve ser encarado como a sua normalização progressiva.

De qualquer forma, o cenário que está implícito nas curvas de taxa de juro de mercado é de alguma redução dos atuais níveis dentro dum contexto de normalidade, o que deverá aliviar o esforço financeiro das famílias e empresas.

Em qualquer caso, o contexto de incerteza tenderá a manter-se, visto a globalização condicionar a atividade e decisões dos agentes económicos, através de fatores exógenos, como sejam a instabilidade geopolítica no médio oriente, a persistente guerra entre a Ucrânia e a Rússia, bem as alterações de modelos de negócio associadas aos desenvolvimentos tecnológicos.

Enquanto CFO de um Banco não deixa de ser importante referir que ao longo dos últimos anos, e em 2023 em particular, o sistema bancário mostrou ser muito resiliente perante a turbulência enfrentada por força da gestão cuidadosa dos diferentes riscos, incluindo os de crédito e os desafios pontuais de acesso aos mercados, até pelas dificuldades pontuais enfrentadas por outros sistemas bancários.

Como é que o banco se adaptou a este contexto de taxas de juro mais altas? Foi necessário cortar custos?

Como acima comentado, este nível de taxas de juro reflete essencialmente a sua normalização. Para uma instituição financeira, diria que as maiores preocupações associadas à subida das taxas de juro são o acompanhamento e monitorização do risco de crédito de particulares e empresas assim como a gestão integrada de ativos e passivos, garantindo também um adequado equilíbrio entre os objetivos de rentabilidade e o contributo para o crescimento da franquia e para a economia.

Enquanto responsável financeiro de um banco, que tem como objetivo proteger os depositantes, simultaneamente concedendo crédito sustentável às famílias e empresas, tivemos de adaptar as diferentes soluções de produtos e serviços a este novo contexto de taxas de juro bem como as necessidades particulares dos diferentes segmentos de clientes garantindo a gestão adequada dos riscos de taxa de juro e liquidez.

Prevê um alívio nas condições financeiras ainda este ano?

Atualmente, as previsões dos investidores e as indicações dadas pelo BCE sugerem que o ciclo de redução de taxas de juro se irá iniciar nos próximos meses. Neste contexto, é expectável um alívio das condições financeiras que deverá contribuir para um maior dinamismo do consumo privado e do investimento e, por conseguinte, para que a economia portuguesa continue a registar taxas de crescimento razoáveis nos próximos trimestres.

Que impacto é que os avanços na inteligência artificial poderão ter no negócio?

Acredito que a adequada utilização de novas tecnologias é um dos principais temas da atualidade com benefícios significativos, quer para as empresas quer para os consumidores, ao nível da qualidade das decisões e dos ganhos de produtividade. A inteligência artificial, que alavanca uma crescente capacidade analítica de dados, permite acréscimos de produtividade ao automatizar um vasto conjunto de operações e rotinas e antecipar necessidades específicas dos clientes, gerando propostas individualizadas num curto espaço de tempo.

Como é que os temas do ESG estão a mudar o papel dos CFO?

Os temas ESG são muito relevantes para as instituições e não podem ser reduzidos a uma mera obrigação regulamentar. A preocupação das empresas com os temas ambientais, sociais e de governance deve ser encarada como uma necessidade de desenvolvimento das mesmas, garantindo desta forma a sua sustentabilidade no futuro. Importa assim aplicar medidas adequadas que visam, não apenas cumprir com os requisitos regulatórios, mas que garantam a sustentabilidade ambiental, a intervenção na sociedade, bem como a aplicação das práticas mais adequadas em termos de governo das sociedades.

O BCP tem-se assumido como um protagonista no processo de transição energética no setor financeiro com diferentes iniciativas, por exemplo, com a implementação de uma central fotovoltaica nas instalações onde funcionam os serviços centrais do TagusPark. Posteriormente, o Banco passou a utilizar 100% de energia verde nas suas instalações em Portugal, tanto nos serviços centrais como nas sucursais, num mix de energia produzida pela central fotovoltaica e de energia adquirida com certificados de origem renovável. O consumo de energia verde faz parte do Plano de Sustentabilidade do Banco, que contempla, entre outros, a redução contínua dos consumos de água e papel em todo o mundo. No global, as medidas de sustentabilidade adotadas ao longo dos últimos cinco anos permitiram ao Banco reduzir o consumo de energia em cerca de 60%.

Em todo o caso, gostaria de salientar a integração total destes temas no plano estratégico do banco, que inclui iniciativas que visam antecipar os riscos para o cliente das alterações climáticas e apoiá-lo na respetiva minimização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aquapor alia-se a espanhóis para concorrer à dessalinizadora de 90 milhões no Algarve

Já há interessados no concurso para construir e explorar uma dessalinizadora no Algarve, que abriu em fevereiro e tem um preço base de 90 milhões de euros. Aquapor junta-se ao grupo espanhol GS Inima.

A Aquapor juntou-se ao grupo espanhol GSInima para participar no concurso público para a construção da Estação de Dessalinização de Água do Mar do Algarve, em Albufeira, que tem um preço base de 90 milhões de euros e é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região sul do país.

A Aquapor é responsável por 11 concessões de serviços de água e saneamento em Portugal. Por seu lado, a GS Inima atua em mais de 10 países e conta com mais de cinco décadas de experiência na construção de dessalinizadoras, destacam as empresas num comunicado enviado às redações.

“É com grande orgulho que anunciamos esta parceria, que permite à Aquapor aliar o seu conhecimento e expertise ao know-how e à vasta experiência da GS Inima na área da dessalinização em diferentes partes do globo. Estou convicto de que serão criadas importantes sinergias para o desenvolvimento de soluções eficientes e inovadoras, garantindo a melhor preservação dos recursos hídricos no Algarve”, afirma Carlos Rodrigues, diretor comercial da Aquapor.

Já de acordo com o diretor de Desenvolvimento de Negócios da GS Inima, Diego de Vera, a parceria com a Aquapor pretende abastecer a região do Algarve com água doce, tanto para consumo humano como para fins industriais.

Em 2022, um projeto de dessalinização desta empresa espanhola no Chile foi distinguido como a melhor dessalinizadora do mundo, ao abastecer 70% da população com um consumo de energia de 2,8 quilowatts-hora por metro cúbico, um dos mais baixos do globo, salienta em comunicado.

Lançado em meados do passado mês de fevereiro, o concurso público internacional para a conceção, construção e exploração do Sistema de Dessalinização na Região do Algarve, prevê uma capacidade inicial para a produção de 16 milhões de metros cúbicos por ano.

A construção de uma dessalinizadora em Albufeira tem um preço base de 90 milhões de euros. A Águas do Algarve, responsável pelo abastecimento de água em alta na região e que tem a seu cargo a gestão de infraestruturas como barragens ou estações de tratamento de águas residuais, salientou que a conclusão da obra está prevista para o final de 2026.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai exigir à Vinci que “mais cedo que tarde” apresente projetos para novo aeroporto

Miguel Pinto Luz avisa que o Governo não aceita que a Vinci "possa ter quatro ou cinco anos para apresentar projetos", como está previsto no contrato.

O Governo vai começar as negociações com a Vinci e exigir que apresente os projetos para o novo aeroporto de Lisboa “mais cedo do que tarde”, reiterou o ministro das Infraestruturas e Habitação durante uma intervenção na Assembleia da República, esta sexta-feira.

“Os prazos contratuais com a Vinci não os aceitamos. Não aceitamos que possa ter quatro ou cinco anos para apresentar projetos”, sinalizou o ministro, que está a ser ouvido pelos deputados em plenário. “É agora que o processo negocial vai começar e vai ser exigido que mais cedo do que tarde possa apresentar os projetos”, indicou.

O Governo tinha considerado que não seria necessária uma renegociação do contrato, apenas uma negociação no âmbito daquilo que são as cláusulas que já estão previstas no atual contrato.

Mas Maria do Rosário Partidário, que coordenou a Comissão Técnica Independente (CTI) do novo aeroporto, defendeu, em entrevista ao ECO, que o “maior obstáculo à construção deste aeroporto é o contrato com a Vinci”. Para a responsável, “as condições que estão previstas no contrato são inaceitáveis face à urgência do problema”.

Maria do Rosário Partidário sinalizou ainda que, “segundo o contrato, está praticamente tudo feito para não haver vantagens económicas para Portugal”.

Calendário da privatização da TAP “não está definido”

Já quanto ao processo de privatização da TAP, Miguel Pinto Luz disse no Parlamento que “não está definido”. “O processo está aberto, foi aberto pelo anterior Governo e este Governo não o fechou”, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação.

O governante respondia a questões da deputada da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, sobre a calendarização do processo de privatização da TAP, realçando os 3.200 milhões de euros de ajuda de Estado que a companhia aérea recebeu quando entrou em dificuldades devido à pandemia de Covid-19.

Citado pela Lusa, Miguel Pinto Luz disse que o processo se encontra numa fase de recato, sublinhando que “não é publicamente” que se trata da questão, lembrando a sua participação na privatização anterior levada a cabo pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho.

O ministro lembrou, por outro lado, que, entre as verbas destinadas à CP, Metro do Porto, entre outros, “são mais de 10.000 milhões de euros”. “Eu sei, a TAP é mais uma paixão, mas olhe que há outras paixões mais caras”, vincou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.