Falha no portal das matrículas está a impedir famílias de inscrever alunos

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Muitas famílias não estão a conseguir inscrever as crianças que transitam para o 5.º ano, estando "a ficar desesperados" porque o prazo termina na segunda-feira.

Muitas famílias não estão a conseguir inscrever as crianças que transitam para o 5.º ano, estando “a ficar desesperados” porque o prazo termina na segunda-feira, revelou a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap).

A inscrição dos alunos que terminaram o 4.º ano começou na quinta-feira e acaba em 10 de julho, mas vários encarregados de educação relataram à Lusa que o portal das matrículas bloqueia a meio, não permitindo concluir o processo.

Hugo Fragata vive no centro de Lisboa e está desde quinta-feira a tentar inscrever, sem sucesso, o filho na Escola Virgílio Ferreira.

“No grupo de pais percebe-se que quem tem os filhos no ensino articulado [ensino em que para além do currículo regular os alunos têm também formação específica em música ou dança] faz a inscrição sem problemas, mas todos os outros não estão a conseguir“, disse à Lusa Hugo Fragata.

Era importante que o ministério da Educação explicasse o que se passa e, se possível, prolongasse o prazo da matrícula para as pessoas ficarem mais descansadas”, defendeu.

A informação foi corroborada pela presidente da Confap, Mariana Carvalho, que explicou que algumas famílias estão “a aguardar para ver se, durante o dia de hoje, conseguem finalmente fazer a inscrição”.

Claro que há pais ansiosos, porque o tempo está a passar e se é verdade que as escolas se disponibilizam para ajudar, este é um caso que não tem a ver com tirar uma dúvida mas sim um problema no portal”, disse.

Mariana Carvalho disse que houve pais que, perante os problemas e sabendo que há sempre uma sobrecarga nos primeiros dias, optaram por esperar até ao final do dia de hoje à noite, “quando há menos fluxo na internet”.

À Lusa chegou o relato de uma mãe que esteve toda a noite acordada a tentar fazer a inscrição e que, “desesperada, acabou por se dirigir hoje à escola”.

As matrículas são exigidas para os alunos que mudam de ciclo de ensino ou que pretendam mudar de escola e, neste momento, estão a decorrer apenas as inscrições dos estudantes que vão para o 5.º ano.

A Lusa questionou o ministério da Educação sobre o motivo da falha no portal e a possibilidade de os prazos serem alargados e aguarda resposta.

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Portugal regressa aos mercados com duas emissões de obrigações a 6 e 12 anos

O IGCP vai realizar na próxima quarta-feira dois leilões de obrigações com maturidades a 2029 e 2035. O Estado deverá pagar entre 3,2% e 3,7% para se financiar até mil milhões de euros.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou esta sexta-feira que irá realizar na próxima quarta-feira (12 de julho) dois leilões de obrigações. Há quatro meses que o Estado se tem mantido afastado da realização de leilões de obrigações.

O IGCP revela que tentará colocar no mercado entre 750 milhões e mil milhões de euros através de uma linha a seis anos com maturidade a 15 de junho de 2029 e outra, a 12 anos, com maturidade a 12 de outubro de 2035.

A linha de 2029, que foi colocada no mercado a 16 de janeiro de 2019, apresenta atualmente um saldo-vivo de 11,9 mil milhões de euros e está a negociar com uma yield de 3,17%.

A obrigação com maturidade em 2035, que foi inicialmente colocada no mercado a 8 de julho de 2020, apresenta um saldo-vivo de 6,3 mil milhões de euros e está a negociar com uma yield de 3,65%.

O último leilão de obrigações realizado pelo IGCP remonta a 8 de março. Na altura, o Estado pagou 3,55% para se financiar em 397 milhões de euros através da linha com maturidade a 16 de julho de 2032; e 3,75% para colocar no mercado 518 milhões de euros através da obrigação com maturidade a 12 de outubro de 2035 — uma das que irá a leilão na próxima quarta-feira.

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Assembleia de credores aprova liquidação da construtora Soares da Costa

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

A assembleia de credores da construtora Soares da Costa aprovou esta sexta-feira, em Vila Nova de Gaia, a liquidação dos ativos da empresa, avaliados em cerca de 20 milhões de euros.

A assembleia de credores da construtora Soares da Costa aprovou esta sexta-feira, em Vila Nova de Gaia, a liquidação dos ativos da empresa, avaliados em cerca de 20 milhões de euros, seguindo a indicação do administrador judicial.

“A proposta do administrador judicial, que sou eu, é no sentido de passarmos de imediato à liquidação do ativo, tendo em conta que com o produto da venda dos ativos que foram quantificados em perto de 20 milhões de euros, consigamos, num curto espaço de tempo, ressarcir a maior parte dos credores”, disse aos jornalistas, no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), Francisco Areias Duarte.

O administrador judicial frisou que “a maior parte dos credores são os trabalhadores, e todos estes ativos, ou quase todos, serão para liquidar os créditos dos trabalhadores, que já há muito tempo estão a sofrer com esta situação”, sendo mais de 1.200 os que reclamam créditos.

“Há vários anos que a empresa não labora, propriamente dito, e então é urgente que se passe à liquidação do ativo e que possamos ressarcir os credores, fundamentalmente os credores trabalhadores”, vincou.

Segundo Francisco Areias Duarte, os trabalhadores reclamaram, no total, 45 milhões de euros de créditos em dívida, e as dívidas totais a todos os credores rondam os 600 milhões de euros.

O ativo cifra-se em cerca de 20 milhões de euros, “já com uma participação em Angola que também é importante, mas ainda falta muito para escalpelizar o que aconteceu nos últimos anos”, assinalou.

Francisco Areias Duarte considerou que “não há alternativa nenhuma” à liquidação, pois “não se vislumbra qualquer hipótese de recuperar” a Soares da Costa, que entretanto mudou de nome para Sociedade de Construções da África Austral.

“A devedora inicialmente colocou a hipótese de apresentar um plano de insolvência. Tentei demover essa ideia, que não tinha cabimento absolutamente nenhum, e ainda bem que acataram a minha ideia e o meu desiderato”, assinalou.

Paralelamente à votação ficou também definida uma comissão de credores, que contará com o BCP (que preside), o Bankinter, a Scalabis e dois trabalhadores.

A comissão “vai acompanhar todo o processo, vai tomar muitas decisões” e supervisionar o trabalho do administrador judicial, segundo o próprio.

“Em conjunto, vamos tentar que seja o mais célere possível para que os credores sejam ressarcidos“, disse o responsável aos jornalistas.

O advogado do Sindicato da Construção de Portugal, José Oliveira Pinto, disse à Lusa, que o processo “já deveria ter acontecido há muitos anos”.

Era algo irreversível que já deveria ter acontecido há muitos anos, e não se andar sistematicamente em situações de, desculpando a expressão, ‘brincadeiras’ de Planos de Recuperação que não foram, nem mais nem menos, do que deixar o ‘doente’ nos cuidados intensivos, a vegetar, com o prejuízo da situação de toda a incerteza para os trabalhadores”, disse o responsável do sindicato.

Os trabalhadores representados pelo Sindicato da Construção ascendem aos 300 milhões de euros, e antes do início da assembleia José Oliveira Pinto já tinha dito que o valor a cargo dos seus representados se encontrava entre os 700 mil e um milhão de euros.

Questionado se o cenário de liquidação permite aos trabalhadores acalentarem a expectativa de receber o que lhes é devido, o advogado disse que “partindo das perspetivas otimistas do senhor administrador de insolvência, o valor que os trabalhadores irão receber poderá ajudá-los significativamente”.

“Muitos deles também já haviam requerido a intervenção prévia do Fundo de Garantia Salarial, portanto já tinham recebido, nalgumas situações, os valores que, no máximo, poderiam ir aos 18 salários mínimos nacionais”, disse ainda o advogado.

No início da assembleia, antes de ser conhecido o resultado, o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, lembrou ainda que “já morreram muitos trabalhadores da Soares da Costa, e continuam a morrer” no decorrer do processo, pelo que anunciou o pedido de reunião à ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, relativamente à celeridade dos processos.

Em 13 de maio, tinha sido proferida pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia uma sentença de declaração de insolvência, depois de a empresa já ter tentado vários processos de recuperação nos últimos anos.

A Soares da Costa foi fundada em 1918 e foi dos maiores construtores civis em Portugal, com presença no estrangeiro e empregadora de mais de oito mil trabalhadores.

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Porto conclui primeiras obras no Ramal da Alfândega em julho

Estabilização das escarpas, no valor de 1,5 milhões de euros, é necessária antes de local ser transformado num canal de transportes públicos compatível com deslocação a pé e de bicicleta.

Será ainda em julho que ficarão concluídas as obras de estabilização do Ramal da Alfândega, no Porto. Apenas depois desta etapa poderá iniciar-se a transformação do antigo ramal ferroviário num percurso para transportes públicos conjugado com deslocações a pé, bicicleta e trotineta.

As obras de estabilização começaram em julho de 2022 e tinham um prazo de intervenção de 270 dias, ou seja, deveriam ter terminado no início de junho. No entanto, no final do último mês, o ECO passou pelo local e os trabalhos ainda não estavam concluídos.

Ramal da Alfândega funcionou durante um século com comboios de mercadorias.Diogo Ferreira Nunes

Prevê-se a conclusão dos trabalhos ainda para o decorrer deste mês“, respondeu ao ECO/Local Online fonte oficial da câmara do Porto nesta sexta-feira, após o envio de perguntas. O preço da obra mantém-se em cerca de 1,5 milhões de euros, já contabilizada a taxa de IVA.

Os trabalhos incluem a “estabilização preventiva de três taludes rochosos, assim como a limpeza da vegetação, o saneamento dos blocos, a demolição de estruturas em ruínas, o recalçamento de reentrâncias, a reabilitação de muros, a colocação de degraus em falta, a estabilização das construções existentes e a colocação de redes metálicas de alta resistência”. Assim referiu, em setembro, o município quando a obra foi consignada à GO Porto – empresa municipal de gestão e obras.

Solução de transportes públicos com procura

Esta é a primeira fase da renovação do Ramal de Alfândega, que, entre 1888 e 1989, contou com uma ligação ferroviária de mercadorias e foi crucial para o crescimento do porto da cidade, então localizado na Ribeira.

O futuro do percurso de 3,2 quilómetros passa pela colocação, no local, de um sistema de transporte público “eventualmente compatível com a utilização do mesmo canal para modos suaves”. O projeto está a ser estudado pela STCP Serviços, empresa de consultoria que gere as infraestruturas de transportes da cidade, como, por exemplo, o terminal intermodal de Campanhã.

Uma solução de transporte público neste ramal pode atrair entre 7.367 e 8.817 utentes por dia. Ou seja, a procura pode ultrapassar os 3,2 milhões de passageiros por ano, de acordo com um estudo apresentado em abril de 2021 pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. A estimativa não conta com a procura turística.

A procura é mais baixa no caso de uma ligação direta entre a Alfândega e Campanhã, sem estações intermédias e sem transbordos para outros meios de transporte. Ainda assim, de transporte público, a viagem entre o rio Douro e a estação de comboios demoraria cinco minutos, e teria partidas a cada oito minutos, retirando carros do centro da cidade do Porto.

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BCE reafirma estimar inflação na Zona Euro acima de 2% por algum tempo

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Guindos diz que as futuras decisões do BCE "garantirão que as taxas de juros diretoras do BCE sejam elevadas a níveis suficientemente restritivos para que a inflação retorne a tempo ao objetivo" de 2%

O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, reafirmou esta sexta-feira, em Londres, que a inflação na Zona do euro pode permanecer acima de 2% por algum tempo, embora tenha admitido que o crescimento dos preços abrandou.

Num discurso no King’s College de Londres, De Guindos, que falou sobre a política monetária na zona do euro e analisou os principais fatores do forte aumento da inflação em 2022, que atingiu 10,6% em outubro passado, afirmando que a permanência da inflação acima dos 2% por algum tempo, exigirá que a política monetária e fiscal trabalhe na mesma direção.

O vice-presidente do BCE lembrou que os preços da energia foram os principais responsáveis pelo aumento da inflação, mas também pela queda do ritmo de crescimento dos preços nos últimos meses.

Espera-se que a inflação continue a desacelerar à medida que os preços da energia caem, acrescentou De Guindos, lembrando os especialistas apontam para uma queda da subida dos preços no consumidor para 5,4% em 2023, enquanto em 2024 poderá abrandar para os 3% e para 2,2% em 2025.

Além disso, os especialistas do Eurossistema reviram ligeiramente em baixa as perspetivas de crescimento económico da zona do euro para os próximos dois anos, com a expectativa de que a economia desacelere para 0,9% em 2023, antes de recuperar para 1,5% em 2024 e 1,6% em 2025, com a moderação dos preços da energia, acrescentou.

De Guindos, explicou que, em resposta ao aumento extraordinário da inflação em 2022, o BCE começou a apertar a política monetária gradualmente para garantir que esta retorne à meta de 2%.

“O atual ambiente de subida inflação exige que as políticas, monetária e fiscal, trabalhem na mesma direção. À medida que os preços da energia caem e os riscos relacionados com o fornecimento de energia diminuem, é importante que as medidas de apoio governamental relacionadas à energia sejam reduzidas para evitar o aumento das pressões inflacionistas no médio prazo“, advertiu.

O vice-presidente do BCE disse ainda que as futuras decisões do BCE “garantirão que as taxas de juros diretoras do BCE sejam elevadas a níveis suficientemente restritivos para que a inflação retorne a tempo ao objetivo de médio prazo de 2% e permaneçam nesse nível pelo tempo que for necessário”.

Em junho passado, o BCE decidiu aumentar a taxa de juros em um quarto de ponto, para 4%, a taxa mais alta desde 2008, por considerar que a inflação “continua muito alta por muito tempo” e é “provável” que aumente mais ainda as taxas de juro no mês de julho, como admitiu recentemente o banco central da Zona Euro.

O Conselho do BCE elevou a taxa de referência (que cobra dos bancos pelos empréstimos) para 4% e também aumentou em 0,25 pontos base a taxa de facilidade de crédito (que empresta aos bancos), para 4,25%, e a taxa de facilidade de depósito (que remunera os bancos pelas reservas excedentes), para 3,50%.

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Marcelo aceita demissão do secretário de Estado da Defesa

O Presidente da República já aceitou o pedido de demissão do secretário de Estado da Defesa. Marco Capitão Ferreira​ foi constituído arguido no âmbito da Operação "Tempestade Perfeita".

O Presidente da República já aceitou o pedido de demissão do secretário de Estado da Defesa, informou a Presidência da República. Marco Capitão Ferreira, constituído arguido no âmbito da Operação “Tempestade Perfeita”, levou esta sexta-feira a Polícia Judiciária e o Ministério Público a realizarem buscas no Ministério da Defesa.

“Na sequência da proposta do primeiro-ministro, o Presidente da República aceitou a demissão do secretário de Estado da Defesa do XXIII Governo Constitucional, Marco Alexandre da Silva Capitão Costa Ferreira”, lê-se na nota divulgada esta sexta-feira no site da Presidência da República.

Esta sexta-feira, o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira​, pediu a demissão, segundo informou o gabinete do primeiro-ministro, em comunicado. É a 13.ª demissão no Governo desde que tomou posse. Da esquerda à direita, os partidos já reagiram, pedindo para ouvir os ministros.

Apesar de o gabinete de António Costa não adiantar os motivos para a demissão, que foi pedida pelo próprio, esta surge no dia em que o Expresso noticia mais uma controvérsia envolvendo o percurso de Marco Capitão Ferreira: terá contratado um “assessor fantasma” quando era presidente da holding das indústrias de Defesa, antes de entrar no Governo. O secretário de Estado demissionário foi constituído arguido, segundou avançou a SIC Notícias e o Jornal de Negócios (acesso livre) em primeira mão.

Fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que o ex-governante é mais um arguido no caso Tempestade Perfeita, ligado à Direção-Geral de Recursos da Defesa e que já contava com pelo menos 19 arguidos. Marco Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio. Em comunicado, a Polícia Judiciária adianta ainda que no âmbito desta operação realizou esta sexta-feira “mandados de busca, um de busca domiciliária e o outro de busca não domiciliária, visando a recolha de elementos probatórios complementares e relacionados com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas”

Outra controvérsia recente que colocou Marco Capitão Ferreira sob pressão foi uma assessoria de 61 mil euros ao Ministério da Defesa que durou cinco dias. Inclusivamente, já foi aprovada uma audição parlamentar para Capitão Ferreira prestar esclarecimentos aos deputados.

(Notícia atualizada às 13h32)

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Polícia Judiciária e Ministério Público fazem buscas na Direção-Geral de Recursos da Defesa

  • Lusa e ECO
  • 7 Julho 2023

A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão a realizar buscas nas instalações da Direção-geral de Recursos da Defesa Nacional, "no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021".

O Ministério da Defesa anunciou esta sexta-feira buscas da Polícia Judiciária e do Ministério Público nas instalações da Direção-geral de Recursos da Defesa Nacional, “no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021”.

O Ministério da Defesa Nacional confirma a presença da Polícia Judiciária e do Ministério Público nas suas instalações, na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional, no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021″, lê-se em comunicado.

Fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que estas buscas estão relacionadas com a operação ‘Tempestade Perfeita’, que envolve vários altos quadros do setor da Defesa Nacional e investiga corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas.

Numa curta nota enviada às redações, o ministério liderado por Helena Carreiras acrescenta apenas que “reafirma a sua total colaboração com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado“.

Estas buscas são realizadas no dia em que o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira​, pediu a demissão. O primeiro-ministro já remeteu a proposta de demissão ao Presidente da República que, entretanto, já foi aceite pelo Presidente da República. Esta é a 13.ª demissão no Governo desde que tomou posse.

Apesar de o gabinete de António Costa não adiantar os motivos para a demissão, esta surge no dia em que o Expresso noticia mais uma controvérsia envolvendo o percurso de Marco Capitão Ferreira: terá contratado um “assessor fantasma” quando era presidente da holding das indústrias de Defesa, antes de entrar no Governo. O secretário de Estado demissionário já terá sido constituído arguido, segundo avança a SIC Notícias e o Jornal de Negócios (acesso livre).

Fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que o ex-governante é mais um arguido no caso Tempestade Perfeita, ligado à Direção-Geral de Recursos da Defesa e que já contava com pelo menos 19 arguidos. Marco Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio. Um dos detidos nesta operação é o antigo diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, que ocupava o cargo quando foram feitas as obras no hospital militar.

Outra controvérsia recente que colocou Marco Capitão Ferreira sob pressão foi uma assessoria de 61 mil euros ao Ministério da Defesa que durou cinco dias. Inclusivamente, já foi aprovada uma audição parlamentar para Capitão Ferreira prestar esclarecimentos aos deputados.

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Câmara de Penafiel isenta jovens de pagar IMT para ajudar na compra de casa

Jovens de Penafiel vão ter isenção de pagamento do IMT para ajudar na compra de casa. O apoio pode atingir os cinco mil euros. Mas têm de residir ou trabalhar há pelo menos dois anos no concelho.

A Câmara Municipal de Penafiel vai isentar os jovens penafidelenses do pagamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas dos Imóveis (IMT), de modo a ajudá-los na compra de habitação própria e fixá-los no concelho. Esta isenção, que pode atingir cinco mil euros, no âmbito do projeto “Penafiel Viva”, tem um requisito: os beneficiários terão de residir de forma permanente, durante cinco anos, após a atribuição deste apoio municipal.

Atendendo à crescente pressão do mercado imobiliário e ao aumento das taxas de juro, não podíamos ficar indiferentes a este problema, em especial para os jovens que procuram comprar a sua primeira habitação, e a isenção do pagamento de IMT é uma ajuda importante.

Antonino de Sousa

Presidente da Câmara Municipal de Penafiel

Este complemento destina-se a jovens entre os 20 e os 35 anos, que trabalhem e/ou residam em Penafiel há pelo menos dois anos e que adquiram prédio urbano ou fração autónoma de prédio urbano até 200 mil euros, o que pode representar um apoio na ordem dos 5.000 euros.

“Atendendo à crescente pressão do mercado imobiliário e ao aumento das taxas de juro, não podíamos ficar indiferentes a este problema, em especial para os jovens que procuram comprar a sua primeira habitação, e a isenção do pagamento de IMT é uma ajuda importante”, começa por afirmar o presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa. “Acreditamos que este projeto [“Penafiel Viva”] pode ser uma oportunidade para o início de uma vida independente e mais desafogada para os nossos jovens”, sublinha o autarca.

Este apoio complementar surge no âmbito do compromisso assumido pelo edil para este mandato. “O acesso à habitação para os jovens penafidelenses ou para os que se pretendam fixar em Penafiel é uma prioridade para a Câmara Municipal. Este foi um compromisso que assumi, com muita responsabilidade, para este mandato e que estamos em condições de honrar”, sustenta.

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As 100 marcas portuguesas mais valiosas, segundo a OnStrategy

A OnStrategy destaca as marcas Novo Banco, Via Verde e Lusíadas Saúde como as que apresentaram uma maior valorização - superior a 10% - e a TAP como a que mais desvalorizou - mais de 20%.

A EDP, avaliada em 2.751 milhões de euros, é a marca portuguesa mais valiosa, segundo um estudo anual da consultora OnStrategy. No pódio, segue-se a Galp Energia (1.873 milhões) e a Jerónimo Martins (1.048 milhões).

Pingo Doce (824), Meo (698), Millennium Bcp (684), Caixa Geral de Depósitos (672), Continente (668), EDP Renováveis (529) e Banco BPI (511), são as marcas que se seguem no top10 do ranking.

Em análise aos resultados apresentados, a OnStrategy destaca que a EDP se mantém como a marca mais valiosa, “algo que ocorre consistentemente há vários anos”, e que as marcas Novo Banco, Via Verde e Lusíadas Saúde foram aquelas que apresentaram uma maior valorização, superior a 10%. Em sentido contrário, a consultora destaca a TAP por ser a marca que apresentou a maior desvalorização, superior a 20%.

Já quanto aos setores de atividade, as áreas de Energia e de Retalho/Distribuição representam 38% (cerca de 19% cada) do valor consolidado das 100 marcas Portuguesas mais valiosas. A Banca, por seu lado, representa 12%, o setor do Petróleo e Gás 11% e as Telecomunicações 7%, setores que, de forma agregada, valem cerca de 17 mil milhões de euros.

De uma forma geral, a valorização das marcas Portuguesas continua a ser impactada pelos fenómenos inflacionistas, pela instabilidade provocada pela guerra na Ucrânia e sobretudo pelo aumento das taxas de juro que condicionaram a perceção de risco e o aumento das taxas de desconto, que em muitos casos absorveram o aumento do volume de negócios e das margens operacionais nos diversos setores de atividade, bem como o aumento da força e energia das marcas nacionais”, refere João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiro na OnStrategy, citado em comunicado.

O estudo em causa foi “desenvolvido através da metodologia de Royalty Relief, em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), em que todas as marcas auditadas e avaliadas têm informação pública de resultados financeiros anuais e indicadores de força de marca”, explica-se em nota de imprensa.

Este trabalho é o culminar de uma sequência de estudos de Marca que a OnStrategy tem vindo a divulgar desde o início do ano e que analisam a Reputação, Força e Energia de Marca e agora a Avaliação Financeira. Entendemos que é a sequência lógica e coerente quando queremos ter uma visão consistente sobre a forma como as marcas evoluem, deixando perceber as variáveis que formam o seu valor e, isto é algo que nos distingue. Nesse sentido, este ano publicamos as 100 marcas portuguesas mais valiosas de forma a dar uma visão mais global do panorama das marcas nacionais”, explica João Baluarte.

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Gómez-Acebo & Pombo assessora JZ International e Bluemint na venda da Blue Sites Telco

A equipa da GA_P envolvida na operação foi composta por Mafalda Barreto, managing partner, Carolina Nogueira Martins e Maria Leonor Rocha, associadas da equipa de Comercial e Societário.

A Gómez-Acebo & Pombo (GA_P) assessorou a JZ International e o seu sócio minoritário, Bluemint, na venda da Blue Sites Telco Infrastructure Development Company LDA (Blue Sites Telco).

A equipa da GA_P envolvida na operação foi composta por Mafalda Barreto, managing partner, Carolina Nogueira Martins e Maria Leonor Rocha, associadas da equipa de Comercial e Societário.

A JZ International é uma empresa de investimento privado especializada na construção, investimento e crescimento de pequenas e médias empresas.

Já a Blue Sites Telco é uma das maiores plataformas de aluguer de torres de comunicações do seu segmento em Portugal, que foi adquirida pela Everest Infrastructure Partners, uma das empresas de torres de mais rápido crescimento no mundo, que entra no 4º mercado internacional com o capital angariado.

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Prestes a ir de férias, mas ‘afogado’ em trabalho? Saiba como planear a ida e o regresso

Não sabe o que deve fazer nos últimos dias antes de ir de férias, se deve falar com a sua chefia e colegas, se é suposto estar contactável? Esclareça as suas dúvidas.

Está prestes a ir de férias, mas tem dificuldades em ‘desligar’ do trabalho? Não sabe exatamente o que deve fazer nos últimos dias antes da partida? Deve falar com a sua chefia e colegas? É suposto estar contactável ou completamente off? O Grupo Adecco juntamente com a Team24, empresa especializada em psicologia e saúde mental, esclarecem-lhe estas e outras questões, para que possa tirar o máximo partido do merecido descanso.

“O descanso só é possível através da desconexão com as tarefas do dia a dia, introduzindo atividades diferentes da rotina habitual, que sejam prazerosas e que promovam o relaxamento. Desta forma potenciamos o autocuidado e restabelecemos as nossas energias. Para isso, não é necessário ir para uma praia paradisíaca, ter obrigatoriamente de fazer uma viagem ou algo radical. Mesmo que fiquemos em casa, podemos descansar e recuperar as nossas energias”, refere o Grupo Adecco, em comunicado.

Eis sete perguntas e respostas que vão ajudá-lo a preparar a ida, a desfrutar a 100% do período de descanso e a ter um regresso trabalho suave:

O que devo fazer nos últimos dias antes de ir de férias?

O planeamento é um aliado do descanso e do relaxamento. “Nos últimos dias, devemos essencialmente garantir que nada urgente fica por resolver, mas como nem sempre isso é possível, devemos redirecionar os temas pendentes para os colegas que ficam em substituição. Mesmo que não tenha um substituto direto, defina algumas pessoas que podem dar resposta enquanto estiver ausente”, aconselha a empresa especializada em recursos humanos.

Devo estar contactável no período de férias ou completamente off?

Permita-se a estar completamente off, para usufruir ao máximo todos os benefícios que as férias proporcionam”, começa por dizer a Team24. No entanto, se estiver a prever que isso vá atrapalhar o fluxo de trabalho ou o negócio da empresa, “defina um dia e uma hora específicas para que possam resolver essas questões apenas nessa altura”.

Devo falar com chefias e colegas para pontos de situação antes de partir?

A comunicação e partilha vão permitir que o trabalho possa fluir da melhor forma na sua ausência. Por isso, “devem ser agendadas reuniões nos dias anteriores e para os primeiros dias de regresso“, recomenda o Grupo Adecco. Fazer pontos de situação, organizar devidamente as prioridades e as urgências, pôr os colegas ou chefias ao corrente de problemas que possam surgir vai permitir que se possa desligar mais rapidamente do trabalho.

Qual o número mínimo de dias para descansar?

Um estudo finlandês da Universidade de Tampere, publicado no Journal of Happiness Studies, aponta os oito dias como o período ideal de férias, para que seja possível “desligar” e recarregar totalmente. No entanto, investigadores aconselham que se repartam os dias de férias por vários períodos, para que estes benefícios possam ser sentidos várias vezes ao longo do ano.

Devo fazer algum planeamento especial?

O planeamento deve começar na marcação das férias. Ao longo do ano, por norma, o fluxo de trabalho vai variando, os dias de descanso devem ser marcados em função das necessidades e exigências laborais, assim como das nossas próprias necessidades de descanso”, sugere a Adecco.

Se tem dúvidas sobre a marcação de férias, clique aqui.

Como devo organizar tarefas para que o regresso não seja motivo de stress?

“O devido planeamento, o delegar e organizar tudo antes de ir de férias vai diminuir os receios e medos associados ao regresso”, garante a Team24. “A confiança que sente nos colegas e nas chefias permite sair e regressar de forma mais tranquila. Confie também que o verdadeiro descanso vai proporcionar-lhe ferramentas e competências para lidar da melhor forma com as exigências do trabalho.”

Como podem as empresas ajudar neste período?

É importante que os colaboradores sintam que as suas empresas querem realmente que descansem, que ‘desliguem’ das suas tarefas e aproveitem ao máximo a pausa. Desta forma, é importante que haja uma política de férias bem definida, que as chefias incentivem as suas equipas a descansar, sem interrupções, e que haja coordenação prévia entre equipas.

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Partidos querem ouvir ministros após nova demissão no Governo

Iniciativa Liberal, PSD, Chega e Bloco de Esquerda já reagiram à demissão desta sexta-feira do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira.

Os partidos políticos já reagiram ao pedido de demissão do secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, a 13.ª demissão desde a tomada de posse do Executivo no ano passado. Da esquerda à direita, ouvem-se críticas ao Governo.

Rodrigo Saraiva, deputado da Iniciativa Liberal, que foi o primeiro partido a reagir à demissão em declarações no Parlamento transmitidas pelas televisões, defendeu que este é “mais um caso em que o PS não aprende nem se arrepende” e que era “óbvio” que Marco Capitão Ferreira e João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-ministro da Defesa, não tinham condições para ter entrado neste Governo.

Mas atenção, o problema aqui não é de um capitão, o problema aqui é do general. O problema é de António Costa, que não aprende nem se arrepende. O que isto vem demonstrar é uma das características pelas quais nós apresentamos uma moção de censura ao Governo. Nós dissemos que este Governo é incapaz, incompetente e é instável. E isto é mais um episódio daquilo que é a instabilidade que graça no Governo”, sublinhou o deputado.

Jorge Paulo Oliveira reagiu em representação do PSD e referiu que esta é mais uma saída do Governo envolta em “suspeitas de condutas menos próprias”, expondo um Governo “incapaz” de se focar nos problemas do país e respetivas soluções.

“O senhor primeiro-ministro não consegue desenvencilhar-se dos casos, ‘casinhos’ e ‘casões’, que sistematicamente envolvem o seu Governo. Tem um Governo que se degrada todos os dias e está a cair aos bocados“, disse Jorge Paulo Oliveira, sublinhando que o escrutínio deste caso continuará a ser feito no Parlamento e insistiu que o partido quer ouvir os responsáveis políticos, mesmo com o secretário de Estado a sair de cena.

André Ventura, do Chega, apontou que esta demissão não era “inesperada” e considerou que já deveria ter ocorrido. O deputado frisou que não era de agora que o secretário de Estado da Defesa estava sem “quaisquer condições de governabilidade”.

“Marco Ferreira estava há muito tempo em cima de um muro que só tinha uma queda para um lado. O Governo, mais uma vez, por teimosia e por obsessão em manter o status quo, optou por manter este secretário de Estado em funções“, referiu. Ventura recordou que apresentou um requerimento para ouvir Marco Capitão Ferreira no Parlamento e que vai acrescentar um novo para pedir explicações a Helena Carreiras, a ministra da Defesa.

Entretanto, PSD e Chega já formalizaram o pedido de audição da ministra da Defesa Nacional e do anterior titular do cargo e atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Gomes Cravinho. No requerimento, citado pela Lusa, os sociais-democratas diz não querer prescindir da audição a Marco Capitão Ferreira, já agendada para o próximo dia 12 de julho, “bem como dos documentos já solicitados para o mesmo efeito”, mas diz estar consciente da nova condição de arguido, “que confere um conjunto de deveres e direitos” a Marco Capitão Ferreira, admitindo que possa estar indisponível para prestar esclarecimentos aos deputados da Comissão de Defesa Nacional.

Já o Chega, argumenta que importa aferir as razões pelas quais Helena Carreiras “manteve a confiança política no referido governante, apesar de todos os indícios que se avolumavam sobre ele” e requer também a audição de João Gomes Cravinho, considerando que “muitos destes casos transitam da anterior gestão ministerial”.

Também o Bloco de Esquerda revelou que quer ouvir Helena Carreiras e, também, João Gomes Cravinho, uma vez que era quem assumia a pasta da Defesa quando aconteceram estes casos polémicos. A deputada Joana Mortágua garantiu que este tipo de suspeita “não pode recair sobre um membro do Governo” e que o Executivo está “demasiado distraído para governar o país”.

“O questionário que o senhor primeiro-ministro impôs aos membros do Governo, dizendo que era a solução, era uma história para adormecer crianças. Esse questionário, obviamente, não resolve o problema de fundo“, disse.

(Notícia atualizada às 18h53 com os requerimentos do PSD e Chega)

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