“Portugal tem-se tornado cada vez mais um hub para atividade digitais da Nestlé”, diz CEO

Em Portugal, a multinacional estima contratar este ano cerca de uma centena de pessoas, em linha com o número de contratações do ano anterior.

Portugal está a transformar-se cada vez mais num hub para atividades digitais da Nestlé, servindo mercados europeus, garante Mark Schneider, CEO mundial da Nestlé. A multinacional abriu em Braga um novo Business Center (NBS).

“Portugal para nós, sobretudo na área de Lisboa, tem-se tornado, cada vez mais, um hub para atividade digitais para serviços que estão para além de Portugal, que são feitos para as operações europeias. Tiro o chapéu. Este mercado tem-se desenvolvido muito para atrair talento digital. É uma oportunidade da qual queremos tirar benefícios”, refere o CEO mundial da companhia, num encontro com jornalistas.

Depois de Lisboa, a multinacional decidiu abrir na zona norte do país um segundo business center para a prestação de serviços para a Nestlé na Europa.

O NBS conta com cerca de 600 colaboradores de 40 diferentes nacionalidades. Esta expansão é alavancada pelos novos serviços fornecidos ao Grupo Nestlé, como marketing digital, contacto com clientes e consumidores.

Em Portugal, adianta Anna Lenz, a empresa estima contratar este ano cerca de 100 pessoas, em linha com o número de contratações do ano anterior.

Depois do investimento de 25 milhões de euros na linha de bebidas de cereais em Avanca, Mark Schneider não adiantou novos planos de investimento da companhia no mercado nacional, onde tem duas fábricas.

“Não tenho num investimento específico para anunciar, mas é importante frisar que nos últimos três anos investimos mais de 200 milhões em Portugal. Temos investido continuamente antes disso e vamos continuar a investir à medida que o negócio cresce”, garante o gestor.

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#46 Os banqueiros centrais são sádicos? E qual é a agenda de Marcelo e Costa com o BCE?

  • ECO
  • 30 Junho 2023

O episódio #46 d'O Mistério das Finanças foi marcado pelos juros. Com o BCE em Sintra, a discussão andou à volta da resposta dos banqueiros à inflação. E Sebastião Bugalho fez o mistério-sombra.

Os banqueiros centrais são sádicos? A pergunta é de Pedro Santos Guerreiro no episódio #46 d’O Mistério das Finanças, o podcast semanal do ECO. Numa semana marcado marcada pela reunião do BCE em Sintra, a discussão andou à volta dos juros, claro. Por isso, nos mistérios da semana, os jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro antecipam o orçamento do Estado generoso em 2024 e os lucros dos privados que pressionam os preços. No mistério-sombra, o comentador da CNN, Sebastião Bugalho, pergunta porque é que Marcelo e Costa criticam o BCE em vez de pedirem contas à CGD. E há ainda, claro, a boa e má moeda, João Manso Neto e Edmundo Martinho.

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O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

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Hotéis Dom Pedro no Algarve e Madeira vendidos à britânica Arrow por 250 milhões

Britânicos da Arrow fecharam a compra de seis hotéis e cinco campos de golfe do grupo Dom Pedro, num negócio avaliado em 250 milhões de euros. Dom Pedro Lisboa mantém-se nas mãos da família Saviotti.

A gestora britânica Arrow Global concluiu a aquisição dos hotéis e campos de golfe Dom Pedro em Vilamoura, Lagos e Madeira ao grupo Saviotti, num negócio avaliado em cerca de 250 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Seis hotéis passam para as mãos da gestora que está em Portugal desde 2013, segundo anunciou esta sexta-feira: o Dom Pedro Portobelo, o Dom Pedro Marina e o Dom Pedro Vilamoura, em Vilamoura; o Dom Pedro Lagos, em Lagos; o Dom Pedro Machico e o Dom Pedro Garajau, ambos na Madeira. A que se juntam cinco campos de golfe “emblemáticos” em Vilamoura: Old Course, Pinhal, Laguna, Millenium e Victoria.

A Arrow, que recusou comentar o valor da operação, adiantou ainda que o Dom Pedro Lisboa não está incluído no negócio e continuará a ser propriedade da família Saviotti.

“Estamos muito satisfeitos que Stefano Saviotti, um pioneiro no desenvolvimento de Vilamoura, nos tenha confiado a aquisição da maioria dos ativos da Dom Pedro em Portugal”, referiu o responsável da Arrow John Calvão, em comunicado.

“Estamos empenhados em continuar a trabalhar com uma marca de grande tradição e significado para o país. Ao colocar os ativos Dom Pedro sob nossa gestão, juntamente com a anterior aquisição de Vilamoura World, expressamos a nossa dedicação inabalável em posicionar Vilamoura e Portugal como um destino líder global”, acrescentou.

Quanto ao grupo Saviotti, com mais de 50 anos de atividade na indústria hoteleira em Portugal, centrará a sua atividade na unidade hoteleira Dom Pedro em Lisboa e nos empreendimentos imobiliários e turísticos em Portugal e no Brasil. “Espero que a Arrow Global continue a melhorar o legado do Grupo Dom Pedro em Vilamoura e na Ilha da Madeira”, disse Stefano Saviotti, presidente do Grupo Dom Pedro.

A Arrow indica que quer modernizar os hotéis e os campos de golfe “com o objetivo de atrair mais clientes e diversificar a base geográfica para mercados com maior poder de compra, como é o mercado norte-americano”. “O nosso objetivo é continuar a crescer e a contribuir para o desenvolvimento da hotelaria e turismo nacionais, com particular destaque para Vilamoura. Esta aquisição permite-nos alavancar sinergias na região”, salienta João Bugalho, CEO da Arrow Global Portugal.

A gestão hoteleira ficará a cargo de Francisco Moser, CEO de Hospitality da Arrow Global Portugal. Junta-se ao grupo Nuno Sepúlveda, ex-diretor geral do Costa Navarino Golf, na Grécia, que assume o cargo de CEO de Desporto & Lazer.

Em Portugal, a Arrow Global possui diversos projetos, entre os quais a gestão de Vilamoura World, onde se desenvolvem e comercializam unidades residenciais, o projeto de ampliação e modernização da Marina de Vilamoura, a criação de um centro desportivo e a modernização do centro hípico.

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AMP aponta entrada da nova rede metropolitana de autocarros do Porto para outubro

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

O presidente da Área Metropolitana do Porto anunciou que a UNIR, a nova rede de autocarros, deverá estar no terreno em outubro.

“Neste momento, tudo leva a crer que no mês de outubro (…) tenhamos tudo pronto, em todos os lotes, para arrancar” a UNIR, a nova rede metropolitana de autocarros, avançou esta sexta-feira o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP). Eduardo Vítor Rodrigues apontou

O também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho Metropolitano, que reúne os 17 autarcas da AMP.

Desde 1 de maio que decorre o período de transição de seis meses para a implementação da nova rede, que se seguiu ao recebimento do visto do Tribunal de Contas dos contratos dos cinco lotes postos a concurso, englobando 16 municípios (no Porto, a Sociedade de Transportes Coletivo do Porto opera em exclusividade).

A 24 de março foi apresentada a nova marca dos transportes públicos rodoviários da AMP, que se vai chamar UNIR, numa cerimónia que também incluiu a divulgação do design dos novos autocarros, que deverão ser sobretudo azuis, pretos e brancos em todo o território.

Em causa está o concurso público de 394 milhões de euros que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante.

O principal problema da qualidade de vida na área metropolitana – além, claro, da pobreza e do desemprego – é claramente a questão dos transportes públicos [rodoviários que] estão num processo de degradação intencional, fruto de empresas que agora aproveitam para se vingarem nos clientes de terem perdido o concurso.

Eduardo Vítor Rodrigues

Presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP)

Quanto à contratação de motoristas para operar nos lotes, Eduardo Vítor Rodrigues disse que “há realidades um pouco diferentes”, com lotes onde “a situação está muito estabilizada e há uma transferência quase total de trabalhadores”, e outros onde as empresas que operam atualmente transporte urbano passarão para o segmento turístico, mantendo os motoristas.

Reconhecendo que motoristas de pesados de passageiros “são um bem escasso” neste momento, o líder da AMP descartou qualquer “despedimento coletivo de motoristas” na transição entre operadores.

Relativamente à criação de uma empresa metropolitana de transportes para gerir a rede, Eduardo Vítor Rodrigues salientou a importância de ter “uma visão integrada” quer “na bilhética, quer na operação”.

Na verdade o ideal era que já estivesse criada”, frisou o autarca, tendo a expectativa de que “na reunião de julho [do Conselho Metropolitano], isso seja deliberado“, seja pelo sim ou pelo não, apesar de observar um “consenso” favorável entre os autarcas.

Para Eduardo Vítor Rodrigues, “o principal problema da qualidade de vida na área metropolitana – além, claro, da pobreza e do desemprego – é claramente a questão dos transportes públicos [rodoviários que] estão num processo de degradação intencional, fruto de empresas que agora aproveitam para se vingarem nos clientes de terem perdido o concurso”.

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Medina tem excedente de 722 milhões de euros até maio

Finanças assinala, no entanto, que “começa a refletir-se de forma mais evidente o impacto na despesa” das mais recentes medidas anti inflação e do aumento intercalar para os funcionários públicos.

Portugal registou um excedente de 722 milhões de euros nas contas públicas até maio. As receitas foram superiores às despesas por conta do aumento do encaixe fiscal e das contribuições fiscais, adianta o Ministério das Finanças em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

A diferença entre receitas e despesas não é maior apenas porque estão contabilizados 3.018 milhões de euros relativos à transferência do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos para a Caixa Geral de Aposentações. “Apesar de a operação em causa ser neutra no saldo na ótica de contas nacionais, assumindo uma natureza financeira, releva para a execução na ótica da contabilidade pública”, sinaliza o gabinete de Fernando Medina. Sem este efeito, o saldo orçamental seria positivo em 3.740,70 milhões de euros.

Para o excedente orçamento contribui um aumento de 7,7% na receita face à subida de 4,8% nas despesas. A receita fiscal somou 8,1% e as contribuições para a Segurança Social cresceram 11,6%. Do lado dos gastos, registou-me um agravamento de 7,5% nas despesas com pessoal e de 5,7% na compra de bens e serviços. A verba para os investimentos aumentou em 4,8%, por conta do agravamento dos preços das obras públicas.

O Ministério das Finanças sinaliza, no entanto, que houve um recuo do saldo positivo face a abril (962 milhões de euros), por conta do abrandamento do crescimento da receita (9,5%) e uma aceleração da despesa (3,6%). “Começa a refletir-se de forma mais evidente o impacto na despesa das medidas de reforço de rendimentos anunciadas no final de março e em abril”, como o aumento intercalar de 1% nos salários da Função Pública e do subsídio de refeição, bem como “medidas de apoio direcionadas às famílias”, como a isenção de IVA num conjunto de 44 produtos, em vigor até outubro.

“A aceleração da despesa tenderá a continuar nos próximos meses, refletindo a globalidade das medidas, bem como o reflexo da inflação nos contratos públicos“, acrescenta o gabinete de Fernando Medina.

Crise inflacionista e energética custa 790 milhões ao Estado

As medidas para mitigar o efeito da crise energética e inflacionista custaram ao Estado 789,6 milhões de euros em maio, segundo a Síntese da Execução Orçamental, divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO). “Em maio, a execução reportada das medidas adotadas no âmbito da mitigação do choque geopolítico, levou a uma redução da receita em 557 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 232,6 milhões de euros”, revelou a síntese.

Do lado da receita, destacam-se os impactos associados à perda de receita fiscal, nomeadamente a redução do ISP (Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos) equivalente à descida do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) para 13%, no montante de 257,2 milhões de euros, bem como a suspensão da taxa do carbono ISP, que representou 130,4 milhões de euros, e a devolução da receita adicional de IVA via ISP (122,4 milhões de euros).

No que se refere à despesa, os maiores contributos foram das medidas de apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis, que somaram 83 milhões de euros, dos apoios a setores de produção agrícola (52,9 milhões de euros) e do complemento ao apoio extraordinário para crianças e jovens (49,2 milhões de euros).

Recuo nos pagamentos em atraso

Por outro lado, os pagamentos em atraso das entidades públicas atingiram os 633,9 milhões de euros até maio, uma descida de 70,4 milhões de euros em comparação com o período homólogo, de acordo com a síntese de execução orçamental. Em comparação com o mês anterior, verificou-se um aumento de 95,2 milhões de euros.

De acordo com o documento, a evolução homóloga é justificada pela diminuição registada nos hospitais EPE de 151,8 milhões de euros e pelos aumentos ocorridos na administração central, excluindo o subsetor da saúde, (40,2 milhões de euros), na administração regional (39,4 milhões de euros) e nas entidades públicas reclassificadas (4,5 milhões de euros).

Já para a variação mensal contribuíram, sobretudo, os hospitais EPE, com um aumento de 88 milhões de euros, e a administração pública, excluindo o subsetor da saúde, com 12,1 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 17h20 com mais informação)

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“Não beneficiámos da inflação. Fomos vítimas da inflação”, garante CEO da Nestlé

Dependendo da evolução da inflação, as descidas de preços poderão ocorrer em 2024, aponta Mark Schneider, CEO mundial da Nestlé, que está de visita a Portugal.

A Nestlé não lucrou com a subida de preços, tendo também a multinacional sofrido com o impacto da subida da energia e das matérias-primas. “A nossa margem bruta desceu, o que significa que aumentámos menos o preço dos produtos do que a inflação”, disse Mark Schneider, CEO mundial da Nestlé, num encontro com jornalistas. “Não beneficiamos da inflação. Fomos vítimas da inflação”, diz. Descidas de preços, dependendo da evolução da inflação, só para 2024.

No ano passado, o impacto da inflação — a maior em 50 anos, como lembra o CEO — levou a multinacional a aumentar os preços dos produtos, à semelhança de outros gigantes, como a Unilever. No entanto, o gestor lembra que “não foram apenas as grandes empresas a aumentar preços”.

“Todas as companhias tiveram de aumentar os preços”, reajustando à subida dos preços da energia, das matérias-primas e na cadeia de abastecimento. Frisando, por outro lado, que, no caso da Nestlé, esse aumento foi feito com “responsabilidade”, com a companhia a absorver parte do aumento dos preços.

Nos resultados do ano passado, o crescimento da companhia foi mais impulsionado pelo aumento de preços. Mas, dependendo da evolução da inflação, a expectativa para 2024 é que haja um maior equilíbrio entre o mix de crescimento da companhia impulsionado pelos preços e volume de vendas.

“O meu entendimento é que esta isenção de impostos cobre um lote reduzido de produtos, não tendo um impacto direto na Nestlé”, reagiu o gestor sobre a decisão do Governo português de reduzir o IVA de um conjunto de mais de 40 produtos, escusando-se a fazer mais comentários sobre a intervenção do Executivo de António Costa na escalada de preços pela via fiscal.

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Universidade Católica e Germano de Sousa assinam protocolo de colaboração

Alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa vão ter laboratório de ensino de medicina laboratorial, numa parceria com o centro de medicina laboratorial Germano de Sousa.

A Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e o centro de medicina laboratorial Germano de Sousa assinaram um protocolo de colaboração para a implementação de um laboratório de ensino de medicina laboratorial.

Integralmente equipado pelo centro de medicina laboratorial Germano de Sousa, o laboratório visa proporcionar o ensino desta disciplina num modelo totalmente integrado, ao longo do curso, aos alunos da Faculdade de Medicina da UCP.

“São duas entidades de reconhecido valor que se juntam para aumentar a qualidade do ensino da Faculdade de Medicina da Católica (…). As competências da Germano de Sousa são a medicina laboratorial e era por isso importante que os alunos crescessem num ambiente em que pudessem aprender o diagnóstico laboratorial e vivê-lo“, frisa a administradora do Grupo Germano de Sousa, Maria José Rego de Sousa, citada em comunicado.

António Medina de Almeida (diretor da Faculdade de Medicina da UCP), Maria José Rego de Sousa (administradora do Grupo Germano de Sousa), Isabel Capeloa Gil (reitora da Universidade Católica Portuguesa) e professor Germano de Sousa.UCP

Uma parceria que, nas palavras do diretor da Faculdade de Medicina da UCP, António Medina de Almeida, representa uma “inovação muito grande em ensino, que é a possibilidade de ter um laboratório de diagnóstico, acessível aos alunos desde o 1.º ano, e que permite não só o contacto com resultados, mas também com as técnicas diagnósticas”.

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Governo mais ambicioso quer 85% de renováveis no mix elétrico até 2030

Até 2030, o Governo quer que 85% da energia consumida seja proveniente de fontes renováveis. Novo Plano Nacional de Energia e Clima reforça potência de energia solar instalada até final da década.

O Governo reviu e reforçou as metas previstas no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) para 2030, apresentado em 2020, apontando agora para uma maior quota de energias renováveis na produção de eletricidade até ao final desta década.

No documento divulgado esta sexta-feira, último dia do prazo para entrega desta revisão, tal como foi pedido pela Comissão Europeia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) pretende reforçar a ambição de incorporação de energias renováveis no mix elétrico, prevendo atingir um mínimo de 85% já em 2030. Na versão anterior do PNEC, a ambição do Governo era chegar ao final da década com 80% de renováveis no mix elétrico.

A ambição renovada acompanha a posição assumida pelo Governo nos últimos meses, altura em que garantiu que o país seria capaz de cumprir com a meta dos 80% de renováveis na eletricidade já em 2026. Ademais, acontece depois de Espanha ter reforçado a mesma meta, prevendo chegar ao final de 2030 com 81% de renováveis incorporadas no mix elétrico.

Além de reforçar a incorporação de energias “verdes” na produção de eletricidade, o Governo também reforçou o valor mínimo de energia renovável consumida pelo setor dos transportes. Até ao final da década, esse valor será de 23%, ao contrário dos 20% comunicados no PNEC anterior. Já no consumo final bruto de energia, a ambição salta de 47% para 49%, até 2030.

“O nível de ambição do PNEC 2030 está alinhado com o objetivo de longo prazo de se atingir a neutralidade climática, encontrando-se em estudo a antecipação desta meta para 2045, tal como plasmado na Lei de Bases do Clima”, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira pelo MAAC.

As renovações a nível de metas ficam por aqui. As metas de redução de emissões e de eficiência energética não sofreram alterações face ao estabelecido no PNEC inicial (menos 55% até 2030), à semelhança das interligações de eletricidade com Espanha que neste novo plano permaneceu inalterado (15%).

Olhando para o restante mix elétrico, surgem algumas novidades, também. Por exemplo, no caso da produção de eletricidade através de produtos petrolíferos, o novo PNEC prevê que a capacidade instalada suba até 0,4 GW, ao invés dos 0,3 GW indicados no documento original.

A energia eólica em terra também sai reforçada. A potência eólicas onshore será de 10,4 gigawatts (GW), em 2030, face aos 9 GW que o anterior PNEC previa até ao final da década (e face aos 5,7 GW atualmente em operação).

Quanto à eólica offshore, cujo o primeiro leilão colocará a concurso quatro lotes de 2 GW, até ao final do ano, o PNEC prevê que essa capacidade esteja já operacional em 2030, sugerindo que os restantes 8 GW só estarão operacionais depois do final da década. Ao todo, o Governo quer leiloar 10 GW de eólicas sobre o mar até 2030.

Relativamente à energia solar, o PNEC revisto prevê que, até 2030, estejam operacionais 20,4 GW de painéis solares: 14,9 GW de potência instalada referente à produção fotovoltaica centralizada (duplicando dos 7 GW previstos no PNEC de 2020) e 5,5 GW referente à produção solar descentralizada (em 2020, a meta era de 2 GW).

No que toca à energia das ondas, esta manter-se-á com uma potência reduzida, em comparação com as restantes do mix elétrico. Se em 2020, o Governo ambicionava instalar 0,07 GW até 2030, agora o PNEC revisto renova a potência para 0,20 GW, até ao final da década.

Feitas as contas, o Governo ambiciona chegar ao final da década com 47 GW de capacidade de produção de eletricidade de várias fontes energéticas, um passo face aos 32 GW que se estimava inicialmente, no PNEC original, e um salto quando comparado com os 23 GW de potência instalada atualmente.

No documento, o Governo assegura ainda que no âmbito da Estratégia Nacional do Hidrogénio, que a capacidade prevista de eletrolisadores até 2030 irá duplicar, saltando de de 2,5 GW para 5,5 GW até ao final da década. Desta forma, explica o gabinete de Duarte Cordeiro, o país será capaz de descarbonizar a indústria nacional, atrair novas indústrias e, ainda, exportar este gás renovável para a União Europeia, “contribuindo assim para a segurança de abastecimentos no espaço europeu”.

A versão preliminar esta sexta-feira apresentada foi enviada à Comissão Europeia, tal como tinha sido pedido aos 27 Estados-membros no âmbito do reforço das metas climáticas e energéticas comunitárias, para 2030. Segundo as contas do Governo, a estratégia de transição energética de Portugal representa 75 mil milhões de euros de investimento em projetos de produção de energia verde (eletricidade e gases renováveis).

(Notícia atualizada pela última vez às 16h11)

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Famalicão tem 328 mil euros para ajudar famílias a pagar rendas

Município de Famalicão investe 328 mil euros no apoio à renda de famílias do concelho. As ajudas monetárias variam entre os 50 e os 100 euros.

A Câmara Municipal de Famalicão vai ajudar 342 famílias do concelho a pagar as rendas das habitações. A concessão destes apoios, atribuídos no âmbito do programa municipal “Casa Feliz – Apoio à Renda” representa para a autarquia famalicense um investimento de aproximadamente 328 mil euros.

Os apoios são divididos em três escalões: o escalão A corresponde a um apoio mensal de 100 euros e foi atribuído a 113 candidatos, o subsídio mensal relativo ao escalão B é de 75 euros e foi atribuído a 183 pessoas, e o escalão C corresponde a um apoio mensal de 50 euros e foi distribuído por 46 candidatos.

“Em Famalicão estamos atentos àquelas que são as reais necessidades das pessoas e o Casa Feliz tem sido, ao longo dos anos, um bom exemplo do quanto a Câmara Municipal está focada nos seus cidadãos, nomeadamente no bem-estar e qualidade de vida”, afirma o social-democrata autarca Mário Passos, em comunicado, relembrando ainda que a área social representa a maior fatia do plano e orçamento para 2023 da Câmara Municipal.

Conferência Famalicão.30. - Estratégia de Desenvolvimento de V. N. Famalicão para 22-30 - 13JAN23
Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Mário PassosRicardo Castelo/ECO

A viver num T1 arrendado em Famalicão, Maria Amélia é uma das beneficiárias do programa “Casa Feliz”. “São 75 euros por mês que, no fim das contas, representam uma ajuda muito boa. É o segundo ano que me candidato e, felizmente, o segundo como beneficiária”, conta Maria Amélia, citada na mesma nota da autarquia.

Este foi também o valor do apoio atribuído pela autarquia a Mariana Silva, residente na freguesia do Louro. “É uma ajuda grande para a minha família que tem perdido rendimentos por força das licenças que temos metido para acompanhar a minha filha que enfrenta problemas de saúde”, sustenta a moradora.

Em 2022, o investimento da autarquia fixou-se nos 292 mil euros, beneficiando 303 famílias.

Para além da vertente de apoio às rendas, em vigor desde 2012, recorde-se que o programa Casa Feliz arrancou em 2005 com uma vertente de apoio às obras. De acordo com a autarquia, com este projeto “as famílias que mais precisam têm acesso a um apoio financeiro até cinco mil euros para a realização de obras de reparação da habitação, proporcionando as condições mínimas de bem-estar”.

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Parlamento elege novos membros para a Entidade Reguladora da Comunicação Social

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

As eleições para a ERC estiveram agendadas várias vezes desde abril passado, mas foram adiadas por atraso do PSD na indicação dos seus nomes, que só foram tornados públicos no início deste mês.

O parlamento elegeu esta sexta-feira, por voto secreto, com maioria superior a dois terços, a lista conjunta apresentada pelo PS e PSD com quatro novos membros para o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

Segundo os dados anunciados em plenário pela mesa da Assembleia da República, para a ERC, em 196 votantes, a lista composta por Helena Sousa (PS), Telmo Gonçalves (PS), Pedro Gonçalves (PSD) e Carla Martins (PSD), obteve 141 votos a favor, 43 brancos e 12 nulos.

As eleições para a ERC estiveram agendadas várias vezes desde abril passado, mas foram adiadas por atraso do PSD na indicação dos seus nomes, que só foram tornados públicos no início deste mês.

Esta eleição, que se faz por voto secreto dos deputados, requer uma maioria de dois terços, o que obriga a um acordo entre os grupos parlamentares do PS e do PSD.

A Constituição estabelece que a Assembleia da República designa quatro dos cinco membros da ERC, sendo o quinto elemento, o presidente da entidade, cooptado entre os designados pelo parlamento.

O Conselho Regulador da ERC cessante, presidido por Sebastião Póvoas, assumiu funções em 14 de dezembro de 2017, num mandato de cinco anos que terminou no final do ano passado.

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Apple volta a passar fasquia dos três biliões de dólares na bolsa

Valor de mercado da marca voltou a superar três biliões de dólares esta sexta, num ano em que as ações da empresa já acumularam escalada de 45%. Apple já tinha conseguido o feito em 2022.

A fabricante do iPhone ultrapassou novamente uma capitalização em bolsa de três biliões de dólares (trillion, em inglês). Na abertura de Wall Street desta sexta-feira, os títulos da Apple avançaram 0,9%, para 191,14 dólares, acumulando uma escalada de 45% desde o início do ano.

Não é a primeira vez que a Apple consegue este feito. A tecnológica tinha sido a primeira empresa a superar este marco no início de 2022, depois de, em agosto de 2018, também ter sido a primeira cotada a chegar à liga do bilião.

A notícia não surpreendeu, contudo, os investidores, que já esperavam que a tecnológica ultrapasse este marco no início da sessão, depois de, na quinta-feira, ter ficado muito perto desse nível.

“A razão pela qual a Apple tem tido um desempenho superior há mais de uma década não é porque os investidores estejam a ser imprudentes, mas porque está a executar uma estratégia de negócios que funciona, o seu plano de receitas está a funcionar e o seu envolvimento com o consumidor está a ficar cada vez mais forte”, afirma Jonathan Curtis, diretor de gestão de carteiras do Franklin Equity Group, citado pela Bloomberg.

“O balanço é fenomenal. A empresa paga dividendos que podem continuar a crescer, tem um programa de recompra ativo e uma estrutura de negócios semelhante à dos produtos de consumo básico. Tudo isto alimentado por um dispositivo para o qual as pessoas olham quatro horas por dia”, acrescenta Curtis.

A força da gigante tecnológica está a impulsionar o Nasdaq, que também arrancou a sessão pintado de verde. O índice tecnológico valoriza 0,95%, para 13.719,98 pontos.

A juntar ao excelente desempenho das ações da Apple, também os sinais de desaceleração da inflação nos Estados Unidos estão a animar os investidores em Wall Street. O índice de referência S&P 500 iniciou a última negociação da semana a somar 0,59% para 4.422,44 pontos, enquanto o industrial Dow Jones subia 0,43%, para 34.269,92 pontos.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h00)

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Alcobaça aprova plano que prevê investimento de 45 milhões de euros em habitação

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

Município de Alcobaça investe cerca de 45 milhões de euros até 2028 para resolver carências de habitacionais de mais de 400 famílias, no âmbito da Estratégia Local de Habitação.

A Estratégia Local de Habitação do concelho de Alcobaça, aprovada pela Assembleia Municipal, prevê até 2028 um investimento de cerca de 45 milhões de euros para resolver carências de habitacionais de mais de 400 famílias.

O documento, que faz um diagnóstico das carências existentes no acesso à habitação e define a estratégia de intervenção adotar pela Câmara Municipal de Alcobaça, no distrito de Leiria, determina a necessidade de “desenvolver uma resposta habitacional digna para 426 famílias“, num total de 1030 pessoas.

A freguesia de Alcobaça e Vestiaria é aquela que concentra mais famílias (94) em situação de carência habitacional, a que se seguem Pataias e Martingança (62); Coz, Alpedriz e Montes (60), Aljubarrota (45) e Benedita (32).

O Vimeiro, com apenas sete agregados sinalizados, é a freguesia menos problemática em termos de carências habitacionais, seguida de Bárrio (11), Turquel e Évora de Alcobaça (15), Alfeizerão e Maiorga (17), Cela (23) e S. Martinho do Porto (28).

O concelho tem situações emergentes e é preciso avançar com alguma urgência.

Hermínio Rodrigues

Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça

O diagnóstico, apresentado na Assembleia Municipal, revela que destas 426 famílias “356, correspondente a 882 pessoas, poderão encontrar uma solução habitacional através do Programa 1.º Direito“, ao qual a autarquia admite apresentar candidaturas, que entre investimento público e privado poderão ascender 45 milhões de euros.

As metas definidas na Estratégia Local de Habitação, para vigorar até 2028, apontam para uma estimativa de investimento de privados na ordem dos 26,1 milhões de euros para a reabilitação 193 habitações.

Ao município caberá um investimento superior a oito milhões de euros, na reabilitação de 51 fogos de habitação social; a aquisição de um terreno e a construção de 40 novos fogos, com um custo estimado de 5,8 milhões de euros e ainda apoio ao arrendamento na ordem dos 3,2 milhões de euros.

A aprovação da estratégia abre a possibilidade do município se candidatar ao 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação; solução defendida na Assembleia Municipal pelo presidente da autarquia, Hermínio Rodrigues (PSD), alegando que “o concelho tem situações emergentes e é preciso avançar com alguma urgência“.

O documento foi aprovado por maioria, com uma abstenção do “Nós, Cidadãos”.

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