Volvo Cars vai despedir 1.300 administrativos na Suécia

  • Lusa
  • 4 Maio 2023

O construtor automóvel anunciou o despedimento de cerca de 6% da sua força de trabalho total na Suécia. Empresa irá também reduzir custos e adotar medidas de eficiência a nível global.

O construtor automóvel sueco Volvo Cars anunciou esta quinta-feira que vai despedir 1.300 funcionários administrativos na Suécia para acelerar o processo de redução de custos da empresa.

Cerca de 1.100 trabalhadores correspondem à divisão de veículos, a principal divisão da empresa, e os restantes serão identificados após um processo de revisão.

O número total de trabalhadores despedidos corresponde a cerca de 6% da força de trabalho total da Volvo Cars na Suécia, que no final do ano passado tinha uma força de trabalho total de mais de 43.000 funcionários.

“A empresa irá também reduzir custos e adotar medidas de eficiência nas suas operações globais nos próximos meses. Além disso, irá rever e reduzir o número de consultores e de serviços adquiridos”, refere um comunicado.

O presidente executivo da empresa, Jim Rowan, destacou a situação económica mundial, o aumento dos preços das matérias-primas e a concorrência para justificar as medidas, bem como o processo de transformação da empresa, que pretende que 100% da sua produção seja de veículos elétricos até 2030.

A Volvo Cars, que é controlada pelo fabricante chinês de automóveis Volvo Cars, registou um lucro líquido de 4.000 milhões de coroas suecas (352 milhões de euros) no primeiro trimestre, uma queda de 12% em relação ao ano anterior, segundo um balanço apresentado no mês passado.

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Lagarde garante que o “BCE não fez uma pausa” na subida das taxas de juro

Apesar de o Banco Central Europeu ter reduzido para 25 pontos base a subida das taxas diretoras do euro, Lagarde garante que isto não significa que o BCE ficará por aqui.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) começou a conferência de imprensa desta quinta-feira notando que “as perspetivas de inflação continuam a ser demasiado elevadas durante demasiado tempo”, para justificar a subida de mais 25 pontos base das taxas diretoras.

Apesar de o BCE ter abrandado o ritmo de subidas das taxas de juro, após cinco aumentos consecutivos de 75 e 50 pontos base, Lagarde garantiu que o BCE “não está a fazer uma pausa” no ciclo de subida das taxas de juro.

Além disso, assegurou também não estar “a assumir qualquer compromisso para cortar as taxas a qualquer momento.”

A líder do BCE notou que o fim de subidas ainda não chegou ao fim, sublinhando que “ainda temos muito a fazer para chegarmos ao nosso objetivo de colocarmos a inflação nos 2%.”

Lagarde partilhou com os jornalistas que o Comité de Política Monetária do BCE teve várias discussões sobre a inflação subjacente (core) na Zona Euro, e que “o BCE está particularmente preocupado com a inflação dos bens alimentares”.

Sobre os efeitos que poderão continuar a pressionar a subida dos preços na área do euro, Lagarde sublinhou que “um maior crescimento dos salários ou das margens de lucro poderá aumentar a inflação” e não deixou de sugerir que “os governos revejam as medidas de apoio à energia” para evitar que o BCE tenha de tomar medidas mais agressivas no campo monetário.

A presidente do BCE referiu também que a economia europeia apresenta “níveis fracos de procura doméstica e consumo”, ao mesmo tempo que se observa “divergências entre os setores na economia.”

Sobre o programa de compra de ativos (APP) do Eurosistema, que o BCE já anunciou que pretende reduzir nos próximos meses, Lagarde anunciou que “o objetivo final é reduzir a zero os ativos do APP.”

Tal como o presidente da Fed, Jerome Powell, que referiu na conferência de quarta-feira, no seguimento de uma subida de 25 pontos base dos juros diretores nos EUA, também Lagarde sublinhou que “o setor bancário na Zona Euro já provou que é resiliente.” Questionada sobre o resgate ao Credit Suisse, Lagarde referiu que “as autoridades suíças tinham poucas opções”.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h57)

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Comissão Europeia quer combater pirataria online de eventos ao vivo e desportivos

A recomendação da Comissão Europeia estabelece também um sistema de monitorização "sólido", que visa avaliar os efeitos da luta contra a pirataria e a necessidade de serem consideradas novas medidas.

A recomendação vem diretamente de Bruxelas: é necessário combater a pirataria online de transmissões desportivas e de outros eventos ao vivo, como concertos ou peças de teatro.

Neste sentido, a Comissão Europeia “encoraja” os estados-membros – bem como as autoridades nacionais e os detentores de direitos dos serviços – a tomarem “medidas apropriadas, efetivas e balanceadas”, de modo a combater as retransmissões indevidas.

“A internet já permite aos cidadãos europeus desfrutar de uma variedade de eventos ao vivo, desde eventos desportivos a concertos. No entanto, a pirataria em escala comercial está a prejudicar e a colocar em risco as nossas indústrias criativas e desportivas, especialmente no caso de eventos ao vivo que geram a maior parte do seu valor durante a transmissão em tempo real. Neste sentido, é essencial que os intermediários online cooperem com os organizadores de eventos, bem como com as emissoras, de modo a combater a pirataria de eventos ao vivo“, refere Margrethe Vestager, vice-presidente executiva do programa “Uma Europa preparada para a era digital”, citada em comunicado.

A recomendação foca-se em três áreas principais. Além de enfatizar a importância e urgência de ações por parte dos dos provedores e hospedeiros dos serviços, de modo a que os danos causados pelo streaming ilegal sejam minimizados, a Comissão Europeia, com base na Lei dos Serviços Digitais, encoraja ainda ao uso de “injunções de bloqueio” adaptadas a eventos ao vivo. No caso de eventos desportivos, encoraja os estados-membros a garantir legitimidade aos organizadores desses eventos através da obtenção de uma “injunção”, algo que atualmente não é possível.

Numa terceira vertente, a Comissão recomenda que os organizadores e transmissores dos eventos aumentem a oferta, acessibilidade e atratividade das suas ofertas comerciais. Por outro lado, incita os estados-membros a sensibilizarem os utilizadores para as ofertas legais disponíveis para usufruto deste tipo de transmissões e a reforçarem a questão da pirataria junto das autoridades responsáveis.

A recomendação estabelece ainda um sistema de monitorização “sólido”, que visa avaliar os efeitos da luta contra a pirataria e a necessidade de serem consideradas novas medidas. Este trabalho será realizado com o apoio do Observatório Europeu das Infrações aos Direitos de Propriedade Intelectual (EUIPO Observatory).

Esta monitorização será feita até ao dia 17 de novembro de 2025, prazo até ao qual a Comissão vai avaliar a forma como a Lei dos Serviços Digitais interage com a restante legislação, incluindo aquela relacionada com direitos de autor. Por essa altura, a Comissão decidirá se existe a necessidade de aplicação de medidas adicionais, tendo em conta a evolução da tecnologia, dos canais de distribuição e dos padrões de consumo.

“Ao impor-se no combate contra a pirataria online, a Recomendação vai contribuir para reforçar a competitividade das indústrias desportivas e criativas da União Europeia”, refere a comissão em nota de imprensa.

Thierry Breton, comissário europeu para o mercado interno, refere que, mais do que nunca, a internet possibilita a visualização de eventos ao vivo mas também coloca em risco os modelos económicos:

“Já temos uma estrutura sólida de combate ao conteúdo ilegal online, mas tem de ser reforçada e aplicada. Ao dia de hoje, pedimos aos estados-membros que intensifiquem a luta contra a pirataria que retira dinheiro aos setores dos eventos ao vivo (…) estamos a criar um sistema de monitorização de KPIs de forma a avaliar os efeitos destas medidas na luta contra a pirataria online e a potencial necessidade de novas medidas”, afirma Breton.

“Os eventos desportivos e ao vivo contribuem para fomentar um panorama cultural europeu diversificado, que aproxima cidadãos e proporciona um sentido de comunidade. A organização deste tipo de eventos, bem como a sua transmissão ao vivo, requer investimentos significativos, contribuindo ao mesmo tempo para o crescimento económico e para a criação de emprego. As transmissões de streaming não autorizadas podem causar perdas significativas de receitas para artistas, organizadores e transmissores de eventos ao vivo, minando a viabilidade dos serviços que estes oferecem”, lê-se também na nota de imprensa divulgada pela Comissão Europeia.

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Reveja a conferência de Christine Lagarde que justifica o aumento de 25 pontos base das taxas de juro do BCE

A presidente do BCE explica em conferência de imprensa as razões que levaram a autoridade monetária do euro a aumentar em 25 pontos base as taxas diretoras do euro.

No seguimento do sétimo aumento consecutivo das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde explica com mais detalhe as decisões do Comité de Política Monetária do BCE.

Acompanhe aqui as declarações da presidente do BCE:

 

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Cereja do Fundão com quebras até 70% devido a temperaturas baixas na floração

  • Lusa
  • 4 Maio 2023

As grandes amplitudes térmicas e as temperaturas muito baixas registadas à noite durante a floração provocaram quebras até 70% na produção da cereja do Fundão.

As grandes amplitudes térmicas e as temperaturas muito baixas registadas à noite durante a floração provocaram quebras até 70% na produção da cereja do Fundão, segundo os produtores, que esperam uma fruta de qualidade e calibre superior.

Engenheiro agrónomo de Alcongosta, com pomares em várias localidades do concelho do Fundão, a maioria a sul da serra da Gardunha, Gonçalo Batista afirma ter uma diminuição na produção, em relação a um ano normal, “na ordem dos 60% a 70%”, devido às geadas verificadas em dias consecutivos no início de abril naquele município do distrito de Castelo Branco.

No caso das Frutas Quinta da Fadagosa, com cerca de 18 hectares de cereja, as variedades mais tardias são as mais afetadas, por estarem na fase final da floração quando se registaram dias de calor e temperaturas a rondar os zero graus Celcius à noite.

“O frio causa distúrbio fisiológico nas flores. A flor não aguenta essas temperaturas tão baixas, ainda por cima em dias consecutivos, e foi o frio que acabou por provocar as perdas de produção, porque se tivéssemos tido noites amenas, mesmo com temperaturas elevadas para a época, não tinha tido influência”, sublinhou Gonçalo Batista, em declarações à agência Lusa.

Além das perdas já constatadas, que também vão afetar o pêssego, o engenheiro agrónomo explicou existirem variedades que vingam, mas depois as árvores não têm consistência para segurarem o fruto e podem “alampar”, agravando os danos.

“Se uma planta se sente confortável em termos hídricos, depois do stress ela prefere preservar a parte vegetal do que a parte da descendência, que são os frutos”, explicou Gonçalo Batista, que referiu ter parcelas onde não tenciona fazer a apanha, por “não compensar os gastos com a mão de obra”.

Filipe Costa, gerente da associação de fruticultores Cerfundão, com uma capacidade instalada para a comercialização de cerca de mil toneladas de cereja num ano normal, espalhada por 300 hectares, aponta para quebras na produção “de 50% a 60% no Fundão e Cova da Beira”.

“As variedades que estavam em floração nestes períodos de amplitudes térmicas, de temperaturas muito baixas durante a noite e altas durante o dia, fizeram vingamentos mais fracos e têm uma produtividade mais baixa”, acentuou o engenheiro agrónomo e produtor, que estima uma maior quebra, no geral, “nas variedades intermédias e tardias”.

Se Gonçalo Batista, com a maioria dos pomares a sul da Gardunha, onde a produção se costuma antecipar duas semanas, já iniciou a campanha deste ano, na Cerfundão a previsão para o início das colheitas é no início da próxima semana, “dependendo da evolução das temperaturas”.

Filipe Costa antecipa “um ano muito bom em termos de qualidade degustativa da fruta”.

“É expectável que a dimensão da fruta seja maior e que o nível de açúcar da fruta também, porque temos as árvores com menos carga”, vaticinou à agência Lusa.

Gonçalo Batista, das Frutas Quinta da Fadagosa, tem a “certeza absoluta de que o potencial de calibre vai ser superior”, embora “em termos de brix”, o açúcar na fruta, e de textura, “é ainda uma incógnita, porque estamos numa fase muito incipiente”, ainda que, “normalmente, quando as árvores estão mais leves, tudo indica que a qualidade será superior”.

O gerente da Cerfundão, Filipe Costa, espera a “valorização unitária” da cereja“, para que o preço equilibre os “substanciais aumentos” dos custos energéticos, com fertilizantes e vários fatores que impactam na produção.

“É importante para a sustentabilidade da própria fileira que a fruta seja devidamente remunerada, mas aí depende do mercado e da lei da oferta e da procura”, enfatizou.

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Câmara do Porto restringe alojamento local no centro histórico

Porto passa a ter novo regulamento de Alojamento Local, diferenciando áreas de crescimento sustentável e áreas de contenção mediante a pressão de cada freguesia.

O novo regulamento do Alojamento Local (AL) do Porto entra esta quinta-feira em funcionamento, passando a diferenciar áreas de crescimento sustentável e zonas de contenção mediante a “pressão” de cada freguesia. Entre as “áreas de contenção” estão as freguesias da Vitória, São Nicolau, Sé, Santo Ildefonso e Miragaia por apresentarem um rácio de pressão igual ou superior a 15%. Mas há exceções para estas zonas da Invicta.

Com a entrada em vigor deste regulamento para o crescimento sustentável do AL, termina a medida de suspensão de novos alojamentos em Cedofeita e Bonfim, em funcionamento desde outubro de 2022.

De acordo com o regulamento municipal, publicado em Diário da República, será excecionalmente permitida a instalação de novos AL, no caso de implicarem operações urbanísticas relativas a novos edifícios ou a imóveis objeto de obras de conservação considerados “de especial interesse para a cidade” pela autarquia liderada pelo independente Rui Moreira.

Outra das exigências do regulamento consiste no “equilíbrio entre a oferta de alojamento local e o alojamento destinado a habitação”, numa distribuição que garanta 50% de habitação e 20% para habitação acessível.

O regulamento prevê, ainda, operações urbanísticas promotoras do comércio de rua que ocupem, pelo menos, 60% do piso térreo do edifício e que 20% da restante área seja “afeta a habitação acessível por um prazo não inferior a 25 anos”.

Este é um regulamento equilibrado que procura gerir a cidade como um todo e tratar o alojamento local como essencial.

Ricardo Valente

Vereador das Atividades Económicas, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal do Porto

Há uma outra exceção à instalação de novos alojamentos locais nas áreas de contenção: os pedidos de ocupação de edifícios devolutos há mais de três anos.

Os interessados no registo de uma nova atividade de AL nas áreas de crescimento sustentável deverão fazê-lo através da Agência para a Modernização Administrativa, que tem um prazo de dez dias para a atribuição da licença. Já as solicitações nas zonas de contenção passam a ser feitos através do Gabinete do Munícipe da autarquia portuense. Neste caso, o prazo de resposta pode ir até aos 60 dias, pois é preciso “analisar se este pedido cabe nas exceções que se coloca em cima da mesa”, precisou o vereador das Atividades Económicas, Finanças e Fiscalização, Ricardo Valente.

Entre as áreas de contenção estão, assim, as freguesias da Vitória, São Nicolau, Sé, Santo Ildefonso e Miragaia por apresentarem um rácio de pressão igual ou superior a 15%. Já as áreas de crescimento sustentável são Aldoar, Bonfim, Campanhã, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Massarelos, Paranhos, Nevogilde, Ramalde e Cedofeita.

Estas classificações podem, contudo, ser alteradas “em função da monitorização do rácio de pressão” e será, também, definido um limite máximo para a atribuição de novos registos em cada área de crescimento sustentável. O objetivo é garantir “o equilíbrio entre o AL e os imóveis/frações disponíveis para outros fins como habitação permanente ou para arrendamento de longa duração, comércio e serviços”, lê-se no documento do Diário da República.

Para o vereador com o pelouro da Economia da Câmara do Porto, “este é um regulamento equilibrado que procura gerir a cidade como um todo e tratar o alojamento local como essencial”.

Este regulamento foi aprovado na reunião do Executivo Municipal de 21 de abril, com os votos favoráveis dos vereadores do movimento independente de Rui Moreira e do PSD, a abstenção dos vereadores PS e os votos contra dos vereadores do BE e da CDU. E ainda por deliberação da Assembleia Municipal do Porto de 28 de abril de 2023.

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BCE levanta o pé do acelerador e sobe taxas em 25 pontos base para 3,25%

Banco Central Europeu voltou a subir as taxas diretoras, mas de forma mais moderada. A taxa de depósitos fica nos 3,25%, o valor mais elevado dos últimos 15 anos.

O Banco Central Europeu (BCE) interrompeu um ciclo de fortes subidas das taxas diretoras, anunciando esta quinta-feira uma subida de apenas 25 pontos base nas taxas de juro do euro, como era esperado pelo mercado e antecipado por vários responsáveis do BCE.

“As perspetivas de inflação continuam a ser demasiado elevadas durante demasiado tempo. Tendo em conta as atuais pressões inflacionistas elevadas, o Conselho do BCE decidiu hoje aumentar as três taxas de juro diretoras do BCE em 25 pontos base”, refere a autoridade monetária em comunicado.

Esta decisão, anunciada esta quinta-feira, acontece depois de, entre julho e março, o BCE ter realizado três aumentos de 50 pontos base e três de 75 pontos base.

Com este último aumento das taxas de juro, o Comité de Política Económica do BCE eleva a taxa dos depósitos para 3,25%, o valor mais elevado desde outubro de 2008, e as taxas de juro aplicáveis às operações de refinanciamento e de cedência de liquidez passaram para 3,75% e 4%, respetivamente.

“A inflação global diminuiu nos últimos meses, mas as pressões subjacentes sobre os preços permanecem fortes“, justifica o BCE, sublinhando que, “simultaneamente, os anteriores aumentos das taxas estão a ser transmitidos de forma vigorosa às condições monetárias e de financiamento da área do euro, embora os desfasamentos e a força da transmissão à economia real permaneçam incertos.”

Antecipando o resultado desta quinta-feira do BCE, Franck Dixmier, diretor global de Investimentos em obrigações da Allianz Global Investors (AllianzGI), revelou que “ao contrário da Fed, o Banco Central Europeu ainda está longe do fim do ciclo de endurecimento da política monetária”, antecipando assim que, na próxima reunião do BCE, a ser realizada em junho, o BCE volte a aumentar mais 25 pontos base as taxas de juro.

Além da subida das taxas de juro, o BCE revela que continuará a reduzir a carteira do programa de compra de ativos (APP) do Eurosistema a um “ritmo medido e previsível.” “Em consonância com estes princípios, o Conselho do BCE espera descontinuar os reinvestimentos ao abrigo do APP a partir de Julho de 2023”, lê-se no comunicado.

O BCE nota ainda que os reinvestimentos ao abrigo do programa de compra de ativos devido à emergência pandémica (pandemic emergency purchase programme – PEPP) irá estender-se pelo menos até ao final de 2024.

“Em qualquer caso, a futura descontinuação da carteira do PEPP será gerida de forma a evitar interferências com a orientação adequada da política monetária”, refere a entidade liderada por Chirstine Lagarde.

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Ucranianos estacionam “hub” em Lisboa e Porto com 170 lugares para acelerar carros autónomos

Intellias inaugura centro tecnológico no Porto, um dos dois espaços que a empresa vai criar em Portugal para acelerar o desenvolvimento do setor automóvel e da área do digital.

Já com mais de 50 trabalhadores em Portugal, a tecnológica ucraniana Intellias pretende acelerar as contratações no próximo ano e meio. A empresa que conta com hubs em Lisboa e no Porto tem um plano para atingir os 170 lugares para talento de engenharia até ao final de 2024. Acelerar o desenvolvimento de soluções para os carros autónomos e na área do digital são os principais objetivos da empresa. O hub do Porto abre portas esta quinta-feira.

“Esperamos construir uma equipa de mais de 100 engenheiros em 2023 e chegar a uma equipa de cerca de 170 talentos em 2024. Mais de 60% da nossa equipa é composta por engenheiros de software com qualificações seniores ou superiores”, assinala Vitaly Sedler, presidente executivo da tecnológica, ao ECO Trabalho. As posições disponíveis contemplam posições para Automotive Software Engineers, Embedded Software Engineers, Enterprise Application, Mobile, DevOps, e Integration.

Vitaly Sedler – presidente executivo e co-fundador da Intellias

Fundada em 2002, a Intellias anunciou a chegada a Portugal em setembro de 2022. O país foi escolhido por ser “um dos hubs de tecnologia mais rápido na Europa”, que “recebe talentos de todo o mundo”. As portas abertas a estrangeiros também servem para “superar a escassez de talentos [locais] e construir uma equipa verdadeiramente global e diversa”.

Acrescenta-se à lista de razões para a escolha de Portugal a “excelente oferta formativa nas universidades, grande número de empresas de tecnologia na área, as cidades em desenvolvimento ativo, o processo de realocação simples para os especialistas em IT e a qualidade de vida de renome mundial”.

Esperamos construir uma equipa de mais de 100 engenheiros em 2023 e chegar a uma equipa de cerca de 170 talentos em 2024. Mais de 60% da nossa equipa é composta por engenheiros de software com qualificações seniores ou superiores.

Vitaly Sedler

Presidente executivo da Intellias

Para atrair funcionários, a tecnológica acena com flexibilidade total no local de trabalho para “maior produtividade e espírito de compromisso”.

“A nossa forma de estar assenta na confiança e responsabilidade pessoal”, garante o líder. Há mesmo a opção de “parar o dia de trabalho com apenas um clique, tratar dos seus assuntos e depois voltar ao trabalho” e “não há necessidade de pedir permissão para ir ao banco ou ao dentista”.

Quem ingressar na Intellias vai trabalhar com mais de 100 marcas, entre as quais HERE Technologies, DKV Mobility, CRX Markets, 360T, Elmos e TomTom.

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Após choque frontal com Costa, Marcelo vai falar ao país às 20 horas

Presidente da República deverá pronunciar-se sobre a crise política, após ter discordado da decisão de António Costa de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas.

O Presidente da República vai falar ao país às 20 horas desta quinta-feira, sendo esperado que se pronuncie sobre o caso João Galamba, em que houve uma discordância pública sobre a permanência no cargo do ministro das Infraestruturas no cargo.

Após várias polémicas envolvendo João Galamba, o ministro reuniu com António Costa na terça-feira de manhã. O primeiro-ministro encontrou-se depois com Marcelo Rebelo de Sousa, e, à noite, surgiu a demissão de Galamba. No entanto, Costa decidiu não aceitar a demissão do ministro, numa reviravolta anunciada numa declaração na residência do primeiro-ministro.

A resposta de Marcelo veio sob a forma de um comunicado, onde assumiu que discordava da decisão de António Costa, apesar de não ter o poder de demitir ministros sem ser por propostas. Desde aí, o Presidente da República manteve-se em silêncio sobre a questão, prometendo apenas aos jornalistas, numa saída para comer um gelado, que iria falar ao país, ainda em data incerta.

Será então esta quinta-feira que a comunicação irá acontecer, antes de Marcelo partir para Londres. Nos últimos meses muito se tem falado sobre a possibilidade de uma dissolução da Assembleia da República, devido à sucessão de casos e polémicas envolvendo membros do Executivo de António Costa. No entanto, em abril, Marcelo afastou essa possibilidade, elencando vários motivos para tal, nomeadamente a conjuntura económica e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência.

Da parte de António Costa também não surgiram muitos mais comentários ao assunto, sendo que quando questionado pelos jornalistas esta quarta-feira sobre uma possível dissolução, respondeu que “nunca [teme] receber telefonemas do Sr. Presidente da República”.

Quer se avance para uma dissolução ou não, o certo é que a estabilidade governativa será difícil nos próximos tempos, segundo sinalizaram politólogos ao ECO.

(Notícia atualizada às 12h55)

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Taxa Euribor sobe a seis meses para novo máximo desde novembro de 2008

  • Lusa
  • 4 Maio 2023

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a seis meses, no prazo mais longo para um novo máximo desde novembro de 2008, e manteve-se a 12 meses em relação a quarta-feira.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a seis meses, no prazo mais longo para um novo máximo desde novembro de 2008, e manteve-se a 12 meses em relação a quarta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,843%, o mesmo valor de quarta-feira, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu esta quinta-feira, para 3,651%, mais 0,007 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta quinta-feira, para 3,281%, mais 0,006 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,288%, verificado em 14 de abril. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro. Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Cidadãos têm direito a cópia fiel dos seus dados pessoais, diz tribunal europeu

Tribunal de Justiça da União Europeia considera que direito a uma cópia dos dados pessoais previsto no RGPD implica "reprodução fiel", e não apenas uma lista sintética.

Os cidadãos têm o direito a receber cópias fiéis de todos os dados pessoais de que são titulares sempre que as solicitem às entidades responsáveis pelo seu tratamento, entende o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE). O acórdão, conhecido esta quinta-feira, lança luz sobre a interpretação de um dos direitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).

O caso resulta de um processo que envolve uma agência de consultoria empresarial na Áustria, que “procedeu ao tratamento dos dados pessoais” de um particular. Esta pessoa pediu a essa agência, ao abrigo do RGPD, “que lhe fosse fornecida uma cópia de documentos, em especial, mensagens de correio eletrónico e extratos de bases de dados contendo, nomeadamente, os seus dados, ‘num formato técnico de uso corrente'”, explica o tribunal, em comunicado.

A agência respondeu ao cidadão entregando, “de forma sintética, a lista dos seus dados pessoais em fase de tratamento”. O cidadão considerou, no entanto, que a entidade lhe deveria ter “transmitido uma cópia de todos os documentos que contêm os seus dados” e fez queixa à autoridade de proteção de dados austríaca. A autoridade considerou que a agência não cometeu nenhuma violação do direito de acesso a dados pessoais, mas o TJUE discorda.

“O TJUE considera que esta disposição [do RGPD, nomeadamente a que confere o direito à cópia dos dados pessoais] confere ao titular dos dados o direito a obter uma reprodução fiel dos seus dados pessoais, entendidos em sentido lato, que sejam objeto de operações que devam ser qualificadas de tratamento efetuado pelo responsável por este tratamento”, lê-se no mesmo comunicado, que resume o que está em causa.

Assim, o TJUE “precisa que o termo ‘cópia’ não se refere a um documento enquanto tal, mas aos dados pessoais que contém e que devem estar completos”. “Por conseguinte, a cópia deve conter todos os dados pessoais em fase de tratamento”, entende o tribunal europeu.

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Alcoutim já usa reservas de água que deviam ser consumidas no verão

  • ECO e Lusa
  • 4 Maio 2023

A seca já é visível nos campos do nordeste algarvio e está a ameaçar as reservas aquíferas e alimentares que as atividades agrícolas e pecuárias deveriam consumir no verão, alerta autarca de Alcoutim.

“Estamos a adiantar o consumo dessas reservas e, quiçá, a perigar para o futuro algumas dessas reservas que vão esgotar, quer ao nível dos aquíferos, quer ao nível das próprias rações para os animais, dos prados permanentes e da vegetação espontânea, que neste momento está seca”, alerta o presidente Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves.

O autarca está preocupado com a ameaça eminente das reservas aquíferas e alimentares que as atividades agrícolas e pecuárias deveriam consumir no verão. Mais ainda, a situação naquela zona do Algarve faz antever grandes dificuldades para o resto do ano, uma vez que estão já a ser usadas as reservas de água que deveriam ser consumidas apenas durante a estação seca, no verão.

O presidente da Câmara Municipal de Alcoutim fez um retrato da seca no município do distrito de Faro, onde os efeitos da falta de chuva e de água já são visíveis, porque “o campo está completamente seco” e “não há humidade no solo“, uma situação idêntica a como se já tivesse chegado o mês de junho.

“Eu tenho algumas árvores de fruto no meu quintal e este ano não tenho fruto nenhum, porque o próprio calor — e eu associo isto a calor na altura da flor – matou aquilo tudo”, exemplificou, frisando que não tem dados científicos para sustentar esta avaliação, baseando-se apenas “no que está aos olhos de toda a gente”.

Osvaldo Gonçalves observou que, em Alcoutim, não há uma grande pressão em termos de agricultura de regadio ou de rebanhos intensivos, sobretudo de bovinos, que são aqueles que mais consomem água. O autarca notou que, mesmo nos ovinos e caprinos, a pressão não é muito relevante, porque “infelizmente já houve muitos mais rebanhos do que aqueles que há neste momento”.

Os produtores de gado e agricultores que ainda subsistem no concelho estão já a deparar-se com dificuldades causadas pela falta de chuva e pela seca, que é considerada severa em algumas zonas do sotavento (leste) algarvio, alertou o autarca. “Essas pessoas começam a sentir uma preocupação relativamente àquilo que é o presente, que são os prados permanentes que se deveriam de manter, pelo menos, até ao final do mês e que, entretanto, estão a ficar já completamente deteriorados”, destacou.

As forragens que foram semeadas nasceram, mas não progrediram, as sementeiras apenas cresceram e tudo o que se plantou para assegurar a subsistência nos próximos meses “não maturou, nem sequer espigou”, precisou o edil.

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