Atividade económica abrandou em fevereiro

Verificou-se uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e, na construção em termos reais, indica o INE.

A atividade económica abrandou em fevereiro, tanto na perspetiva da produção como da despesa e do consumo interno, revelam os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira. Verificou-se uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e, na construção em termos reais.

Olhando para a indústria, “o índice de volume de negócios na indústria abrandou em fevereiro para uma taxa de 4,3% em termos homólogos (variações de 11,2% e 12,6% em dezembro e janeiro)”, segundo o INE. Já o índice de volume de negócios nos serviços (inclui comércio a retalho) “apresentou uma variação homóloga de 9,9% em fevereiro (13,8% no mês anterior)”.

Quanto à construção, o índice de produção desacelerou para uma variação homóloga de 2,6% em fevereiro, após ter aumentado 6% no mês precedente.

Esta tendência de abrandamento também se vive nos outros países da moeda única, sendo que o “indicador de sentimento económico da Área do Euro registou um ligeiro decréscimo em março, à semelhança do observado no mês anterior”. Diminuíram os indicadores de confiança no comércio a retalho, na construção e na indústria e, em menor grau, nos serviços.

Passando para a perspetiva da despesa, “o indicador de atividade económica e o indicador quantitativo de síntese de consumo privado desaceleraram em fevereiro“. O crescimento do consumo privado em termos nominais “reflete o expressivo crescimento dos preços, evidenciado pelo Índice de Preços no Consumidor ao longo de 2022”.

Mas em fevereiro, houve um contributo positivo menos intenso tanto do consumo corrente como do consumo duradouro. É de sinalizar que apesar de a inflação ter começado a abrandar nos primeiros meses do ano, os preços continuam elevados, nomeadamente aqueles de bens alimentares. Isto levou até a que o Governo avançasse com a medida IVA Zero, que isenta de IVA um cabaz de mais de 40 alimentos essenciais.

Por outro lado, “o indicador de investimento aumentou em termos homólogos em fevereiro, após a diminuição registada no mês precedente”. O indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, também registou uma tendência positiva ao aumentar entre janeiro e março, depois de ter estabilizado no mês anterior, segundo o INE.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Aveiro distingue-se com empresas de crescimento acelerado nos negócios e emprego

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

A região de Aveiro é, pelo quarto ano consecutivo, a sub-região com maior número de empresas "Gazela". O número de empresas aumentou face ao ano de 2021, passando de 18 para 24 em 2022.

A região de Aveiro detém o maior número de empresas do Centro do País com crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios (empresas Gazela), informou esta quinta-feira em comunicado a Comissão de Desenvolvimento Regional.

De acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro é, pelo quarto ano consecutivo, a sub-região com maior número de empresas “Gazela”.

Denominadas como empresas “Gazela”, são contabilizadas pela CCDRC 104 empresas jovens que, num curto espaço de tempo, apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios, sendo 24 localizadas nos municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro.

Destas, seis localizam-se em Aveiro, cinco em Ovar, quatro em Águeda, três em Vagos, duas em Ílhavo.

Em Albergaria-a-Velha, Estarreja, Oliveira do Bairro e Sever do Vouga estão instaladas também empresas Gazela, sendo uma em cada um desses municípios.

De acordo com os apuramentos efetuados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, o número de empresas Gazela identificadas na Região de Aveiro aumentou face ao ano de 2021, passando de 18 para 24 empresas em 2022.

“Estas empresas têm um elevado potencial para gerar novos postos de trabalho, tendo aumentado as pessoas ao serviço entre 2018 e 2021, passando de 385 trabalhadores para 887 trabalhadores na Região de Aveiro”, refere o comunicado.

O volume de negócios dessas 24 empresas cresceu cerca de seis vezes entre 2018 e 2021, tendo faturado 14,1 milhões de euros em 2018 e 90,2 milhões de euros em 2021.

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Desemprego registado recua pelo segundo mês consecutivo

O número de desempregados registados nos centros de emprego encolheu em cadeia pelo segundo mês consecutivo, tendo descido 3% em março, face a fevereiro deste ano, para 306.157 pessoas.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego encolheu 6,2% em março, em comparação com o mesmo mês do ano passado, e recuou 3% face a fevereiro deste ano, o segundo mês consecutivo de descida em cadeia, depois de vários meses a subir, praticamente desde o verão do ano passado. No entanto, continuou acima dos 300 mil, fasquia ultrapassada em dezembro.

No final de março, o número de desempregados inscritos era de 306.157, segundo as estatísticas mensais do desemprego, publicadas pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP). Num comunicado sobre estes dados, o Ministério do Trabalho destaca que o número é o mais baixo para um mês de março nos últimos 30 anos.

Segundo o IEFP, para o recuo do desemprego registado em março face ao ano passado contribuiu, principalmente, a descida no número de inscritos há mais de um ano (-42.831), seguindo-se dos que têm 25 ou mais anos (-19.678) e daqueles que procuram novo emprego (-18.711).

Desemprego registado recua há dois meses

Fonte: IEFP

Alentejo com aumento do desemprego

Houve duas regiões que se destacaram pela negativa no mês passado. O Alentejo viu o desemprego aumentar 7,2% em março, quando comparado com o mesmo mês de 2022, e os desempregados inscritos na zona Centro tiveram um ligeiro aumento, de 0,7%, usando o mesmo termo de comparação.

Em contrapartida, as descidas mais significativas verificaram-se nas regiões autónomas e no Algarve: -32,8% na Madeira, -14,3% no Algarve e -13,9% nos Açores.

Considerado os vários grupos profissionais, em Portugal continental, a prevalência do desemprego era maior entre os não qualificados. Quanto ao setor da economia, a maior “fatia” correspondia a pessoal dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio.

No referido comunicado, o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho destacou ainda a descida do número de jovens empregados inscritos no IEFP, que “foi o mais baixo de sempre (34.232 pessoas)” se só forem tidos em conta os meses de março. A descida foi de 1,8% em termos homólogos e 1,2% em cadeia.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h25)

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Jerónimo Martins assina acordo com UTAD para reter talento em Trás-os-Montes

É o primeiro protocolo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) com o grupo retalhista que detém o Pingo Doce e o Recheio, envolvendo áreas como enologia, horticultura, economia e gestão.

O Grupo Jerónimo Martins assinou um protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), visando criar uma maior proximidade entre a academia e o meio empresarial. É o primeiro protocolo da UTAD com o grupo retalhista que detém os supermercados Pingo Doce.

“O principal objetivo deste protocolo passa por aproximar os docentes e os alunos da Escola de Ciências e Veterinárias (ECAV) da UTAD à realidade empresarial do grupo Jerónimo Martins”, esclarece fonte oficial da academia transmontana, em declarações ao ECO Local.

De acordo com a universidade, este protocolo permitirá uma maior proximidade da UTAD ao meio empresarial e dará cumprimento à ambição do Grupo Jerónimo Martins no estreitar de relações com a academia transmontana em áreas estratégicas, como enologia, horticultura, fruticultura, produção de leite e carne, aquacultura, soluções ligadas à dieta e nutrição humana, gestão e economia.

Para a universidade nortenha, a proximidade das universidades com o meio empresarial é “uma forma eficaz de reter talentos”. O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos pode proporcionar aos alunos da UTAD programas de estágios e trainee, parcerias na investigação, palestras, workshops e bolsas de estudo.

Em Portugal, o retalhista alimentar, além da rede de lojas Pingo Doce e da rede grossista Recheio, explora ainda vários negócios no agroalimentar com a produção de carne bovina, de leite — tem uma fábrica de laticínios — e na aquacultura, tendo firmado recentemente uma nova parceria para a produção de fruta.

O reitor da UTAD, Emídio Gomes, realçou a importância desta cooperação com um grupo empresarial que é “uma referência no setor agroalimentar, um setor que é também a semente desta Universidade.

O ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (2013-2016) manifestou também o desejo de que “esta relação seja algo muito sólida”, lembrando que “o protocolo é muito abrangente e abre caminho a muitas oportunidades que aproveitaremos”.

Além da Jerónimo Martins, cujo acordo foi assinado no mês passado, a UTAD tem também um protocolo de colaboração com o grupo alemão Continental, que tem uma fábrica em Vila Real (Continental Advanced Antenna) e está a preparar um mega investimento na área da mobilidade verde, avaliado em perto de 30 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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Associação de defesa da população apela à APA rejeição da mina do Barroso

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso considerou “inaceitável” que a reformulação do projeto “tenha sido permitida, apesar de todos os inevitáveis impactos”.

A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB) apelou esta quinta-feira à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para que rejeite o projeto reformulado da mina do Barroso, Boticas, que obteve “um recorde” de 912 participação na consulta pública.

A consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da mina do Barroso, proposto pela empresa Savannah Resources para Boticas, no distrito de Vila Real, terminou na quarta-feira com 912 participações submetidas através do portal Participa.

No primeiro procedimentos, em 2021, foram submetidas 166 participações naquela plataforma ‘online’.

A UDCB, associação criada para lutar contra a exploração mineira, apelou à APA para que rejeite o projeto reformulado e argumentou, em comunicado enviado à agência Lusa, que as “alterações são manifestamente insuficientes para calar os protestos da população local, de especialistas e de protetores do ambiente e da biodiversidade”.

A associação considerou “inaceitável” que a reformulação do projeto “tenha sido permitida, apesar de todos os inevitáveis impactos”.

A Savannah submeteu o EIA da mina do Barroso em junho de 2020 e, dois anos depois, o projeto recebeu um parecer “não favorável” por parte da comissão de avaliação da APA.

Segundo a UDCB, apenas se “opuseram à decisão” a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), mas, ao abrigo do artigo 16.º do regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), o projeto foi reformulado e ressubmetido a apreciação.

De acordo com a informação avançada pela Savannah Resources, o prazo para a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) é de 31 de maio e a empresa já disse que espera que o projeto obtenha a sua licença ambiental em 2024.

A associação lembrou que o parecer desfavorável foi justificado pela “ameaça que o projeto representa para o lobo ibérico”, bem como “pelos impactos negativos significativos, sobretudo ao nível da alteração do relevo, da rede hidrográfica e da perda de vegetação”.

A UDCB disse ter contactado especialistas, como Steven Emerman, consultor internacional de impactos ambientais de projetos de mineração, que se mostrou “alarmado com a falta de precauções de segurança num projeto que conta com cenários ideais para ser bem-sucedido” e alertou que a “instalação de armazenamento de rejeitados perto de rios, tal como a empresa projeta, não é considerada uma boa prática e, inclusive, em algumas jurisdições, como na China, tal é proibido”.

Referiu ainda que o relator das Nações Unidas para o Meio Ambiente, David Boyd, considerou que o “projeto em avaliação viola claramente o direito a um ambiente saudável e sustentável”.

Também o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) reafirmou, em comunicado, o seu “não” à exploração de lítio em Covas do Barroso, considerando que a reformulação do projeto “nunca deveria ter acontecido e carece de legitimidade”.

Os Verdes alertaram para “a destruição ambiental que este projeto mineiro trará para a região do Barroso” e colocaram-se “ao lado das populações”, defendendo que estas “mereciam uma maior transparência”, num processo que se arrasta há anos.

Para o PEV, “não existem medidas minimizadoras ou compensadoras que consigam atenuar os impactos que a mina terá numa área de excelência em termos ambientais”, destacando a “perda de biodiversidade e destruição da paisagem”, a “desproteção das espécies protegidas, sobretudo, para o lobo-ibérico” e as “desastrosas consequências para a saúde da população”.

A mina do Barroso tem uma duração estimada de 17 anos e a área de concessão prevista é de 593 hectares.

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5ª edição dos Heróis PME já abriu votações

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  • 20 Abril 2023

As votações para a 5ª edição do prémio Heróis PME já estão abertas e terminam no dia 21 de maio. Há 66 candidatos apurados nas cinco categorias deste ano.

A 5ª edição do prémio Heróis PME já abriu as votações para se eleger o vencedor deste ano. Esta edição conta com duas novas categorias – Internacionalização e Startup Revelação – e contou com um aumento de 15% no número de inscrições.

Este ano há, também, uma maior diversidade relativamente à origem geográfica das candidaturas em comparação com a edição anterior, com Lisboa (25%), Porto (18%), Braga (17%), Aveiro (8%) e Leiria (8%) a apresentarem o maior número de inscrições.

Em relação aos setores de atividade mais predominantes, as TIC lideram com 23%, seguidas da Indústria (18%), Comércio (12%) e Serviços para Empresas (10%).

As votações estão a decorrer no site Heróis PME, no qual pode escolher qual a empresa que pretende eleger como vencedora. Na página das votações pode, ainda, conhecer a história de todos os candidatos, bem como o “nível de heroísmo”, “impacto social” e “capacidade inspiracional” de cada um.

“O aumento significativo no número de inscrições na edição deste ano dos Prémios Heróis PME reflete a importância crescente que as pequenas e médias empresas portuguesas dão ao reconhecimento da sua coragem, persistência e resiliência, especialmente na categoria de Sustentabilidade, que se destacou com um crescimento de 40%. Estamos muito satisfeitos por ver e premiar as PME portuguesas, que estão cada vez mais conscientes da necessidade de adotar práticas sustentáveis e de contribuir para um mundo mais verde, através da sua escalabilidade e potencial de inovação”, afirmou Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting.

À semelhança dos anos anteriores, serão selecionadas as cinco histórias que tenham a maior pontuação, na categoria Geral Heróis PME. Nas categorias Factor S (Sustentabilidade), Transformação Digital, Internacionalização e Startup Revelação serão selecionados três projetos finalistas.

O grande vencedor da 5ª edição dos Prémios Heróis PME será conhecido numa gala no dia 27 de junho.

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Temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais do que a média global, indica Copernicus

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

As temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais que a média global e este aumento é mais rápido do que em qualquer outro continente, indica o relatório da Copernicus.

As temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais que a média global e este aumento é mais rápido do que em qualquer outro continente, segundo o relatório “Estado do Clima Europeu 2022” divulgado esta quinta-feira.

O relatório do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copernicus, um dos seis serviços de informação temáticos do programa de Observação da Terra da União Europeia, indica que o ano de 2022 foi o segundo mais quente na Europa desde que há registo, com 0,9 graus celsius (ºC) acima da média, e o verão foi o mais quente de sempre, com 1,4ºC acima da média.

A Europa viveu o verão mais quente desde que há registo, agravado por vários eventos extremos, como ondas de calor intensas, condições de seca e incêndios florestais extensos“, precisa o documento.

Segundo o Copernicus, a maior parte da Europa Ocidental teve ondas de calor e as temperaturas no Reino Unido ultrapassaram os 40°C pela primeira vez, além de terem sido também registados os valores mais altos da temperatura média da superfície nos mares da Europa.

O relatório “Estado do Clima Europeu 2022” alerta para as consequências que o calor extremo registado no final da primavera e verão teve na saúde humana, frisando que o sul da Europa viveu um número recorde de dias com “stresse de calor muito forte” devido às ondas de calor extremas durante o verão.

O serviço europeu de observação da Terra sustenta também que a Europa está a assistir a uma tendência ascendente do número de dias de verão com “stresse de calor forte” ou “muito forte” e no sul da Europa existe já “stresse de calor extremo”.

O Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus salienta que um dos eventos mais significativos que afetou a Europa em 2022 foi a seca generalizada, tendo grande parte do continente registado durante o inverno de 2021-2022 menos dias de neve do que a média e muitas áreas chegaram a ter menos 30 dias.

Na primavera, a precipitação ficou abaixo da média numa grande parte do continente, nomeadamente no mês de maio, que registou a menor quantidade de chuva de sempre.

Segundo o relatório, a falta de neve no inverno e as altas temperaturas no verão resultaram numa perda recorde de gelo nos glaciares dos Alpes, o equivalente a uma perda de mais de cinco quilómetros cúbicos de gelo.

“A baixa precipitação, que se manteve durante todo o verão, aliada às excecionais vagas de calor, provocaram também uma seca generalizada e prolongada que afetou vários setores, como a agricultura, transportes fluviais e energia”, refere o relatório, frisando que a humidade nos solos foi a segunda mais baixa dos últimos 50 anos, com apenas áreas isoladas a apresentarem condições de humidade do solo mais húmidas do que a média.

O documento precisa que o ano de 2022 foi o mais seco na Europa desde que há registo, com 63% dos rios da Europa com fluxos abaixo da média e dá conta das condições de perigo de incêndio florestal em 2022, que foram acima da média durante a maior parte do ano, tendo os cientistas do Copernicus que monitorizam os fogos em todo o mundo encontrado aumentos significativos nas emissões de carbono em algumas regiões da Europa no verão do ano passado.

Segundo o Copernicus, as emissões totais de carbono estimadas nos países da UE para o verão de 2022 foram as mais altas desde 2007, com França, Espanha, Alemanha e Eslovénia a registaram os valores mais elevados dos últimos 20 anos e o sudoeste da Europa a registar alguns dos maiores incêndios verificados na Europa.

O relatório indica ainda que as temperaturas no Ártico aumentaram muito mais rapidamente do que na maior parte do resto do mundo, sendo 2022 o sexto ano mais quente desde que há registo, e a região mais afetadas foi o arquipélago norueguês de Svalbard, que teve o verão mais quente de sempre, com algumas áreas a atingirem temperaturas 2,5°C acima da média.

Durante o ano passado, a Gronelândia também teve condições climáticas extremas, incluindo calor e chuvas excecionais em setembro, uma época do ano em que a neve é o mais comum, registando nesse mês temperaturas médias até 8°C acima da média, além de a ilha ter sido afetada por três ondas de calor diferentes, o que causou um derretimento recorde da camada de gelo.

O Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus segue a recomendação da Organização Mundial de Meteorologia para usar o período de 30 anos mais recente (1991-2020) para calcular as médias climatológicas.

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Sociedades multidisciplinares em debate na Advocatus Summit. Será um caminho sem retorno?

  • ADVOCATUS
  • 20 Abril 2023

O sócio da AVM Advogados, Francisco Goes Pinheiro, e o CEO da Moneris, Rui Pedro Almeida, estiveram a discutir o tema das sociedades multidisciplinares.

O sétimo painel da sexta edição da Advocatus Summit esteve a cargo da AVM Advogados. Em discussão esteve o tema “Sociedades multidisciplinares: um caminho sem retorno?”. O painel foi composto por Francisco Goes Pinheiro, sócio da AVM Advogados, Rui Pedro Almeida, CEO da Moneris, e moderado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus.

Até dia 27 de abril, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, dois novos painéis. Ao todo serão 15 painéis que contam com participação, e patrocínio, das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, AFMA, AVM Advogados, CMS Portugal, Cruz Vilaça Advogados, Cuatrecasas, Gama Glória, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, PRAGMA, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – “O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”

  • Com Pedro Vidal Matos, sócio coordenador da área de fiscal da Cuatrecasas, António Gaspar Schwalbach, sócio da área de fiscal da Cuatrecasas, e Vasco Branco Guimarães, doutor em Direito Fiscal Europeu e professor de Direito Fiscal e Internacional Fiscal na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa. Veja aqui o vídeo.

Painel 2 – Por mares nunca dantes navegados: a produção de energia eólica offshore

  • Com Sara Castelo Branco, of counsel da Miranda & Associados, Filipe Matias Santos, diretor de serviços jurídicos na ERSE, e João Oliveira, legal counsel na BP Legal. Veja aqui o vídeo.

Painel 3 – “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”

  • Com Margarida Osório Amorim, sócia da área de Turismo da PLMJ, Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, e Daniel Correia, diretor-geral de real estate do grupo UIP. Veja aqui o vídeo.

Painel 4 – “O grande desafio climático da água: um problema de escassez ou de gestão?”

  • Com Adolfo Mesquita Nunes, sócio da Gama Glória, Vera Eiró, presidente da ERSAR, José de Melo Bandeira, CEO da Veolia, Nuno Brôco, presidente da AdP Valor, e moderado por Débora Melo Fernandes, sócia da Gama Glória. Veja aqui o vídeo.

Painel 5 – “O crédito não produtivo (NPL) e os desafios ao setor financeiro”

  • Com Manuel Raposo, partner & executive managing director da Finsolutia, João Machado, diretor legal da Whitestar, Bruno Carneiro, co-founder and chief executive officer da Servdebt, moderado por Rodrigo Formigal, sócio, e João Soares Carvalho, associado da Abreu Advogados. Veja aqui o vídeo.

Painel 6 – “Portugal: o novo destino para investimentos em I&D, realidade ou ficção?”

  • Com Ana Ferreira Neves, of counsel da TELLES, João Pinho de Almeida, consultor da TELLES, e Miguel Bento Ribeiro, associado da TELLES. Veja aqui o vídeo.

Painel 7 – “Sociedades multidisciplinares: um caminho sem retorno?”

  • Com Francisco Goes Pinheiro, sócio da AVM Advogados, Rui Pedro Almeida, CEO da Moneris, e moderado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus.

Painel 8 – “Financiamento das empresas portuguesas: qual o Estado da Arte?”

20 de abril

  • Com Francisco Cabral Matos, sócio da VdA, Joana Lobato Heitor, associada coordenadora da VdA, Maria Carrilho, associada sénior da VdA, e Sebastião Nogueira, associado coordenador da VdA.

Painel 9 – “Licenciamento de renováveis: o que esperar da nova simplificação”

21 de abril

  • Com Manuel Cassiano Neves, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS, Maria José Espírito Santo, subdiretora geral para a área da Energia na Direção Geral de Energia e Geologia, Afonso Coelho, senior business development manager da Lightsource BP Portugal, e moderado por Bernardo Cunha Ferreira, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS.

Painel 10 – “Human Centric Legaltech: a tecnologia como acelerador da democratização da justiça e da capacitação dos profissionais do setor”

21 de abril

  • Com Anabela Pedroso, ex-secretária de Estado da Justiça, Marisa Monteiro Borsboom, vice-presidente da ELTA (European Legal Tech Association), Raul do Vale Martins, coordenador da Estrutura de Missão Portugal Digital, e moderado por Nuno Martins Cavaco, partner da Moneris Innovation Lab.

Painel 11 – “Laboral: O trabalho digno, da teoria à prática”

24 de abril

  • Com Fernanda Campos, inspetora-geral da ACT, Cristina Martins da Cruz, juíza de Direito e docente no Centro de Estudos Judiciários, Mariana Caldeira de Sarávia, sócia da SRS Legal, e César Sá Esteves, sócio responsável pelo departamento de direito do trabalho da SRS Legal.

Painel 12 – “Fundos: o que esperar da abertura dos concursos do PRR?”

24 de abril

  • Com Francisco Barona, sócio da Sérvulo, João Arantes de Oliveira, presidente do Conselho de Administração da H Capital Partner, e Marco Lebre, fundador e CEO da Crest Capital Partners.

Painel 13 – “ESG: green ou greenwashing?”

26 de abril

  • Com Rui Oliveira Neves, sócio da Morais Leitão, Manuela Moreira da Silva, professora adjunta na Universidade do Algarve, e Ana Cláudia Coelho, PwC | Sustainability and Climate Change Partner.

Painel 14 – “Imobiliário: como vai reagir o mercado em 2023?”

26 de abril

  • Com Clélia Brás, sócia da PRA – Raposo, Sá Miranda e Associados, e Paulo Caiado, presidente da direção executiva da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Painel 15 – “Corporate Governance, mito europeu ou realidade nacional?”

27 de abril

  • Com Pedro Ávila, sócio da PRAGMA, Rita Leandro Vasconcelos, advogada da Cruz Vilaça Associados, e Sofia Belard, sócia da AFMA, moderado por Rita Proença Varão, founder da Law Momentum.

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JinkoSolar alcança classificação AAA em PV ModuleTech bankability ratings

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  • 20 Abril 2023

A JinkoSolar foi classificada na categoria 'AAA' na versão Q1 do relatório de capacidade bancária ModuleTech da PV-Tech.

A JinkoSolar foi classificada na mais alta categoria – ‘AAA’ – na versão Q1 do relatório de capacidade bancária ModuleTech da PV-Tech, que sublinhou a métrica da empresa líder da indústria através de indicadores de fabrico e financeiros e a liderança na tecnologia TOPCon do tipo N.

De acordo com o relatório preliminar para 2022, a empresa enviou 44,5GW de painéis solares, incluindo 10GW do seu produto Tiger Neo N-type TOPCon, o que representou um aumento de 104,77% nas receitas e 158,21% no lucro líquido ano após ano. No primeiro trimestre do ano 2022, a empresa tornou-se tanto a primeira do mundo a exceder 100GW em remessas acumuladas como a primeira a atingir a marca de 150GW no segundo trimestre de 2023.

A fim de apoiar o seu estatuto de liderança tecnológica, a JinkoSolar continua a investir fortemente em investigação e desenvolvimento. Entre 2020 e 2022, a empresa dedicou 10 mil milhões de RMB a áreas que incluem tecnologia avançada de células e módulos e processos especializados.

A nova classificação da empresa destaca também a sua posição como líder na tecnologia TOPCon do tipo N, que tem sido o catalisador da inovação e atualização ao longo de toda a cadeia de fornecimento, desde o equipamento aos materiais. Isto resultou em mudanças fundamentais para o avanço tecnológico da indústria fotovoltaica como um todo, com a liderança da JinkoSolar, excelência de fabrico e plataforma de ecossistema aberta, que permitiu que a tecnologia mais avançada e de ponta do mundo se tornasse comercialmente disponível pela primeira vez.

Desde que a sua tecnologia TOPCon do tipo N entrou na produção em volume no primeiro trimestre de 2022, a empresa entregou centenas de projetos em todo o mundo, o que lhe permitiu fornecer mais energia e retorno do investimento do que até então tinha sido possível. Com base na bem sucedida plataforma Tiger Neo de 22% de eficiência de módulos, a JinkoSolar aumentou a eficiência da produção em massa do produto para 23% em 2023, com um produto a atingir uma eficiência de 24% programada para 2024.

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Data4Deals levanta 1 milhão de euros, quer triplicar equipa e aposta na internacionalização

Startup já tem parcerias com o Santander e com o Banco BPI, num universo total de 100 comerciantes aderentes, direcionando as suas campanhas de marketing a mais de 2 milhões de pessoas.

A Data4Deals captou um milhão de euros numa ronda seed liderada pela Lince Capital e pela Indico Capital Partners. O capital vai permitir à startup, que desenvolve campanhas de marketing dirigidas a públicos-alvo através das apps de homebanking dos bancos, apostar na sua internacionalização e no reforço da equipa. Até ao final do próximo ano quer triplicar a equipa para 44 colaboradores.

“Estamos neste momento focados no mercado europeu. Especialmente em Espanha e nos mercados do Centro/Norte da Europa, que pelo seu dinamismo tendem a integrar novas soluções de forma rápida e eficaz. Depois do mercado europeu, o mercado da América Latina poderá ser um próximo passo”, adianta José Figueiredo, CEO e cofundador com Lourenço Almeida e Brito da Data4Deals, ao ECO Trabalho.

Estamos neste momento focados no mercado europeu. Especialmente em Espanha e nos mercados do Centro/Norte da Europa, que pelo seu dinamismo tendem a integrar novas soluções de forma rápida e eficaz. Depois do mercado europeu, o mercado da América Latina poderá ser um próximo passo.

José Figueiredo

CEO e cofundador da Data4Deals

Fundada em 2021, a Data4Deals atua na área do marketing digital permitindo às marcas aderentes realizar campanhas de marketing a grupos específicos de consumidores através das aplicações de homebanking alcançado de forma mais direta os seus clientes e aumentando o tráfego das suas plataformas. Os consumidores, por seu turno, “têm acesso a descontos de uma ampla variedade de marcas, sendo recompensados com cashbacks pelas suas compras”.

A startup já tem parcerias com o Santander e o Banco BPI, num universo total de 100 comerciantes aderentes, direcionando as suas campanhas de marketing a mais de 2 milhões de utilizadores, segundo dados partilhados pela Data4Deals.

“Estamos muito felizes por receber a Data4Deals no Indico Founders Program. O uso da inteligência artificial por parte da empresa para analisar dados financeiros e obter insights sobre os comportamentos de clientes é notável”, destaca Stephan Morais, citado em comunicado.

“A tecnologia da empresa tem o potencial de ajudar empresas a alcançar novos clientes e fortalecer as relações com os existentes. Temos confiança que a Data4Deals será uma adição valiosa ao nosso programa e terá um impacto significativo no cenário empresarial”, reforça o managing general partner da Indico.

Objetivos da ronda

“Estamos naturalmente muito entusiasmados com o investimento na Data4Deals, sendo que queremos continuar a alavancar a sua missão de revolucionar o setor bancário com essa visão de marketing completamente inovadora”, refere Vasco Pereira Coutinho, CEO da Lince Capital. “Estamos confiantes na sua consolidação no mercado nacional e na expansão para o mercado internacional”.

Com esta injeção de capital, a startup quer não apenas “estabelecer-se no mercado nacional”, mas também “iniciar a sua expansão internacional”, além de pretender adicionar “novas funcionalidades à sua plataforma tecnológica para melhorar a experiência”. A empresa planeia “triplicar a equipa e chegar a 44 colaboradores até ao final de 2024.”

“Estamos focados em contratar perfis de desenvolvimento de software, gestores de cliente e analistas que nos permitam aprofundar os insights que fornecemos aos bancos e retalhistas que trabalham connosco”, adianta José Figueiredo ao ECO Trabalho.

A empresa, sediada em Lisboa, tem um modelo de trabalho híbrido.

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Governo garante que novo apoio “é maior nas pensões mais baixas”

  • ECO
  • 20 Abril 2023

Ministra diz que aumento de 3,57% que será pago a partir de julho será “maior nas pensões mais baixas”, sendo depois “gradual até as pensões sobre 12 IAS".

A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, garante que o aumento extraordinário das pensões de 3,57%, que será pago a partir de julho, será “maior nas pensões mais baixas”, sendo depois “gradual até as pensões sobre 12 IAS (rendimento mensal até 5.318 euros), que não têm atualização”.

Em declarações à RTP3 a ministra diz que este modelo segue o que foi feito em janeiro, quando houve “um aumento diferencial em função dos escalões das pensões”, cumprindo “com o que diz a fórmula”. Por isso, sublinha a ministra, “o aumento é maior nas pensões mais baixas e depois é gradual até às pensões sobre 12 IAS, que não têm atualização”. Ana Mendes Godinho aproveitou ainda para sublinhar que o Executivo está focado “nas pensões que precisam de mais atualização e de um esforço” maior.

A lei prevê um faseamento no aumento das pensões, sendo mais beneficiadas as pensões menores ou iguais a 2 IAS, e menos as pensões superiores a 6 IAS.

Mas o Público escreve esta quinta-feira que o aumento das pensões, anunciado esta semana pelo Governo para mitigar o impacto sobre a atualização das pensões futuras que decorria do facto de não ter sido usada este ano a fórmula prevista na lei de bases da Segurança Social, iria ter efeitos acentuados para quem recebe pensões mais altas. A ministra garante que é “um equívoco”.

Apoio de 90 euros começa a ser pago esta quinta-feira

Ana Mendes Godinho frisou ainda que o apoio extraordinário às famílias com rendimentos mais baixos já está a ser pago, estando envolvidos 90 euros a um milhão de agregados familiares. “O pagamento está a ser feito por transferência bancaria e desde o início do ano, cerca de 140 mil pessoas atualizaram o IBAN no Segurança Social Direta”, disse a ministra que adiantou que a próxima prestação “será paga em junho, depois outra em agosto e depois em novembro”.

Esta é uma das medidas extraordinárias de apoio ao rendimento das famílias e que consiste na atribuição de 30 euros por mês, pagos trimestralmente, com os 90 euros que vão ser pagos esta quinta-feira a corresponderem ao primeiro trimestre deste ano.

O agregado de um milhão significa que “chega a cerca de 550 mil pessoas que recebem a prestações sociais”. Ou seja, deste universo “56% recebem abono de família, ou prestação solidária para idosos ou subsídio de desemprego”. Outras “450 mil pessoas deste universo são pessoas que têm tarifa social de energia, fruto de terem rendimentos baixos”.

Já o complemento do abono de família, com o valor de 45 euros “será pago em maio e depois também trimestralmente” e o apoio à renda “está a ser operacionalizado também em maio”.

Com todas estas medidas, a responsável diz que o Executivo está “a agir a três dimensões”, para fazer face “aos momentos extraordinários que vivemos mas também com uma aposta estrutural, com a valorização dos salários” que diz ser “mesmo critica no modelo de desenvolvimento do país” para captação e fixação de pessoas em Portugal.

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Bankinter lucrou 184,7 milhões até março. Portugal contribui com 43 milhões

Resultado antes de impostos em Portugal cresceu 177% para 43 milhões de euros. Carteira de crédito cresceu 17%, para 8.400 milhões de euros, e recursos de clientes cresceram 5%, para 6.600 milhões.

O grupo Bankinter terminou o primeiro trimestre com um resultado líquido de 184,7 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 19,7%. A atividade em Portugal contribuiu com 43 milhões de euros. O mercado aplaudiu os resultados, já que o banco iniciou a sessão do Ibex a subir 5%.

O “desempenho da atividade comercial foi um êxito” em Portugal. “Apesar de um ligeiro aumento dos custos, o resultado antes de provisões situa-se nos 50 milhões de euros (+159%) e o resultado antes de impostos alcança os 43 milhões de euros, o que representa um crescimento de 177%”, lê-se no comunicado da instituição liderada por María Dolores Dancausa. A carteira de crédito chegou aos 8,4 mil milhões de euros, com um crescimento anual de 17%, os recursos de clientes cresceram 5% até aos 6,6 mil milhões, a margem de juros subiu em termos homólogos 114% e a margem bruta 79%.

Apesar de este ser o melhor arranque de ano que o grupo alguma vez teve, graças a um aumento dos rendimentos e da atividade comercial, o Bankinter lamenta o “impacto económico do novo imposto sobre o setor bancário em Espanha e um contexto de mercado não isento de dificuldades”.

“O Grupo Bankinter alcançou a 31 de março de 2023 um resultado antes de impostos de 294,4 milhões de euros, mais 37,4% do que no primeiro trimestre de 2022, e um resultado líquido de 184,7 milhões de euros, que representa um crescimento de 19,7% face ao mesmo período do ano passado, apesar do pagamento do novo imposto cobrado neste primeiro trimestre ao setor financeiro em Espanha, que se fixou nos 77 milhões de euros”, sublinha o mesmo comunicado.

Por áreas de negócio, o segmento empresas, que contribui com a maior parte das receitas do grupo, aumentou a carteira de crédito em 2,9% em termos homólogos, totalizando um volume de 30,3 mil milhões. O banco destaca a evolução da atividade internacional, com um volume de investimento de 7,6 mil milhões de euros, ou seja, um aumento de 11%.

Na banca de retalho, o volume atingiu os 42,3 mil milhões (+5%). Em relação às hipotecas (empréstimos para comparar casas), afetadas pelo aumento das taxas de juro, o Bankinter diz que no primeiro trimestre do ano, a concessão de novos créditos, globalmente, chegou aos 1.700 milhões de euros, um aumento de 2% em relação aos mesmos meses de 2022.

Com este aumento, o volume de empréstimos para habitação em todo o grupo alcançou os 34.300 milhões de euros no primeiro trimestre, comparando com os 32.000 milhões de euros registados no mesmo período de 2022.

A taxa de morosidade (atraso no pagamento de créditos) global no banco situou-se em 2,18%, uma percentagem, que, no caso do mercado espanhol, por exemplo, está abaixo da média de 3,56%, destaca o Bankinter.

A rentabilidade do grupo, medida em termos da designada ROE (rentabilidade sobre capitais próprios), situou-se nos 13,7% no primeiro trimestre do ano, mais quatro pontos em termos homólogos.

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