Candidato vencedor recorre da anulação da eleição presidencial romena

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

O nacionalista e pró-russo Georgescu venceu a primeira volta das eleições presidenciais de 24 de novembro, com 23% dos votos, à frente da candidata europeísta Elena Lasconi (19%).

O vencedor da primeira volta das eleições presidenciais anuladas na Roménia, Calin Georgescu, recorreu ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) contra a decisão da justiça romena de invalidar os resultados.

Segundo o portal de notícias da Roménia G4Media, Georgescu pediu ao TEDH que tratasse o caso “com urgência” e suspendesse a decisão do Tribunal Constitucional romeno sobre a anulação da primeira volta das eleições, obrigando o Governo a retomar o processo eleitoral de acordo com os resultados do início de dezembro.

O nacionalista e pró-russo Georgescu venceu a primeira volta das eleições presidenciais de 24 de novembro, com 23% dos votos, à frente da candidata europeísta Elena Lasconi (19%). O Serviço de Informações Romeno (SRI) confirmou posteriormente que a campanha do candidato pró-russo havia sido apoiada por uma estratégia de interferência com um “modo de funcionamento de um ator estatal”, que não mencionou.

O Tribunal Constitucional anulou a primeira volta das eleições no dia 6 de dezembro e ordenou o reinício do processo eleitoral, cuja data ainda não foi definida pelo Governo liderado pelo primeiro-ministro social-democrata, Marcel Ciolacu.

A decisão sem precedentes do Tribunal Constitucional – que tem caráter definitivo – foi tomada depois de o Presidente Klaus Iohannis ter desclassificado informações que alegavam que a Rússia tinha levado a cabo uma campanha em grande escala, com milhares de contas nas redes sociais, para promover Georgescu em plataformas como o TikTok e o Telegram.

Os relatórios dos serviços secretos indicam também que a “promoção agressiva” de Georgescu durante a sua campanha nas redes sociais recebeu um financiamento externo não declarado de mais de um milhão de euros, apesar do candidato afirmar não ter gasto nada na sua campanha. Espera-se que as eleições se voltem a realizar na primavera, entre março e maio deste ano.

Georgescu defende a legitimidade do voto romeno, mas as autoridades questionam a autenticidade do processo. Na sua petição, Georgescu apela ao reinício do processo eleitoral, com a organização de uma segunda volta entre si e Lasconi, os candidatos vencedores da primeira volta.

O político ultranacionalista adiantou que a decisão do Tribunal viola as leis eleitorais e denunciou a falta de transparência em todo o processo de anulação. “Este é um passo lógico e absolutamente necessário para proteger os direitos fundamentais de Calin Georgescu, um candidato independente, e de todos os cidadãos romenos que merecem um processo eleitoral justo e transparente”, disse hoje a sua advogada, Maria Vasii.

Em 31 de dezembro, o Tribunal de Recurso de Bucareste rejeitou o recurso de Georgescu contra a anulação, por o considerar desprovido de fundamento, mas esta decisão ainda pode ser objeto de recurso. Estas eleições são encaradas pelos observadores como cruciais para o futuro deste país de quase 20 milhões de habitantes que faz fronteira com a Ucrânia, que enfrenta um ataque russo em grande escala desde fevereiro de 2022.

O Tribunal Constitucional da Roménia tinha inicialmente validado os resultados da primeira volta das eleições presidenciais após recontagem, o que havia esclarecido a situação e permitido uma segunda volta das eleições presidenciais nas condições inicialmente previstas.

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André Gaspar Martins e Francisca Paulouro são os novos sócios da VdA

"Estas nomeações refletem uma estratégia de reforço das valências da firma, em áreas como a de Público e Saúde", explica a Vieira de Almeida.

André Gaspar Martins e Francisca Paulouro foram nomeados sócios da Vieira de Almeida (VdA). Em comunicado, o escritório explica que estas nomeações refletem uma estratégia da firma.

Estas nomeações refletem uma estratégia de reforço das valências da firma, em áreas como a de Público e Saúde, e desenvolver novas competências em setores chave da atividade económica que representem uma mais-valia para os clientes“, revelam.

André Gaspar Martins integra a área de Público onde tem participado em diversas operações e trabalhado em diversas matérias de direito administrativo, em especial nas áreas de Contratação Pública, Contencioso Administrativo e Arbitragem e Concessões, apoiando diversas entidades públicas e privadas, nomeadamente nos setores da saúde, postal, telecomunicações e dos transportes.

Já Francisca Paulouro é responsável pela área de Saúde, onde tem trabalhado em diversas operações e projetos no setor da saúde, em particular no setor farmacêutico, dispondo de vasta experiência em matérias relacionadas com a regulação desse setor, designadamente, em matéria de preços e comparticipações, atividades promocionais e comerciais, distribuição e contratação.

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Bruxelas desvaloriza impacto do corte de gás russo através de rota ucraniana

Apesar de este ano o gás natural russo ter deixado de chegar à Europa através da Ucrânia, a Comissão Europeia indica que não existem motivos de preocupação quanto ao fornecimento.

A Comissão Europeia afirma que não existem motivos de preocupação quanto ao fornecimento de gás no bloco, após terem cessado os fluxos que chegavam ao Velho Continente através da Ucrânia.

Devido a um trabalho de preparação e coordenação eficiente na região e além da mesma, não existem receios quanto à segurança de fornecimento“, lê-se numa nota de imprensa emitida pela Direção-Geral de Energia da Comissão Europeia, partilhada na página da entidade.

Estas declarações foram divulgadas após uma reunião extraordinária do Grupo de Coordenação de Gás do executivo europeu, que decorreu esta quinta-feira. Nesse contexto foi feito um balanço por parte dos Estados-membros da Europa Central e de Leste em relação à situação no que toca o gás.

O acordo de trânsito de gás natural entre a Rússia e a Ucrânia terminou no dia 1 de janeiro. Esta quinta-feira, dia 2, os preços de referência do gás natural na Europa (os futuros do gás natural TTF, para entrega em fevereiro) chegaram a subir mais de 4% esta manhã, alcançando os 51 euros/MWh (megawatt-hora). Este é o valor mais alto desde outubro de 2023, segundo a Bloomberg. O mesmo contrato segue esta tarde a valorizar 3,08% para os 50,4 euros/MWh.

De acordo com a Comissão Europeia, o fornecimento de gás foi assegurado através de rotas alternativas, pela Alemanha e Itália, e através do recurso às reservas. Os níveis de armazenamento estão, para já, nos 72%, ligeiramente acima da média para esta altura do ano, que se cifra nos 69%. Em paralelo, o executivo europeu sublinha que as infraestruturas de gás europeias foram “significativamente” reforçadas com a capacidade de importação de gás natural liquefeito, desde 2022.

A Comissão mantém a monitorização regular e a comunicação com os Estados-membros e atores de mercado, de forma a garantir a segurança de abastecimento e evitar especulação, refere ainda a nota.

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Tesla cai 7% após fechar o ano com quebra histórica nas vendas

Empresa de Elon Musk ficou à frente da BYD por muito pouco, apresentando aquela que foi a primeira redução nas entregas anuais de viaturas em mais de uma década.

A Tesla fechou o ano com a primeira queda nas vendas em mais de uma década. A fabricante de carros elétricos de Elon Musk entregou 1,79 milhões de veículos em 2024, menos do que os 1,8 milhões do ano anterior e abaixo das estimativas dos analistas, noticia a Bloomberg.

Nem o esforço extra no final do ano, que atirou as entregas para um recorde trimestral de 495.570 unidades no quarto trimestre, impediu a empresa de fechar o ano em território de contração. Os analistas previam que a Tesla entregasse 517.277 viaturas entre outubro e dezembro, refere a agência.

Esta queda anual dá-se num momento em que a empresa controlada por Musk — conselheiro do futuro Presidente dos EUA, Donald Trump — tem vindo a enfrentar forte concorrência dos elétricos chineses, principalmente da fabricante BYD.

Por sua vez, a empresa chinesa vendeu 1,76 milhões de veículos totalmente elétricos no ano passado, segundo dados noticiados esta quinta-feira pelo Financial Times. A Tesla conseguiu, assim, manter a liderança mundial nos elétricos, mas por muito pouco.

Depois de conhecidos os números, as ações da Tesla abriram a cair quase 7%, para 375,86 dólares por ação.

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Caixa entra em 2025 com rating no escalão A em três agências

S&P acabou de melhorar a classificação de risco do banco público. Ao mesmo tempo, anunciou a contratação dos serviços da Moody’s para ter rating triplo A nas obrigações cobertas.

A S&P Global Ratings acabou de melhorar o rating da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o nível ‘A-’, o que permite ao banco público entrar em 2025 no escalão ‘A’ junto das três agências de classificação de risco que o avaliam, incluindo Moody’s e DBRS.

“A rede de retalho dominante da Caixa em Portugal, a solidez da sua base de financiamento e da liquidez e a sólida capitalização suportam a qualidade de crédito do banco”, justifica a S&P numa nota publicada esta quinta-feira.

A agência de rating destaca ainda a subida dos lucros nos últimos dois anos e a boa qualidade da carteira de ativos em comparação com rivais para suportar este upgrade com perspetiva de evolução (outlook) positivas.

“Detida integralmente pelo Estado português, consideramos a CGD uma entidade governamental com elevada probabilidade de receber apoio extraordinário atempado e suficiente do governo em caso de necessidade”, observa a S&P.

No mesmo dia, a Caixa anunciou a contratação dos serviços da Moody’s para avaliação do risco das suas obrigações cobertas, tendo sido atribuída a notação de risco mais elevada: AAA.

“Segundo a Moody’s, a notação de rating tem por base o nível de risco de crédito da Caixa, a elevada qualidade da carteira de empréstimos hipotecários residenciais em Portugal constituída como colateral das emissões e o quadro legal português para as obrigações cobertas”, segundo adianta o banco liderado por Paulo Macedo em comunicado enviado ao mercado.

A melhoria da notação de risco permite aos bancos acederem aos mercados de financiamento a um custo mais baixo, permitindo, por sua vez, financiarem as empresas e famílias com taxas mais competitivas.

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Fenprof apresenta queixa à PGR sobre negociações com o Ministério da Educação

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

A Fenprof fez uma queixa à PGR na sequência das reuniões, há uma semana, em que o Governo assinou o protocolo negocial com outra federação antes de o apresentar a todos os sindicatos.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) fez uma queixa à Procuradoria-Geral da República na sequência das reuniões, há uma semana, em que o Governo assinou o protocolo negocial com outra federação antes de o apresentar a todos os sindicatos.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Fenprof refere que, além da queixa apresentada na Procuradoria-Geral da República (PGR), requereu também um parecer à Provedoria da Justiça e escreveu ao Presidente da República, primeiro-ministro e grupos parlamentares para denunciar a situação.

Em causa estão as reuniões negociais realizadas no dia 27 de dezembro entre o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) e os sindicatos que representam os professores para discutir o protocolo negocial sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente.

Quando recebeu a Fenprof, e ainda antes de se sentar à mesa com os restantes sindicatos, o ministério já tinha assinado o acordo com a Federação Nacional da Educação (FNE), a primeira a reunir com a tutela naquele dia.

“Assim, a Fenprof foi impedida de negociar o texto de protocolo, apenas lhe cabendo informar se o subscrevia ou não, o que a reunião com o MECI acabou por confirmar“, escreve a federação, relatando que “os representantes do Governo recusaram integrar qualquer das propostas apresentadas”.

Não foi a primeira vez que o ministério optou por receber os sindicatos separadamente em reuniões finais de um processo negocial. Quando estiveram a discutir a recuperação do tempo de serviço congelado durante a ‘Troika’, a FNE conheceu e assinou o acordo antes das restantes organizações sindicais.

A Lusa questionou o MECI se esta é uma prática que tenciona manter nas futuras negociações, sem resposta até ao momento.

“Em caso algum, as organizações poderão ser confrontadas com textos já fechados por terem sido subscritos, antes, com outras organizações”, defende a Fenprof, que questiona a legalidade dessa prática e propõe que as reuniões que tiverem em vista a celebração de acordos ocorram em mesa negocial única ou em mesas separadas, mas em simultâneo.

Na queixa enviada à PGR, a federação sindical manifesta-se também preocupada com a possibilidade de vir a ser excluída das negociações por não ter assinado o protocolo negocial, sendo que o ministro Fernando Alexandre já assegurou que a Fenprof será convocada para as reuniões, mesmo não antecipando qualquer acordo depois de terem recusado o protocolo negocial.

Além das questões relacionadas com o processo negocial, a Fenprof questiona também a legalidade de alguns aspetos previstos no protocolo negocial, como a ausência de um prazo para o fim das negociações e o “caráter reservado” do documento e das atas das reuniões.

As próximas reuniões negociais sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente ficaram agendadas para os dias 17 de janeiro e 21 de fevereiro.

O documento foi assinado pela Federação Nacional da Educação (FNE), Sindicado Nacional dos Professores Licenciados (SNPL), a Federação Portuguesa dos Profissionais da Educação, Ensino, Cultura e Investigação (FEPECI), Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu) e Pró-Ordem dos Professores.

Só a Fenprof recusou a proposta e os restantes cinco sindicatos ficaram de dar uma resposta em janeiro, antes da primeira reunião.

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Grávidas, doentes crónicos e crianças com prioridade na atribuição de médico de família

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

As famílias com grávidas ou doentes crónicos e crianças até 12 anos têm prioridade na atribuição de médico de família, segundo as regras de inscrição publicadas em Diário da República.

As famílias com grávidas ou doentes crónicos e crianças até 12 anos têm prioridade na atribuição de médico de família, segundo as regras de inscrição nos cuidados de saúde primários esta quinta-feira publicadas em Diário da República.

O despacho, que entra em vigor no dia 1 de abril, refere que a atribuição de médicos de família aos utentes em espera com a capacidade atual do setor público constitui uma das medidas urgentes do Plano de Emergência da Saúde.

“Torna-se, assim, necessário clarificar os conceitos relativos ao acesso e inscrição no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente nos cuidados de saúde primários, tendo como objetivo a sua simplificação e gestão, com o objetivo de promover a eficiência e a acessibilidade a todos os beneficiários do SNS”, lê-se no despacho assinado pela secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé.

Em relação ao anterior despacho, de 02 de fevereiro de 2023, a idade das crianças para terem prioridade na atribuição de médico de família subiu dos dois para os 12 anos.

Segundo o diploma, o registo nos cuidados de saúde primários é realizado através da inscrição do utente no Registo Nacional do Utente (RNU), que atribui um número único, nacional e definitivo, designado por número nacional de utente (NNU).

A inscrição é efetuada numa unidade funcional da respetiva unidade local de saúde e obriga a um registo atualizado no Registo Nacional do Utente.

O utente com inscrição nos cuidados de saúde primários fica elegível para uma equipa de saúde familiar, existindo três categorias possíveis para a inscrição: com equipa, sem equipa, ou sem equipa por opção.

“O utente que se encontra sem equipa de saúde familiar por opção poderá, a qualquer momento, solicitar a sua atribuição”, adianta o diploma.

No que respeita à inscrição do utente em médico de família, o despacho refere deve ser acautelada a integração das listas de espera de acordo as vagas disponíveis do especialista (ratio médico de família/vaga), de forma a permitir o preenchimento da totalidade das vagas existentes.

“A inscrição do utente em lista de médico de família deve respeitar os intervalos de dimensão da lista regulamentados, e realiza-se de acordo com a disponibilidade de vagas nas unidades funcionais da respetiva unidade local de saúde na qual tem a sua inscrição”, salienta.

Refere também que a inscrição do utente realiza-se privilegiando a inscrição em agregado familiar, de forma a serem associados, preferencialmente, ao mesmo médico de família.

“Sem prejuízo do disposto no número anterior, as famílias com utentes grávidas ou utentes com multimorbilidade, com doença crónica ou com crianças até 12 anos de vida têm prioridade na atribuição de médico de família”, acrescenta.

De acordo com o despacho, os residentes estrangeiros e não residentes nacionais e estrangeiros, inscritos com médico de família, sem registo de consulta médica nos cuidados de saúde primários nos últimos cinco anos, tornam-se elegíveis para reformulação de atribuição de médico de família.

Realça ainda que os contactos esporádicos dos utentes com uma unidade distinta daquela onde está inscrito não são contabilizados na dimensão e na constituição das listas do médico de família.

Cerca de 1,5 milhões de utentes não têm médico de família.

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Bombeiros vão receber mais em caso de acidentes pessoais

  • ECO Seguros
  • 2 Janeiro 2025

Em caso morte ou invalidez a indemnização para os bombeiros sobe de 205 mil euros para 250 mil euros e os tratamentos com valores de 78 mil euros para 90 mil.

Uma década depois, o Governo atualiza as condições mínimas de capital seguro e riscos cobertos no âmbito dos seguros de acidentes pessoais dos bombeiros profissionais e voluntários.

A portaria publicada em Diário da República esta quinta-feira determina que a indemnização mínima em caso de morte e de invalidez permanente passa a ser 280 vezes a retribuição mínima mensal garantida e as despesas com tratamentos até ao montante equivalente a 110 vezes a retribuição.

Segundo indicou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) à Agência Lusa, a multiplicação resulta que em caso morte ou invalidez a indemnização sobe de 205 mil euros para 250 mil euros e os tratamentos com valores de 78 mil euros para 90 mil. “Saudamos a portaria e percebemos que o Governo está sensível para apoiar uma nova dinâmica dos bombeiros”, indica António Nunes.

O principal objetivo da alteração é “a oferecer maior segurança e suporte às famílias e aos bombeiros voluntários em caso de acidentes pessoais”, lê-se na portaria que entra em vigor a partir desta sexta-feira.

O Governo reconheceu a necessidade de alterar as condições do seguro. “Decorrida uma década sobre a sua publicação, torna-se necessário reavaliar e ajustar as suas disposições de modo a assegurar que esta continua a atender adequadamente à proteção desses bombeiros no desempenho da sua altruísta missão de alto risco“, lê-se na portaria.

Mas para a Liga dos Bombeiros, estes valores não são suficientes. “Os valores previstos dos seguros de acidentes pessoais ainda é baixo e bastante baixo”, tendo existido uma proposta inicial de 300 mil euros, indicou António Nunes à Lusa.

O presidente da LBP criticou também o facto da portaria “tratar por igual situações diferentes”, pagando o mesmo valor a bombeiros novos e velhos, sem ter em conta a esperança de vida de cada um. “Do ponto de vista indemnizatório, o seguro é cego”, indicou o dirigente à agência, embora admitindo que essa discussão deve ser feita “no quadro do estatuto do bombeiro voluntário e não numa portaria isolada”.

Importa referir que são os municípios “que suportam os custos com os seguros de acidentes pessoais dos bombeiros profissionais e voluntários dos diversos quadros dos corpos de bombeiros, dos infantes, dos cadetes, dos elementos que integram os órgãos executivos das associações humanitárias de bombeiros e dos elementos não pertencentes a corpo de bombeiros, designados para a estrutura de comando”, indica a portaria. Excluem-se os elementos do quadro de reserva e do quadro de honra que não executem funções e missões atribuídas pelo comandante.

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Euro cai para mínimo de mais dois anos face ao dólar

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

A moeda única recuou para o nível mais baixo em mais de dois anos face ao dólar, prevendo políticas suscetíveis de aumentar a inflação nos EUA com assinatura de Donald Trump.

O euro caiu esta quinta-feira para o nível mais baixo em mais de dois anos face ao dólar, movimento impulsionado pelo próximo regresso de Donald Trump à Casa Branca, que prevê políticas suscetíveis de aumentar a inflação nos EUA.

  • Às 13h15 em Lisboa, a moeda europeia perdia 0,23% face ao dólar e cotava-se a 1,0316 dólares, depois de ter mergulhado para 1,0314 dólares, o nível mais baixo desde finais de novembro de 2022 face à moeda norte-americana.
  • No mercado de câmbios, o dólar também se fortaleceu em relação à moeda britânica, que cedeu 0,51% para 1,2453 dólares, após ter descido 1,2435 dólares, o nível mais baixo desde abril de 2024.

“Trata-se simplesmente de uma continuação da tendência de alta do dólar registada no segundo semestre do ano passado, em particular após a vitória de Donald Trump” nas eleições presidenciais norte-americanas, segundo Russ Mould, analista da AJ Bell, entrevistado pela AFP.

  • Em contrapartida, a moeda japonesa manteve-se firme face ao dólar, beneficiando do otimismo dos economistas japoneses quanto a novas subidas das taxas pelo Banco Central do Japão (BoJ) em 2025.
  • À mesma hora, o iene estava praticamente estável (+0,01%) em relação ao dólar, a cotar-se a 157,21 ienes.

Com base em economistas japoneses, o Japan Times estimou na quarta-feira que o BoJ deverá aumentar as taxas duas ou três vezes este ano, o que poderá levar a taxa diretora para 1,00% pela primeira vez em três anos.

O BoJ começou a normalizar a sua política monetária em março passado, tendo aumentado as taxas duas vezes em 2024. Mas na última reunião, em dezembro, o governador do BoJ, Kazuo Ueda, falou de uma pausa prolongada na restritividade da política monetária, tendo em conta o clima de incerteza económica.

Nos Estados Unidos, a Fed está agora a considerar apenas duas reduções das taxas de juro este ano, em comparação com as quatro anteriormente previstas.

Analistas citados pela AFP, acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) deverá reduzir as taxas a um ritmo mais sustentado do que a Fed, tendo em conta o fraco crescimento económico na zona euro, onde a inflação está próxima do objetivo de 2% fixado pelo BCE.

Quanto ao banco central britânico (BoE), o mercado continua a prever dois a três cortes nas taxas em 2025.

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Swisscom recebe luz verde para comprar Vodafone Itália

A operadora de telecomunicações suíça obteve o OK da Concorrência e do Governo italianos para comprar o negócio em Itália da Vodafone por oito mil milhões de euros. Marca funde-se com Fastweb.

É oficial: o acordo entre a Vodafone e a Swisscom para que a operação em Itália troque de mãos está fechado após receber as aprovações regulatórias necessárias. Para a Vodafone, o ano de 2025 começa com um encaixe de oito mil milhões de euros fruto da conclusão deste negócio anunciado a 15 de março do ano passado.

A operadora suíça anunciou esta quinta-feira que obteve ‘luz verde’, tanto da Autoridade da Concorrência italiana (Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato) como do Governo (Ministero delle Imprese e del Made in Italy), para a aquisição da operação italiana da Vodafone, que compreende uma fusão de marcas com a Fastweb.

“A Fastweb + Vodafone irá desbloquear um valor significativo para todas as partes interessadas e sustentar os investimentos no mercado italiano de telecomunicações através de uma maior escala, uma estrutura de custos mais eficiente e sinergias significativas anuais com taxas de execução de cerca de 600 milhões de euros”, reforçou a Swisscom, em comunicado tornado público esta manhã.

A conclusão da transação ocorreu formalmente na terça-feira (31 de dezembro de 2024), portanto o processo de integração da Fastweb e da Vodafone Itália começou agora com a entrada em funções da nova comissão executiva da empresa conjunta, que irá operar sob a marca corporativa Fastweb + Vodafone.

Como o closing ocorreu ainda em 2024, os custos de integração (no valor de até 200 milhões de euros), maioritariamente vindos dos acordos de partilha de rede móvel, vão entrar nas demonstrações financeiras da Swisscom de 2024. E a orientação para o EBITDA da Swisscom acabou por ser revista em baixa para os 4,3-4,4 mil milhões de francos suíços (4,5-4,6 mil milhões de euros).

Certo é que, nos próximos cinco anos, a Vodafone e a antiga subsidiária italiana ainda estarão ligadas numa ótica de prestação de serviços, de acordo com os trâmites acordados pelas partes. Mantêm-se também dois objetivos para as receitas desta venda, que foram estabelecidos a 15 de março: reduzir a dívida líquida do grupo britânico e devolver aos acionistas até 2 mil milhões de euros.

A transação avalia a Vodafone Itália num múltiplo de 7,6 vezes o EBITDA ajustado para o ano fiscal terminado a 31 de março de 2024. Nesse período, o grupo de telecomunicações britânico – que se encontra no pódio do setor em Portugal – viu os lucros operacionais caírem 74,6% para 3,7 mil milhões de euros.

Em termos organizacionais, passam a existir cinco divisões na Vodafone: Alemanha, Mercados Europeus, África, Vodafone Empresas e Vodafone Investimentos.

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Garantia pública atrai procura “elevada” de jovens junto da Caixa

Desde o final do ano passado que o banco público já disponibiliza aos jovens oferta relacionada com crédito à habitação com garantia pública. Espera realizar primeiras escrituras nas próximas semanas.

Na Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem sido “elevada” a procura de jovens por crédito para a compra de casa ao abrigo da recém-criada linha de garantia pública, adianta fonte oficial do banco público ao ECO, sem revelar números.

Desde o último dia do ano passado que a Caixa já está a disponibilizar essa oferta aos clientes jovens, esperando realizar as primeiras escrituras já com o Estado como “fiador” ainda ao longo desde mês, acrescenta a mesma fonte.

O banco público, que tem ao seu dispor um montante de 257 milhões de euros do envelope de 1,2 mil milhões disponíveis, criou uma área específica no seu site com informação sobre a medida e ainda uma calculadora para os interessados efetuarem simulações.

Do ponto de vista operacional, aponta ainda a CGD, “as agências já podem aceitar, carregar e dar continuidade aos pedidos de crédito ao abrigo do Decreto-Lei n.º 44/2024, de 10 de julho”.

Além da Caixa, mais 17 bancos aderiram à linha de garantia do Estado que se destina a a jovens entre os 18 e os 35 anos que pretendam adquirir a sua primeira habitação própria permanente.

Os candidatos têm de cumprir cumulativamente vários requisitos, incluindo auferir rendimentos que não ultrapassem o 8.º escalão do IRS e não ser já proprietário de uma outra casa.

A garantia pública tem o intuito de ajudar a viabilizar o financiamento de um prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano em transações até 450 mil euros. Este limite aplica-se ao valor mínimo entre o preço de aquisição e o valor da avaliação do imóvel.

O Estado garante até 15% do valor da transação do imóvel. Por exemplo, numa casa de 200 mil euros, a garantia do Estado pode ir até 30 mil euros. No entanto, esta percentagem é ajustada proporcionalmente se o banco financiar menos de 100% do valor da transação.

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Confiança dos consumidores cai em dezembro, mas clima económico volta a subir

Confiança dos consumidores diminuiu após aumento ligeiro em novembro. Indicador de clima económico aumentou entre setembro e dezembro, atingindo um valor igual ao observado em março de 2019.

A confiança dos consumidores diminuiu em dezembro, após ter aumentado ligeiramente no mês anterior, mas o indicador de clima económico voltou a aumentar, atingindo um valor igual ao registado em março de 2019, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os consumidores estiveram menos confiantes em dezembro sobretudo devido às perspetivas relativas à evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar. Por outro lado, mostraram-se ligeiramente mais positivos sobre a evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias.

No entanto, o indicador de clima económico aumentou entre setembro e dezembro, atingindo um valor igual ao observado em março de 2019, segundo o INE.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Esta evolução resulta sobretudo do aumento de confiança registado na construção e obras públicas, nos serviços e no comércio nos últimos dois meses, apesar de ter diminuído de forma moderada na indústria transformadora nos últimos três meses.

Os inquéritos às empresas indicam ainda que o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentou em dezembro na construção e obras públicas, no comércio e, de forma expressiva, na indústria transformadora. Por outro lado diminuiu ligeiramente nos serviços.

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