STAL exige aumento dos salários para responder à perda “brutal” do poder de compra

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

“Há uma perda do poder de compra brutal”, diz o sindicato, indicando que o aumento do salário mínimo para 850 euros na Administração local é uma questão prioritária.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) exigiu esta quarta-feira o aumento dos salários, inclusive do salário mínimo para 850 euros, para responder à situação de perda “brutal” do poder de compra durante este ano. “Os trabalhadores não prescindem de exigir o aumento dos salários, que reponha a perda de poder de compra, que foi brutal durante este ano”, afirmou o presidente do STAL, José Correia, em declarações à agência Lusa.

O dirigente sindical falava no âmbito de um convívio de celebração do 47.º aniversário do STAL, que juntou cerca de 130 pessoas no Jardim de Santos, em Lisboa, vindas de todo o país, inclusive das 22 direções regionais do sindicato, incluindo das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

“É um momento de confraternização que temos aqui, mas também de preparação para a luta”, disse o presidente do STAL, indicando que o aumento do salário mínimo para 850 euros é uma questão prioritária entre as reivindicações dos trabalhadores da administração local, uma vez que aproximadamente 20% dos cerca de 130 mil trabalhadores da administração local e regional em todo o país, incluindo o setor empresarial local, auferem o salário mínimo.

O sindicato enviou ao Governo “uma carta aberta contra o empobrecimento”, que está também a ser entregue nos órgãos municipais, referiu José Correia, adiantando que o executivo nacional (PS), em negociações que encerrou em junho com o STAL, afirmou que “não irá rever a questão de um aumento extraordinário de salários este ano”, apesar de a taxa de inflação em julho ter atingindo os 9,4% e da atualização salarial ter sido de 0,9% este ano.

“Há uma perda do poder de compra brutal”, reforçou o dirigente sindical, referindo que essa preocupação será incluída na proposta reivindicativa para 2023, no âmbito do Orçamento do Estado, em que “o Governo vai ter que negociar com os sindicatos”. Além da reposição do poder de compra perdido este ano, com “um aumento dos salários imediato”, o STAL defende a revogação do SIADAP – Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública e a correção da Tabela Remuneratória Única.

“Iremos discutir com os trabalhadores, a partir do início de setembro, a sua mobilização para exigir isto, que levará, com certeza, à aprovação de formas de luta que, neste momento, obviamente, não consigo antecipar, mas que vamos discutir com os trabalhadores o prosseguimento e a intensificação da luta, provavelmente no mês de outubro”, declarou José Correia.

Questionado sobre a disponibilidade do Governo para avançar com o salário mínimo, com efeitos a partir de janeiro de 2023, o presidente do STAL respondeu que compete ao sindicato “lutar” para que tal se concretize, realçando que essa é uma “velha máxima” que tem permitido conquistas ao longo dos seus 47 anos de existência.

“Após vários anos, continuamos sem que o Governo dê resposta a um conjunto de reivindicações que são justas, que são urgentes, que são necessárias, que são possíveis e que nós reclamamos, particularmente a perda de poder de compra, mas a questão que tem a ver com as carreiras e com a dignificação do estatuto de trabalhador da administração local”, frisou o dirigente sindical.

De acordo com o STAL, o poder de compra dos trabalhadores em Portugal “diminuiu, em média, 15,4% desde 2009”, afirmando que “são 13 anos consecutivos a perder poder de compra, o que é inaceitável”.

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Seguros continuam ativos na Serra da Estrela apesar do Estado de Calamidade

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2022

Para os seguradores não há dúvidas que Lei de Bases da Proteção Civil expressa a obrigatoriedade das companhias assumirem a responsabilidade por danos decorrentes dos incêndios se contratualizados.

A declaração de Estado de Calamidade, a decretar pelo Governo na sequência dos recentes incêndios na Serra da Estrela, mantém em vigor os contratos de seguros estabelecidos por segurados com as companhias.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) afirmou a ECOseguros que “na perspetiva dos seguros, a declaração do estado de calamidade não terá qualquer influência nas coberturas dos contratos celebrados pelas seguradoras”.

A APS diz que esta determinação está absolutamente expressa no Artigo 61.º – Seguros, da Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006) em que fica estabelecido: “Consideram-se nulas, não produzindo quaisquer efeitos, as cláusulas apostas em contratos de seguro visando excluir a responsabilidade das seguradoras por efeito de declaração da situação de calamidade”.

Segundo a Lei de Bases da Proteção Civil, o processo começa com uma resolução do Conselho de Ministros que declara a situação de calamidade com referência específica à natureza do acontecimento que originou a sua declaração, o âmbito temporal e territorial, que serão os concelhos abrangidos pelos incêndios, os procedimentos de inventariação dos danos e prejuízos provocados e os critérios de concessão de apoios materiais e financeiros.

Assim, e segundo a ministra Mariana Vieira da Silva declarou, “durante os próximos 15 dias, os diferentes organismos do Estado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, em parceria com os municípios, farão o levantamento de todos de todos os danos, prejuízos e situações que têm de ser corrigidas”, concluiu a governante.

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Franceses da Vivalto vão comprar Lusíadas Saúde e o grupo espanhol escolhido para PPP de Cascais

Franceses da Vivalto Santé estão a expandir o grupo, tendo em vista aquisições em Espanha e Portugal.

O grupo francês que quer comprar a Lusíadas Saúde, a Vivalto Santé, também andou a ver as “montras” espanholas, tendo avançado com a aquisição do grupo espanhol Ribera Salud. Estes espanhóis também já estiveram de olho em Portugal, sendo que este é o concorrente escolhido para a parceria público-privada (PPP) do Hospital de Cascais, segundo adiantou fonte oficial ao ECO esta quarta-feira.

A Vivalto Santé é a terceira maior empresa hospitalar privada de França, operando mais de 50 hospitais privados, e é controlada pela Vivalto Partners, uma empresa europeia de private equity dedicada ao setor de saúde.

O grupo Lusíadas atualmente é detido pela norte-americana United Healthcare, maior operadora de saúde privada nos EUA em termos de valor de mercado, que quer vender este braço do negócio. A United Health está também a tentar vender a brasileira Amil, mas tem encontrado alguns obstáculos, nomeadamente questões de concorrência.

Já a compra da Lusíadas ainda estará a ser fechada. A Lusíadas tem uma rede de 11 hospitais e clínicas no país, onde ainda se inclui uma PPP, no Hospital de Cascais.

O Governo lançou o concurso para uma nova PPP neste hospital, mas a Lusíadas acabou por desistir da corrida, reiterando que a proposta do Estado “não garante sustentabilidade financeira”. Entre os concorrentes ficaram apenas os espanhóis da Ribera Salud, precisamente os que foram comprados pelo mesmo grupo que vai comprar a Lusíadas, e que foram os escolhidos, segundo adiantou ao ECO fonte oficial dos Ministérios da Saúde e Finanças.

Questionados sobre os planos para o futuro no país, fonte oficial do grupo francês sinalizou ao ECO que “para já, o Grupo Vivalto Health não pretende comunicar detalhadamente as operações em curso em Portugal”.

Já o grupo Ribera indica ao ECO que sempre acreditaram e continuam a acreditar na “colaboração público-privada para garantir a sustentabilidade a longo prazo do sistema. E a pandemia de Covid destacou mais do que nunca a necessidade de reunir todos os recursos, públicos e privados, para enfrentar os desafios globais da saúde”. Isto “não mudou, independentemente das mudanças que, como qualquer outra empresa, o grupo Ribera sofreu em todos esses anos”, reitera fonte oficial do grupo.

Os espanhóis da Ribera apontam ainda que continuam, “como sempre, à disposição dos governos que queiram apostar em alianças público-privadas e valorizar a experiência e o conhecimento da Ribera para colaborar”. “A nossa aspiração é continuar a ser um aliado estratégico dos governos e continuar a agregar valor à sociedade atual e futura com o nosso modelo de saúde responsável”, concluem.

A transação da Vivalto com a Centene, dona do grupo Ribera, que inclui também a venda da Torrejón Salud (Torrejón), uma PPP na Comunidade de Madrid que é operada pela Ribera Salud; e do Pro Diagnostics Group, uma subsidiária da Ribera Salud, proprietária de clínicas de radiologia e outros serviços na Eslováquia e na República Checa, ainda está sujeita a aprovações regulatórias na Espanha e na Eslováquia e ao cumprimento de outras condições habituais de fecho, como indica a Centene em comunicado. A operação deve ser concluída até o final do ano.

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PPP do Hospital de Cascais adjudicada a espanhóis da Ribera Salud

O Hospital de Cascais vai passar das mãos da Lusíadas Saúde para a Ribera Salud no final do ano. É a última PPP que se mantém na saúde, em gestão clínica.

A Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital de Cascais, que estava a cargo da Lusíadas Saúde, vai passar para as mãos dos espanhóis da Ribera Salud. O grupo já constituiu empresa em Portugal, sendo que o contrato deve ser enviado ao Tribunal de Contas para fiscalização prévia na primeira quinzena de setembro.

“Concluída a análise e avaliação efetuada pelo júri do procedimento, os membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Saúde procederam, em maio deste ano, à adjudicação da proposta apresentada pela Ribera Salud”, adiantou fonte oficial do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde ao ECO, numa resposta conjunta.

As tutelas explicam que, “terminada a fase da adjudicação, está agora em curso a fase pós-adjudicatória, durante a qual cabe ao adjudicatário apresentar os documentos de habilitação, prestar caução, entregar as minutas de contratos que passam a constar dos anexos ao contrato, bem como constituir a sociedade que irá assumir o papel de entidade gestora do Hospital de Cascais”.

De acordo com o portal Citius, o grupo já constituiu uma sociedade em Portugal, apelidada de Galo Saúde – Parcerias Cascais, com um capital de 1,15 milhões de euros. A presidente do Conselho de Administração é Elisa Concepcion Tarazona Gines, que é acompanhada por dois vogais.

Segundo o documento, o objeto da empresa é “a gestão e a prestação de cuidados de saúde, promotores, preventivos ou terapêuticos, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, no estabelecimento hospitalar designado ‘Hospital de Cascais’; o financiamento, organização, manutenção e funcionamento do referido estabelecimento hospitalar, incluindo, sem limitar, a dotação, a instalação e a manutenção de equipamentos e sistemas médicos, bem como a realização de todos os investimentos necessários à prossecução das atividades aqui previstas; bem como a prestação dos serviços de apoio necessários à correta e ininterrupta prestação de cuidados de saúde”.

Quando forem cumpridos os vários trâmites legais, “segue-se a assinatura do contrato de gestão e o seu envio para o Tribunal de Contas”. “Estima-se que o envio do contrato de gestão para efeitos de fiscalização prévia do Tribunal de Contas ocorra durante a primeira quinzena de setembro, sendo este o último ato antes da produção de efeitos do contrato”, sinalizam as tutelas.

Os Ministérios asseguram também que “a continuidade da prestação dos serviços clínicos no Hospital de Cascais estará sempre garantida”.

Esta é a última PPP na Saúde, em gestão clínica. O contrato de gestão foi prorrogado até ao final deste ano, para dar tempo ao concurso, depois de hospitais como o de Braga, Vila Franca de Xira e Loures terem voltado à gestão pública.

Foi em maio de 2020 que o Governo deu a autorização para o lançamento de um concurso público internacional para esta PPP. No ano passado, o processo para a nova PPP em Cascais começou a avançar, mas a gestora, a Lusíadas Saúde, acabou por desistir de concorrer ao concurso porque a proposta do Estado “não garante sustentabilidade financeira”, argumentou a empresa na altura.

Na corrida mantiveram-se os espanhóis da Ribera Salud, que na altura consideraram que o modelo financeiro proposto pelo Estado português é “adequado”. “Estamos empenhados em modelos de colaboração público-privada, nos quais os Governos português e espanhol foram pioneiros”, sinalizou, na altura, ao ECO.

O Ribera Salud é um grupo hospitalar espanhol, sedeado em Valência, cuja atividade se centra precisamente em parcerias público-privadas e é detido pela Centene e pelo Banco Sabadell. Entretanto, o grupo está em processo de compra por parte da Vivalto Santé, o grupo francês que quer comprar a Lusíadas Saúde. A aquisição foi avançada pela própria Centene em comunicado.

A transação da Vivalto com a Centene, dona do grupo Ribera, que inclui também a venda da Torrejón Salud (Torrejón), uma PPP na Comunidade de Madrid que é operada pela Ribera Salud; e do Pro Diagnostics Group, uma subsidiária da Ribera Salud, proprietária de clínicas de radiologia e outros serviços na Eslováquia e na República Checa, ainda está sujeita a aprovações regulatórias na Espanha e na Eslováquia e ao cumprimento de outras condições habituais de fecho. A operação deve ser concluída até o final do ano.

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Dove troca dourado do logótipo por cinzento. Quer combater o preconceito com idade

Decisão da marca de beleza da Unilever surge depois de no Canadá uma pivot do canal de televisão CTV ter sido alegadamente despedida por não pintar o cabelo.

A Dove está a mudar nas redes sociais o dourado do seu logótipo para cinza para promover o combate ao preconceito com a idade e com o envelhecimento das mulheres. A decisão da marca de beleza da Unilever surge depois de no Canadá uma pivot do canal de televisão CTV, Lisa LaFlamme, ter sido alegadamente despedida por não pintar o cabelo.

“Mulheres com cabelos cinza estão a ser afastadas do trabalho. Por isso, a Dove está a ficar cinzenta. Juntos podemos ajudar as mulheres a envelhecer de forma bonita nos seus próprios termos”, anunciou a marca numa publicação no Instagram, incentivando as mulheres a mudar a fotografia do seu perfil para cinzento com o tag #KeepTheGrey.

A marca vai ainda a doar 100 mil dólares a uma ONG canadiana, Catalyst, que atua na criação de locais de trabalho mais inclusivos para as mulheres.

Conhecida pela sua mensagem de Beleza Real e, mais recentemente, pela campanha Reverse Selfie (um alerta para os perigos para a autoestima de jovens mulheres provocada pelo excessivo uso de filtros de imagem), a Dove usa agora o seu poder de marca para combater o preconceito com a idade.

A mensagem da Dove no Instagram – onde tem mais de 740 milhões de seguidores – surge pouco tempo depois de ter sido conhecido que a jornalista canadiana, Lisa LaFlamme, de 58 anos, e há muito a cara e editora do programa noticioso CTV National News, terá perdido o seu emprego por não pintar o cabelo.

LaFlamme ocupava essa função desde 2011 e estava ligada à estação de televisão há 35 anos, tendo ainda que cumprir com dois anos de contrato.

Em 2020, durante o confinamento, decidiu parar de pintar o cabelo e mantê-lo com a cor natural de cinza. Segundo o jornal canadiano, The Globe and Mail, o novo responsável da CTV News, Michael Melling, pouco depois de assumir funções questionou a decisão. (conteúdo em inglês, acesso não condicionado)

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Wall Street em baixa à espera dos comentários do presidente da Fed

Investidores estão à espera dos comentários do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) esta sexta-feira, que vai pronunciar-se sobre o rumo da política monetária.

Os principais índices de Nova Iorque estão a cotar no vermelho, com os investidores à espera dos comentários do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) esta sexta-feira, que vai pronunciar-se sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos.

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a cair 0,01% para 4.128,21 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que recua 0,04% para 32.896,70 pontos. O tecnológico Nasdaq soma agora 0,03% para 12.384,58 pontos, mas abriu em terreno negativo.

Este desempenho de ganho contidos acontece numa altura em que os investidores aguardam pelas declarações de Jerome Powell, esta sexta-feira. O presidente da Fed vai marcar presença no simpósio económico de três dias em Jackson Hole, que arranca esta quinta-feira. Os investidores esperam que Powell reforce a meta do banco central de controlar a inflação.

“Os mercados financeiros continuarão em águas agitadas até ao discurso do presidente da Fed na sexta-feira”, diz Edward Moya, analista sénior da Oanda, citado pela CNBC. “Powell pode esforçar-se para convencer os mercados de que está confortável em apertar a política [monetária] e desencadear uma recessão. A economia está claramente a desacelerar, mas ainda é muito cedo para a Fed sinalizar que será menos agressiva“.

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Empresários da Região de Coimbra apelam ao “bom senso” do Governo

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Conselho Empresarial da Região de Coimbra apela ao “bom senso” do Governo, recusando “medidas cegas” na redução dos consumos energéticos. E pede para ter em atenção "as diferentes realidades no país".

“Apela o Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) ao bom senso dos governantes, por forma a que não sejam aplicadas medidas cegas [na redução dos consumos energéticos] e que tenham em atenção períodos de habituação e de testes, e as diferentes realidades no nosso país”. O pedido ao Governo é divulgado, em comunicado, por este organismo liderado por Nuno Lopes que apresenta algumas medidas nesse sentido.

O CERC, que é constituído pelas 13 associações empresariais existentes nos 19 municípios da região de Coimbra, em representação de cerca de 15 mil empresas, frisou, num comunicado, que os seus contributos para a redução de consumos energéticos já foram apresentados “em privado junto de diversas entidades”.

A lista de medidas inclui a redução do horário de funcionamento dos centros comerciais e a redução da iluminação das montras das lojas de rua, “desde que seja assegurada a iluminação pública, preservando-se assim a segurança”.

O CERC defendeu ainda a simplificação e agilização do processo de instalação de painéis solares de autoconsumo, “tendo em conta o número de contribuinte e não o Código de Ponto de Entrega (CPE)”, a instalação destes equipamentos em condomínios, bem como a concessão de apoios “para particulares e empresas tornarem as suas casas e instalações mais eficientes em termos energéticos”.

A entidade liderada pelo também presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) quer ainda apoios para a instalação de postos de carregamento de viaturas elétricas nas instalações das empresas e junto a lojas e escritórios. Defende, por isso, a sensibilização do público em geral “para hábitos mais saudáveis e mais amigos do ambiente, que possam contribuir para a redução de consumos energéticos”.

A nível fiscal, o representante das associações empresariais da região de Coimbra defendeu a criação de incentivos à instalação de iluminação LED, aparelhos de ar condicionado mais eficientes e portas automáticas nos estabelecimentos comerciais, e a majoração de “todas as despesas associadas com migração de servidores próprios para soluções cloud mais eficientes energeticamente”.

Por outro lado, o CERC pretende que seja incentivado fiscalmente o teletrabalho “para todas as funções em que tal seja exequível, minimizando assim as deslocações e despesas energéticas associadas” assim como a compra de torneiras “com calibradores para se reduzir o consumo de águas em todas as utilizações”.

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Luso descendente Christian Teixeira assume direção da Stellantis de Mangualde

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

O luso descendente Christian Teixeira vai ser, a partir de 1 de outubro, o novo diretor do centro de produção de Mangualde da Stellantis.

O francês e luso descendente Christian Teixeira será, a partir de 1 de outubro, o novo diretor do centro de produção de Mangualde da Stellantis, substituindo José Luís Alonso Mosquera, anunciou esta quarta-feira a empresa.

Em comunicado, a Stellantis referiu que Christian Teixeira, de 48 anos, licenciou-se na Escola Nacional de Engenheiros da Universidade de Mulhouse, em França, e integrou a empresa em 2000.

Com mais de 20 anos de experiência profissional, Christian ocupava, desde 2018, o cargo de responsável do Projeto Industrial na Fábrica Stellantis de Sochaux (França), tendo assumido anteriormente diferentes responsabilidades na área da indústria nas fábricas de mecânica e nas unidades de produção automóvel do grupo Stellantis”, acrescentou.

Segundo a Stellantis, Christian Teixeira “irá reportar a Juan Munoz Codina, que dirige o cluster LCV (Veículos Comerciais Ligeiros)”, entidade na qual está integrada a unidade de produção de Mangualde.

Depois de deixar Mangualde, José Luís Alonso Mosquera iniciará novas funções no grupo Stellantis, como diretor da fábrica de Saragoça, em Espanha.

A Stellantis é um dos principais fabricantes mundiais de automóveis e um fornecedor de mobilidade. Inaugurado em 1962, o centro de produção de Mangualde – a fábrica de automóveis mais antiga do país – alcançou este ano o marco de um milhão e meio de veículos produzidos desde a sua fundação.

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Vila Galé fecha parceria com Portugal Ventures para apoiar startups

O grupo hoteleiro português junta-se à rede de corporate partners da Portugal Ventures, prestando apoio aos projetos do portefólio da sociedade de capital de risco.

O grupo Vila Galé estabeleceu um protocolo de cooperação com a Portugal Ventures para apoiar as startups e projetos do portefólio da sociedade de capital de risco.

“A parceria com o Grupo Galé irá permitir ao portefólio de participadas da Portugal Ventures acesso ao segundo maior grupo hoteleiro português, para a criação de sinergias, como por exemplo a realização de testes piloto na área de hotelaria e novas oportunidades de negócio. Para a Portugal Ventures, a rede de corporate partners é fundamental para potenciar a geração de valor e perspetivas de crescimento das suas participadas”, diz Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures, citada em comunicado.

Através do memorando de entendimento, a Vila Galé dará apoio às empresas e projetos do portefólio da Portugal Ventures, e “trabalhará na geração de sinergias em várias áreas como criação e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, testes piloto, otimização de recursos ou melhoria da eficiência dos processos.”

O protocolo passa ainda por “acesso a parcerias institucionais, promoção de relações comerciais e fornecimento de bens ou serviços.”

“Tanto interna como externamente, sempre tivemos um grande foco na inovação e no desenvolvimento de novas soluções. Fazia todo o sentido aliarmo-nos a este projeto e contribuirmos para o crescimento do tecido empresarial português. Para tal, é essencial acompanharmos e apoiarmos as empresas logo desde o seu início, até porque atualmente vemos um grande dinamismo no nascimento de startups“, salienta Gonçalo Rebelo de Almeida, o administrador da Vila Galé.

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Português entre premiados do Junior Achievement Europe

  • Trabalho
  • 24 Agosto 2022

João Villas-Boas foi distinguido como um dos jovens empreendedores e líderes inspiradores por parte de programa europeu com sede em Bruxelas.

Há um português entre os seis melhores participantes do programa europeu para preparar jovens para o empreendedorismo e o emprego de 2022. João Villas-Boas, fundador da startup de aluguer de barcos de particulares Sailside, foi distinguido pela associação Junior Achievement Europe, numa cerimónia que decorreu em Estrasburgo, França.

“Este prémio fez-me compreender a importância ente o alinhamento entre as pessoas que constituem uma equipa, a liderança, os processos e o produto. A importância de tomar decisões baseadas em dados e de me manter racional sob pressão. Mas, mais do que tudo, que o que me inspira são todos aqueles que vão à luta. Não apenas os que vencem“, destaca João Villas-Boas, em comentário enviado à Pessoas.

O português passa a integrar a lista FERD, que desde 2017 elege os participantes com melhores resultados e que inspiram os jovens da organização Junior Achievement.

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Tempestades europeias geraram danos de 3,74 mil milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2022

A PERILS, uma organização independente que fornece dados sobre seguros em catástrofes, divulgou a sua terceira estimativa de perdas resultantes das tempestades de vento verificadas em fevereiro.

Estima-se que as tempestades de vento que atingiram o Reino Unido e a Europa continental em fevereiro tenham causado perdas totais de 3,74 mil milhões de euros, de acordo com a empresa PERILS, sediada em Zurique, que fornece dados sobre catástrofes.

O número é comparado com uma estimativa de 3,61 mil milhões de euros, divulgada três meses após o evento, e uma de há seis semanas, que apurou 3,29 mil milhões de euros de perdas possíveis.

Cada série de tempestades de vento consistiu em três eventos, denominados Ylenia, Zeynep e Antonia pela Universidade Livre de Berlim, e Dudley, Eunice e Franklin pelo Gabinete Met, organismo especializado em catástrofes naturais no Reino Unido, também conhecido pela sua colaboração com a forças armadas britânicas na preparação de operações militares.

A PERILS informou que foram apresentados cerca de 1,9 milhões de participações de sinistros e o seu impacto estimado representa a maior perda europeia desde o ciclone Kyrill, em janeiro de 2007.

A maioria das danos ocorreu na Alemanha, seguida pelos estados do Benelux, Reino Unido e França. Perdas menores ocorreram na Áustria, Suíça e Dinamarca. A Polónia e a República Checa também foram afetadas, mas não são abrangidas pelo estudo.

A empresa de dados quer melhorar a disponibilidade de dados do mercado sobre seguros relativos a catástrofes naturais para aumentar a compreensão da indústria sobre tais riscos, bem como para facilitar a transferência de riscos com base em índices de perdas da indústria.

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Observador eleitoral em Angola, Portas diz que foi um convite irrecusável

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

"Portugal e Angola têm relações muito importantes e excelentes esse tipo de convites não se recusa", disse Paulo Portas, que está acompanhar as eleições angolanas com José Luís Arnaut.

O antigo vice-primeiro-ministro português Paulo Portas justificou a sua presença em Angola, como observador eleitoral convidado do Presidente angolano, em nome das relações diplomáticas dos dois países.

“Viemos a convite do Presidente da República de Angola e como Portugal e Angola têm relações muito importantes e excelentes esse tipo de convites não se recusa”, disse Paulo Portas esta terça-feira, na Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana, onde recebeu a documentação de observador, acompanhado do ex-ministro social-democrata José Luís Arnaut, também convidado por João Lourenço.

Confrontado com críticas ao elevado número de observadores e as suas relações pessoais com João Lourenço, Paulo Portas salientou que as “relações de Portugal com Angola enquanto estados soberanos têm décadas e não se esgotam numa circunstância ou numa personalidade”.

E avisou: “Se não estiverem aqui portugueses, estarão outros em vez dos portugueses”.

Quanto às eleições que acompanha esta quarta-feira, referiu que o Presidente da República de Angola sabe que a sua opinião “é independente”.

“A minha intenção é contribuir para que estas eleições corram o melhor possível, da forma mais transparente, da forma mais participada e que resultem no bem de Angola”, disse Portas, que não quis comentar as polémicas sobre a transparência eleitoral nesta fase.

Segundo o antigo vice-primeiro-ministro, “ser observador significa ver, escutar, perguntar, ouvir antes de dar opinião”.

Por seu turno, José Luís Arnaut prometeu “observar de forma independente e isenta todo este processo” para que “possa decorrer com toda a normalidade desejável e expectável”.

“Todos estes processos são processos evolutivos, é natural que aqui e ali possa haver qualquer dúvida mas o que importa é que se deram passos muito importantes na afirmação da democracia”, disse, recusando também comentar as críticas à opacidade do processo eleitoral.

“Estamos a observar e não quero especular sobre especulações”, disse Arnaut aos jornalistas.

Após a reunião na CNE, os dois foram recebidos pelo Presidente angolano, que é recandidato pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder há 47 anos.

Angola vai a votos na quarta-feira para escolher um novo Presidente da República e novos representantes na Assembleia Nacional.

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