Eurodeputados exortam Hungria a “honrar promessas”

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

A posição surge um dia depois da Comissão Europeia ter proposto uma suspensão de 65%, no valor de 7,5 mil milhões de euros, dos fundos comunitários à Hungria pelas violações do Estado de direito.

Eurodeputados da comissão do Controlo Orçamental do Parlamento Europeu saudaram esta segunda-feira a proposta para suspensão de 7,5 mil milhões de euros em fundos comunitários à Hungria por violações do Estado de direito, esperando que Budapeste “honre as promessas”. “Os eurodeputados que orientaram o mecanismo condicionalidade do Estado de direito no Parlamento Europeu saudaram a [proposta de] suspensão pela Comissão Europeia de 7,5 mil milhões de euros de fundos de coesão para a Hungria”, indica a assembleia europeia em comunicado hoje divulgado.

A posição surge um dia depois de o executivo comunitário ter proposto uma suspensão de 65%, no valor de 7,5 mil milhões de euros, dos fundos comunitários à Hungria pelas violações do Estado de direito. Citado pela nota do Parlamento Europeu, o correlator da comissão do Controlo Orçamental, o eurodeputado finlandês Petri Sarvamaa, vinca que, “ano após ano, a Hungria tem prometido melhorar o estado da sua adesão ao Estado de direito, mas concretamente a situação piorou”.

“A Comissão Europeia não deve deixar a Hungria escapar a esta situação […] e chegou o momento de a Hungria honrar as suas promessas”, adianta Petri Sarvamaa. Já a eurodeputada espanhola Eider Gardiazabal Rubial, também correlatora daquela comissão parlamentar, congratula-se por, “finalmente, a Comissão ter agido ao abrigo do regulamento de condicionalidade para proteger o orçamento da UE contra a deterioração da situação do Estado de direito na Hungria”.

“[Viktor] Orbán precisa agora de decidir: restaurar o Estado de direito ou deixar de receber uma parte significativa do financiamento da UE”, conclui Eider Gardiazabal Rubial. A proposta da Comissão Europeia foi apresentada no domingo pelo comissário para o Orçamento e Administração, Johannes Hahn, que explicou estar em causa uma “suspensão de 65% dos compromissos para três programas operacionais no âmbito da política de coesão, num valor estimado em 7,5 mil milhões de euros, o que é cerca de um terço do envelope da política de coesão para a Hungria”.

Segundo o responsável, Budapeste está também impedida de assumir compromissos jurídicos com os fundos de interesse público para programas implementados em gestão direta e indireta. Esta é a primeira vez que o regulamento relativo à condicionalidade é aplicado, estando a proposta agora divulgada ligada a irregularidades na Hungria, em questões como contratação pública, falhas no prosseguimento das investigações e ações judiciais em casos relacionados com fundos europeus e ainda deficiência na luta contra a corrupção.

Os Estados-membros (no Conselho) têm agora um mês para decidir se adotam as medidas propostas pelo executivo comunitário, devendo este período ser estendido por mais dois meses, dado ser necessário tempo para a adoção das 17 medidas-chave avançadas por Bruxelas. A Comissão, durante esse tempo, irá acompanhar a situação na Hungria, que se comprometeu a prestar informação a Bruxelas sobre a completa aplicação das medidas previstas até 19 de novembro.

Adotado em 2021, o mecanismo relativo à condicionalidade prevê penalizações no caso de violações do Estado de direito num determinado Estado-membro e em situações que afetam os interesses financeiros da UE. Bruxelas mantém um longo diferendo com o Governo de Viktor Órban, acusado de violar o Estado de direito, nomeadamente a independência do sistema judicial e dos meios de comunicação e infringindo direitos das minorias e de não combater a corrupção.

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Americanos reconduzem Byron Haynes no conselho geral e de supervisão do Novobanco

  • ECO
  • 19 Setembro 2022

Instituição liderada por Mark Bourke pretende colocar mais uma mulher no Conselho Geral e de Supervisão para mandato a cumprir até ao final de 2025.

O fundo norte-americano Lone Star, dono do Novobanco, pretende reconduzir Byron Haynes como presidente do Conselho Geral e de Supervisão. A proposta consta de um comunicado enviado nesta segunda-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Para o próximo mandato de quatro anos, até ao final de 2025, o acionista maioritário quer manter o mesmo número de membros (10) e apenas proceder a uma troca: a saída de Donald Quintin, presidente da Lone Star Europe, e a entrada de Monika Wildner como novo membro independente.

Monika Wildner é austríaca e advogada com experiência na banca. Desde novembro 2020, é vice-presidente do conselho de supervisão do Addiko Bank. Desde 2015 também pertence ao conselho de supervisão do banco austríaco Volksbank Wien.

Se a proposta for aprovada em assembleia-geral e pelas entidades reguladoras, o Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco vai reforçar a maioria dos membros independentes (passarão a ser sete) – e três representantes da Lone Star.

Este conselho é liderado por Byron Haynes desde 2017. O britânico conta com mais de 25 anos de carreira nas áreas dos serviços financeiros.

(Notícia corrigida às 20h35 com correção do número de membros independentes e dados biográficos de Monika Wildner)

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Estado tem de garantir “remuneração justa aos advogados”, diz ministra

Em Julho, o Governo definiu um aumento de 1,24%, que significa na prática que a Unidade de Conta de valor por cada defesa oficiosa passou de 25,58 para 25,90 euros.

A ministra da Justiça admite uma reformulação do apoio judiciário e o aumento da remuneração dos advogados oficiosos em Portugal já que “o Estado tem o dever de garantir uma adequada compensação dos advogados”. Mas com um senão: “contudo, esta garantia de compensação terá de evoluir sempre a par com as condições sociais concretas, designadamente económicas, do país. De notar que, entre 2015 e 2022, o Ministério da Justiça investiu quase mil milhões de euros, entre Apoio Judiciário e encargos relacionados”, conforme garantiu fonte do gabinete de Catarina Sarmento de Castro.

“O Estado tem o dever de garantir uma adequada compensação dos advogados, cumprindo o princípio da justa remuneração e o estabelecido no n.º 3 do artigo 23.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, explicou a mesma fonte.

Em Julho, a tabela de honorários dos advogados, advogados estagiários e solicitadores, pelos serviços que prestem no âmbito do apoio judiciário, foi atualizada. O diploma atualiza o valor da unidade de referência com base no índice de preços no consumidor (IPC) relativo ao ano de 2021, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022. Um aumento de 1,24%, que significa na prática que passa de 25,58 para 25,90 euros.

Durante dez anos, a Unidade de Referência (UR) para calcular o valor dos honorários era de 1/4 de UC, isto é, 25,50 euros. Em 2020 passou para 25,58 euros.

O valor da unidade de referência aplica-se ao apoio judiciário — defesa por parte de advogados oficiosos para cidadãos com menos condições económicas — para nomeação e pagamento da compensação do advogado patrono, pagamento da compensação de advogado oficioso, nomeação e pagamento faseado da compensação de patrono e pagamento faseado da compensação do advogado oficioso.

“O programa do governo prevê a implementação de um sistema de apoio judiciário efetivo, que abranja as pessoas e as empresas que efetivamente necessitam dele e que, simultaneamente, assegure a boa gestão dos recursos públicos, com garantia da qualidade dos profissionais que prestam esse serviço. Trata-se de uma matéria em análise, que deverá contar com a participação de todos os intervenientes e de todos os contributos, no sentido de se realizarem ajustamentos necessários”, disse ainda a titular da pasta, através do gabinete de imprensa.

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Incêndio em Odemira consumiu 200 hectares

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

O incêndio, que deflagrou domingo, encontra-se em rescaldo e vigilância ativa. Houve danos numa casa de segunda habitação e 16 pessoas que foram retiradas das suas casas, por precaução.

O incêndio que deflagrou no domingo no concelho de Odemira (Beja) entrou esta segunda-feira à tarde em fase de rescaldo, tendo consumido “uma área estimada em cerca de 200 hectares”, revelou o comandante das operações.

Em declarações à agência Lusa, Luís Oliveira, comandante das operações de socorro no local, indicou que o fogo, dominado durante a madrugada, ainda teve uma reativação, resolvida com intervenção de uma aeronave”, e o sinistro foi considerado como estando “em fase de rescaldo por volta das 15:30”.

“O perímetro do incêndio encontra-se em consolidação de rescaldo e vigilância ativa. Temos alguns pontos quentes [aos quais] estamos a fazer face com apoio de três máquinas de rasto para abertura de caminhos”, realçou. Segundo o responsável das operações e também comandante da corporação de Bombeiros de Odemira, as chamas consumiram “uma área estimada em cerca de 200 hectares”. Os combustíveis predominantes para as chamas foram “pinheiros, eucaliptos, sobreiros e mato”, acrescentou.

O incêndio provocou “danos, principalmente exteriores” numa casa de segunda habitação, adiantou, indicando ainda que as 16 pessoas que foram retiradas das suas casas, por precaução, devido ao fogo, “já regressaram às habitações”. No domingo, uma fonte do Comando Territorial de Beja da GNR precisou à Lusa que tinha sido “evacuado um total de oito residências”, sendo retiradas “16 pessoas”, das quais “10 moradores e seis turistas”.

Outros 15 turistas saíram, por decisão própria, de um turismo rural da zona, disse, então, o presidente da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro. Em declarações à Lusa, o autarca afirmou que “a fase de rescaldo do incêndio está a ser feita com cuidados acrescidos”, por causa da existência de “pontos quentes e de muito vento”, que já provocaram “um pequeno reacendimento”, entretanto resolvido.

O autarca confirmou a estimativa de “à volta de 200 hectares” queimados e revelou que já foi iniciada a avaliação dos danos, sobretudo na área da floresta, onde foram destruídos “um pinhal, um eucaliptal e também algumas vedações e parqueamento de animais”.

“Onde começou o incêndio há uma boa zona de medronhal e é natural que existam também aí prejuízos”, acrescentou. O alerta para o incêndio, que deflagrou na zona de Medronheira, na freguesia de São Teotónio, Odemira, foi dado às 12:05 de domingo, tendo o fogo sido considerado dominado às 02:25 de segunda-feira.

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Susana Coerver é a nova head of marketing do Lidl

Susana Coerver é a nova head of marketing da Lidl Portugal. O anúncio foi feito pela ex-CEO da Fuel no LinkedIn. "É tempo de calçar as sapatilhas e começar Lidling", diz na rede social. 

Susana Coerver é a nova head of marketing da Lidl Portugal. O anúncio foi feito pela ex-CEO da Fuel no LinkedIn. “É tempo de calçar as sapatilhas e começar Lidling”, diz na rede social.

Susana Coerver integra o Lidl após cinco meses como vice-presidente de marketing da Penbrothers, nas Filipas, sendo também co-fundadora, em março, da Kindology, movimento que pretende criar uma comunidade que atua na área da saúde mental.

De junho de 2021 a maio de 2022 foi diretora de marketing da Jerónimo Martins Meal Solutions e, nos dois anos anteriores, CEO da agência de publicidade Fuel.

A profissional começou o seu percurso profissional em agências de publicidade, tendo integrado a Addmore, Lowe & Partners e Fischer Portugal. Mais tarde, mudou-se para o Brasil, onde trabalhou como head of planning das agências Cheil Worldwide e ETCO, esta última do grupo WPP. Em 2013 regressou a Portugal, ao Porto, assumindo a direção de marketing e comunicação da Parfois. Voltou às agências em 2019, para liderar a agência do grupo Havas.

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Energética constrói parque eólico em Penafiel com capacidade para 43 mil casas

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

O Zonda, como se vai chamar o parque eólico, vai criar "cerca de 290 postos de trabalho durante os períodos de ponta da sua construção".

O grupo internacional Capital Energy informou esta segunda-feira que vai iniciar, até ao final do ano, a construção do seu primeiro parque eólico, em Penafiel, no distrito do Porto, com capacidade para fornecer energia a 43 mil habitações.

“As nove turbinas eólicas desta infraestrutura renovável, com mais de 46 Megawatts, podem gerar uma eletricidade limpa suficiente para satisfazer o consumo anual de mais de 43.000 lares portugueses e evitar a emissão para a atmosfera de quase 41.000 toneladas de dióxido de carbono por ano”, lê-se numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Segundo o investidor, foi garantida recentemente “a licença de produção desta instalação, que já dispunha das autorizações ambientais pertinentes”. O Zonda, como se vai chamar o parque eólico, “vai propiciar a criação de cerca de 290 postos de trabalho durante os períodos de ponta da sua construção, mobilizar um investimento total de 50 milhões de euros e gerar um impacto económico anual para os cofres locais de 400.000 euros”, lê-se ainda da informação.

Na fase de exploração e manutenção, o parque vai dar emprego permanente a cerca de 10 profissionais da zona e gerar, todos os anos e durante a sua vida útil, um impacto fiscal aproximado de 400.000 euros, de acordo com estimativas da empresa.

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Apoio para empresas intensivas em gás “tem impacto irrisório”, criticam vidreiras

A AIVE alerta que o apoio anunciado pelo Governo para apoiar as empresas intensivas em gás "tem um impacto irrisório" e avisa que o fornecimento de embalagens de vidro pode vir a estar condicionado.

A Associação das Indústrias do Vidro de Embalagem (AIVE) alerta que o apoio anunciado pelo Governo para apoiar as empresas intensivas em gás “tem um impacto irrisório” e avisa que a “situação é alarmante” e que pode “seguramente condicionar o fornecimento de embalagens de vidro para a indústria alimentar e de bebidas”.

“As empresas já usaram os seus últimos recursos, as que puderam aumentaram preços, as que não puderam, gastaram as reservas e o apoio agora anunciado tem um impacto irrisório. A situação é alarmante e os apoios manifestamente insuficientes. A manutenção desta situação vai seguramente condicionar o fornecimento de embalagens de vidro para a indústria alimentar e de bebidas“, aponta a AIVE, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Em causa está o programa “Apoiar Indústrias Intensivas em Gás”, que arrancou em abril e que foi na semana passada alargado para 235 milhões de euros. Neste contexto, a AIVE questiona ” a verdadeira dimensão deste apoio para a Indústria”, interrogando ainda o Governo sobre a razão por “só agora” ter avançado com o “que a Comissão Europeia lançou em março, tendo optado em abril apenas pela modalidade mais genérica e por um tímido apoio”.

“Mesmo depois do reforço de medidas da CE em julho, nem agora o Governo português ativa o previsto pela UE desde início, apesar de afirmar que se trata do limite legal fixado pela Comissão Europeia” lamenta ainda a associação.

“Num setor com o consumo de gás natural próximo da totalidade do consumo doméstico do País, onde o peso do custo do gás representa hoje um valor superior a 60% do seu custo industrial, esta nova medida apelidada de ‘apoio extraordinário’ resultará apenas numa ajuda global de oito milhões de euros”, acrescenta a associação.

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Belga Cronos abre escritório em Lisboa. Tem 100 vagas

A Cronos Europa pretende contratar para Portugal cerca de 100 especialistas de IT e Comunicação Digital nos próximos 18 meses que se irão juntar aos mais de 1.000 colaboradores da empresa.

A Cronos Europa acaba de abrir escritório em Lisboa para fortalecer a sua oferta de soluções digitais dedicada às instituições europeias. É o quinto escritório europeu do grupo belga. Em Portugal, a empresa pretende contratar 100 pessoas em 18 meses.

“No contexto da expansão da Cronos Europa de reforçar a sua oferta de soluções digitais para as instituições europeias, Lisboa é uma escolha óbvia. Além da capacidade de atrair talento, Lisboa oferece um mercado de trabalho que se enquadra com os nossos valores”, afirma Dirk Deroost, um dos fundadores do Cronos Group, referindo ainda o facto de Portugal oferecer “talento jovem e altamente qualificado, atraído pela tecnologia e capaz de apresentar soluções criativas para problemas de última hora”

Lisboa junta-se assim aos escritórios em Bruxelas, Amesterdão, Estrasburgo e à sede, em Luxemburgo. Numa fase inicial, irá prestar remotamente serviços digitais de comunicação, desenvolvimento de aplicações, e serviços tecnológicos e IT support a clientes na região do Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo) e, posteriormente, “o irá tornar-se um hub de centro de dados, aplicações e serviços criativos, implementados no âmbito de novos contratos-quadro com as instituições europeias.”

A médio e longo prazo, o objetivo passa por prestar “serviços tecnológicos e de comunicação a entidades locais da UE e de organizações internacionais, assim como a prestação de serviços locais.”

“Este novo escritório representa uma oportunidade única para especialistas em IT e comunicação, cuja missão seja resolver os desafios digitais e contribuir para o projeto Europeu”, defende Nuno Mesquita, diretor de Cronos Europa e responsável pela supervisão das atividades do escritório em Lisboa, citado em comunicado.

Com escritório em Sacavém, a Cronos Europa arranca operações em Portugal com seis elementos e pretende contratar cerca de 100 especialistas de IT e Comunicação Digital nos próximos 18 meses que se irão juntar aos mais de 1.000 colaboradores da empresa que prestam serviços a clientes de várias instituições, agências e direções-gerais que integram a União Europeia – da Comissão Europeia, Parlamento Europeu e o Conselho Europeu – bem como organizações internacionais como a Eurocontrol.

Os interessados podem candidatar-se através do email [email protected]. Nos próximos dias começarão a surgir as vagas no LinkedIn da empresa.

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Empresas “sentiram menos apoio” com medidas anunciadas pelo Governo

"Perdeu-se a oportunidade e o momento", diz o vice-presidente da CIP, sobre as medidas de apoio anunciadas pelo Governo para lidar com o aumento da inflação.

As empresas estavam com expectativas quanto às medidas de apoio a ser anunciadas pelo Governo face ao aumento de inflação, mas depois de estas serem conhecidas as reações não foram as mais positivas. A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que se “perdeu a oportunidade e o momento” de ajudar realmente as empresas nacionais e que estas “sentiram um pouco menos apoio perante as dificuldades que se mantêm”.

Rever o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), reduzir o IRC, suspender os pagamentos por conta ou reduzir os prazos de pagamento das entidades públicas. “Esperava-se que essas medidas pudessem ter sido contempladas neste pacote” anunciado pelo Governo, mas “perdeu-se a oportunidade e o momento”, disse o vice-presidente da CIP, Armindo Monteiro, esta segunda-feira.

“Todas as empresas que responderam com expectativa, com certeza sentiram um pouco menos de apoio perante as dificuldades que se mantêm”, acrescentou o responsável, no dia em que foi apresentado o 21.º inquérito “Sinais Vitais da CIP, realizado entre 5 e 15 de setembro.

Antes de serem conhecidas as medidas do Governo, as empresas defendiam que a redução dos impostos sobre a eletricidade, gás e combustíveis, a diminuição da TSU e do IVA seriam decisões adequadas para ajudar os empresários a lidar com os efeitos da inflação.

Os apoios são necessários agora, o momento de atuar é este. O que se nota é que o tempo de atuar é mesmo este e, em alguns casos, começa a ser para além do tempo de atuar. Se não chega essa ajuda, depois fica difícil”, disse Armindo Monteiro, sublinhando que se está a “chegar a uma linha que começa a ser bastante dura para salvaguardar as empresas e os postos de trabalho”.

Maioria das empresas considera apoios insuficientes

O inquérito da CIP, realizado entre 5 e 15 de setembro (um dia antes de ser conhecido o pacote de medidas do Governo), concluiu que 89% das empresas considera que os programas de apoio do Governo estão aquém ou muito aquém do necessário, sendo que apenas 11% consideram que estão à altura das dificuldades. A maioria das empresas (76%) afirma ainda que os apoios são muito burocráticos.

40% das 245 entidades que responderam assistiram a um aumento das vendas e prestação de serviços até ao final de agosto, comparando com 2019 – deste universo, os aumentos foram, em média, de 31%. Das 28% de empresas com quebras nas vendas, as descidas foram de 23%.

Em média, 36% das empresas sofreu um aumento dos custos operacionais, na ordem dos 16% a 35%, enquanto apenas 16% registaram aumentos de custos abaixo de 5%. No entanto, apenas 7% das empresas repercutiram esse aumento dos custos nos preços de venda. “Há, efetivamente, um esforço para manter o nível de preço por parte dos empresários, mesmo com o aumento muito acentuado dos custos”, disse o vice-presidente da CIP.

De acordo com o inquérito, a principal preocupação dos empresários é o aumento dos custos de produção (61%), a escassez de mão-de-obra (15%) e o cancelamento de encomendas (13%). 29% de empresas sofreram redução das encomendas, enquanto 25% das empresas viram uma melhoria.

Para o quarto trimestre, a expectativas de vendas é negativa face a 2019. 28% das empresas esperam um aumento das vendas, mas 34% esperam uma diminuição. Relativamente às empresas que esperam aumentar as vendas, estas contam com subidas médias de 26% do volume de negócios.

Em todas as empresas há uma expectativa maioritária de manutenção dos postos de trabalho: 18% dos empresários pensam aumentar os postos de trabalho enquanto 13% pensam diminuir. A maioria (69%) pensa manter o número de colaboradores.

(Notícia atualizada às 17h27 com mais informação)

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Lisboa fecha no “vermelho” com EDP Renováveis a ceder 2,70%

A pressionar índice de referência nacional esteve, sobretudo, a EDP Renováveis, cujos títulos cederam 2,70%. Já a Jerónimo Martins impediu perdas mais expressivas. 

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta segunda-feira em terreno negativo, pela quinta sessão consecutiva. A pressionar o índice de referência nacional esteve, sobretudo, a EDP Renováveis, cujos títulos cederam 2,70%. Já a Jerónimo Martins impediu perdas mais expressivas.

Pelo “Velho Continente”, o Stoxx 600 terminou inalterado, enquanto alemão DAX subiu 0,63% e o espanhol IBEX-35 valorizou 0,1%. Em contrapartida, o francês CAC-40 caiu 0,7%. Lisboa terminou a sessão desta segunda-feira com perdas ligeiras, com o PSI a ceder 0,11% para 5.839,31 pontos, com oito das 15 cotadas no “vermelho”, duas inalteradas e cinco no “verde”.

A pressionar o índice de referência nacional esteve, sobretudo, a EDP Renováveis, cujos títulos cederam 2,70% para 23,75 euros, enquanto a “casa-mãe” cedeu 0,48% para 4,9480 euros. Ainda pelo setor energético, a GreenVolt caiu 0,55% para 9,02 euros.

Da energia para o setor petrolífero, a Galp Energia caiu 0,16% para 9,160 euros, penalizada pelas quedas de cotações do “ouro” negro nos mercados internacionais.

Em contrapartida, e a evitar quedas mais expressivas do PSI, esteve a Jerónimo Martins, cujos títulos somaram 2,08% para 22,60 euros por ação. Nota positiva ainda para a Corticeira Amorim, que avançou 1,44% para 9,84 euros, bem como para a Nos, que valorizou 0,46% para 3,528 euros.

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9.300 consumidores pediram para aderir ao gás regulado da EDP

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

Os comercializadores de último recurso (CUR) terão, no prazo máximo de 45 dias, de disponibilizar aos consumidores a possibilidade de fazer esta mudança online.

Mais de 9.000 consumidores já pediram para aderir à tarifa de gás regulado da EDP, que trabalha como Comercializador de Último Recurso – ou seja, como comercializador do mercado regulado – através da EDP Gás Serviço Universal. Foram 9.300 os consumidores que preencheram o formulário para a mudança disponível no site da empresa.

Desde o dia 7 de setembro, que os consumidores que pretendam regressar ao mercado regulado do gás já o podem fazer numa loja, “sem quaisquer ónus ou encargos”. Nos termos do diploma, os comercializadores de último recurso (CUR) terão, no prazo máximo de 45 dias, de disponibilizar aos consumidores a possibilidade de fazer esta mudança online.

Segundo se lê no texto do decreto-lei, trata-se de um “regime excecional e temporário” que permite “a clientes finais com consumos anuais inferiores ou iguais a 10.000 m3 [metros cúbicos] o regresso ao regime de tarifas reguladas, harmonizando este regime com o já existente no setor da eletricidade”.

O objetivo é “evitar que um encarecimento dos preços finais do gás natural, em termos que oneram as famílias e os pequenos negócios”, num contexto em que “a atual situação de restrição no fornecimento de gás natural, motivada pelo conflito armado na Ucrânia, tem provocado aumentos progressivos no preço grossista do gás natural” e em que não se prevê “que tal situação possa ser revertida no curto prazo”, tendo já sido anunciadas no mercado liberalizado “subidas acentuadas” para o próximo mês de outubro.

O incumprimento pelos comercializadores de último recurso do disposto no decreto-lei constitui “contraordenação leve”, revertendo o produto da aplicação das respetivas coimas em 60% para o Estado e em 40% para a ERSE. Segundo dados do executivo, a medida que permite a transição para o mercado regulado tem um universo de potenciais beneficiários de 1,3 milhões.

 

(Notícia atualizada com a informação de que os 9300 indivíduos em causa pediram à EDP Gás Serviço Universal para aderir à tarifa de gás regulado, ao contrário do que constava inicialmente na notícia, e que indicava, erradamente, que 9300 clientes da EDP Comercial haviam pedido para aderirem ao mercado regulado)

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Câmara de Lisboa acusa Estado de défice de 15 milhões de euros com transferência da área da Educação

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

Carlos Moedas acusa Estado de défice de 15 milhões na transferência de recursos necessários na área da Educação. E quer delegação “total” de competências para as autarquias.

“A câmara municipal deveria ter um papel de delegação de poderes total em relação à educação, tanto no 1.º, 2.º e 3.º ciclos, como no secundário […]. Se queremos descentralizar a educação, então descentralizemos no seu todo para as autarquias, porque são elas que conhecem melhor a cidade e as pessoas”, defendeu o presidente da Câmara de Lisboa. Carlos Moedas acusou mesmo o Estado de falhar na transferência dos recursos necessários, com “um défice de 15 milhões de euros”.

À margem da inauguração da Escola Básica Teixeira de Pascoais, na freguesia de lisboeta de Alvalade, o presidente da Câmara de Lisboa disse que o país funcionaria muito melhor se tivesse “uma verdadeira descentralização na área da Educação”, considerando que as competências das autarquias locais deveriam ir além da realização de obras no edificado escolar e da contratação dos assistentes operacionais, passando a ter também a responsabilidade de contratar os professores.

“Tenho muita pena que seja apenas este o papel das câmaras municipais”, frisou o social-democrata, referindo que falta clareza no processo de descentralização de competências da administração central para as autarquias locais, nomeadamente nas áreas da educação e da saúde, pelo que o município de Lisboa “não está contente” com a atual situação, que cria “uma grande confusão aos munícipes, que é: quem faz o quê?”.

Carlos Moedas indicou que a transferência de competências criou um problema financeiro na Câmara de Lisboa, uma vez que “o Estado, ao descentralizar, não deu os recursos necessários, porque só nestes três anos, desde 2019, faltaram 15 milhões de euros”.

“Nos últimos três anos, temos um défice de 15 milhões de euros em relação àquilo que o Estado deu em termos de despesas correntes com aquilo que nós investimos e, nos últimos cinco anos, investimos mais de 60 milhões de euros na construção e naquilo que são os equipamentos”, apontou.

Questionado sobre a negociação com o Governo, o autarca explicou que o processo negocial é contínuo, mas admitiu que “essa negociação não está a correr bem” em relação à descentralização, porque a Câmara de Lisboa está em défice. “Tudo o que é para educação não tenho problema que seja a câmara que avance e não tenho problema de dizer aos lisboetas que temos um ‘deficit’ em relação àquilo que é este investimento, porque eu vou fazê-lo na mesma”, assegurou o social-democrata, reforçando que o Estado deve dinheiro ao município de Lisboa, porque “deveria estar a garantir os recursos e não está”.

Nos últimos três anos, temos um défice de 15 milhões de euros em relação àquilo que o Estado deu em termos de despesas correntes com aquilo que nós investimos e, nos últimos cinco anos, investimos mais de 60 milhões de euros na construção e naquilo que são os equipamentos.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Ressalvando que a negociação com o Governo é feita ao nível da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Carlos Moedas insistiu que “para Lisboa não está a funcionar”.

“Obviamente, o país olha-se no seu todo, mas Lisboa é uma situação muito particular. Temos 139 escolas que estão sob a responsabilidade de tudo o que é obra e manutenção na câmara municipal, temos mais de dois mil funcionários não docentes e, portanto, é uma responsabilidade muito grande e ela exige recursos elevados”, declarou o presidente da câmara, assegurando que irá continuar a lutar pela transferência dos recursos necessários por parte do Estado.

Apesar de a Câmara de Lisboa estar em ‘deficit’, porque os recursos transferidos pelo Estado “não chegam”, o autarca realçou que o mais importante é continuar a intervir, dando como exemplos a retirada de amianto em 13 escolas da cidade e o investimento em “mais de 18 projetos” no edificado escolar. “É ir mudando as coisas, mesmo que não se consiga fazer tudo. Mas, conseguimos, da parte da câmara, substituir-nos, no fundo, ao Estado central”, garantiu.

Em 18 de julho, a ANMP e o Governo chegaram a acordo quanto à transferência de competências da administração central para os municípios, depois de uma polémica que motivou a contestação de diversos autarcas ao processo de descentralização por considerarem as verbas insuficientes, principalmente nas áreas da saúde e da educação.

A aprovação do acordo, no Conselho Geral da ANMP, foi subscrita por PS, PSD e independentes e teve o voto contra da CDU (coligação PCP/PEV). Após esse acordo, o social-democrata Carlos Moedas considerou que o Governo propôs às autarquias “uma meia descentralização, indefinida e inconsequente”, defendendo que “o país precisa de mais” do que o acordo.

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