Providência contra extinção da Fundação Berardo enviada para o Supremo Tribunal Administrativo

  • Lusa
  • 27 Setembro 2022

O Tribunal do Funchal declarou-se incompetente para apreciar a providência cautelar interposta pela Fundação José Berardo contra a extinção decretada pelo Governo e enviou a decisão para o Supremo.

O Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal declarou-se incompetente para apreciar a providência cautelar interposta pela Fundação José Berardo contra a extinção decretada pelo Governo e remeteu a decisão para o Supremo Tribunal Administrativo (STA).

Segundo adiantou à Lusa fonte ligada ao processo, a instância administrativa e fiscal madeirense considerou esta segunda-feira não ser competente para analisar a ação apresentada pela Fundação José Berardo no final de agosto e que teve um efeito suspensivo sobre a anunciada extinção da entidade.

Confrontado pela Lusa com esta decisão judicial, o advogado da Fundação José Berardo, Paulo Saragoça da Matta, mostrou surpresa e discordância, admitindo que este desfecho possa atrasar ainda mais uma resolução para o diferendo entre a instituição e o Governo.

Fico espantado porque a questão da competência do próprio tribunal seria uma coisa que se veria em duas horas e não duas semanas, além de discordar dessa decisão“, disse o mandatário do empresário Joe Berardo e que representa igualmente a fundação neste caso.

No entanto, Paulo Saragoça da Matta clarificou que “não há prejuízo para os interesses que a providência cautelar visava”, uma vez que o ato de extinção da Fundação José Berardo “está suspenso”.

A apresentação da providência cautelar foi revelada há duas semanas por uma fonte do Governo, que adiantou então que “o Estado deduziu oposição, aguardando-se decisão judicial“. Assim, “até ao final do litígio, os efeitos do despacho encontram-se suspensos, pelo que não se venceu o prazo para a entrega dos referidos documentos”, disse a mesma fonte.

A Fundação José Berardo tinha até 1 de setembro para entregar à Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) as suas contas, dívidas, rol de bens, entre outros, depois de o Governo ter extinguido a instituição.

Através de um despacho de 19 de julho, o Governo extinguiu a Fundação José Berardo (FJB), criada no Funchal em 1988 e que foi um instrumento na gestão dos negócios do empresário.

A “extinção da Fundação José Berardo” foi declarada na sequência do relatório de 2019 da Inspeção Geral das Finanças (IGF), no âmbito da Lei-Quadro das Fundações, e efetiva-se porque “as atividades desenvolvidas pela FJB demonstram que o fim real não coincide com o fim previsto no ato de instituição”, de acordo com o despacho assinado pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas.

A Fundação José Berardo passou de lucros de 102 milhões de euros para prejuízos de 245 milhões entre 2007 e 2017 devido à atividade financeira desenvolvida, segundo o relatório da IGF que levou o Governo a extinguir a instituição.

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40% das casas em Lisboa e no Porto desconfortáveis com frio no inverno

Um estudo indica que uma larga fatia dos lisboetas e dos portuenses se sentem desconfortáveis com a temperatura nas respetivas casas durante o inverno.

Numa altura em que o inverno se afigura uma preocupação um pouco por toda a Europa, dada a atual crise energética, cerca de 40% dos residentes em Lisboa e no Porto admite desconforto em relação à temperatura em casa durante o inverno. No verão, o desconforto verifica-se para 32% dos lisboetas e 23% dos portuenses.

Estes números são retirados de um estudo levado a cabo pela Lisboa E-Nova, Agência de Energia e Ambiente de Lisboa e a AdEPorto, Agência de Energia do Porto, e que contou com a participação de 1.508 lisboetas e 1.201 portuenses.

O mesmo estudo indica que o impacto do desconforto térmico (excesso de frio e calor sentidos em casa) na saúde é assumido por 54% dos participantes residentes em Lisboa e 49% dos participantes residentes no Porto, uma estatística que tem por base a perceção dos inquiridos face a esta questão.

Humidade (31%), entrada de ar através de portas e janelas, fraco isolamento térmico das paredes (20%) e fraco isolamento térmico da cobertura (14%) são as quatro situações de ineficiência energética mais frequentemente identificadas em Lisboa, enquanto no Porto a entrada de ar através de Portas e janelas, a par da humidade, são as duas questões que mais preocupam (26% cada), seguidas de demasiada luz solar (9%) ou, em oposição, pouca iluminação natural (8%).

Os baixos rendimentos, edifícios e equipamentos pouco eficientes, custos elevados de energia e baixa literacia energética são alguns dos fatores que contribuem para a pobreza energética, lê-se no estudo. Segundo estimativas avançadas pela Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética 2021-2050, entre 1,2 e 2,3 milhões de portugueses vivem em situação de pobreza energética moderada e entre 660 e 740 mil pessoas encontram-se numa situação de pobreza energética extrema.

O estudo também identifica que mais de 50% dos inquiridos em ambas as cidades desconhece a existência de fundos de apoio à realização de obras de renovação em casa, e apenas cerca de 5% afirma que conhece e recorreu ou vai recorrer a estes. 80% dos inquiridos em Lisboa e 77% no Porto consideram importante a existência de gabinetes de aconselhamento público gratuito sobre energia e conforto térmico em casa.

Em ambas as cidades, cerca de 70% dos inquiridos não sabe responder se a sua habitação está classificada energeticamente ou a que classe energética pertence.

“Lisboa definiu a atenuação da pobreza energética como área de atuação prioritária”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, citado em comunicado. Já o vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, indica que a cidade pretende aliar o aumento da resiliência energética com a meta da neutralidade carbónica em 2030.

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Depois do ‘boom’ de demissões, chegam os colaboradores ‘boomerang’

Depois da "Great Resignation", o "Shift Shock", que é quando as expectativas de uma mudança profissional saem defraudadas, pode estar a fomentar o retorno a uma empresa para a qual já se trabalhou.

Há quem diga que ‘bom filho a casa torna’, mas será que, no mercado de trabalho, regressar a uma empresa para a qual já se trabalhou é bem visto pelos empregadores? Embora a resposta não seja fechada, pois depende sempre de vários fatores, as empresas especializadas em recrutamento ouvidas pela Pessoas dizem que os boomerang employees são cada vez mais comuns. Depois da “Great Resignation”, o “Shift Shock” – quando as expectativas de uma mudança profissional saem defraudadas – pode estar mesmo a potenciar este movimento.

“O padrão da empregabilidade está em constante mutação, assim como a possibilidade de retorno à empresa anterior, com isto os boomerang employees tornam-se cada vez mais comuns. Trocar de emprego nunca é uma decisão fácil e, se esta decisão não correspondeu, de certa forma, às expectativas, regressar pode ser uma boa opção”, começa por dizer Ariana Alves, consultora sénior da Michael Page Finance.

Nos Estados Unidos, onde o “boom” das demissões foi mais acentuado, mais de 46% da força de trabalho são já millennials e profissionais da geração Z. E 72% destes confessa já se ter arrependido de ter aceite um novo trabalho depois de começar o novo desafio, mesmo quando achavam que seria mesmo o “emprego de sonho”, revela um inquérito da The Muse. É a este sentimento de arrependimento que Kathryn Minshew, cofundadora e CEO da The Muse, chama de “shift shock”.

Neste cenário, os boomerang employees, que tentam regressar à empresa de onde saíram, podem tornar-se cada vez mais comuns. Quase metade (48%) das novas contratações que experienciaram este “shift shock” tentaram regressar ao seu emprego anterior.

A decisão de regressar — quer tenha sido o colaborador a abordar a empresa ou a empresa a abordar o colaborador — deve ser sempre tomada em consciência e com ponderação. “Regressar não tem de ser visto como algo negativo, pelo contrário”, mas “não devemos voltar ao mesmo”, alerta Ariana Alves.

Trocar de emprego nunca é uma decisão fácil e, se esta decisão não correspondeu, de certa forma, às expectativas, regressar pode ser uma boa opção.

Ariana Alves

Consultora sénior da Michael Page Finance

 

“É necessário refletir sobre o que levou à saída, desde a motivação à falta de progressão de carreira, questões salariais, mudanças pessoais e familiares, crise económica ou até mesmo pela proposta de uma oportunidade imperdível, e refletir se esses mesmos motivos permanecem ou não”, aconselha a especialista.

Atualmente, num momento em que o mercado é extremamente competitivo, com grandes desafios ao nível da atração e retenção de talento, é mais comum que sejam os próprios empregadores a tomar a iniciativa, considera João Silva, antigo staffing senior director da Multipessoal, que, entretanto abraçou um novo desafio.

“Sabendo que os profissionais não estão satisfeitos no seu emprego atual ou que estão disponíveis ou à procura de novos desafios e, paralelamente, existindo espaço para a sua integração, esta pode ser uma abordagem bastante eficaz e até lógica”, explica.

Ariana Alves está de acordo. “O mais comum é existir um convite direto por parte da chefia.” Contudo, Begona Menendez, manager da divisão de engenharia da Robert Walters, tem uma visão distinta. Tem visto mais ex-colaboradores a aproximarem-se das antigas empresas do que propriamente o contrário.

“Penso que é mais comum que os profissionais se aproximem das suas antigas empresas. Eles podem dar-se conta de que a cultura era maravilhosa, e perderam-na. Talvez tenham partido porque não sentiam que havia oportunidades de desenvolvimento e crescimento. Se surge uma nova oportunidade lá, podem ficar felizes por estarem de volta”, justifica. “Voltar para uma empresa para a qual já se trabalhou está a ganhar cada vez mais aceitação”, reforça.

O mais importante para que haja sequer essa oportunidade é que o colaborador tenha deixado boa imagem e, ao mesmo tempo, que a empresa tenha gerido a sua saída de forma construtiva e positiva. “O facto de alguém decidir sair de uma empresa não significa necessariamente que saia com anticorpos ou descontentamento. Existem muitos fatores que podem levar a essa decisão, num determinado momento da vida do profissional”, recorda João Silva.

Um histórico entre empresa e talento que traz “inúmeras vantagens”

Mas há outro fator que as três empresas ouvidas pela Pessoas destacam: a proposta apresentada. Na maioria dos casos, o regresso à organização pressupõe uma evolução de carreira e um novo cargo, com maior nível de responsabilidade e desafio. “Esta questão é fulcral”, afirma Ariana Alves. Contudo, a possibilidade de regressar para assumir a mesma função “não deve ser mal vista, quando o crescimento profissional e financeiro estão alinhados com o expectável de ambas as partes”.

Há ainda certos casos em que o profissional integra uma função inferior. Neste cenário, a gestão tem de ser “mais delicada” e há “há necessidade de abordar a questão da reputação de forma mais cuidadosa”, alerta João Silva.

De uma maneira geral, o facto de um profissional regressar a uma empresa para a qual já trabalhou pode ser encarado como algo bastante positivo para ambas as partes, concluem as recrutadoras. Por um lado, “demonstra que estamos perante uma empresa com bons valores e que deixou uma impressão positiva (algo que é cada vez mais importante, atendendo às características atuais do mercado)” e, por outro lado, “evidencia que o profissional é valorizado e que o empregador reconhece que o seu perfil e competências trazem verdadeiramente mais-valias para o negócio”, defende João Silva.

Atualmente, é muito raro alguém pensar numa ‘empresa para a vida’ e é natural ir mudando de emprego e ter uma carreira mais dinâmica. Assim, nesse panorama, o regresso de um ex-colaborador é algo perfeitamente normal e pode ser visto por quem recruta apenas como um reflexo daquilo que são as ambições, expectativas e valores atuais dos profissionais.

João Silva

Ex-staffing senior director da Multipessoal

“Atualmente, é muito raro alguém pensar numa ‘empresa para a vida’ e é natural ir mudando de emprego e ter uma carreira mais dinâmica. Assim, nesse panorama, o regresso de um ex-colaborador é algo perfeitamente normal e pode ser visto por quem recruta apenas como um reflexo daquilo que são as ambições, expectativas e valores atuais dos profissionais”, acrescenta.

Além disso, durante o período em que o profissional esteve fora aprendeu coisas novas e enriqueceu o seu percurso profissional, “e isso pode até ser interessante para a própria empresa”, destaca Begona Menendez.

Ariana Alves adiciona ainda outro fator que considera que pode ser uma vantagem para as empresas. “Recrutar talento ‘conhecido’ pode gerar um menor risco para o empregador, uma vez que é mais vantajoso apostar em alguém que se conhece o seu know-how”, justifica. “A pandemia reflete exatamente esta questão. Após o downsizing de elementos mais recentes, alguns high profiles foram ‘repescados’ do mercado. Para o colaborador, esta pode ser vista como uma prova de reconhecimento, com impacto direto na sua performance e comprometimento (salário emocional).”

Por outro lado, também o antigo colaborador já conhece os procedimentos e forma de atuar da organização, pelo que, à partida, irá precisar de um menor período de adaptação. “O facto de haver um histórico entre a empresa e o profissional traz inúmeras vantagens, desde logo, no processo de integração, que se torna muito mais ágil e confortável e, em última análise, permite que se obtenha resultados mais imediatos. Para o colaborador, regressar a uma empresa onde já trabalhou é uma decisão de baixo risco e, na maior parte dos casos, uma oportunidade para assumir maiores responsabilidades, com o respetivo maior retorno direto. Para muitos torna-se, tendencialmente, uma melhor alternativa a iniciar um novo projeto sem contacto anterior”, conclui João Silva.

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Eleven comprada pela plataforma de streaming concorrente DAZN

DAZN chega a acordo para comprar a Eleven, que tem presença em Portugal desde 2018. Suspende plano para entrar na bolsa para se focar na rentabilidade e na expansão internacional.

O grupo Eleven, que detém os direitos da Liga dos Campeões em Portugal, foi adquirido pela DAZN, uma empresa que também opera uma plataforma de streaming de desporto, avançam a Reuters e o Axios.

Os termos do negócio não foram revelados, mas a operação dá à DAZN um negócio com receitas de 300 milhões de dólares por ano, permitindo-lhe também a expansão para novos mercados — incluindo o português.

A transação abrange ainda a Team Whistle, uma subsidiária do grupo Eleven que é especializada em conteúdos desportivos para as redes sociais.

A DAZN anunciou que suspendeu o plano que tinha para entrar na bolsa. A empresa — que, tal como a Eleven, tem sede no Reino Unido — vai focar-se agora no plano de expansão nos mercados europeus e norte-americano, disse ao Axios o CEO, Joe Markowski.

A Eleven foi fundada em 2015 por Andrea Radrizzani, que é dono do Leeds United, um clube da Premier League. Radrizzani vai juntar-se ao Conselho de Administração da DAZN, uma vez concluída a venda da Eleven, que entrou em Portugal em 2018.

A DAZN é apoiada pelo multimilionário Len Blavatnik. No ano passado, conseguiu os direitos de transmissão da Serie A em Itália, num investimento de 2,5 mil milhões de euros, segundo a agência.

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Foram admitidas 13 candidaturas ao concurso público internacional do SIRESP

  • Lusa
  • 27 Setembro 2022

Para a SIRESP, o “número significativo de candidatos qualificados é demonstrativo de que se encontram asseguradas condições de concorrência adequadas entre os potenciais interessados do setor".

A fase de qualificação do concurso público internacional para o fornecimento de serviços à rede de emergência SIRESP já foi concluída, tendo sido admitidas 13 candidaturas, anunciou a operadora que gere o sistema.

“No âmbito do concurso limitado internacional para a aquisição de serviços de operação e manutenção do SIRESP, constituído por sete lotes, foi concluída a fase de qualificação, tendo sido admitidas 13 candidaturas, que podem vir a traduzir-se em 24 possíveis propostas para os vários lotes”, segundo uma nota enviada à Lusa pela empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).

Para a SIRESP SA, o “número significativo de candidatos qualificados é demonstrativo de que se encontram asseguradas condições de concorrência adequadas entre os potenciais interessados do setor de mercado relevante e de que o concurso poderá vir a consubstanciar-se numa mais-valia económica e tecnológica para o interesse público, que o Estado visa prosseguir com a aquisição desses serviços”.

O concurso público internacional para o fornecimento de serviços ao SIRESP foi lançado pelo Governo em junho e tem um valor de 75 milhões de euros para cinco anos.

A este valor acresce ainda um investimento de 36,5 milhões de euros a lançar pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, com recurso a financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e de uma verba adicional de 38,5 milhões de euros destinada ao seu financiamento e permanente atualização.

Desde 01 de julho de 2021 que está em vigor o modelo transitório de gestão deste sistema de comunicações de emergência, que tem uma duração de 18 meses, terminando a 31 de dezembro. Nesse sentido, o concurso público internacional tem de estar concluído até ao final do ano.

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Salário mínimo pode perder poder de compra pela primeira vez desde 2013

  • ECO
  • 27 Setembro 2022

Se as previsões para a inflação se confirmarem, o aumento do salário mínimo não deverá ser suficiente para compensar os aumentos de preços verificados este ano.

Se as previsões para a inflação se concretizarem, os trabalhadores que recebem o salário mínimo (705 euros brutos, atualmente) vão perder poder de compra em 2022. Sem uma compensação no próximo ano, a confirmar-se, será a primeira vez desde 2013 que tal acontece, noticia o Público.

A perda dá-se porque a subida neste ano foi de 6%, mas as previsões de inflação, que pela parte do Governo apontam para 7,4% e do CFP para 7,7%, o que mostra que poderá existir uma perda de poder de compra entre 1,4% e 1,7%. Esta perda não deverá ser compensada com os aumentos do próximo ano, cuja previsão é de 6,4% (para 750 euros).

Será, assim, interrompida a tendência de crescimento que se tem registado nos últimos anos, sendo que desde 2013 o salário mínimo subiu, em média, 4,8%, representando ganhos de poder de compra acima dos 3%. Esta matéria estará em discussão em sede de concertação social, onde também se vai discutir a evolução do salário médio, que será igualmente afetada pela situação atual e a inflação que se verifica.

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Hoje nas notícias: Salário mínimo, eólicas flutuantes e partilhas

  • ECO
  • 27 Setembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Pela primeira vez desde 2013, os trabalhadores que recebem o salário mínimo deverão perder poder de compra este ano, devido à escalada da inflação. Leilão das eólicas flutuantes no mar só arranca em outubro de 2023. Cerca de meio milhão de portugueses já atualizou a conta bancária para receber o cheque de 125 euros. A marcar o dia está ainda a notícia de que poderá vir a existir um prazo para as famílias fazerem partilhas de terrenos.

Salário mínimo pode perder poder de compra pela primeira vez desde 2013

Se as previsões se concretizarem, os trabalhadores que recebem o salário mínimo (705 euros brutos, atualmente) vão perder poder de compra em 2022. Isto já que a subida foi de 6%, mas as previsões de inflação, que da parte do Governo apontam para 7,4% (e do CFP para 7,7%), indicam que poderá existir uma perda de poder de compra entre 1,4% e 1,7%. A confirmar-se, será a primeira vez desde 2013.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Leilão das eólicas flutuantes no mar só depois de outubro de 2023

Já foi criado o grupo de trabalho para definir as zonas marítimas onde poderão ficar os futuros parques eólicos offshore flutuantes, bem como outros temas como o reforço na rede elétrica, mas ainda não tem data para começar a trabalhar. O Ministério do Ambiente ainda não começou a desenhar a metodologia dos leilões, para avançarem no próximo ano, algo que não deverá acontecer antes de outubro de 2023.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Mais de 500 mil atualizam conta bancária para receber bónus de outubro

Para receber o apoio de 125 euros do Governo para mitigar os efeitos da inflação é preciso ter as informações bancárias atualizadas. Mais de 500 mil pessoas avançaram com a atualização do IBAN junto das Finanças desde o anúncio do apoio, para poderem receber os 125 euros (a que acrescem 50 euros por dependente até aos 24 anos), que começam a ser pagos a 20 de outubro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Famílias podem vir a ter prazo para partilhas de terrenos

Em Portugal, 30% dos 11,5 milhões de prédios rústicos existentes estão em situação de herança indivisa, ou seja, ainda não foram objeto de partilha. As conclusões fazem parte de um relatório do Grupo de Trabalho para a Propriedade Rústica (GTPR), que é apresentado esta terça-feira, sendo que entre as propostas para resolver o problema consta a imposição de “um prazo para que as heranças sejam feitas”, explica Rui Gonçalves, coordenador do GTPR, ao JN.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Sede que Pizarro queria para direção executiva do SNS já tem outro destino

O ministro da Saúde queria que o antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar, no Porto, albergasse a sede da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Contudo, o imóvel vai dar lugar a 36 habitações de renda acessível, pelo que o Ministério da Saúde vai ter de escolher outro local. Na semana passada, Manuel Pizarro confirmou Fernando Araújo vai ser liderar a direção executiva do SNS e que a sede será no Porto.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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Wall Street fecha mista após arranque positivo

  • ECO
  • 27 Setembro 2022

Entre os principais índices bolsistas dos EUA, apenas o tecnológico Nasdaq conseguiu manter-se no "verde". S&P 500 atingiu o valor mais baixo desde novembro de 2020.

Depois de um arranque de semana turbulento, a bolsa de Lisboa fechou o dia a subir, contrariando as desvalorizações das principais bolsas europeias. Os índices norte-americanos também começaram a sessão em terreno positivo, mas perderam o gás do arranque e fecharam a negociar mistos. Mas os investidores mantêm-se cautelosos com as perspetivas para a economia global, que são “cada vez mais sombrias”, alertou a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Nos EUA, Marcelo Rebelo de Sousa disse temer o efeito que o discurso do banco central pode ter nos mercados financeiros.

Acompanhe aqui as últimas notícias dos mercados.

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Marcelo “pessimista” teme efeitos do “discurso muito dramático” do BCE

  • Lusa
  • 27 Setembro 2022

Presidente da República diz temer o efeito que a "travar às quatro rodas" do BCE possa causar nos mercados financeiros. "Esperemos que isso não seja excessivo", comentou, em São Francisco, nos EUA.

O Presidente da República teme que o “discurso muito dramático” da presidente do Banco Central Europeu (BCE) sobre a evolução económica na Zona Euro tenha efeitos negativos nos mercados e nas economias.

Perante uma plateia de empresários portugueses em São Francisco, na noite de segunda-feira na Califórnia (de madrugada em Portugal), Marcelo Rebelo de Sousa assumiu, porém, também ele “uma análise pessimista” da conjuntura económica portuguesa nos próximos tempos, “por causa do mundo”.

“O final do ano anterior foi muito bom e o primeiro trimestre foi muito bom. O segundo trimestre estabilizou, mas os números do ano que vem poderão ser bem mais complicados”, advertiu, numa mensagem que tem repetido nas últimas semanas.

Na intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa qualificou as recentes declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, como “um travar às quatro rodas” e “uma transição brusca para um discurso muito dramático, e depressivo, porventura”, depois de uma fase marcada pela “vontade de criar confiança”.

“Esperemos que isso não seja excessivo”, afirmou, acrescentando: “Talvez tenha sido de repente uma mudança de 80 para 8, bruscamente, sem transição e sem mitigação, como se diz agora. Vamos ver como é que os mercados financeiros reagem, vamos ver como é que as economias reagem.”

Lagarde vê perspetivas “mais sombrias”

No domingo, dirigindo-se à Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, Christine Lagarde declarou que as perspetivas para a zona euro “são cada vez mais sombrias”, com o BCE a antever que a atividade económica “abrande substancialmente nos próximos trimestres”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse compreender a preocupação do BCE, “perante as medidas de alguns Estados, que injetaram nas ajudas sociais, económicas às famílias, às empresas, às diversas instituições, injetaram o que puderam ou que estão a poder e nalguns casos porventura mais do que admitiam poder”.

“Mas nós sabemos como há muito de psicológico nas declarações feitas”, salientou, relatando já ter recebido “ecos” que “são um pouco preocupantes”. Em termos gerais, o Presidente da República considerou que “o mundo não está fácil, não está geopoliticamente fácil, não está economicamente fácil”.

Christine Lagarde, presidente do BCE, alertou para perspetivas “cada vez mais sombrias” para a economia da Zona EuroSérgio Garcia | Your Image.

Quanto à situação de Portugal, apontou “vários desafios em simultâneo, comuns alguns deles com outros países”, sendo “o desafio mais imediato dos efeitos económicos, financeiros e sociais da guerra” e “o mais sensível a inflação”.

O chefe de Estado manifestou a esperança de que não venha aí “a estagflação”, um quadro de inflação elevada com estagnação ou recessão económica.

Embora assumindo “uma análise pessimista”, Marcelo Rebelo de Sousa referiu, pela positiva, que Portugal tem tido “um ano de turismo excecional” e que “os números em termos de exportações têm sido em volume excecionais”.

“E temos tido intenções de investimento muito apreciáveis, que se espera que sejam concretizadas, quer por deslocação de investimentos do Leste europeu, por razões geopolíticas compreensíveis, quer por procura de uma economia com segurança física e económica, estabilidade política e também de alguma maneira vista como sendo central em termos globais”, acrescentou.

No discurso, Marcelo Rebelo de Sousa contou que, pelas conversas que teve no funeral da monarca do Reino Unido Isabel II, “os líderes de grandes economias europeias, com uma exceção, estavam muito pessimistas” e quase todos “apostavam ou temiam que o próximo ano fosse um ano mau do ponto de vista de crescimento”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Destaque para a publicação de novos dados sobre a avaliação das casas e sobre os empréstimos e depósitos bancários. Novos administradores do Banco de Portugal são ouvidos no Parlamento.

Esta terça-feira há duas grandes conferências sobre economia e turismo em Lisboa, estão agendadas audições parlamentares com os novos administradores do Banco de Portugal e há ainda a divulgação de dados relevantes sobre a avaliação das casas e relativas aos empréstimos e depósitos bancários.

Conferência sobre “impacto da nova ordem mundial na economia europeia”

A partir das 8h30, o CCB, em Lisboa, recebe uma conferência sobre o impacto da nova ordem mundial na economia europeia. Entre os decisores, gestores e especialistas na agenda estão Mário Centeno (Banco de Portugal), Carlos Moedas (Câmara de Lisboa); Álvaro Santos Pereira (OCDE), Vítor Bento (APB), Isabel Ucha (Euronext), João Moreira Rato (Banco CTT) ou Nazaré Costa Cabral (Conselho das Finanças Públicas). Um evento promovido pelo ECO com o apoio da PLMJ, Morais Leitão e VdA.

Cimeira do Turismo em Lisboa

Esta terça-feira realiza-se também a VI Cimeira do Turismo Português no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa. Entre as presenças confirmadas estão o Presidente da República, Marcelo de Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, os ministros das Finanças, da Economia e do Trabalho, ou os presidentes executivos da TAP, da Brisa e do BCP.

Audição parlamentar a novos administradores do BdP

A Comissão de Orçamento e Finanças vai realizar audições parlamentares com três elementos indigitados para a administração do Banco de Portugal, a partir das 9h30. É o caso de Rui Miguel Correia Pinto e de Francisca Guedes de Oliveira, ambos para o cargo de administradores; e de Luís Máximo dos Santos para a função de vice-governador do banco central.

Novo recorde na avaliação das casas?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação relativo a agosto. Em julho, o valor mediano de avaliação bancária subiu pelo 11º mês consecutivo, para um novo máximo histórico de 1.417 euros por metro quadrado, um aumento homólogo de 16,1% e mais 10 euros do que no mês anterior. Esta manhã, o INE divulga ainda as Estatísticas da Inovação relativas a 2020.

Novos dados sobre empréstimos e depósitos bancários

O Banco de Portugal divulga esta terça-feira as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para agosto de 2022. Na última publicação, relativa ao mês anterior, os dados do departamento de estatísticas do banco central mostraram que o stock de empréstimos aos particulares para habitação e consumo aumentaram 4,8% e 5,5%, respetivamente, em termos homólogos.

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Suíços criam academia para formar e recrutar camionistas em Famalicão

Após comprar transportadora de Matosinhos e escola de condução em Braga, Galliker investe num centro de formação para “prevenir a crescente escassez” de motoristas e levá-los para a Suíça.

A Galliker Transport, que se apresenta como o maior transportador logístico da Suíça e o sétimo a nível europeu, vai montar uma unidade de recrutamento e de formação de motoristas de pesados em Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, com o objetivo de “prevenir a crescente escassez de bons condutores no mercado e preparar pessoal jovem para depois ser contratado” pelo grupo helvético.

A “Driver Academy by Galliker” vai servir de base de recrutamento para a multinacional suíça, que tem 3.300 trabalhadores.

A Driver Academy by Galliker, como foi batizada esta nova estrutura a instalar numa área industrial da freguesia de Vilarinho das Cambas, é dirigida a pessoas até aos 40 anos e representa um investimento inicial a rondar um milhão de euros. O período de formação dura quatro meses, inclui aulas de alemão e vai ser liderada por Nuno Veloso, que trabalha na multinacional desde 2018 e antes disso foi formador da EPAVE – Escola Profissional do Alto Ave na área da mecatrónica automóvel.

O centro de formação de condutores de camiões visa prevenir a crescente escassez de bons motoristas no mercado e preparar pessoal jovem para depois ser contratado pelo grupo.

Fonte oficial da Galliker

A “base” para este novo projeto, explica este grupo familiar fundado em 1918, foi a recente aquisição de uma escola de condução para pesados em Braga. A segunda operação deste género realizada no Norte de Portugal no espaço de poucas semanas. É que em julho fechara a compra da Velltrans, com sede em Perafita (Matosinhos) e 62 funcionários, conhecida pelo transporte de mercadorias ligadas ao setor automóvel entre Portugal, Espanha e o Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo).

Com uma frota que inclui 44 veículos comerciais, a nível nacional, em Portugal, a Velltrans opera a sua própria rede de distribuição de mercadorias e peças sobressalentes. Além da sede no concelho de Matosinhos, a rede de sucursais da nova subsidiária inclui outras quatro plataformas: três delas em Portugal e a outra em Madrid, Espanha. A Galliker justifica que “esta mudança para a Península Ibérica cria sinergias no negócio internacional” do grupo.

Contrato suíço e apoio à emigração

Do total de 3.300 funcionários distribuídos por 18 localizações em seis países, 665 são portugueses. E, segundo os responsáveis do grupo baseado em Altishofen (cantão de Lucerna), este contingente luso foi “fundamental” para a aposta do grupo em Portugal. Na apresentação oficial da Driver Academy, agendado para quarta-feira à tarde, vão estar presentes o diretor-geral da companhia e o responsável pela área de recursos humanos.

Os candidatos passam por uma primeira fase de análise do currículo e entrevista presencial. Superada essa etapa, é garantido um contrato de trabalho de quatro meses para formação, em que frequentam aulas teóricas e práticas de condução de veículos pesados. No final do curso são integrados na estrutura da Galliker na Suíça, com a promessa de condições salariais e regalias iguais às dos trabalhadores locais, além de apoio logístico e burocrático à chegada por parte de uma equipa de acolhimento e integração composta por portugueses.

A Galliker Transport, fundada em 1918, tem sede em Altishofen, na Suíça.

A multinacional suíça – continua 100% nas mãos da família e especializou-se nas áreas da logística automóvel, cargo, alimentar e farmacêutica – conta que foi o próprio CEO da Galliker, Peter Galliker, quem veio a Portugal na década de 1980 para recrutar os primeiros motoristas portugueses do grupo. Numa nota distribuída à imprensa local, descreve que foi essa “experiência de sucesso que se repetiu ao longo de vários anos e que esteve na origem da decisão de investir” agora na região Norte do país.

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De 2,7 a 545,4 milhões. Os números do turismo até junho

Depois de dois anos marcados pela pandemia, o setor turístico começa a recuperar. As receitas em junho já estavam 19% acima dos níveis de 2019.

Foi a partir de abril que o turismo começou a recuperar dos impactos causados por dois anos de pandemia, voltando aos níveis pré-Covid. Em junho, as receitas do setor já superavam os níveis de 2019, com mais de 545 milhões de euros encaixados, graças a quase três milhões de hóspedes. E as previsões do Governo apontam para um crescimento de 4% a 5% das receitas face a 2019.

A secretária de Estado do Turismo acredita que as receitas turísticas cresçam 4% a 5% este ano, comparando com 2019, dada a recuperação “muito vigorosa” do setor. “O turismo tem vindo a recuperar de uma forma muito vigorosa”, disse a secretária de Estado do Turismo, em entrevista à Lusa. “Temos confiança de que, inclusivamente, podemos ultrapassar as receitas turísticas observadas em 2019”, afirmou Rita Marques.

Este ano, no primeiro semestre, os números já foram animadores, com quase três milhões de hóspedes, mais de sete milhões de dormidas e mais de 545 milhões de euros em proveitos. No dia em que se comemora o Dia Mundial do Turismo, o ECO reuniu cinco números que caracterizam o estado atual deste setor.

2,7 milhões de hóspedes

Os números mais recentes publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em junho, os alojamentos turísticos nacionais receberam 2,7 milhões de turistas. Este número representa um disparo de 97,3% face ao mesmo mês de 2021.

Dos quase três milhões de turistas que passaram por Portugal este ano, 1,09 milhões foram turistas nacionais (aumento de 19,9% face a junho de 2021) e 1,58 milhões de turistas estrangeiros (+254,8% do que em junho de 2021). Aqui, o Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor (257 mil turistas), à frente do mercado norte-americano (180 mil turistas) e espanhol (172 mil turistas)

7,2 milhões de dormidas

Em junho, contaram-se 7,2 milhões de dormidas, um aumento de 110,2% face a 2021, embora uma descida de 0,4% face a 2019, refere o INE. O mercado interno assegurou 2,3 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos estrangeiros totalizaram 4,8 milhões. Houve subidas no número de dormidas em todas as regiões, mais notórias na Madeira (+16,8%) e no Norte (+6,2%). O maior decréscimo foi observado no Algarve (-8,1%).

545,4 milhões de euros em receitas

Nos estabelecimentos de alojamento turístico, os proveitos totais ascenderam a 545,4 milhões de euros em junho, um aumento de 157% face a 2021, enquanto os proveitos de aposento totalizaram 416,4 milhões de euros (+165,4%). Face a 2019, registaram-se subidas de 17% e 17,4%, respetivamente.

2,68 noites de estada média

A estada média aumentou 6,6% para 2,68 noites — estada média dos residentes foi de 2,13 noites e dos estrangeiros foi de 3,06 noites. Em junho, 15,7% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (28,4% em junho de 2021).

111,8 euros por quarto ocupado

O rendimento médio por quarto disponível situou-se em 70,6 euros em junho e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu 111,8 euros. Em relação a junho de 2019, o primeiro aumentou 13,6% e o segundo cresceu 14,6%.

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