Limite ibérico ao preço da energia gerou poupanças de 55 milhões de euros, estima Governo

O mecanismo que visa limitar os preços grossistas da eletricidade terá gerado poupanças na ordem dos 55 milhões de euros, estimou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro

O mecanismo ibérico para a limitação os preços no mercado ibérico de eletricidade (Mibel) terá gerado poupanças na ordem dos 55 milhões de euros, nos primeiros dias em que esteve em vigor. O valor foi avançado esta quinta-feira pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), durante a sua audiência na Comissão de Ambiente e Energia, na Assembleia da República, a pedido do PSD.

“O benefício líquido do mecanismo é positivo. Nos primeiros 23 dias de aplicação foi possível reduzir os preços em 18%, com uma poupança de 55 milhões de euros em termos líquidos“, anunciou Duarte Cordeiro, acrescentando que se o mecanismo fosse aplicado no primeiro trimestre, “retroativamente se substituíssemos os preços que vigoraram por preços artificialmente fixados, teríamos na mesma 18% de poupança”.

Recorde-se que, face à sucessiva escalada de preços do gás, e ao impacto que criou no mercado ibérico de eletricidade, os governos português e espanhol uniram-se para propor um teto nos preços do gás natural dentro do mercado grossista, onde os produtores vendem eletricidade aos comercializadores ou a grandes consumidores. A medida não irá afetar o consumo na indústria ou particulares. Assim, o mecanismo ibérico pretende fixar um preço médio de 50 euros por megawatt-hora (MWh) para o gás natural no mercado grossista, por um período de 12 meses, iniciando com um limite de 40 euros por MWh. Aprovado a 8 de junho, o mecanismo estará em vigor até 31 de maio de 2023.

Aos deputados, Duarte Cordeiro explicou ainda que, nas primeiras duas semanas de aplicação do mecanismo, os benefícios líquidos da medida para Portugal traduziram-se em 27 milhões de euros, enquanto em Espanha os ganhos foram de 250 milhões de euros, justificando a diferença com o volume de exposição. Enquanto o país vizinho tem, para já, uma exposição de 40% ao mecanismo, Portugal tem uma de 18%, valor que “vai evoluindo” durante o período de vigência para um valor médio de 44,3%, tal como adiantou o presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). “O facto de Espanha sair beneficiado não significa que Portugal também não saia. Espanha paga mais pelo mecanismo e beneficia mais pelo mecanismo. Tem muito mais consumidores expostos do que portugueses”, frisou.

Quanto ao custo deste mecanismo, Duarte Cordeiro garantiu que o “cálculo é feito diariamente” e que, com base nos dados apresentados, esta quarta-feira, pela presidente da OMIE, presente na Comissão de Ambiente e Energia, o preço do mercado diário no Mibel durante o período de 15 junho a 10 de julho foi de 145 euros de megawatt-hora (MW/h) sendo que para se obter o preço final do mecanismo deve-se adicionar a repercussão média de 96 euros MW/h, perfazendo um total de 241 euros MW/h.

“Esses 241 euros comparam-se com o que seria o preço sem o mecanismo, que podem comparar com os preços de França”, disse, acrescentando que o preço médio da eletricidade naquele país, durante aquele período, foi de 314 euros MW/h.

Questionado sobre o porquê de o limite do mecanismo ibérico começar nos 40 euros por Mwh, Duarte Cordeiro explicou que o valor foi resultado da negociação entre Portugal, Espanha e a Comissão Europeia, revelando que o Governo português tinha proposto, inicialmente, que o teto fosse de 30 euros por MW/h.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Elisa Ferreira promete uma “economia mais forte e competitiva” com o PT2030

Acordo de parceria assinado com a Comissão Europeia contempla 23 mil milhões de euros para a economia e desenvolvimento social de Portugal em 2021-2027.

A Comissão Europeia celebrou um acordo com Portugal para os fundos da política de coesão e dos assuntos marítimos, pescas e aquicultura, no valor de 23 mil milhões de euros, para o período de 2021 a 2027. A comissária europeia da Coesão e Reformas, a portuguesa Elisa Ferreira, defende em comunicado que este vai abrir “novas oportunidades para os investimentos da política de coesão, com o objetivo de desenvolver uma economia mais forte, mais diversificada e mais competitiva”.

As verbas deste acordo vão distribuir-se por várias áreas. O Fundo Europeu Regional e de Desenvolvimento (FEDER) terá 11,5 mil milhões para impulsionar a competitividade das regiões portuguesas, sendo que irá também juntar-se ao Fundo de Coesão e o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e de Aquicultura (EMFAF, na sigla em inglês) para dedicar 5,5 mil milhões de euros à implementação do Acordo Verde Europeu.

Já o Fundo de Transição Justa tem 224 milhões para ajudar os portugueses nos territórios mais afetados pela transição climática. No âmbito do desenvolvimento inclusivo, o Fundo Social Europeu Plus investirá 7,8 mil milhões para melhorar o acesso ao mercado de trabalho, enquanto nas pescas, o EMFAF tem cerca de 400 milhões de euros para facilitar a transição ecológica da pesca e aquicultura de Portugal, bem como a economia azul.

Finalmente, a União Europeia investirá mais de 1,9 mil milhões de euros nas regiões ultraperiféricas (Açores e Madeira), sendo que, “deste montante, mais de 200 milhões de euros serão utilizados para melhorar a conectividade das ilhas (serviços de transporte) e a infraestrutura de transporte (portos, aeroportos e mobilidade urbana)”.

“O financiamento da Política de Coesão vai ajudar a desbloquear o potencial de cada região para promover a inovação, criar empregos e colher os benefícios das transições verde e digital”, reitera Elisa Ferreira, citada em comunicado. Além disso, “contribuirá para retomar um curso de convergência com os níveis europeus”, assegura.

Elisa Ferreira deslocou-se esta quinta-feira ao Fundão para apresentar este acordo de parceria, numa cerimónia que conta com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o presidente do município de Fundão, Paulo Fernandes.

Acompanhe aqui a cerimónia:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pilotos convocam plenário e avançam para tribunal contra a TAP

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil convocou um novo plenário para dia 19 de julho no refeitório da TAP. Oposição da administração à reunião anterior motivou queixa em tribunal.

Depois de a primeira tentativa ter sido travada pela comissão executiva da TAP, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) avançou com uma nova convocatória para um plenário no dia 19 de julho. A mensagem seguiu na quarta-feira para os pilotos, no mesmo dia em que deu entrada no tribunal uma ação contra a companhia e a CEO, Christine Ourmières-Widener.

O plenário servirá para “debater temas relacionados com a atual situação laboral da empresa” e decorrerá entre as 8h30 e 10h30 no refeitório do reduto TAP, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, segundo explicou fonte oficial do sindicato.

Esta é a segunda convocatória, depois de o plenário previsto para dia 24 de junho, no mesmo local mas a começar às 7h30, não se ter realizado por oposição da administração da companhia aérea. Na altura, o SPAC disse que iria contestar judicialmente a decisão, o que já aconteceu.

No mesmo dia em que seguiu a mensagem para os pilotos deu entrada no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa uma ação contra a companhia aérea e a sua presidente executiva. Questionada pelo ECO, fonte oficial do sindicato explicou que a ação visa a “proteção de direitos fundamentais, que foram negados (ao SPAC), quando a responsável máxima da TAP negou um direito constitucional de realizarmos uma reunião de trabalhadores, nos termos legais, nas instalações da companhia”.

“Como a recusa foi realizada pela CEO Christine, a ação que hoje entrou em tribunal é contra a autora deste ato administrativo, que consideramos, para além de ilegal, absolutamente inconstitucional, e também contra a TAP”, acrescenta a mesma fonte.

O sindicato estimava, na convocatória para 24 de junho, que estariam presentes cerca de 400 dos seus mais de mil associados. A TAP recusou o plenário, alegando que não foi apresentada uma proposta que vise assegurar o funcionamento dos serviços de natureza urgente e essencial da companhia, “um requisito reforçado em empresas que operam em setores vocacionados à satisfação de necessidades sociais impreteríveis”.

A comissão executiva da transportadora aérea argumentava ainda que “a realização de uma assembleia plenária de pilotos nos termos pretendidos pela Comissão Sindical do SPAC e nas atuais circunstâncias seria apta a causar um dano insuportável na empresa e na imagem do país, num contexto de progressiva, mas ainda frágil, recuperação da TAP“. Na altura, calculou um impacto potencial em cerca de 120 voos e 20 mil passageiros, números que foram contestados pelo sindicato.

As relações entre o SPAC e a administração da empresa têm sido tensas desde que a 19 de junho a comissão executiva anunciou uma redução unilateral de 10 pontos percentuais no corte salarial aplicado aos pilotos, baixando-o de 45% para 35%, após o insucesso nas negociações. Os pilotos consideram esta fasquia inaceitável perante o regresso do tráfego a níveis próximos aos de 2019, exigindo que a redução seja idêntica à aplicada aos restantes trabalhadores: 25%.

Os pilotos chegaram a admitir avançar para a greve, mas em Assembleia de Empresa votaram não o fazer, afirmando, no entanto, que os níveis operacionais da TAP “não se coadunam com o esmagamento a que estão sujeitos e não aceitam continuar a ser discriminados com cortes adicionais face aos restantes trabalhadores”.

O sindicato tem sido muito crítico da gestão da companhia aérea em temas como o plano de reestruturação, a escolha da frota, o recurso a aeronaves em regime de ACMI (sigla em inglês para avião, tripulação, manutenção e seguro), as horas extraordinárias e o recente bónus de 10% para tripulantes e pilotos que aceitem trabalhar em dias para os quais tinham folgas e férias marcadas. Uma solução considerada “desastrosa” e que “delapida o dinheiro dos contribuintes”.

A TAP tem vindo a fazer sessões de esclarecimento com os pilotos, onde manifestou a disponibilidade para reduzir em mais 10 pontos percentuais o corte salarial, para 25%, desde que exista uma melhoria da produtividade que permita baixar o custo por hora voada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Moreira apresenta marca Bolhão. Reabertura a 15 de setembro

O autarca Rui Moreira apresenta a marca Bolhão, depois de uma renovação do mercado que custou 22,3 milhões de euros. Reabertura do emblemático mercado da cidade marcada para 15 de setembro.

Ainda faltam dois meses para a tão esperada reabertura ao público das portas do icónico mercado, no Porto, e já os portuenses vão ficar a conhecer a marca Bolhão que o autarca Rui Moreira apresenta esta sexta-feira. Entretanto, a empreitada, que envolveu um investimento municipal superior a 22,3 milhões de euros, já está concluída e ultimam-se os preparativos para o regresso dos comerciantes a 15 de setembro, anunciou a autarquia.

Após quatro anos de obras de requalificação e modernização, o mercado apresenta-se de cara lavada com 81 bancas, 38 lojas e 10 restaurantes. O espaço vai ser gerido pela empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, que também geriu a empreitada de “restauro e modernização do mercado do Bolhão”, que envolveu um investimento municipal superior a 22,3 milhões de euros.

Por enquanto, os trabalhos a decorrer dizem respeito a pequenas correções na sequência das vistorias realizadas. Os comerciantes, que têm trabalhado no mercado temporário nas imediações do Bolhão, já conheceram os seus novos espaços para preparem a sua instalação, adianta o município em comunicado.

“A obra aliou a recuperação física do edifício, a atualização do mercado de frescos e a restituição da relação deste equipamento com a cidade, preservando os seus históricos comerciantes”, avança a autarquia na mesma nota. Uma aposta na acessibilidade, conforto e funcionalidade do mercado.

Segundo a autarquia, “o mercado centenário, aberto no início da I Guerra Mundial, foi alvo de uma obra de restauro consignada a 15 de maio de 2018, prevendo-se, à data, um prazo de dois anos para a conclusão dos trabalhos”.​​​​​​​

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa lidera quedas na Europa. Energia pesa no PSI

A pressionar o índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor energético, com a EDP Renováveis e a Galp Energia em destaque ao cederem mais de 3%. 

A bolsa de Lisboa voltou a “tropeçar” pelo segundo dia consecutivo, terminando a sessão desta quinta-feira com perdas de quase 2% e acompanhando a tendência das congéries europeias. A pressionar o índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor energético, com a EDP Renováveis e a Galp Energia em destaque ao cederem mais de 3%.

Pela Europa, o Stoxx 600 desvalorizou 1,5%, enquanto o alemão DAX cedeu 1,8%, francês CAC-40 caiu 1,4% a par com o britânico FTSE-100 e o espanhol IBEX35 recuou 1,3%, no dia em que Comissão Europeia divulgou novas projeções económicas. Por cá, o PSI liderou as perdas das bolsas europeias, ao recuar 1,90% para 5.751,9 pontos, com 14 das 15 cotadas em terreno negativo e apenas uma em terreno positivo.

A pressionar o índice de referência nacional estiveram, sobretudo, as cotadas ligadas ao setor energético. No grupo EDP, a subsidiária EDP Renováveis cedeu 3,37% para 23,50 euros, enquanto a “casa mãe” caiu 2,08% para 4,526 euros. Ao mesmo tempo, a GreenVolt desvalorizou 3,31% para 7,88 euros, ao passo que a REN perdeu 2,83% para 2,75 euros.

Ainda pelo setor energético, a Galp Energia caiu 3,34% para 9,486 euros por ação, penalizada pelas quedas das cotações de petróleo nos mercados internacionais. Ao início da tarde, a cotação do Brent, que serve de referência para as importações nacional seguiu a cair 4,54% para os 95,05 dólares por barril. A última vez que o preço esteve na casa dos 95 dólares foi a 23 de fevereiro, o dia anterior aos primeiros bombardeamentos da Rússia. Se o valor se mantiver nesta fasquia, será o terceiro dia consecutivo abaixo dos 100 dólares.

Entre os “pesos pesados” nota ainda para o BCP, cujos títulos recuam 1,62% para 13,38 cêntimos por ação, depois de terem tombado quase 5% na sessão anterior, bem como para as ações da Jerónimo Martins que caem 1,08% para 20,20 euros.

Em contraciclo, a Corticeira Amorim foi a única cotada portuguesa a fechar em terreno positivo, ao ganhar 0,40% para 10,08 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fernanda Almeida Pinheiro apresenta oficialmente candidatura a bastonária da Ordem dos Advogados

Entre os pilares da candidatura está a dignificação da profissão, conciliação da vida pessoal/profissional, defesa do atual regime do acesso ao direito e aos tribunais e revisão das tabelas honorárias

Fernanda Almeida Pinheiro apresentou oficialmente a sua candidatura a bastonária da Ordem dos Advogados (OA) na passada quarta-feira no Salão Nobre da OA. Entre os pilares do seu programa está a dignidade e a dignificação da profissão, dar voz à advocacia, conciliação da vida pessoal e profissional, defesa do atual regime do acesso ao direito e aos tribunais, revisão da tabela de honorários, defesa intransigente dos atos próprios da advocacia, defender a dignidade para todas as formas do exercício da profissão e os direitos sociais e continuidade da formação altamente qualificada dos profissionais.

Nós queremos uma advocacia digna. Nós queremos uma advocacia livre. Nós queremos uma advocacia independente. E para que isso exista é necessário que esta profissão seja respeitada”, começou por referir a candidata. Para tal, a advogada considera que a OA tem de ser a “chancela” para que os advogados e a profissão sejam respeitados.

Para Fernanda Almeida Pinheiro, ao contrário daquilo que muitas da vezes se quer fazer parecer, a Ordem é que deve servir os advogados, da mesma forma que serve o Estado de Direito Democrático.

“Durante anos a fio falou-se sobre uma hipotética vontade dos advogados sem nunca lhes perguntar sequer se queriam isto”, sublinhou. Para isso, Fernanda Almeida Pinheiro pretender dar voz à advocacia e que os advogados sejam tratados como cidadãos e que o sistema exista de forma a garantir que eles exerçam direitos, como a adoecer.

Criticou o atual Conselho Geral, referindo que a única coisa que fez foi entregar o referendo na Assembleia República. Sobre esse referendo, a candidata alerta que é altura de juntar à discussão propostas e soluções. “Temos de encontrá-las. Não há nada impossível”, rematou.

“Temos de fazer uma lista à direção da CPAS que preconize os nossos valores e os nossos entendimentos”, referiu. A candidata sublinhou que desde 1982 que este assunto é discutido e que nessa altura foi feita uma alocução por um Presidente da República para que o problema fosse resolvido, havendo em 1982 uma proposta para criar um subsidio de doença para os advogados.

Sobre a conciliação da vida pessoal com a profissional, Fernanda Almeida Pinheiro considera que é um ponto fundamental. “Mais que os advogados terem direitos a terem filhos, os seus filhos e netos têm o direito a ter presentes os seus pais e avós”, disse.

Dando um exemplo prático pessoal sobre a necessidade desta conciliação, a candidata afirmou que com os ministros da Justiça também não têm tido “muita sorte”. “Se nós temos problemas, os magistrados também os têm. E este governo não me parece muito empenhado, nem os outros anteriores, porque em matéria de ministros da Justiça não nos tem calhado assim muita sorte. Ou se calhar sou eu que sou exigente”, notou.

Outro dos pilares da sua candidatura é a defesa do atual regime do acesso ao direito e aos tribunais. Enquanto advogada oficiosa, Fernanda Almeida Pinheiro garante que só deixará de o seu quando for eleita bastonária ou quando deixar de exercer a profissão. “Vejo eleições após eleições muita preocupação com o acesso ao direito, ou a competência, ou a deontologia. Meus colegas, se o advogado é incompetente, é incompetente no acesso ao direito ou fora dele. Se o advogado não cumpre com regras deontológicas é dentro do sistema ou fora dele. Não me parece que devamos estar preocupados com os do acesso ao direito. Pese embora, têm circunstâncias especiais, mais ou menos devíamos preocupados com todos os outros que exerce a profissão”, referiu.

Para a candidata não há advogados oficiosos ou não oficiosos, existem apenas advogados, todos eles com a mesma “dignidade”.

“As taxas de justiça deste país são inqualificáveis e afastam os cidadãos da justiça”, garantiu, deixando a nota que este problema não é só deste governo mas já vem de há algum tempo. Relembrou que o principal problema da advocacia é haver uma população que não tem capacidade para pagar profissionais liberais e depois para custear uma demanda em tribunal, pelo tempo que ela leva e pelos custos que implica. “O Governo e o Estado tem de garantir o efetivo acesso à justiça“, rematou.

Fernanda Almeida Pinheiro quer ainda tornar a tabela de honorários mais justa, tendo de ser revista e pagos os serviços que são prestados pelo advogado.

“Somos uma alternativa, se não continuamos a ter mais do mesmo. E mais do mesmo não nos serve, porque tudo aquilo que tem vindo até agora, ano após ano, são os mesmos comportamentos, os mesmos convívios de amigos, as mesmas medalhas entre amigos, e os direitos e a prerrogativas dos advogados são relegadas para canto. Não pode ser”, concluiu.

Na lista de Fernanda Almeida Pinheiro são também candidatos João Pedro Chasqueira, ao Conselho Geral, e Maria Manuel Candal, ao Conselho Superior.

Na corrida a bastonário da OA estão ainda António Jaime Martins, Paulo Pimenta, Paulo Valério, Rui da Silva Leal e o atual bastonário Luís Menezes Leitão. Varela de Matos também deverá ser candidato mas ainda não confirmou formalmente. As eleições realizam-se em novembro deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dia 13 de julho foi o quinto mais quente de sempre. Temperatura mais elevada foi registada em Lousã

Dia 12 foi considerado o dia mais quente do ano, mas logo lhe seguiu dia 13, o quinto mais quente de sempre, de acordo com o IPMA. Temperatura mais elevada foi registada na Lousã, com 46,3°C.

Esta terça-feira e quarta-feira foram batidos recordes de temperatura máxima. Enquanto dia 12 de julho foi considerado o dia mais quente de 2022, e dia 13 de julho foi considerado o quinto dia mais quente de sempre, de acordo com os registos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Segundo a nota divulgada, os valores mais elevados da temperatura máxima, 46.3 °C e 46.2 °C ocorreram nas estações da Lousã e Santarém.

“O dia 12 de julho com uma temperatura média de 29,4 °C foi, até à data, o dia mais quente de 2022 (valor médio da temperatura máxima do ar de 38,7 °C e da temperatura mínima de 20,2 °C), seguido dos dias 9 e 8″, lê-se no noletim de 13 de julho do IPMA. “O dia 13 de julho foi o quinto mais quente, tendo sido ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima para este mês, em 35 estações”.

A informação disponibilizada pelo IPMA dá conta de 13 extremos de temperatura atingidos nas estações da Lousã (46.3 °C), Ansião (44.7 °C), Mirandela (43.8 °C), Monção (42.7 °C), Coimbra/Bencanta (42.6 °C), Proença-a-Nova (42.2 °C), Chaves (41.8 °C), Moimenta da Beira (41.7 °C, Bragança (41.0 °C), Macedo Cavaleiros (41.0 °C), Figueira da Foz (41.0 °C), Carrazeda de Ansiães (39.8 °C) e Porto/PR (38.9 °C). O valor máximo registado foi em Amareleja, no Alentejo, em 2003, altura em que as temperaturas atingiram os 47.3 °C.

Segundo o IPMA, ocorreram esta quarta-feira valores de temperatura máxima do ar iguais ou superiores a 35°C em cerca de 90% do território e iguais ou superiores a 30°C em praticamente todo o território (exceto Cabo Carvoeiro, Sagres e Fóia).

Quanto à temperatura mínima do ar, no dia 13 de julho, foram registados valores iguais ou superiores a 25°C em 10 estações e iguais ou superiores a 20°C (noites tropicais) em cerca 75% das estações. O valor mais alto da temperatura mínima, este mês, foi 28,7°C, registado em Portalegre no dia 9 de julho.

O IPMA prevê uma descida gradual dos valores da temperatura a partir desta quinta-feira, ainda com a ocorrência de noites tropicais e dias quentes, muito quentes e excessivamente quentes até dia 17.

Esta quinta-feira, face às previsões do IPMA, o primeiro-ministro anunciou que o estado de contingência irá ser prolongado até domingo, 17 de julho, prevendo-se nessa altura uma redução das temperaturas. Ainda assim, segundo os dados da entidade, as temperaturas médias continuarão acima dos 30 graus.

“Saímos do estado de contingência mas não podemos deixar de ter o estado de preocupação”, alertou António Costa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

3, 6 ou 12 meses: Qual é a Euribor favorita dos portugueses?

Spread médio dos novos créditos para a compra de casa baixou para 1,14 pontos percentuais em 2021; a média para todos os contratos fixou-se em 1,21 pontos percentuais.

Na hora de pedir um empréstimo para comprar casa, os bancos negoceiam com os consumidores qual a margem de lucro (spread) que vai cobrar para o contrato. Como em 2021 grande parte dos novos contratos (84,9%) foi com taxa variável, ganha importância se o indexante (Euribor) tem prazos de três, seis ou de 12 meses.

No último ano, a maioria dos novos empréstimos (66,3%) foi associado à Euribor a 12 meses, representando 69,7% do montante concedido. Em 2021, a taxa interbancária europeia ainda esteve em terreno negativo.

A Euribor a seis meses ganhou peso no mercado de crédito e serviu como indexante para 32,5% dos novos contratos – o que compara com os 25,3% de 2021. O montante de concessão de crédito com este indexante foi de 29,4%, mais quatro pontos percentuais do que em 2020.

A Euribor a três meses apenas representou 0,2% dos novos empréstimos, com 0,1% da importância atribuída pelos bancos.

O cenário muda quando olhamos para todos os contratos de empréstimo à habitação. Aí, a Euribor a seis meses fica no primeiro lugar, com 40,5% dos contratos, seguindo-se a Euribor a três meses (30%) e a Euribor a 12 meses (28,1%).

No saldo em dívida dos créditos, a Euribor a 12 meses fica com a principal ‘fatia’ (40,4%), deixando a Euribor a três meses com 29,5% e a Euribor a seis meses com 29,1%.

O spread médio dos novos créditos para a compra de casa baixou de 1,19 para 1,14 pontos percentuais em 2021.

A maioria dos contratos celebrados a taxa variável em 2021 (60,1%) continuou a ter spreads entre 1 e 1,5 pontos percentuais, embora estes spreads tenham voltado a perder importância face ao ano anterior (65%). Por outro lado, o peso dos spreads entre os 0,5 e 1 pontos percentuais passou de 24,4% para 32,6%. O peso dos spreads entre 1,5 e 2 pontos percentuais transitou de 8,5% em 2020, para 5,4% em 2021.

Fonte: Banco de Portugal

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gentiloni confia em “bom desempenho” português mas pede cautela na dívida

  • Lusa
  • 14 Julho 2022

Em entrevista à Lusa, o comissário europeu para a Economia diz que se está a assistir a um "extraordinário relançamento" do turismo, o que é uma "boa notícia" para um país com Portugal.

A Comissão Europeia diz confiar no “bom desempenho” orçamental de Portugal, mas pede cautela relativamente à elevada dívida devido ao “impacto permanente no orçamento” de medidas para apoiar as famílias devido à atual crise energética.

O que recomendamos aos países com elevada dívida é que não ignorem a necessidade de amortecer o impacto da crise energética, mas recomendamos que utilizem da melhor forma as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR], para ter espaço para expansão e investimento, e que sejam prudentes com as nossas outras ferramentas, especialmente [porque] as despesas correntes têm um impacto permanente no orçamento”, declara o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus, em Bruxelas.

“Devo dizer que Portugal teve, nestes anos, um bom desempenho e estou confiante que este bom desempenho continuará também nos próximos anos, no que toca às finanças públicas”, acrescenta o responsável. A posição surge no dia em que a Comissão Europeia reviu em alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do PIB português para este ano, para 6,5%, colocando o país como o que regista a maior expansão, segundo as previsões macroeconómicas hoje divulgadas.

De acordo com Paolo Gentiloni, os Estados-membros da UE, principalmente os que têm dívidas públicas mais elevadas, como Portugal, devem conter “este impacto com medidas tomadas de forma direcionada e temporária, significando que visam os agregados familiares mais vulneráveis e evitando introduzir coisas que depois não são capazes de cancelar após seis meses”.

Ainda assim, o responsável europeu pela tutela da Economia reconhece ser “importante para amortecer o impacto social desta crise”. Já questionado pela Lusa sobre eventuais atrasos no Plano português de Recuperação e Resiliência, instrumento que vê como uma alternativa para as metas ‘verdes’ e como apoio para enfrentar a crise energética, Paolo Gentiloni diz que “a perfeição é impossível”.

“De um modo geral, olhamos para o cumprimento de metas e marcos [relativamente ao PRR] formalmente quando recebemos pedidos de desembolso, então, substancialmente, temos contacto contínuo com os nossos serviços e as autoridades que estão a trabalhar nos planos”, refere, destacando ainda assim o “compromisso real de diferentes governos” face ao pacote da recuperação pós-crise da covid-19.

Até agora, Bruxelas já deu ‘luz verde’ ao PRR de 25 países da UE, num total de mais de 100 mil milhões desembolsados. O PRR português tem uma verba total de 16,6 mil milhões de euros.

A Comissão Europeia considera ainda que a retoma antecipada do turismo internacional é “boa notícia” para Portugal, lembrando que cabe às autoridades nacionais gerir os problemas causados pela elevada pressão nos aeroportos europeus, como no de Lisboa.

Do ponto de vista do fluxo turístico, o que vemos é um extraordinário relançamento, não do turismo em si, porque o turismo em si também foi bastante forte na época de verão anterior, mas do turismo internacional e também o turismo intercontinental, e, claro, isto significa que, para países fortemente dependentes no turismo internacional, esta é uma boa notícia”, indica o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus, em Bruxelas.

No dia em que o executivo comunitário divulga as suas previsões económicas de verão, que apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal em 6,5% este ano, o maior da zona euro e da União Europeia, o responsável admite também que “o setor de aviação está sob pressão, em muitos casos devido à falta de pessoal”, salientando que “estas dificuldades devem ser abordadas pelas autoridades [nacionais]” e que à Comissão Europeia cabe “analisar o problema”.

Não estou, obviamente, a negar as dificuldades e os problemas que podemos ter nas viagens, mas estou a dizer que os números que temos, e que também fazem parte das nossas previsões económicas – por exemplo para Portugal, que é uma economia tipicamente muito ligada ao turismo internacional – é que o fluxo turístico internacional é muito forte e a dimensão da procura internacional muito mais forte do que no ano anterior”, elenca Paolo Gentiloni.

Após o impacto acentuado da covid-19 no setor das viagens, o comissário europeu da Economia lembra que “a reabertura total do mercado global de viagens não está completa”, mas destaca que “a vontade de reabrir para viajar também em voos intercontinentais é muito, muito forte e está na base das dificuldades mencionadas”.

“A procura é muito forte do turismo internacional e penso que esta procura terá consequências positivas e é uma das razões pelas quais estimamos que o crescimento português este ano seja bastante elevado”, conclui, nesta entrevista à Lusa e outros meios europeus em Bruxelas.

Gentiloni admite que inflação esteja perto do pico e rejeita “catástrofe” no PIB

O comissário europeu da Economia admite que a inflação esteja perto do pico na União Europeia (UE) e na zona euro, com as economias comunitárias a enfrentarem uma “situação desafiante” que, porém, “não é de catástrofe”.

“Penso que o que é crucial agora é gerir a inflação, que atingirá o pico nestes meses, de acordo com as nossas estimativas. Nestes meses de verão, alcançaremos o pico e a inflação poderá começar a diminuir na última parte deste ano, trazendo-a, no próximo ano, para mais ou menos metade do nível deste ano”, afirma Paolo Gentiloni.

O responsável europeu pela tutela afirma que a UE e a zona euro estão perto de “vivenciar o pico e, depois, haverá uma diminuição gradual e não repentina”.

Estamos, de facto, numa situação desafiante, mas não estamos neste momento em recessão e penso que deveríamos repetir sempre isto porque há ainda espaço para catástrofes, já que […] poderíamos ter mais riscos”, afirma Paolo Gentiloni, nesta entrevista à Lusa e outros meios europeus.

De acordo com o comissário europeu, “a situação é desafiante porque o crescimento é mais baixo, muito mais baixo, do que se esperava há seis meses atrás devido à invasão da Ucrânia, e isso desencadeia também outras tendências do quadro económico”.

Ainda devido à guerra da Ucrânia, causada pela invasão militar russa em fevereiro passado, a UE teme agora uma rutura total do fornecimento de gás pela Rússia no próximo inverno, com Paolo Gentiloni a avisar que este eventual corte “pode abrandar ainda mais o crescimento e pode trazê-lo em território negativo”.

A Comissão Europeia apresenta, na próxima semana, um plano de emergência para garantir gás no próximo inverno perante eventual corte de abastecimento por parte da Rússia, visando que a União Europeia (UE) esteja “preparada para o pior”.

A informação é divulgada pelo comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, no dia em que as previsões macroeconómicas do executivo comunitário, hoje publicadas, admitem que um eventual corte de gás russo à Europa possa vir a acentuar inflação e a asfixiar o crescimento económico.

“Na próxima semana, apresentaremos as nossas propostas para o que chamamos de preparação para o inverno, dado que esta não é apenas uma estação do ano, mas também pelo risco que acarreta” a eventual rutura de fornecimento energético da Rússia, anuncia Paolo Gentiloni, em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus, em Bruxelas. “Evidentemente, esperamos que isto não se concretize, mas temos de nos preparar”, acrescenta.

Em causa está um plano de emergência europeu para precaver um eventual corte total de fornecimento de gás russo. “Vejo um quadro geral de uma UE a tentar preparar-se para o pior e é claro, se o pior acontecer – e não estamos na mente do Presidente [russo], Putin, para saber se isso irá acontecer – isso irá afetar, em diferentes níveis, muitos países europeus e penso que devemos reagir com um nível de solidariedade ainda mais forte”, adianta Paolo Gentiloni.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Domingos de Andrade deixa de ser diretor-geral editorial do DN

O também diretor da TSF e administrador do grupo mantém a função de diretor-geral editorial no Jornal de Notícias e no O Jogo.

Domingos de Andrade deixou de surgir como diretor-geral editorial no Diário de Notícias. Na capa de hoje, o nome do diretor da TSF e também administrador do Global Media Group já não surge no cabeçalho, não estando também presente na ficha técnica do Dinheiro Vivo.

Esta alteração não será alargada a todo o grupo, permanecendo o desde novembro de 2020 diretor-geral editorial do grupo com este cargo no Jornal de Notícias e também n’O Jogo. Domingos de Andrade mantém-se também na administração, com o pelouro editorial.

Até ao momento não foi possível ouvir a administração do Global Media Group sobre este tema, nem sobre outras eventuais alterações que venham a surgir a curto prazo.

O Global Media Group, recorde-se, avançou na última sexta-feira com um programa de rescisões por mútuo acordo, aberto aos trabalhadores de todas as empresas do grupo. No e-mail enviado aos colaboradores, decisão foi justificada pela “recente conjuntura muito agravada pelo presente período da guerra”, que “torna imperativa uma nova reorganização empresarial”.

Esta decisão, que terá apanhado de surpresa os colaboradores, já foi contestada pela comissão sindical, que em carta à administração pede para que esta apresente as contas para provar a situação financeira do grupo, revele a despesa com serviços externos, apresente o plano que tem para o grupo, revele o investimento feito no Gri-Digital e o seu impacto nas vendas/audiências do grupo e explique porque “não foi feito qualquer investimento na criação de equipas de investigação no JN, DN, TSF e O Jogo”.

Entretanto o arquivo do Diário de Notícias foi classificado hoje em Conselho de Ministros, por unanimidade, Tesouro Nacional, uma classificação equivalente à de Monumento Nacional.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeiro leilão eólico offshore pode chegar a ter uma capacidade instalada de 10 GW, diz Duarte Cordeiro

O primeiro leilão eólico em alto mar, previsto para o próximo ano, pode ultrapassar o valor inicialmente previsto e atingir uma capacidade instalada de 10 GW, anunciou Duarte Cordeiro.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) admitiu que o Governo pretende alargar a ambição do primeiro leilão eólico offshore, previsto para o próximo ano, para ter uma capacidade instalada de 10 gigawatts (GW). Este valor ultrapassa aquele avançado pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba, em Hannover, altura em que anunciava um leilão com uma capacidade instalada de 6 a 8 gigawatts (GW).

Durante a sua intervenção, na Comissão de Ambiente e Energia, a pedido do PSD, esta quinta-feira, na Assembleia da República, Duarte Cordeiro garantiu que está em curso “a preparação de grande trabalho” relativamente ao lançamento do primeiro leilão eólico offshore, que está previsto arrancar em 2023.

“É algo complexo, exigente e ambicioso, e o nosso propósito é no próximo ano realizar este leilão tentando atingir valores próximos de 10 GW“, disse, sublinhando que este leilão será capaz de dar resposta “não só às necessidades que temos, mas também às necessidades futuras da eletrificação da nossa economia e daquilo que é a elevada procura por energia verde”.

Ao Expresso, o MAAC já tinha anunciado que pretendia alargar a ambição anunciada anteriormente por João Galamba, argumentando que “estamos a viver um tempo em que necessariamente há uma oportunidade”.

Em Hannover, o secretário de Estado da Energia revelou que o leilão já chamou a atenção de grandes grupos, como o consórcio EDP/Engie, a espanhola Iberdrola, a dinamarquesa Orsted e algumas empresas alemãs. “ muitos interessados. Temos tido reuniões, e têm-nos pedido reuniões, as maiores empresas europeias e mundiais deste setor. Temos, neste momento, todo o setor eólico a olhar para Portugal e muito interessado em vir para Portugal”, firmou João Galamba.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos dão mais crédito e baixam spreads para compra de casa

No último ano, o número de contratos de crédito à habitação e montantes concedidos teve o crescimento mais acelerado desde 2017. Spread médio baixou para 1,14 pontos percentuais.

Mais crédito e com um spread mais baixo. Assim foram os contratos de crédito à habitação em 2021 em comparação com o ano de 2020, segundo o Banco de Portugal. No último ano, também baixou o prazo médio nos novos contratos.

Em 2021, os bancos celebraram com os particulares um total de 116.640 novos contratos de créditos à habitação, no valor total de cerca de 14,8 mil milhões de euros. O montante é 36,5% superior ao registado em 2020 e é o crescimento mais acelerado desde 2017, assinala o supervisor bancário no Relatório de Acompanhamento dos Mercados de Crédito, divulgado nesta quinta-feira.

Fonte: Banco de Portugal

Em média, cada empréstimo para a compra de casa valeu 126.580 euros, mais 6% face à média de 2020. O prazo médio dos contratos baixou, dos 33,1 para 32,9 anos.

Mais de um quarto dos novos empréstimos (26,1%) valeu mais de 150 mil euros; os contratos abaixo dos 90 mil euros passaram a corresponder a cerca de 38% dos créditos (40,6% em 2020).

84,9% dos empréstimos à habitação tiveram taxa variável, mais 2,4 pontos percentuais face à quota de mercado de 2020. Os empréstimos associados a taxa fixa ganharam peso, de 5,1% para 5,6%.

O spread médio associado aos créditos à habitação baixou, dos 1,19 para 1,14 pontos percentuais, mantendo o ritmo de diminuição dos últimos anos.

Apesar de ter aumentado o número de novos empréstimos, o número de contratos para crédito à habitação diminuiu 1,4%, para 1,43 milhões de contratos. Por outro lado, os portugueses aumentaram a dívida aos bancos, para 101,3 mil milhões (mais 12,4% face a 2021), por conta do aumento do valor médio dos empréstimos.

O prazo médio dos empréstimos para a compra de casa aumentou, de 33,5 para 33,3 anos por causa da “vigência do regime da moratória pública ainda em 2021”. O Banco de Portugal lembra que “a suspensão temporária do pagamento de capital, ou de capital e juros, implicou um aumento da maturidade do contrato”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.