Novobanco pode render 250 milhões em dividendos ao Estado

Fim do acordo de capital contingente vai permitir ao banco libertar mais de mil milhões de euros de excesso de capital acumulado nos últimos 4 anos. Estado receberá 250 milhões através da DGTF e FdR.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, tem um grande incentivo para dar o seu aval ao fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA, na sigla em inglês) do Novobanco. Quando o mecanismo cessar, o banco poderá começar a distribuir dividendos pelos seus acionistas. O que, no caso do Estado, poderá significar uma receita superior a 250 milhões de euros de fundos que o banco poderá libertar já este ano, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Desde 2021, o Novobanco entrou num ciclo de resultados positivos, que aceleraram nos últimos anos à boleia da escalada das taxas de juro. Os lucros acumulados nos últimos quatro anos ascendem a perto de dois mil milhões de euros, que, perante a impossibilidade de serem distribuídos dividendos (dividend ban imposto pelo CCA), deixaram o balanço da instituição liderada por Mark Bourke numa posição de sobrecapitalização.

Novobanco a caminho do quarto ano de lucros

Fonte: Banco

Uma fonte conhecedora do processo do processo indicou ao ECO que o excesso de capital permitirá libertar mais de mil milhões de euros assim que o CCA cessar (e se as autoridades de supervisão autorizarem) e sem colocar em causa os chamados rácios de solvência regulamentares.

Nesse caso, o fundo americano Lone Star teria a receber a fatia de leão: mais de 750 milhões de euros – e que corresponde ao montante que injetou inicialmente no banco aquando da compra de 75% do capital em outubro de 2017 (haveria de injetar mais 250 milhões pouco tempo depois).

Mas o Estado também teria direito a um cheque chorudo: mais de 250 milhões, que seriam repartidos pelo Fundo de Resolução (13,04%) e pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (11,96%). Uma boa notícia para Miranda Sarmento: tanto o fundo liderado por Máximo dos Santos e como a direção-geral são entidades reclassificadas no perímetro da Administração Pública, pelo que os dividendos do Novobanco seriam contabilizados como receita de capital que ajudariam às contas públicas.

Sobre o processo relacionado com o fim do mecanismo, nenhuma das partes quis ou esteve disponível para responder às questões do ECO. Como o ECO avançou na semana passada, o Fundo de Resolução e o Novobanco já chegaram a um princípio de entendimento para o termo antecipado do CCA (só terminaria no final de 2025), sendo que o fundo já entregou um draft do contrato junto das Finanças. O fim do acordo colocará um ponto final nas disputas entre as duas partes, incluindo um diferente de 162 milhões de euros que o tribunal arbitral decidiu a favor do banco e outra no valor de 200 milhões (por conta do não pagamento do pedido de 2021) que ainda corre termos no tribunal.

Mais dividendos e venda em 2025

Para 2025 também se perspetiva que o banco venha a distribuir dividendos por conta dos bons resultados deste ano, que vai continuar a resistir à inversão em baixa das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE).

No primeiro semestre, o Novobanco lucrou 380 milhões de euros, uma redução de 1% devido ao impacto de 30 milhões de euros com a mudança para a nova sede no Tagus Park durante o verão, que implicou um forte investimento na renovação do material informático. O negócio (leia-se, margem) continuou a crescer a dois dígitos. Chegou a junho com um rácio common equity tier de 19,9%, sendo um dos bancos com maior nível de capitalização do sistema português.

Até lá chegarmos também já haverá desenvolvimentos no processo de venda que a normalização da política de dividendos vai permitir acelerar. Desde o primeiro momento que se sabia que os americanos iriam quer tirar retorno do investimento feito há sete anos. Mark Bourke está a trabalhar com vista a uma entrada em bolsa na primeira metade do próximo ano. Mas o Novobanco poderá entrar na dinâmica de M&A que está a aquecer na Europa.

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Autoridade da Concorrência autoriza que Digi compre a Nowo

Regulador adotou decisão de não-oposição à compra da Nowo pela Digi cerca de dois meses depois de ter sido notificada da concentração, sem remédios.

A nova operadora Digi, que em breve se estreará no mercado português, tem via aberta para comprar a Nowo, a quarta maior do país em quota de mercado. O negócio tinha sido anunciado no início de agosto, mas a concentração ainda dependia da aprovação da Autoridade da Concorrência, que foi concedida nesta mesma quarta-feira, cerca de dois meses depois da notificação ao regulador.

No início de agosto, a Digi emergiu como a compradora da Nowo, resgatando a empresa das mãos da espanhola Lorca JVCo, que estava decidida a desinvestir do mercado português para se focar em Espanha, onde detém metade da MásOrange. A Digi ofereceu 150 milhões de euros para ficar com a Nowo, que estava por sua própria conta e risco depois de ter falhado uma venda à Vodafone, chumbada pela mesma autoridade devido a preocupações concorrenciais.

Agora, com a não-oposição da Autoridade da Concorrência, a Digi pode concluir a compra de 100% das ações da Cabonitel, a holding da Nowo, passando a controlar ativos como licenças de espetro 5G adquiridas em 2021, uma rede de fibra ótica FTTH com 150 mil casas passadas, uma rede híbrida mais antiga de fibra e cabo que chega a 900 mil lares e licenças de distribuição de canais de televisão que poderão ajudá-la a lançar-se no mercado com uma “gama completa de serviços”, isto é, ofertas móveis, fixas e conteúdos televisivos.

A concentração também disponibiliza à Digi um portefólio com 270 mil clientes móveis e cerca de 130 mil clientes fixos, impulso importante para um novo estreante no setor em Portugal. “Esta aquisição marca um passo estratégico significativo para a Digi, permitindo uma mais rápida expansão no mercado português”, assumiu a Digi num comunicado divulgado em agosto.

A rápida viabilização da fusão Digi+Nowo, que demorou cerca de dois meses, deixa implícito que o regulador presidido por Nuno Cunha Rodrigues não tem quaisquer dúvidas de que represente uma ameaça ao nível de concorrência no setor.

Pelo contrário, a Autoridade da Concorrência entenderá que as duas empresas, juntas, poderão desafiar as três principais marcas no mercado, Meo, Nos e Vodafone, sobretudo depois de ter proibido esta última de comprar a Nowo, por acreditar que, entre outros efeitos, a fusão conduziria a subidas dos preços cobrados aos consumidores.

Para comparação, na operação com a Vodafone, o regulador esteve um ano e meio até aprovar uma decisão, demora que foi muito criticada pela operadora. Nesse tempo, foi aberta uma “investigação aprofundada” que exigiu o desenvolvimento de um modelo econométrico que desvendou o chamado “efeito Nowo”: as ofertas desta operadora pressionam os preços das telecomunicações das três maiores empresas do setor nos mercados em que ela está presente.

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Marsh regista crescimento de riscos cibernéticos na Europa em 2023

  • ECO Seguros
  • 23 Outubro 2024

Dos sinistros cibernéticos, que vão desde paralisação involuntária de programas essenciais ao funcionamento até à violação de dados, a maioria são relacionados com atos maliciosos.

A Marsh registou, com base nas queixas apresentadas pelos seus clientes, uma subida de 1% dos sinistros cibernéticos na Europa em 2023, em termos homólogos. Segundo o que o responsável pela área de ciberriscos da Marsh Portugal, Luís Rodrigues de Sousa, foram registados cerca de 400 sinistros no ano passado.

As instituições financeiras foram as que registaram mais sinistros, que representaram 21% do total, segundo o relatório da Marsh ‘The changing face of cyber claims in Europe”. De seguida, os setores com mais sinistros foram o da comunicação, media e tecnologia (17%), serviços profissionais (13%), industrial (9%), e saúde (7%).

Entre os sinistros cibernéticos, são mais aqueles relacionados com atos maliciosos do que aqueles que não são. Nesse sentido, aqueles relacionados com ransomware ou extorsão contabilizaram 25% do total, seguidos pela violação de dados (19%) e interrupção da rede (10%).

Estes sinistros têm revelado uma tendência de crescimento desde 2016. Por isso as empresas e agentes públicos têm procurado tornar-se mais resilientes. Daí que em 2023 “era menos provável que as organizações pagassem um resgate num incidente de extorsão, num contexto de reforço geral da sua ciber-resiliência”.

“A Marsh registou também um crescimento no número de apólices colocadas em 2023, que excedeu o aumento das participações. Este facto inverteu uma tendência recente em que o aumento das notificações tinha ultrapassado o crescimento das apólices subscritas.”, assinalou a companhia.

Não obstante a tendência do crescimento dos sinistros cibernéticos, o número total de queixas de 2023 e 2022 foram ambos inferiores ao registado em 2021. A Marsh assinala que para tal contribuíram as ações dos governos e empresas para se tornarem mais resilientes face ao risco cibernético.

Primeiro semestre de 2024 com 70% dos casos de 2023

Os dados do primeiro semestre de 2024 mostram que este também deverá ser um ano que acompanhará a tendência de crescimento de sinistros cibernéticos. As 280 participações registadas nesse período representam cerca de 70% do total de participações recebidas em 2023.

“Os incidentes mais comuns incluem engenharia social, phishing e falsificação de identidade, seguidos de infiltração nos sistemas, ransomware e violação de dados.”, lê-se no relatório.

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Fidelidade é a seguradora com melhor reputação em Portugal, segundo ranking da Merco

  • ECO Seguros
  • 23 Outubro 2024

A aplicação da metodologia pela Merco é revista de forma independente pela KPMG.

A Fidelidade é a seguradora com melhor reputação em Portugal, ocupando o 33.º lugar entre as 100 empresas reconhecidas no estudo da Merco. De seguida, surge a Ageas e a Generali, num ranking liderado pela Delta, Sonae e EDP.

O Merco – Monitor Empresarial de Reputação Corporativa – recorreu a 2.310 inquéritos, 6 avaliações e 17 fontes de informação. Contou com a participação de 258 executivos de grandes empresas, 340 especialistas do mundo empresarial (37 Diretores de Comunicação e líderes de opinião, 35 jornalistas de negócios, 30 membros do governo, 40 professores de negócios, 47 analistas financeiros, 36 gestores de redes sociais, 37 gestores de ONG, 40 líderes sindicais e 38 dirigentes de associações de consumidores), 883 estudantes universitários (Merco Talento Universitário) e 800 cidadãos (Merco Sociedade).

Segundo comunicado, a aplicação da metodologia pela Merco é revista de forma independente pela KPMG.

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Regulador leva a consulta pública financiamento da tarifa social

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

O regulador ERSE justifica esta consulta pública com a introdução de “um conjunto de alterações ao modelo de financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade”.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos anunciou que colocou em consulta pública, até 22 de novembro, a repartição do financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade de 2025, bem como ajustamentos de anos anteriores.

Num comunicado, divulgado esta quarta-feira, o regulador explicou que “submete a consulta pública, entre 23 de outubro [hoje] e 22 de novembro de 2024, a repartição do financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade de 2025 e os ajustamentos de anos anteriores”, tendo em conta alterações à lei que foram aprovadas.

A ERSE lembrou que se introduziu “um conjunto de alterações ao modelo de financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade”, nomeadamente “passando a considerar como agentes financiadores”, além dos “titulares dos centros eletroprodutores, os comercializadores e os demais agentes de mercado na função de consumo”.

O quadro legal prevê ainda a realização de consultas públicas para a repartição dos montantes da tarifa social, incluindo os ajustamentos relativos a anos anteriores, “promovendo desta forma, previamente à decisão da ERSE, a participação dos agentes financiadores e a sua pronúncia sobre a proposta de repartição dos montantes a financiar no ano seguinte”.

Assim, indicou a ERSE, a consulta pública em causa “sobre a proposta de repartição do financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade, respeitantes ao ano de 2025 e ajustamentos do ano 2024 e do período de 18 de novembro a 31 de dezembro de 2023, pretende dar cumprimento a esta disposição legal”.

O regulador considera este momento “oportuno” para a consulta por existirem vantagens de ocorrer em simultâneo com a apreciação da proposta anual de tarifas e preços de energia elétrica para 2025, submetida em 15 de outubro ao Conselho Tarifário. Além disso, “por uma questão de transparência, a ERSE optou por incluir nesta consulta pública a proposta de ajustamento definitivo do financiamento dos custos com a tarifa social, respeitantes ao período de 1 de janeiro a 17 de novembro de 2023”.

Num documento explicativo, divulgado pela ERSE, o regulador lembrou que a tarifa social de eletricidade foi criada “para apoiar os clientes economicamente vulneráveis” e, desde a sua criação em 2010, o financiamento dos custos com os descontos concedidos “foi assegurado pelos centros eletroprodutores”. É agora alargado o número de entidades que irão assegurar estes valores.

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Conflito no Líbano pode provocar queda do PIB de 9,2% em 2024

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

A situação económica do país estabilizou em 2022 e 2023 e, antes da guerra, a agência da ONU esperava um crescimento de 3,6% da economia libanesa este ano.

O conflito no Líbano ameaça “desestabilizar ainda mais” a enfraquecida economia do país, alertou esta quarta-feira a ONU, prevendo uma queda do PIB de 9,2% em 2024, se a guerra se prolongar até ao final do ano.

A escala do envolvimento militar, o contexto geopolítico, o impacto humanitário e as consequências económicas em 2024 serão provavelmente muito maiores do que em 2006, quando começou a guerra de julho-agosto entre Israel e o Hezbollah”, salientou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na sua primeira avaliação do impacto económico no Líbano.

Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah estão envolvidos numa guerra aberta no sul Líbano, onde o exército israelita lançou uma ofensiva terrestre no final de setembro, após um ano de troca de tiros na fronteira. A atual escalada, acrescentou, “surge numa altura em que o Líbano já está enfraquecido por anos de crise política, económica e social”.

O PIB registou uma contração de 28% entre 2018 e 2021 e a libra libanesa perdeu 98% do seu valor, o que levou a uma inflação galopante e a uma perda de poder de compra da população, segundo o relatório. Ainda assim, a situação económica estabilizou em 2022 e 2023 e, antes da guerra, a agência da ONU esperava um crescimento de 3,6% da economia libanesa em 2024, afirmou Kawthar Dara, economista do gabinete do PNUD no Líbano.

No entanto, se o conflito se prolongar até ao final do ano, “a economia contrair-se-á 9,2%” em 2024, disse. Kawthar Dara afirmou que as consequências económicas se devem à paragem da atividade económica e, com um impacto a longo prazo, à destruição de fábricas, estradas, redes de irrigação agrícola e redes elétricas.

O conflito, que se intensificou a partir de 23 de setembro, “ameaça desestabilizar ainda mais a já frágil economia libanesa”, com um impacto “profundo e considerável” no PIB e no desemprego, a longo prazo, insistiu o PNUD. Ainda que o conflito termine até ao final do ano, “as consequências da escalada das hostilidades no Líbano deverão prolongar-se durante anos”.

Sem um apoio internacional significativo, as perspetivas económicas permanecem sombrias”, prevendo-se que o PIB diminua 2,28% em 2025 e 2,43% em 2026, de acordo com o relatório. Devido à degradação das condições de vida da população, “é imperativo que a comunidade internacional mobilize imediatamente a ajuda humanitária”, mas também, “em paralelo”, a ajuda ao desenvolvimento “para apoiar a estabilidade económica, social e institucional, em domínios como a água, a alimentação, a saúde, o saneamento e as infraestruturas”, insistiu a agência da ONU.

Está prevista para quinta-feira, em Paris, uma conferência internacional sobre o Líbano, cuja prioridade será responder ao apelo da ONU para 400 milhões de dólares (371 milhões de euros) de ajuda às pessoas deslocadas, segundo a Presidência francesa.

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Rússia anuncia conquista de mais duas localidades em Donetsk

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

O Ministério da Defesa indicou que as forças russas assumiram o controlo de Nikolaevka e de Serebrianka.

As autoridades russas anunciaram esta quarta-feira a captura de mais duas localidades na província de Donetsk, no leste da Ucrânia e principal foco da invasão desencadeada pelas forças de Moscovo em fevereiro de 2022. O Ministério da Defesa russo indicou em comunicado na rede Telegram que “unidades do grupo de forças do Sul libertaram a cidade de Serebrianka”, enquanto o grupo do Centro assumiu o controlo de Nikolaevka.

Segundo o Ministério da Defesa, estas unidades “continuam a avançar nas profundezas das defesas inimigas”, depois de terem tomado dezenas de localidades de Donetsk nos últimos meses. Kiev não comentou ainda o anúncio da Rússia. As regiões de Donetsk e Lugansk (leste) e de Kherson e Zaporijia (sul) foram declaradas províncias ucranianas anexadas por Moscovo, embora as suas tropas ocupem apenas parcialmente cada uma delas e a comunidade internacional não o reconheça, à semelhança do que sucede desde 2014 com a península da Crimeia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se. As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.

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Corretora Verspieren quer crescer 40% as receitas este ano

A corretora liderada por Rogério Dias fez saber que espera um aumento de 40% das suas receitas em comissões para 7 milhões de euros este ano. Em breve anuncia aquisições que já estão fechadas.

A VCS Verpieren espera faturar 7 milhões de euros em comissões este ano, um valor 40% superior ao volume de negócios de 5,023 milhões verificado em 2023. A carteira de seguros deverá ficar acima dos 50 milhões de euros.

Rogério Dias está a gerir o crescimento: Negócios, lojas, recursos humanos, quer duplicar vendas em dois anos.

Novas aquisições de mediadoras estarão na base desse crescimento e Rogério Dias, CEO da Verspieren em Portugal, estima atingir os 8,5 milhões de euros de comissões em 2025. O EBITDA, segundo foi adiantado, já superou os 2 milhões de euros no fecho do terceiro trimestre deste ano, período em que o número de clientes e de apólices duplicou em relação a igual período de 2023.

O reforço da equipa comercial também contou para o atual de número de 70 colaboradores, face aos 38 ativos em 2022. Ainda nesse ano existiam 3 escritórios próprios, número que subiu para os atuais 26 pontos de venda.

Temos mais aquisições fechadas que serão anunciadas brevemente”, comentou Rogério Dias a ECOseguros. Ainda em relação a lojas, a próxima vai abrir no Porto em novembro.

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Nobre apoia musical de Filipe La Féria “A Bela e o Monstro”

  • + M
  • 23 Outubro 2024

Este é o quarto espetáculo de Filipe La Féria que conta com o apoio da Nobre, depois de “Espero por ti no Politeama”, “A Bela Adormecida - O Musical” e de “Laura - O Musical”.

A Nobre é patrocinadora do espetáculo “A Bela e o Monstro – O Musical”, de Filipe La Féria. O objetivo passa por “reforçar o seu compromisso na promoção da cultura“.

“A Nobre tem como missão promover momentos de partilha, seja à mesa ou através de programas diferentes. Ao longo destes três anos, temos reafirmado o nosso compromisso em desempenhar um papel ativo na promoção da cultura, apoiando espetáculos que proporcionam momentos enriquecedores em família. É com entusiasmo que continuamos a apoiar e a fomentar experiências culturais que inspiram e encantam as nossas famílias”, diz Lia Oliveira, diretora de marketing da Nobre, citada em comunicado.

Inspirado no filme do poeta surrealista Jean Cocteau e interpretado por atores, cantores, bailarinos, músicos e acrobatas, o musical visa trazer “uma mensagem que celebra o poder do amor verdadeiro e a transformação que ele pode trazer”, refere-se em nota de imprensa.

O espetáculo está em cena durante os próximos meses no Teatro Politeama, podendo os bilhetes ser adquiridos aqui. Os valores variam entre os 7,5 e os 25 euros.

Este é o quarto espetáculo do Filipe La Féria que conta com o apoio da Nobre, depois de “Espero por ti no Politeama”, “A Bela Adormecida – O Musical” e de “Laura – O Musical”.

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Grupos de media e publicidade querem que Apple suspenda nova funcionalidade do iOS 18

A Apple lançou uma nova ferramenta que permite aos utilizadores eliminar o que não querem ver num site. Grupos de media e anunciantes têm-se insurgido contra a mesma, apelando à marca para recuar.

A funcionalidade “controlo de distração” (distraction control) que a Apple introduziu no navegador Safari do iOS 18, sistema operacional do iPhone, tem causado apreensão entre grupos de media e anunciantes. Esta funcionalidade permite aos utilizadores eliminar seletivamente elementos de um site que não queiram ver enquanto navegam.

Com esta ferramenta, os utilizadores podem impedir que certos elementos do site apareçam, como pop-ups para inscrição em newsletters, banners sobre cookies, políticas de proteção de dados, janelas de login ou mesmo anúncios. Além disso, quando o utilizador voltar a esse site, esses elementos que foram selecionados vão permanecer ocultos.

Quando, ainda em abril, a AppleInsider noticiou que a Apple estava a trabalhar numa ferramenta com inteligência artificial que permitiria aos utilizadores bloquear facilmente anúncios, começaram a surgir diversas dúvidas e receios entre os grupos de media e publicidade.

A News Media Association, do Reino Unido, ou as francesas Alliance Digitale e Alliance de la Presse d’Information Generale, enviaram uma carta dirigida a Tim Cook, CEO da Apple, expressando as suas preocupações, mas tanto o responsável como a a própria marca não responderam. No entanto, no lançamento da ferramenta, a Apple avançou que o “Distraction Control” não iria remover anúncios de forma permanente.

Agora, face à ausência de respostas, um grupo de associações comerciais de origem francesa, que representa cerca de 800 empresas do setor publicitário, resolveu enviar uma nova carta aberta a Tim Cook, reforçando os receios já expostos e apelando à suspensão desta nova ferramenta, refere a BusinessInsider.

O grupo avança ainda que está “a considerar ativamente todos os recursos legais disponíveis”. A carta também foi enviada para vários ministros franceses, à autoridade de gestão da concorrência de França e à Comissão Europeia.

Estas associações também afirmam que, segundo os testes que realizaram, em algumas ocasiões todos os anúncios em determinados sites foram ocultados. Isso representa uma “ameaça existencial ao modelo de publicidade online, que sustenta uma parte significativa da economia da internet”, argumentam.

Na carta, os grupos mostram-se também preocupados com a possibilidade de esta ferramenta poder colocar os proprietários dos sites em risco de incumprimento do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), uma vez que permite “esconder” os pop-ups de consentimento de cookies.

Além disso, é alertado na missiva que, ao permitir que os utilizadores escondam qualquer conteúdo de uma página web, esta ferramenta pode alimentar a “manipulação da informação” e a sua disseminação no online.

A News Media Association, do Reino Unido, também já enviou uma carta à Apple alertando que a ferramenta ameaça a sustentabilidade financeira do jornalismo. No caso do Brasil, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) considerou “extremamente preocupante” esta iniciativa da Apple, segundo Marcelo Rech, o seu presidente, refere o jornal brasileiro O Globo.

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Governo reúne com autarcas de Lisboa para preparar resposta a desacatos

"Tomaremos todas as medidas necessárias para que o direito de manifestação não colida com o direito à paz, à ordem pública e à tranquilidade na mobilidade das pessoas", diz Luís Montenegro.

O Governo vai reunir, esta quinta-feira, com os presidentes de câmara e autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para “aprofundar a melhor maneira de suster estes episódios de violência [que ocorreram nos últimos dias] e eliminá-los”, anunciou esta quarta-feira, à margem da Cimeira em Faro, o primeiro-ministro. Luís Montenegro está ainda disponível para reunir com as associações dos bairros onde ocorreram os atos de violência, assegurando: “Não vamos pactuar com a violência e o desrespeito com a ordem pública”.

Na sequência dos tumultos e distúrbios que se seguiram à morte de um cidadão por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura, Luís Montenegro comprometeu-se a “dialogar com as autarquias locais e mesmo com a comunidade, com as pessoas e associações representativas das organizações que há no âmbito desta zona geográfica”. O chefe do Executivo pretende “eliminar qualquer foco de tensão e dar garantias de tranquilidade pública e de acompanhamento social para que as pessoas possam viver bem em Portugal, ter um emprego, uma ocupação, acesso à educação”, assinalou o chefe do Executivo.

 

O primeiro-ministro avisou, contudo, que não vai permitir mais desacatos e que as forças de segurança poderão endurecer a atuação. “Tomaremos todas as medidas necessárias para que o direito de manifestação não colida com o direito à paz, à ordem pública e à tranquilidade na mobilidade das pessoas“. Mais, reforçou, as medidas a diligenciar “implicam o que tiver de ser mobilizado para terminar com isto. A violência não é aceitável. As pessoas têm de se convencer que temos de nos respeitar uns aos outros”.

O primeiro-ministro garantiu, por isso, ter “o dispositivo das forças e serviços de segurança mobilizado para não permitir que a violência ganhe à tranquilidade”. Segundo Montenegro, “as pessoas são livres de mostrarem o seu desacordo com acontecimentos ou com políticas públicas ou com reivindicações de natureza social. Não podem é fazê-lo a incendiar carros e autocarros e a colocar em perigo mobilidade dos outros cidadãos”.

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Luis Menezes confirmado como CEO do Grupo Ageas Portugal

  • ECO Seguros
  • 23 Outubro 2024

A ASF acaba de confirmar Luis Menezes como sucessor de Steven Braekeveldt na liderança do Grupo Ageas Portugal. Saiba quais os desafios do novo CEO do 2º maior grupo segurador em Portugal.

Após esta quarta-feira ter chegado a confirmação pela ASF, entidade supervisora do setor, de Luis Menezes como CEO do Grupo Ageas Portugal, importa saber o que vai liderar o sucessor de Steven Braekeveldt à frente do negócio do 2º maior grupo segurador em Portugal. Para o gestor belga, “o histórico do Luis enquanto líder de sucesso e o forte alinhamento com a cultura e valores da Ageas serão impulsionadores de um novo ciclo de crescimento do Grupo”.

Luis Menezes, o CEO confirmado do Grupo Ageas Portugal, será máximo responsável por um negócio de 1,9 mil milhões de euros anuais.

Luis Menezes esteve 18 anos na Unilabs, uma rede de análises médicas com 3 mil funcionários, em mil locais diferentes, e que realiza 250 milhões de atos médicos por ano. Na Ageas, a saúde é uma parte do negócio, o grupo ainda é essencialmente segurador no ramo Vida através das Ocidental e Ageas Vida e, nos ramos Não Vida, através da Ageas Seguros, Médis e Seguro Directo. Tem igualmente a Ageas Pensões, líder em Portugal entre as gestoras de fundos de pensões.

No total, o volume de negócios do Grupo Ageas foi de 1,9 mil milhões de euros em 2023, a que correspondeu uma quota no mercado nacional de 15,2%. Tem 1,8 milhões de clientes, 1.335 empregados e, no final do ano passado, só na Ageas Pensões geria ativos de 6,2 mil milhões de euros.

O grupo Ageas é um conjunto alargado de empresas. A Ageas Seguros, Ageas Vida e Médis são companhias e marcas independentes, mas 100% do grupo, Ainda nesta área existe a Millennium bcp Ageas, em que o banco detém 49% e o grupo a maioria do capital. Esta holding usa a marca Ocidental Vida e detém o exclusivo de venda de seguros aos clientes Millennium.

No entanto, o lema de Steve Braekeveldt foi ir “para além dos seguros” e assim há que gerir a parceria 50/50 com a Associação Nacional de farmácias na Go Far, uma empresa de serviço de saúde digital, e com a família Montellano que detém 15% na Clínica Médis, uma rede de 11 lojas de medicina dentária. A Ageas ainda detém 30% do capital da SPSI, residências pensadas para a terceira idade, em que o grupo José Mello controla 70% do capital.

Ainda como negócios para além dos seguros, Luis Menezes estará atento a empresas detidas a 100% pelo grupo como a Mundo Ageas, um marketplace que acaba de lançar a marca de serviços Livo, a Pétis, empresa de serviços produtos e informações para cães e gatos e na Go Karsag, uma empresa especializada em serviços de assistência relacionados a sinistros.

O Grupo conta também com uma empresa de serviços partilhados e uma longa parceria com a Ordem dos Médicos.

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