Rosália Amorim demite-se do Global Media Group

A diretora demissionária da TSF, sabe o +M, entregou esta quinta-feira a carta de resolução de contrato de trabalho com justa causa.

Rosália Amorim vai sair da Global Media. A diretora demissionária da TSF, sabe o +M, entregou esta quinta-feira a carta de resolução de contrato de trabalho com justa causa.

A ex-diretora do Dinheiro Vivo e do Diário de Notícias, título que liderou a partir de novembro de 2020 – altura em que começou a ser preparado o regresso a diário – e durante cerca de três anos, decidiu assim deixar a empresa.

A saída terá a ver com o estado da empresa e com as razões que levaram à sua demissão em dezembro, ou seja, o despedimento de 30 pessoas na TSF e o facto de estar comprometido o projeto de investimento e contratações para a TSF , conforme anunciado a 12 de dezembro, dia em que também se demitiu Rui Gomes, diretor-geral, e Artur Cassiano, sub-diretor. Entretanto, na última semana, Artur Cassiano foi nomeado diretor de informação interino da TSF.

Recorde-se que esta quinta-feira foram pagos os salários de dezembro. Em atraso continuam os subsídios de Natal e não sido avançada informação sobre os ordenados de janeiro.

A assembleia-geral do grupo, que tal como o +M/ECO avançou em primeira-mão será para destituir o CEO, está marcada para 19 de fevereiro. O objetivo é também viabilizar um aumento de capital de cinco milhões de euros.

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CEO da Stellantis pede consolidação na Europa para enfrentar carros chineses

O CEO da Stellantis, que detém marcas como a Peugeot e a Citröen, argumenta que sem consolidação, a indústria automóvel europeia não vai ter capacidade para responder à concorrência chinesa.

É preciso maior consolidação entre as construtoras automóveis na Europa para enfrentar as fabricantes chinesas que estão a chegar à região e que dispõem de custos de produção 30% mais baixos, defende o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares.

A companhia, que detém marcas como a Peugeot ou a Citröen, diz que está preparada para o que aí vem e está sempre aberta a estudar eventuais oportunidades de aquisições, mas alerta que há muitas empresas que poderão ser forçadas a fazer programas de reestruturação, criando um problema social na região.

Nunca paramos de reduzir custos porque estamos sempre preparados para quando possa haver uma oportunidade de consolidação“, adiantou Carlos Tavares, num encontro com jornalistas, à margem do congresso da Ordem dos Engenheiros, a decorrer esta quinta e sexta-feira no Porto. O líder da Stellantis reiterou que a empresa, que comanda, mantém uma posição em que protege uma determinada margem de rentabilidade, para poder aproveitar oportunidades e estar numa posição capaz de lidar com a concorrência dos chineses, que estão a chegar à Europa com os seus veículos elétricos.

Numa posição muito crítica em relação a estes produtores, que dispõem de condições muito mais vantajosas de produção do que as empresas da região, Tavares alertou para os riscos sociais que podem resultar desta concorrência. “Como vamos combater os chineses? Se forem três ou quatro vezes maiores que nós vão esmagar as construtoras europeias“, avisou, adiantando que esta situação poderá ameaçar milhões de empregos, uma vez que a indústria automóvel emprega 14 milhões de pessoas na região.

Precisamos de consolidação a nível europeia para fazer face aos chineses“, defendeu. Mas para isso, acrescenta, é necessário que os reguladores europeus mudem a sua postura para permitir a criação de empresas de maior dimensão na região, sem colocarem entraves à criação de grandes grupos.

Apesar de defender a consolidação, para criar empresas com maior capacidade para responder à concorrência chinesa, Carlos Tavares mostra-se contra o protecionismo. “Tenho que combater os chineses porque sou uma empresa global“, rematou.

No que diz respeito ao preço dos elétricos, Tavares critica os Governos por quererem empurrar para a indústria uma transformação profunda, sem pensar nas consequências e nas necessidades das pessoas. “Há decisões demagógicas que vêm esbarrar na parede da realidade”, atirou, acrescentando que há um risco de criar um problema de mobilidade, caso não se consigam produzir carros elétricos a preços acessíveis para a classe média.

Os elétricos têm que ser acessíveis. Se não o forem, a classe média não os compra e não tem impacto” as medidas para reduzir as emissões carbónicas, acrescenta. Isto coloca atualmente um desafio ao setor, uma vez que “só chineses vão atingir esse nível (de preços)“.

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Valongo aumenta investimento na habitação para 75,8 milhões de euros

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2024

Estes 75,8 milhões de euros vão ser canalizadas para a compra, reabilitação e construção de 1.125 habitações.

A Câmara Municipal de Valongo aprovou, esta quinta-feira, a primeira alteração à Estratégia Local de Habitação (ELH), aumentando o investimento para 75,8 milhões de euros, mais 38,5 milhões de euros face a 2021, ano em que foi implementada.

Estes 75,8 milhões de euros vão ser canalizadas para a compra, reabilitação e construção de 1.125 habitações, refere a proposta de atualização da ELH deste município do distrito do Porto aprovada em reunião do executivo municipal.

A construção de 367 prédios ou empreendimentos habitacionais (39,1 milhões de euros) e a reabilitação de 686 frações ou de prédios (28 milhões de euros) absorvem grande parte destes 75,8 milhões de euros.

Seguindo-se, depois, a compra de 52 frações ou prédios degradados e subsequente reabilitação com sete milhões de euros, a aquisição de 10 frações ou prédios para destinar à habitação de 1,2 milhões de euros e o arrendamento de 10 fogos para subarrendamento com 331 mil euros, refere a proposta.

A atualização da ELH prende-se com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a obrigação de o cumprir até 2026. Além da subida generalizada dos preços de construção, reabilitação, aquisição e arrendamento de habitação, assim como da dificuldade de encontrar empresas do setor da construção civil com capacidade para responder aos atuais desafios do mercado e à escassez de oferta no mercado, sustenta o documento.

A Câmara Municipal de Valongo aprovou a Estratégia Local de Habitação, que serve de suporte à candidatura ao 1.º Direito — Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, a 27 de maio de 2021.

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Sócrates vai recorrer da decisão da Relação

  • Ana Petronilho
  • 25 Janeiro 2024

Ex-primeiro-ministro diz estar "absolutamente convencido" que a Relação "não tem razão" porque "durante a fase de instrução, ficou provado que as alegações do Ministério Público eram falsas."

O antigo primeiro-ministro José Sócrates reconhece a “derrota jurídica” mas faz saber, desde já, que vai recorrer da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que decidiu levar a julgamento o ex-chefe de Governo por 22 crimes no âmbito da Operação Marquês.

“Esta decisão da Relação deixa-me com uma grande sensação de desapontamento”, adiantou, em declarações aos jornalistas à porta de sua casa, na Ericeira, acrescentando que está “absolutamente convencido” que a Relação “não tem razão”. Isto porque “durante a fase de instrução, ficou provado que as alegações do Ministério Público eram falsas.”

Não ficou apenas provado que não havia indícios. Pelo contrário. Foram recolhidos contra-indícios que mostraram que essas alegações, nomeadamente as que diziam respeito ao TGV ou à OPA da Sonae, todas essas alegações ficaram provadas que são falsas e agora dizem que estão indiciadas. Não estão, isso não é verdade, e eu vou recorrer dessa decisão”, argumentou. “Não me conformo com a decisão e vou recorrer dela para um tribunal superior. Acho que tenho esse direito”, disse.

O recurso vai incidir sobre a “substância” das alegações e esta é a primeira vez que José Sócrates recorre de uma decisão no âmbito da Operação Marquês.

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WPP vai fundir as agências Hill & Knowlton e BCW. Em julho surge a Burson

Em Portugal, assegura ao +M José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton, as duas agências já partilhavam a equipa de gestão e a alteração não terá impacto de maior.

Depois da fusão das agências criativas, é a vez das agências de comunicação. A WPP anunciou a nível global, esta quinta-feira, a fusão das suas duas maiores agências, a Hill & Knowlton e a BCW. Em resultado desta operação vai surgir a Burson, que estará operacional a partir de 1 de julho de 2024.

Através desta nova identidade, a Burson vai reforçar a sua liderança na indústria e oferecer soluções modernas de comunicação, com um grande foco na construção e preservação de reputação, a clientes de todo o mundo”, afirma a companhia.

Em Portugal, assegura ao +M José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton, a alteração não terá impacto de maior. “Este caminho já vinha a ser feito há alguns anos quando a WPP decidiu, de forma pioneira, reunir as suas operações no WPP Campus em Lisboa. A BCW e a Hill & Knowlton não só acompanharam este movimento, como passaram a partilhar a mesma equipa de gestão“, justifica o responsável.

José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton Portugal

A nova agência “irá beneficiar da forte base de talentos de ambas as organizações, bem como das suas excecionais redes globais, investimentos em tecnologia, capacidades criativas, e conhecimento especializado em public affairs e consultoria. Deste modo, vai impulsionar a reputação e a criação de valor através de soluções interdisciplinares exigidas atualmente pelo mercado”, prossegue a companhia, que anunciou a operação esta quinta-feira.

Apesar da fusão, a marca Hill & Knowlton não desaparece. “A marca irá operar dentro da Burson, servindo um grupo seleto de clientes a nível global através de serviços de comunicação estratégica, consultoria e public affairs“, prossegue a WPP.

A nível internacional a GCI Health e a AxiCom vão operar como marcas dentro da Burson, disponibilizando conhecimentos especializados em comunicações de saúde e tecnologia.

Com seis mil funcionários em 43 mercados em todo o mundo, o nome da nova agência é uma homenagem a Harold Burson. “Harold Burson acreditava convictamente que as ações são mais fortes do que as palavras e estabeleceu a honestidade, a transparência, a integridade e a excelência como princípios orientadores do seu negócio”, afirma Corey duBrowa, atualmente CEO global da BCW.

“Esses princípios são os ideais fundamentais da Burson, sobre os quais definiremos o padrão para as comunicações modernas por meio de nosso pipeline de inovação que prioriza a Inteligência Artificial. Juntos, como Burson, traremos insights, consultoria estratégica especializada e soluções de tecnologia numa oferta de valor acrescentado para apoiar os nossos clientes a inovar e liderar no complexo ambiente operacional de hoje”, acrescenta o CEO citado em comunicado.

A nível global, Corey duBrowa, atualmente CEO global da BCW, foi nomeado CEO global da Burson e AnnaMaria DeSalva, chairman global e CEO da Hill & Knowlton, foi nomeada chairman global da Burson.

A equipa de liderança da Burson será composta por um grupo de ex-diretores de comunicação de alto nível e outros executivos seniores de agências experientes de ambas as empresas, cujos nomes serão anunciados ao longo dos próximos meses.

 

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Nova Expressão reforça equipa de media digital

Com estes reforços, a equipa de media digital da Nova Expressão passa a ser composta por 12 pessoas. 

Na entrada num novo ano, a Nova Expressão reforçou a sua equipa, apostando em Sónia dos Santos, que regressa à agência de meios enquanto digital media consultant, e em Leonor Keil Amaral, que assume a função de data driven analyst.

Na prática, este é o resultado da aposta cada vez mais firme da agência na sua capacidade em estratégia, inovação e data“, refere fonte da agência ao +M.

Depois de ter desempenhado a função de diretora de estratégia em media digital e digital manager durante os últimos sete anos no GroupM, Sónia dos Santos regressa assim à Nova Expressão. É licenciada em Publicidade e Marketing pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) onde foi considerada a melhor aluna finalista (2012-13).

Também vinda do GroupM – onde trabalhou durante quatro anos enquanto business science sssociate e como junior research manager – Leonor Keil Amaral é licenciada em Sociologia pelo ISCTE, onde fez também uma pós-graduação em Análise de Data em Ciências Sociais. Fez também um mestrado na Nova-IMS em Gestão de Informação e Estatística.

Com estes dois reforços, a equipa de media digital da Nova Expressão passa assim a ser composta por 12 pessoas.

“Num momento de decisivas mudanças tecnológicas, a Nova Expressão aposta numa estratégia inovadora de contratação e retenção de talento para atrair mais e melhores recursos humanos com competências e aptidões profissionais”, refere a agência de meios em nota de imprensa.

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Stellantis antecipa para 2024 fabrico de carros elétricos em Mangualde

O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, destacou o desempenho da fábrica de Mangualde, que lidera em termos de custos e qualidade na Europa. Fábrica vai arrancar já em 2024 com a produção de elétricos.

A fábrica da Stellantis de Mangualde vai arrancar já em 2024 com a produção de carros elétricos, adiantou Carlos Tavares, CEO da Stellantis. Inicialmente a empresa tinha informado que o fabrico de furgões totalmente elétricos das marcas Citroën, Fiat, Opel e Peugeot começaria apenas em 2025, mas a fabricante automóvel vai antecipar esse arranque.

“Mangualde é a melhor fábrica na Europa em qualidade e em custo. Está no pódio entre 90 fábricas na Europa”, adiantou Carlos Tavares, num encontro com jornalistas no Porto, à margem do Congresso dos Engenheiros, adiantando que o centro de produção no país “vai começar o fabrico de carros elétricos este ano”.

A fábrica da Stellantis no país vai produzir modelos Citroën ë-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e e Fiat e-Doblò, nas versões de comerciais ligeiros e de passageiros, segundo adiantou a empresa no ano passado, quando avançou com a notícia.

Na mesma altura, a empresa informou que para produzir estes carros terá que levar a cabo “uma transformação da fábrica de Mangualde preparada para o futuro, com novas instalações, tanto na área de montagem como na de ferragem, a otimização da área industrial, e a criação de uma nova linha de montagem de baterias”, acrescenta o comunicado.

Carlos Tavares mostrou-se muito satisfeito com o desempenho da fábrica de Mangualde, destacando que o centro de produção no país se destaca a nível europeu, com um grau de dispersão em relação a outras fábricas que, nalguns casos, chega a um fator de 10, no que diz respeito a custos e qualidade.

“A fábrica de Mangualde tem pouco dinheiro e muita imaginação. Há muita criatividade para resolver problemas industriais”, aponta Carlos Tavares. Uma posição que coloca a fábrica de Mangualde a salvo de eventuais planos de cortes de custos que a empresa possa equacionar no futuro.

Em relação à atividade em Portugal o CEO da Stellantis destacou a posição de liderança, em todos os segmentos, com Mangualde a produzir pela primeira vez na sua história 84 mil veículos num ano, em 2023.

A Stellantis tem vindo a apostar na eletrificação dos veículos, tendo um programa ambicioso de investimento de 50 mil milhões de euros para a próxima década em eletrificação e software. O objetivo da fabricante automóvel é atingir a neutralidade carbónica até 2038.

(Notícia atualizada às 19:07)

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Câmara de Lobos dá mais um passo para aplicar taxa turística

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2024

A autarquia estima uma receita anual entre 320 e 430 mil euros, se cobrar uma taxa turística de dois euros a partir do segundo semestre deste ano.

O município de Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira, aprovou esta quinta-feira o início do procedimento para a criação do regulamento para aplicar a taxa turística, anunciou a autarquia, estimando uma receita anual entre 320 e 430 mil euros. Em comunicado, a autarquia indica que a proposta foi aprovada por unanimidade, adiantando que vai abrir um período de participação pública, durante 10 dias, para recolher os contributos da população.

Citando dados da Direção Regional de Estatística da Madeira, o município refere que, em outubro do ano passado, “a capacidade de hospedagem turística no município de Câmara de Lobos era de 1.083 camas, com uma taxa líquida acumulada de ocupação de 60%”.

“O património cultural, histórico e paisagístico, aliado à política de desenvolvimento que coloca o turismo como vetor estratégico, tem atraído um número crescente de visitantes, que contribuem de forma direta e indireta para a economia local. Contudo, este crescimento também implica uma sobrecarga nas infraestruturas públicas e nos serviços municipais, como limpeza, segurança e manutenção dos espaços públicos”, salienta o vice-presidente da Câmara, Leonel Silva, citado na nota.

O município considera “justo que os custos operacionais associados à geração de utilidades para os turistas sejam suportados por estes, em vez de recaírem sobre a população residente do município”, é sublinhado no comunicado. Em 10 de janeiro, o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma (AMRAM), Pedro Calado, anunciou que as câmaras municipais da Madeira vão cobrar uma taxa turística de dois euros a partir do segundo semestre deste ano, referindo que o valor é consensual.

Foi aceite que devíamos ter uma aplicação de dois euros por hóspede e por noite, num máximo de sete noites, isentando as crianças até aos 13 anos e também [adultos] por motivos de saúde ou por questões indicadas pela Segurança Social”, disse o responsável, após uma reunião da AMRAM, no Funchal, em que participaram dez dos 11 municípios da região.

Inicialmente estava prevista a cobrança de uma taxa única pelo Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), medida incluída no acordo de incidência parlamentar assinado com o PAN. Entretanto, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, esclareceu que, “uma vez que os municípios vão cobrar a taxa turística, o Governo não a vai cobrar”.

“Não vai haver duplicação da taxa turística, exatamente para não tirarmos competitividade ao destino”, assegurou na ocasião.

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“Empresas não votam, mas têm ‘eleições’ todos os meses para pagar salários e impostos”, diz líder da CIP

Com o país em crise política, Armindo Monteiro lamenta que empresários portugueses não tenham “um mínimo de previsibilidade” e lembra que “não se desenvolve a economia com nenhum programa eleitoral".

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal verbalizou esta quinta-feira a preocupação dos empresários portugueses com o atual cenário de instabilidade política, sublinhando que “precisam de um mínimo de previsibilidade”, ainda que já estejam habituados a uma “constante adaptação às circunstâncias” políticas do país.

“O que está em jogo nestas eleições é algo muito importante. Não vou apelar a nenhum programa eleitoral, apenas ao voto. Manifestem a vossa preferência. As empresas não votam, mas têm eleições todos os meses. Porque todos os meses são desafiados a pagar salários, impostos e contribuições para a Segurança Social. Precisamos de encontrar um enquadramento que nos permita executar a nossa veia” empreendedora, apontou Armindo Monteiro.

Falando para uma sala repleta de industriais do calçado, após a cerimónia de tomada de posse de Luís Onofre para um terceiro mandato à frente da associação do setor (APICCAPS), o patrão dos patrões lembrou os três D’s da revolução do 25 de Abril (Democratizar, Descolonizar e Desenvolver) para referir que este último “não foi cumprido porque não pode ser entregue aos políticos”.

Para o sucessor de António Saraiva, “a ideia de desenvolver a economia é para quem sabe”. “Não estou a atacar ninguém, mas quem conhece as empresas não é quem as visita em determinados momentos, nomeadamente no eleitoral, mas quem as construiu”. “Não se desenvolve a economia com nenhum programa eleitoral, isso acontece todos os dias”, completou.

Proposta do 15.º mês deixou os sindicatos a dançar no meio da sala. Ficaram sem referências. ‘Se é o lado negro da força que está a propor aumentar os salários, o que sobre para nós, sindicatos?’.

Armindo Monteiro

Presidente da CIP

Focando no pós-eleições, o líder da CIP apelou a um maior “equilíbrio e compromisso para encontrar soluções”, que implica um trabalho conjunto entre os empresários e a administração pública. Apesar de acreditar na economia de mercado com um “forte sentido social”, advertiu contra o suposto “milagre económico” de “distribuir aquilo que não se cria”, acrescentando que “os empresários não podem fazer apenas ação social”.

“As empresas são corpos dinâmicos que precisam de ter lucro (…) porque é isso que permite fazer investimentos em transformações para que as empresas se mantenham competitivas. Que permite remunerar devidamente os capitais para que os empresários se sintam motivados a criar mais empresas. O lucro não é um pecado, o lucro é necessário”, resumiu.

Na mesma cerimónia, realizada no Porto, Armindo Monteiro recordou ainda a proposta da CIP para o pagamento voluntário de um 15.º mês isento de impostos e contribuições, que “[deixou] os sindicatos a dançar no meio da sala”. “Ficaram sem referências. ‘Se é o lado negro da força que está a propor aumentar os salários, o que sobra para nós, sindicatos?’. Esta ideia de que tinha de haver algo por trás, naturalmente baralhou e não pudemos construir” essa solução, concluiu.

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Miguel Albuquerque reitera que não se demite

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2024

Questionado se vai pedir o levantamento da imunidade, conferida por ser conselheiro de Estado, Miguel Albuquerque respondeu afirmativamente. "Claro. Eu quero esclarecer", disse.

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, admitiu esta quinta-feira pedir o levantamento da imunidade, mas reiterou que não se demite, apesar de ser arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção. “Não tenho nenhum problema de ser arguido. Sou arguido, mas não me demito”, afirmou, à margem das Conferências Atlânticas, em Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira.

Questionado se vai pedir o levantamento da imunidade, conferida por ser conselheiro de Estado, Miguel Albuquerque respondeu afirmativamente. “Claro. Eu quero esclarecer”, disse, já depois de ter referido que não precisa de imunidade e que tem o direito de se defender.

Miguel Albuquerque não esclareceu, contudo, quando é que irá fazer esse pedido. “Vamos aguardar que o processo corra, que sejam as coisas organizadas. À medida que o processo e o tempo da justiça for [correndo], nós vamos exercer a nossa defesa e esclarecer tudo o que é preciso esclarecer no processo”, adiantou.

O chefe do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) recordou ainda que o estatuto de arguido visa a defesa de quem é acusado, afirmando que pior é ser suspeito, porque “suspeito é um anátema que se põe sobre as pessoas”.

“Como tenho a consciência tranquila e à luz do processo não violei nenhuma regra, nem interferi em nenhum concurso destes públicos, tenho o direito a me defender e a defender o meu caráter e a minha honra”, declarou.

Miguel Albuquerque (PSD) foi constituído arguido na quarta-feira, após a Polícia Judiciária ter realizado cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias na Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava), na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa), em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada (Açores), no âmbito de três inquéritos dirigidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

A residência de Miguel Albuquerque e a Quinta Vigia, sede da presidência do Governo Regional (PSD/CDS-PP), também foram alvo de buscas, no decurso de um processo em que o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), e dois gestores ligados ao grupo de construção AFA foram detidos.

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#64 “Krugman tem razão: foi um milagre Portugal ter crescido tanto… com este governo”. Miranda Sarmento explica programa da AD

  • ECO
  • 25 Janeiro 2024

Neste podcast especial, os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa entrevistam Joaquim Miranda Sarmento sobre o programa económico da AD.

Joaquim Miranda Sarmento é o convidado especial de mais um episódio do podcast O Mistério das Finanças. A menos de dois meses das eleições legislativas, e na semana em que a AD apresentou o seu programa económico, o economista e líder parlamentar do PSD explica as prioridades para os próximos quatro anos. “Nós preparamos este programa económico ambicioso, com reformas significativas e profundas“, afirma Miranda Sarmento. “Este crescimento do PIB [próximo dos 3,5% em 2028] gera obviamente um crescimento da receita fiscal”, explica, justificando a consistência das opções políticas para uma redução do IRS e IRC.

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O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

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Mais de 300 mil pessoas já pediram baixa por doença através do SNS 24

Mais de 300 mil pessoas já recorreram ao SNS 24 para pedir baixas de curta duração, desde que o sistema entrou em funcionamento. Maioria dos pedidos foi feita por pessoas dos 19 aos 44 anos.

Em pouco mais de oito meses, mais de 300 mil pessoaspediram baixa por doença através do SNS 24, o que equivale a uma média de e 1.100 autodeclarações emitidas por dia, de acordo com os dados divulgados pelos Serviços Partilhados pelo Ministério da Saúde (SPMS).

Em causa está uma das medidas previstas na alteração à lei laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, que entrou em vigor a 1 de maio de 2023, e que permite aos utentes pedirem uma autodeclaração de doença de curta duração, através da linha SNS 24. Estas baixas não podem ultrapassar os três dias consecutivos, e estão limitadas a duas utilizações por ano.

Desde então, “mais de 300 mil pessoas já pediram a autodeclaração de doença”, revelam, em comunicado, os SPMS, notando que este balanço “equivale a uma média diária de mais de 1.100 autodeclarações emitidas”.

Deste total, “cerca de 175.400 foram solicitadas por mulheres e 128.300 por homens”. Mais de metade (59,05%) foi pedida através da app SNS24, 40,24% através da área pessoal do portal do SNS e apenas 0,71% pela linha telefónica do SNS 24.

Por faixa etária, o maior número de pedidos foram feitos por pessoas da faixa etária entre os 19 e os 44 anos, ascendendo a 223.800, das quais mais de 123.500 de mulheres e 100.300 de homens. Já em termos regionais, “o concelho com o maior número de autodeclarações emitidas é o de Lisboa, com mais de 18.200”, rematam.

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