“O BCP está bem e recomenda-se”, garante Nuno Amado

Nuno Amado garante que a venda de 5,6% do capital do BCP por parte da Fosun não é preocupante e que o banco atravessa um bom momento.

Nuno Amado, presidente do Conselho de Administração do BCP BCP 3,63% , não está preocupado com a venda de 5,6% da participação que os chineses da Fosun tinham no banco e que levou a uma redução da sua posição para perto dos 20%.

“O BCP está bem e recomenda-se”, referiu Nuno Amado à saída da apresentação do projeto “Comparar para Crescer” da associação Business Roundtable Portugal, esta terça-feira em Lisboa.

Nuno Amado sustenta ainda o seu otimismo notando que, “nos últimos dois anos, o BCP valorizou-se muito”. Neste período, a cotação do banco subiu 131%, passando de 11,62 cêntimos a 24 de janeiro de 2021 para os atuais 26,81 cêntimos de euro.

Com a concretização da venda de 5,6% do BCP, a Fosun arrecadou 235,2 milhões de euros, mas garantiu que “continuará a apoiar o desenvolvimento do BCP” através da manutenção de uma participação de referência no banco.

Fonte oficial do grupo chinês revelou que a decisão de venda das ações foi “um comportamento de investimento normal e uma operação financeira”, considerando “a forte subida no preço das ações dos bancos portugueses e do BCP num período recente”.

A Fosun revelou ainda que esta alienação também “não deve ser interpretada como um sinal de que a Fosun deixou de estar otimista em relação ao mercado português, sob quaisquer circunstâncias”, e que assegurou que o grupo chinês vai manter uma posição superior a 20% no BCP, considerando outros investimentos, como a Fidelidade, como “componentes muito importantes”.

Para os analistas ouvidos pelo ECO, a redução de 30% para 20% alimenta o cenário de fusões e aquisições (M&A) em torno do banco português.

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ANMP quer reunir com Tribunal de Contas sobre transferência de competências

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

Associação Nacional de Municípios Portugueses vai pedir ao Tribunal de Contas uma audiência para análise do relatório sobre o processo da descentralização de competências.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) anunciou, esta terça-feira, que vai pedir ao Tribunal de Contas (TdC) uma audiência para analisarem, em conjunto, o relatório sobre o processo de transferência de competências para as autarquias. Aos jornalistas, no final de uma reunião do conselho diretivo da ANMP, o vice-presidente do órgão José Ribau Esteves recordou que se verifica “um défice de financiamento”, designadamente na área da educação.

O encontro com o TdC “é também útil” com vista a “um aprofundamento da matéria” em causa, adiantou o também presidente da Câmara Municipal de Aveiro, eleito pelo PSD, que substituiu a presidente da ANMP, a socialista Luísa Salgueiro, nas declarações aos órgãos de comunicação, no final da reunião do conselho diretivo, na sede da associação, em Coimbra.

A 4 de janeiro, a ANMP já tinha tomado posição face ao relatório do Tribunal de Contas “relativo ao processo de transferência de competências”, considerando que o documento vai “ao encontro do entendimento desta associação, ao entender que ‘a transferência de competências para os municípios representa um importante processo de reorganização do Estado'”.

Hoje, Ribau Esteves reiterou a opinião da ANMP sobre o processo: “Não tem sido isento de constrangimentos devido, essencialmente, aos avultados recursos humanos, financeiros e patrimoniais envolvidos, mas também à multiplicidade de áreas abrangidas”.

“Seja pela complexidade do processo, seja por força da pandemia da Covid-19, seja pela necessidade de renegociação nas áreas da educação, saúde e ação social, os prazos inicialmente estabelecidos para a implementação deste processo, efetivamente, acabaram por se prolongar no tempo, mas, num processo com esta complexidade, o trabalho realizado é sempre o mais importante”, sublinhou a ANMP em comunicado, há três semanas.

Não tem sido isento de constrangimentos devido, essencialmente, aos avultados recursos humanos, financeiros e patrimoniais envolvidos, mas também à multiplicidade de áreas abrangidas.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

A reunião do conselho diretivo, cujos trabalhos foram dirigidos por Luísa Salgueiro, incluiu um debate do projeto de resolução do Conselho de Ministros relativo ao lançamento dos procedimentos de atribuição das concessões municipais de distribuição de energia elétrica em baixa tensão e ainda sobre o programa de incentivo ao transporte público coletivo de passageiros (Incentiva + TP).

Ribau Esteves admitiu que, na área do transporte público de passageiros, subsistem “muitas dúvidas sobre a sustentabilidade financeira” do modelo adotado pelo Governo, além de que os municípios ainda “não têm a informação necessária” a uma equilibrada execução do programa, designadamente ao nível dos passes para jovens estudantes, por exemplo.

“Há uma emergência, que é percebermos todos como isto funciona”, acentuou o vice-presidente da ANMP, alegando que “têm chegado muitas dúvidas dos municípios e das comunidades intermunicipais”.

Sobre o lançamento dos procedimentos de atribuição das concessões locais de distribuição de energia em baixa tensão, Ribau Esteves reconheceu que o modelo proposto pelo Governo corresponde “àquilo que a ANMP sempre defendeu”. A associação, acrescentou, expressa a sua “disponibilidade para coordenar” o processo, devendo o concurso público ser lançado até final deste ano.

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Ataques no Mar Vermelho podem agravar preços, avisa a Comissão Europeia

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

“O tráfego marítimo diminuiu 22% num mês, mas não parou completamente”, afirmou o comissário Dombrovskis.

O tráfego no Mar Vermelho diminuiu 22% num mês devido aos ataques dos rebeldes Huthis, o que poderá ter um impacto nos preços a longo prazo, alertou esta terça-feira o comissário europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis. “O tráfego marítimo diminuiu 22% num mês, mas não parou completamente”, afirmou Dombrovskis numa conferência de imprensa em Bruxelas após uma reunião informal dos ministros europeus responsáveis pelo comércio internacional.

Dombrovskis admitiu que a queda no tráfego marítimo seja ainda maior no futuro, devido à decisão de muitos armadores de optarem por outra rota marítima, contornando África através do Cabo da Boa Esperança. O Mar Vermelho, que dá acesso ao Canal do Suez, é essencial para o comércio internacional. “Entre 12 e 15% do tráfego mundial utiliza esta rota marítima, tal como 30% a 35% dos navios porta-contentores”, disse o comissário europeu, citado pela agência francesa AFP.

Cerca de 20.000 navios passam todos os anos pelo Canal do Suez, a porta de entrada e saída de navios que ligam a Ásia à Europa. Segundo Dombrovskis, os ataques dos rebeldes do Iémen ainda não tiveram impacto no preço das mercadorias, apesar de o custo do transporte ter aumentado. “O impacto económico mais amplo nos preços ao consumidor dependerá muito da duração desta crise”, alertou.

A Comissão Europeia deverá rever as previsões económicas em fevereiro e o impacto da situação no Mar Vermelho será tido em conta, disse Dombrovskis. Nas últimas semanas, os rebeldes iemenitas próximos do Irão intensificaram os ataques perto do estratégico Estreito de Bab al-Mandeb, que separa a Península Arábica de África.

Os ataques dos huthis estão relacionados com a guerra de Israel contra o Hamas, iniciada em 07 de outubro, após um ataque do grupo islamita palestiniano em solo israelita ter causado cerca de 1.200 mortos. A resposta israelita provocou mais de 25 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo o Hamas.

Os ataques dos Huthis levaram os Estados Unidos a criar uma força multinacional de proteção marítima no Mar Vermelho, denominada “Prosperity Guardian”. Os europeus estão a ponderar a criação de uma missão de proteção dos navios mercantes no Mar Vermelho.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) debateram a questão numa reunião em Bruxelas, na segunda-feira, e poderá ser anunciada uma decisão antes da próxima reunião, em 19 de fevereiro. Vários países, incluindo Itália, França e Bélgica, manifestaram a intenção de participar.

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“Não nos podemos acomodar numa situação em que 40% dos licenciados vão para o exterior”, alerta Vasco de Mello

Business Roundtable Portugal lançou plataforma que permite comparar Portugal com vários países europeus, nomeadamente no PIB e salários. Empresários reforçam necessidade de estancar fuga de cérebros.

Os portugueses têm hoje mais qualificações do que há duas décadas, mas é preciso criar condições para estancar a atual fuga de profissionais e reter por cá esse talento. O apelo foi deixado esta terça-feira por Vasco de Mello, presidente da Business Roundtable (BRP), e por Nuno Amado, membro da direção da mesma associação, na apresentação de uma nova plataforma que permite comparar Portugal com diversos outros países europeus, no que diz respeito, nomeadamente, à competitividade, aos impostos e aos salários.

Não nos podemos acomodar numa situação em que 40% dos nossos licenciados vão para o exterior“, sublinhou Vasco de Mello, que explicou que a experiência internacional até pode ser positiva, mas é preciso dar oportunidades para que os profissionais, querendo, fiquem no país.

Também Nuno Amado deixou uma mensagem nessa linha, isto é, realçou que as qualificações dos portugueses têm melhorado e até já estão acima da média europeia nas áreas STEM (ciência, engenharia e matemática), mas frisou que agora é preciso “criar condições para os profissionais cá ficarem”.

Ainda nesse sentido, Vítor Ribeirinho, CEO da KMPG, salientou: “Estamos a desacelerar a capacidade de reter os melhores. Qualquer que seja o Governo, tem de perceber que é preciso fazer algo em relação aos jovens. Se não os protegermos, arriscamos que comecem as carreiras fora de Portugal“.

Na visão deste responsável, o salário é uma condição importante para os jovens, mas não é a única. É preciso também, por exemplo, criar hubs foram dos grandes centros e próximos de onde está o talento – a KPMG acaba de inaugurar um novo centro em Évora.

Estes apelos foram feitos na apresentação de um nova plataforma online, que permite comparar Portugal com vários outros países europeus. A “Comparar para crescer” disponibiliza 30 indicadores em quatro grandes áreas: performance global, pessoas, empresas e Estado.

Por exemplo, no que diz respeito à competitividade, Portugal perdeu 11 posições desde 2000. Já a República Checa subiu 19 posições, observou Pedro Ginjeira do Nascimento. O secretário-geral da BRP enfatizou também que em 2022 Portugal cresceu, em termos acumulados, 23%. Espanha expandiu 43% e a União Europeia, como um todo, cerca de 40%.

Já no que diz respeito aos salários, o responsável explicou que de 2000 a 2022 houve um crescimento da remuneração média de cerca de 19 mil euros para cerca de 30 mil euros, “muito abaixo dos 40 mil euros da União Europeia“. Em paralelo, a carga fiscal que recai sobre o trabalho agravou-se em Portugal, enquanto noutros países encolheu, destacou.

Se não nos comparamos, não sabemos onde estamos ou para onde vamos“, defendeu Nuno Amado, que avisou que é preciso uma “evolução das políticas” para que o país cresça “ao ritmo que almejamos”.

A “Comparar para crescer” é um projeto desenvolvido em parceria com a KPMG e com a colaboração da Informa DB.

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Bruxelas investiga compra da ITA pela Lufthansa por recear que afete concorrência na UE

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

A Comissão Europeia admite ter “preocupações preliminares de que a operação possa reduzir a concorrência no mercado dos serviços de transporte aéreo de passageiros em várias rotas".

A Comissão Europeia lançou esta terça-feira uma investigação aprofundada à compra de 41% da companhia aérea italiana de bandeira ITA Airways pela alemã Lufthansa por recear que o negócio afete a concorrência no setor aéreo na União Europeia (UE).

Em comunicado, o executivo comunitário indica que “deu início a uma investigação aprofundada para avaliar, nos termos do Regulamento das Concentrações da UE, o projeto de aquisição do controlo conjunto da ITA pela Lufthansa e pelo Ministério da Economia e das Finanças italiano”.

Depois de ter sido notificada sobre o negócio em novembro passado, que assenta na aquisição pela Lufthansa de uma participação de 41% na ITA por 325 milhões de euros, com o restante a dizer respeito à participação do Estado italiano, a Comissão Europeia admite ter “preocupações preliminares de que a operação possa reduzir a concorrência no mercado dos serviços de transporte aéreo de passageiros em várias rotas de curta e longa distância dentro e fora de Itália”.

“A Lufthansa e a ITA exploram uma vasta rede de rotas domésticas, rotas de curta distância no Espaço Económico Europeu, bem como rotas de longa distância entre o Espaço Económico Europeu e o resto do mundo. A Lufthansa tem também uma empresa comum com a United Airlines e a Air Canada, através da qual coordenam os preços, a capacidade e os horários e partilham as receitas nas rotas transatlânticas”, adianta Bruxelas.

Uma investigação preliminar já realizada pela instituição, e que antecedeu a aprofundada agora anunciada, deu conta de que a operação “pode reduzir a concorrência nas rotas de curta distância que ligam a Itália aos países da Europa Central”, mas também nas “rotas de longo curso entre a Itália e a América do Norte” e outros países como Japão e Índia, dado que estas transportadoras aéreas são “concorrentes fortes e próximas”.

Além disso, “a operação poderá criar ou reforçar a posição dominante da ITA no aeroporto de Milão-Linate, o que poderá dificultar a oferta de serviços aos passageiros por parte dos seus concorrentes”, conclui o executivo comunitário. Em 08 de janeiro, a Lufthansa apresentou compromissos para dar resposta a algumas das preocupações preliminares da Comissão, mas estes remédios foram vistos por Bruxelas como “insuficientes, tanto em termos de âmbito como de eficácia”.

A instituição dispõe agora de 90 dias úteis, até 6 de junho de 2024, para tomar uma decisão. Criada em outubro de 2020, a companhia área italiana de bandeira ITA veio suceder à Alitalia, que encerrou atividade após mais de 70 anos de atividade depois de várias tentativas falhadas de tornar a empresa lucrativa.

À semelhança da antecessora, a ITA é detida na totalidade pelo Governo italiano através do seu Ministério da Economia e das Finanças. Numa altura em que o Governo português já anunciou a intenção de privatizar pelo menos 51% da TAP, a companhia área alemã Lufthansa foi uma das transportadoras que manifestou interesse no negócio.

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Sindicato de magistrados diz que escolha de PGR deve ser mais transparente

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

O presidente do Sindicato dos Magistrados do MP defendeu que a escolha do Procurador-Geral da República devia resultar de um procedimento mais transparente, mais democrático e menos sigiloso.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) defendeu esta terça-feira que a escolha do Procurador-Geral da República (PGR) devia resultar de um procedimento mais transparente, mais democrático e menos sigiloso.

“É um processo sigiloso em que só se sabe a posteriori, após a nomeação do PGR pelo Presidente da República. Vivemos tempos que exigem que esse processo seja mais transparente”, disse Adão Carvalho na Conferência “Estados Gerais de Justiça”, organizada pelo Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados,

Adão Carvalho lembrou que “este ano é o ano da escolha do PGR” (que irá substituir Lucília Gago) e disse não perceber o secretismo à volta da nomeação da figura cimeira do Ministério Público (MP).

O presidente do SMMP esclareceu que não está a propor a alteração do sistema de nomeação do PGR, mas a alertar que esse processo “não precisa de ser tão sigiloso” e devia ser mais transparente e democrático.

Tendo em conta que essa nomeação vai decorrer no final deste ano, o presidente do SMMP considerou que seria importante para os cidadãos e para o próprio MP “saber quais são as opções” e o projeto que o futuro PGR trará aquela magistratura.

Questionado pelos jornalistas, Adão Carvalho comentou que tal mudança ajudaria quer os magistrados, quer os cidadãos, a compreender “porque é que é escolhida determinada pessoa” para o cargo de PGR, permitindo “saber aquilo que essa pessoa traz ao MP”.

O presidente do SMMP vincou que a posição assumida “não é por causa da atual PGR”, justificando que, “com as críticas que têm vindo a público e a hipótese já levantada de até haver exoneração da atual PGR, isso leva a exigir que o processo de indicação (do PGR) seja mais transparente”.

Adão Carvalho salientou ainda que o PGR tem poderes instituídos na lei que permitem uma intervenção que assegure uma resposta do MP “mais eficaz, célere, organizada e articulada”.

Esses poderes, disse, permitem “organizar melhor a forma como a investigação é conduzida”, criando, por exemplo, mais meios, equipas mistas de investigação, chamar órgãos de policia criminal a coadjuvar o MP em determinadas investigações, para que estas sejam mais “eficazes, céleres e consistentes”.

Para o presidente do SMMP, o PGR tem vários “poderes instituídos pela lei” para melhorar a atuação do MP e não precisa de ser a “Rainha de Inglaterra”, aludindo à imagem utilizada pelo antigo PGR Pinto Monteiro para se queixar da sua falta de poderes.

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“O voto no PCP e da CDU é sempre um voto de protesto”, diz Paulo Raimundo

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

Paulo Raimundo diz que "não vale a pena" pegar nesse voto de protesto e entregá-lo "a partidos que mais não são do que marionetas e atrelados na trela desses mesmos grupos económicos".

O secretário-geral do PCP disse esta terça-feira, em Faro, que o voto de protesto deve ser encaminhado nas eleições legislativas de março para a CDU, que considerou ser a única solução para quem quer dar um “safanão nisto tudo”. À margem de uma ação de contacto com a população na rua mais comercial da cidade algarvia, Paulo Raimundo foi questionado pelos jornalistas sobre o chamado voto de protesto parecer estar, segundo as sondagens, a mudar da esquerda para a direita.

“O voto no PCP e da CDU é sempre um voto de protesto, que alia o protesto às soluções. Esta é a grande diferença. Aqueles que estão disponíveis para dar um safanão nisto tudo, como se costuma ouvir na rua, a única solução que têm é votar no PCP e na CDU”, afirmou o dirigente comunista.

Segundo Paulo Raimundo, é o PCP e a coligação com Os Verdes que dão “o verdadeiro safanão” aos grupos económicos que “têm os 25 milhões de euros de lucros por dia, enquanto há milhares e milhares de pessoas apertadas, que não conseguem pagar as suas contas da água e da luz”.

Minutos depois, no breve discurso às dezenas de apoiantes presentes na ação, o secretário-geral do PCP reconheceu que existe um “sentimento brutal de injustiça”, mas reiterou que “não vale a pena” pegar nesse voto de protesto e entregá-lo “a partidos que mais não são do que marionetas e atrelados na trela desses mesmos grupos económicos e ao serviço deles”.

Em relação à viabilização de uma reedição da ‘geringonça’ após as eleições de 10 de março, Raimundo garantiu que “não há nenhuma possibilidade de haver um governo de esquerda em Portugal sem a participação do PCP e da CDU, muito menos contra o PCP e a CDU”. Para o dirigente comunista, a “questão fundamental” é se, após as legislativas, “há ou não há” condições para aumentar os salários e garantir que as pessoas têm acesso ao Serviço Nacional de Saúde, à habitação e a outros direitos.

“Tudo o que seja fora disto é para nós nos entretermos com arranjos que não têm nenhuma solução na vida das pessoas”, reforçou. Paulo Raimundo reiterou que o PCP, depois de 10 de março, estará “ao lado de tudo o que for positivo” e “contra tudo o que for negativo”, recordando que foi assim quando a esquerda conseguiu “afastar o Governo do PSD e do CDS”, que considerou “as barrigas de onde vêm agora o Chega e a Iniciativa Liberal”.

Sobre as medidas anunciadas no fim de semana pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, na convenção da Aliança Democrática, o secretário-geral do PCP criticou a “chuva de promessas”. “Vindo de quem vem, que são só os principais recordistas do corte de pensões, no corte de direitos, no corte de salários, no corte dos subsídios de Natal, é um bocadinho, no mínimo, inconsistente”, vincou.

Paulo Raimundo, ao lado da cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Faro, Catarina Marques, disse que a CDU quer recuperar na região o eleito perdido em 2019, e enfatizou que o problema dos salários “muito baixos” é geral no país, mas tem no Algarve “uma dimensão muito particular”, face à precariedade dos contratos a prazo no setor turístico.

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+M

Caixa e Fidelidade são as marcas com melhor reputação na banca e seguros

  • + M
  • 23 Janeiro 2024

No ranking liderado pela Caixa Geral de Depósitos, segue-se o Banco BPI e o Santander Totta. Já no ranking das seguradoras, à Fidelidade segue-se a Tranquilidade e a Ageas.

A Caixa Geral de Depósitos é a marca que colhe melhor reputação no setor da banca, enquanto a Fidelidade lidera nas seguradoras. As conclusões são do RepScore, estudo elaborado pela consultora OnStrategy que analisou mais de duas mil marcas quanto à dimensão emocional da sua reputação.

De acordo com o ranking divulgado, no setor da banca segue-se o Banco BPI (64,3 pontos), o Santander Totta (64,1), o Millennium BCP (64) e o Banco CTT (63,7) como as cinco melhor classificadas.

O Crédito Agrícola (63,1), Bankinter (62,2), Novo Banco (57,7), Banco Montepio (55,1) e Activo Bank (54,5) completam a lista das 10 marcas do setor bancário com maior reputação junto dos portugueses.

Já no que diz respeito ao setor dos seguros, à Fidelidade segue-se no top cinco a Tranquilidade (66 pontos), a Ageas (64,1), a Allianz (62,9) e a Zurich (62,8).

A Multicare (62,7), a Generali (62,4), a Medis (62,1), a Mapfre (62,1) e a Ocidental (62), completam o rol das 10 marcas do setor dos seguros que têm maior reputação junto dos portugueses, onde nenhuma tem uma pontuação abaixo dos 60 pontos.

O estudo é elaborado tendo por base um trabalho de campo que decorre durante todo o ano junto de uma amostra de cerca de 50 mil pessoas e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), analisando os atributos associados à relevância, consideração, confiança, admiração, intenção de compra, preferência, recomendação e defesa.

Para a escala de 100 pontos foram auditadas mais de duas mil marcas (associadas a mais de 70 setores de atividade).

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PJ realiza buscas nas juntas de Santo António e São Domingos de Benfica em Lisboa

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

A PJ está a realizar buscas nas juntas de freguesia de Santo António e de São Domingos de Benfica, em Lisboa, confirmaram à Lusa os dois presidentes destas autarquias do PSD/CDS-PP.

A PJ está a realizar esta terça-feira buscas nas juntas de freguesia de Santo António e de São Domingos de Benfica, em Lisboa, confirmaram à Lusa os dois presidentes destas autarquias do PSD/CDS-PP.

O presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, confirmou à Lusa a realização de buscas relacionadas com a Operação Tutti-Frutti, acrescentando que não tem mais informações.

Já o presidente da Junta de Freguesia São Domingos de Benfica, José da Câmara, disse à Lusa que as autoridades estão a realizar buscas relacionadas com contratos celebrados por esta autarquia de 2011 a 2014.

Entre 2009 e 2013, a junta de São Domingos de Benfica foi governada pela coligação PSD/CDS/MPT/PPM e, entre 2013 e 2017, pelo PS.

Chegaram aqui de manhã e estiveram ali a trabalhar. Agora foram almoçar. Estamos a colaborar totalmente, como é obvio“, disse, confirmando que os contratos são de mandatos em que ainda não era o responsável pela autarquia.

Vasco Morgado é presidente da junta de Santo António desde 2013.

A Lusa tentou contactar a Polícia Judiciária, mas não teve sucesso até às 14h30. Ao início da tarde, a revista Sábado noticiou a realização de buscas na Junta de Freguesia de Santo António, dizendo desconhecer-se o motivo.

A operação batizada de “Tutti Frutti” investiga desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos. Em causa estão suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

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Bancos antecipam nova quebra na procura por crédito da casa

Procura por crédito da casa recuperou no ano passado devido às renegociações. Os bancos estão a antecipar uma diminuição ligeira no arranque de 2024.

A procura por crédito para a compra de casa recuperou no ano passado, sobretudo devido às renegociações dos empréstimos por parte das famílias por conta da subida das taxas de juro. Mas os bancos estão agora a antecipar uma nova quebra na procura da parte das famílias no primeiro trimestre de 2024.

O inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal, mostra que as instituições financeiras esperam uma “ligeira diminuição nos particulares” no que toca à procura de crédito tanto para aquisição de habitação como ao consumo nos próximos três meses.

Depois de ter atingido o fundo entre o último trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, a procura por crédito à habitação recuperou ao longo do ano passado, mas ainda condicionado pelo elevado nível das taxas de juro e de uma menor confiança das famílias. Fatores de pressão que foram “ligeiramente atenuados” pelo aumento das renegociações da dívida, segundo revela o inquérito.

No que diz respeito ao segmento de empresas, a procura atingiu o fundo no segundo trimestre do ano passado e tem estado a recuperar desde então. No próximo trimestre as expectativas dos bancos apontam para uma “procura de crédito sem alterações nas empresas”.

Apesar das perspetivas de uma procura ainda condicionada, os bancos não esperam mudanças nos critérios de concessão de empréstimos às empresas e às famílias para a compra de casa.

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Miguel e Vasco constroem casas modulares em madeira e erguem fábrica no Alentejo

Fundada em 2022 por Miguel Bravo Amaral e Vasco Baptista, a Odum soma mais de 90 obras no portefólio e fatura 2,5 milhões de euros, preparando-se para construir uma fábrica em Alcácer do Sal.

Miguel Bravo Amaral e Vasco Baptista são amigos desde que nasceram, andaram juntos na escola secundária e trabalharam ambos na Carmo Wood. Miguel trabalhou nesta empresa durante 14 anos, numa primeira fase como gestor de produto até chegar à administração; Vasco assumiu a a direção de obras durante 12 anos. Com esta experiência no setor de construção de madeira, decidiram fundar a Odum. Fundada em 2022, soma mais de 90 obras no portefólio, emprega diretamente seis pessoas e fatura 2,5 milhões de euros. Na carteira para este ano contabiliza 30 obras no valor de três milhões de euros.

“Decidimos abrir este novo negócio dentro do setor de que gostamos [construção em madeira] por várias razões: pela experiência que fomos adquirindo ao longo dos anos, pelo facto de os materiais utilizados serem sustentáveis e pela habitação ser uma necessidade efetiva no mercado. Neste campo são precisas soluções de qualidade, sustentáveis, de rápida construção e a preços atrativos”, relata Miguel Bravo Amaral em declarações ao ECO/Local Online.

Naturais de Lisboa, os empreendedores investiram 150 mil euros para criar e desenvolver a marca Terra, que tem como foco as casas modulares. As tipologias vão desde T1 a T3 e o preço dos 1.600 aos 1.750 euros por metros quadrado. “Estes valores são projeto chave-na-mão, que inclui desde as fundações ao acabamento final”, detalha Miguel Bravo Amaral. Um T3 “chave-na-mão” com 92 metros quadrados poderá custar cerca de 150 mil euros. O tempo de execução das casas modulares é de oito a 12 semanas.

As casas modulares já têm o projeto de arquitetura definido, mas o empresário explica que os proprietários podem optar por levar o próprio projeto. A Odum pode tratar do licenciamento da obra, que tem um preço acrescido entre quatro a cinco mil euros. Demora cerca de quatro semanas a entregar a documentação do licenciamento ao proprietário, mas depois o tempo da aprovação depende de cada município. No entanto, Miguel Amaral confia que o “simplex do licenciamento vai ajudar” a acelerar este processo.

“As casas podem ser adaptadas, temos um configurador e o cliente pode ir ao nosso site e rapidamente aceder ao orçamento de acordo com a tipologia. O cliente tem a liberdade de escolher o revestimento exterior e ter um valor de quanto custará a casa e qual o tempo de construção”, explica Miguel Bravo Amaral, formado em Gestão de Marketing no Instituto Superior de Comunicação Empresarial.

No mercado da habitação são precisas soluções de qualidade, sustentáveis, de rápida construção e a preços atrativos.

Miguel Bravo Amaral

Fundador da Odum

“A Odum nasce com o intuito de apresentar ao mercado soluções de habitação e temos um conjunto de soluções desde as casas modulares, às tendas e às mobile homes, e depois fazemos habitação por medida“, explica Miguel Bravo Amaral. Além da habitação em madeira, fazem também passadiços, decks, pérgolas, vedações ou estruturas de cobertura.

Para os fundadores da Odum, a “madeira será o futuro” pelo caráter sustentável. “A madeira é o único material de construção que capta CO2 da atmosfera, contrariamente ao betão ao aço”, salienta Miguel Bravo Amaral.

Para este ano já têm adjudicadas três obras de “grande dimensão” no segmento da habitação. Miguel Bravo Amaral detalha que um dos projetos é uma casa de habitação personalizada com 400 metros quadrados na zona de Lavre, no município de Montemor-o-Novo; outro é uma habitação na zona da Comporta com 600 metros quadrados para um cliente americano; e, por fim, duas casas modulares na zona de Alcácer e Santiago.

Em relação às casas móveis e às tendas, a Odum é representante exclusivo para Portugal da Trigano, que identifica como o maior fabricante europeu. As casas móveis variam entre os 28 mil euros aos 45 mil euros e podem ter entre 24 e 45 metros quadrados. Já as tendas variam entre os quatro mil euros e vinte mil euros.

Nova fábrica em Alcácer do Sal

A sede da empresa está em Lisboa, mas os “construtores” adquiriam uma terreno industrial em Alcácer do Sal onde irá ficar instalada a fábrica da Odum e o parque de estucagem. “É um projeto que estamos a desenvolver e vai ser executado ao longo do ano, até ao final do ano vamos ter uma nova unidade de produção”, diz Miguel Amaral. A nova fábrica representa um investimento de um milhão de euros.

O nome Odum tem como inspiração Eugene Odum, que é considerado o pai da ecologia. “A escolha do nome, mais do que uma homenagem ao famoso biólogo norte-americano, determina, assim, o nosso compromisso com o planeta”, salienta a empresa.

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Nova marina em Vilamoura vai ter 68 postos de amarração para barcos grandes e fica pronta em 2024

O investimento de mais de 23 milhões de euros vai permitir a instalação de três pontões com capacidade para receber 68 iates de luxo.

A construção da nova Marina de Vilamoura arrancou esta terça-feira. O projeto contempla a instalação de três pontões com 68 postos de amarração destinados a embarcações de grande porte, entre 20 e 40 metros. A obra, que representa um investimento de 23 milhões de euros, deverá ficar concluída ainda este ano.

“Esta nova Marina em Vilamoura é altamente diferenciadora para o destino e vem responder a necessidades evidentes do mercado em relação a embarcações de grande porte, que atualmente passam ao largo da costa”, afirma Isolete Correia, administradora da Vilamoura World, citada em comunicado.

A administração da Marina de Vilamoura detalha ainda que “cada posto de amarração irá dispor de múltiplas soluções para promover o conforto e a sustentabilidade, incluindo sistemas de pump-out (escoamento) individuais para todas as embarcações. O que permite a recolha de águas residuais, pontos de carregamento para embarcações elétricas, e sistemas para monitorização e gestão remota dos consumos de água e eletricidade“.

A responsável pela primeira marina a ser construída em Portugal há quase 50 anos realça ainda que esta infraestrutura “surge também da vontade constante de melhorar o serviço a prestar aos clientes, pois são eles o verdadeiro foco deste projeto”.

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