Disponibilidade de água é problema para mais de 50% dos países da UE

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

Portugal apresentou o plano 'ReWaterEU' aos seus homólogos dos 27. Maria do Céu Antunes disse esperar que a Comissão Europeia "tenha este tema muito presente".

A ministra da Agricultura alertou esta terça-feira que a disponibilidade de água “é um problema para mais de 50% dos Estados-membros” da UE, no dia em que Portugal apresentou o plano ‘ReWaterEU’ aos seus homólogos dos 27. Neste sentido, Maria do Céu Antunes disse esperar que a Comissão Europeia “tenha este tema muito presente” e consiga desenhar um programa para a água semelhante ao da energia (RePowerEU).

Falando aos jornalistas à margem da reunião do Conselho da UE, Maria do Céu Antunes defendeu que se devia “juntar os Estados-membros à volta de um documento que chama a atenção para a necessidade, para além do abastecimento humano, de garantir a disponibilidade, o armazenamento, a distribuição e o transporte da água para o setor agrícola”.

O ‘ReWaterEU’ visa contribuir para a redução da vulnerabilidade do bloco europeu perante os efeitos das alterações climáticas nos recursos hídricos.

No que respeita à gestão dos recursos hídricos, o Governo propõe a aplicação de medidas como o investimento na captação, a redução das perdas de água nos sistemas de distribuição, a otimização das infraestruturas de armazenamento e transporte, a reutilização da água para fins não potáveis nos setores urbano, turístico, industrial e agrícola e ainda o investimento em unidades de dessalinização.

O plano seria financiado com recursos da UE e investimento privado sendo que, explicou, terá de haver um instrumento financeiro que canalize verbas para os Estados-membros poderem adotar as medidas previstas. Em março, a Comissão Europeia vai lançar uma iniciativa de resiliência no domínio da água, que incluirá uma série de medidas imediatas, e lançará um debate público sobre a consecução da resiliência hídrica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estruturas da PSP e GNR estranham cálculos do Governo sobre subsídio de risco

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

"O Governo devia estar a falar com os sindicatos mas até ao momento não tivemos qualquer contacto formal", diz o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

As estruturas representativas dos polícias da PSP e dos militares da GNR estranharam esta terça-feira os cálculos feitos pelo Governo em relação ao subsídio de risco, uma vez que não receberam qualquer proposta por parte do Executivo.

O Governo devia estar a falar com os sindicatos mas até ao momento não tivemos qualquer contacto formal para discutir se há vontade de atingir a paridade no suplemento de missão com a PJ e de que forma se vai atingir. Mas para se dar esse passo é preciso falar com os sindicatos”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos.

Um dia antes de se realizar em Lisboa uma manifestação que poderá juntar milhares de polícia da PSP e militares da GNR, o Governo divulgou, através do Diário de Notícias e Correio da Manhã, os custos de aplicar aos elementos das forças de segurança o suplemento atribuído à Polícia Judiciária. Fonte do Governo confirmou à Lusa que o suplemento de missão da PJ aplicado à PSP e à GNR teria um custo de cerca de 154 milhões de euros.

No entanto, a mesma fonte esclareceu que não há negociações em curso com os sindicatos da PSP e associações da GNR, reafirmando que é uma questão que terá de ser avaliada pelo futuro Governo, uma vez que o atual está em gestão e sem legitimidade para iniciar negociações sindicais.

“Estar a falar de valores sem que se saiba do que estamos a falar de forma concreta e efetiva não interessa. Queremos sim que haja conversação, compromisso e se atinge paridade com a PJ”, realçou Paulo Santos, desconhecendo se os cálculos feitos pelo Governo vão permitir que os polícias fiquem a receber o mesmo valor dos inspetores da PJ.

O presidente do maior sindicato da PSP reafirmou que os polícias exigem “equilíbrio relativamente ao risco, penosidade e salubridade” em relação à PJ. Segundo Paulo Santos, o suplemento das forças de segurança e risco é atualmente, em termos médios, entre os 380 a 420 euros na PSP, enquanto na PJ atinge os 1.000 euros.

Também o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, disse à Lusa que “não foi apresentada qualquer proposta por parte do Governo, nem qualquer número”. “Aquilo que exigimos, independente do modelo que encontrem, é o mesmo valor atribuído à PJ. Se o Governo tem alguma proposta, que a apresente, pois é isso que estamos a exigir”, precisou.

Segundo o Governo, o suplemento aplicado à PJ é indexado ao salário base do diretor da Polícia Judiciária. No caso da PSP e da GNR, os suplementos também seriam indexados aos salários bases do diretor nacional da Polícia de Segurança Pública e do comando-geral da Guarda Nacional Republicana.

Os cálculos foram feitos tendo como pressupostos aplicar um suplemento de risco de 15% para os oficiais da GNR e PSP e de 10% para os sargentos e guardas da GNR e chefes e agentes da PSP. Os aumentos rondariam, em média, quase 600 euros para os oficiais e cerca de 300 euros para os agentes e guardas.

Na PJ, o aumento foi de 518,86 euros para os inspetores e de 663 euros para carreira de especialista da polícia científica é de 663,96 euros, passando o suplemento de missão para o valor de 1.026,85 euros em todas as carreiras. Os protestos das forças de segurança por melhores condições salariais começaram há mais de duas semanas por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargaram a todo o país.

Para quarta-feira está prevista uma manifestação em Lisboa organizada pela plataforma composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CNA diz ter sido discriminada em alterações ao Fundo Ambiental

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

“O Governo em gestão fez aprovar, em Conselho de Ministros, uma alteração do Fundo Ambiental para financiamento a duas Confederações Agrícolas, deixando de parte a CNA", indica a confederação.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) criticou esta terça-feira o Governo por ter alterado o Fundo Ambiental, dizendo que foi discriminada ao não ter sido incluída entre as federações representativas dos baldios.

O Governo em gestão fez aprovar, em Conselho de Ministros, uma alteração do Fundo Ambiental para financiamento a duas Confederações Agrícolas, deixando de parte a CNA, para ‘apoiar e acompanhar o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. [ICNF], na coordenação, implementação e celebração da 2.ª geração de contratos-programa com as federações representativas de baldios’”, refere a CNA em comunicado.

Na reunião do Conselho de Ministros de 18 de janeiro, o Governo, em gestão, anunciou que a segunda geração dos contratos-programa celebrados com as federações representativas dos baldios seria de 7,2 milhões de euros, uma despesa autorizada superior aos 5,4 milhões de euros inicialmente previstos.

Na ocasião, o diploma determinou que a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) iriam passar a apoiar e acompanhar o ICNF nestes processos. A decisão é agora contestada pela CNA, que “denuncia publicamente esta grotesca discriminação”.

Nesse sentido, a CNA disse que fez um pedido de audiência ao Ministério do Ambiente e insta o Governo a estabelecer canais de diálogo para a restituição da justiça. A confederação considera que a sua ausência deste programa é “uma inadmissível afronta e negação do património histórico da CNA, das suas filiadas e das lutas dos próprios baldios”, remetendo para a sua defesa dos compartes dos baldios, da propriedade comunitária e das comunidades rurais.

Historicamente, tem sido a CNA e as suas filiadas quem está ao lado dos baldios, a acompanhar os compartes e as suas estruturas de proximidade a desenvolver a imensa obra realizada em benefício das comunidades rurais, num desenvolvimento rural democrático, substituindo-se ao desinteresse e desresponsabilização de sucessivos governos e ao esvaziamento dos serviços do Estado. Quem tentar negar estes factos históricos não nega só a história da CNA, nega a história do país”, refere a CNA.

A Lusa contactou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e aguarda uma resposta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto de Leixões submete estudo para ampliar terminal de contentores a norte

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

O objetivo é ter uma "maior capacidade de movimentação de contentores, assim como dar resposta ao crescimento da dimensão dos navios porta-contentores".

A administração do porto de Leixões submeteu um projeto para modernizar e ampliar a infraestrutura para norte, mas o processo foi entretanto retirado da listagem pública da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“O projeto consiste no estudo para a ampliação e modernização do atual Terminal de Contentores Norte do Porto de Leixões, de forma a dotá-lo de uma maior capacidade de movimentação de contentores, assim como dar resposta ao crescimento da dimensão dos navios porta-contentores”, pode ler-se numa resposta da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) a questões da Lusa.

A Lusa tinha questionado a APDL na sequência da submissão, junto da APA, de um processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) para a Ampliação e Reorganização do Terminal de Contentores Norte do Porto de Leixões, mas entretanto a identificação do processo foi retirada do portal da APA. A Lusa questionou a agência sobre o sucedido e aguarda resposta.

De acordo com a APDL, “os objetivos da reorganização consistem no estudo de novas configurações do cais acostável, de forma a viabilizar a acostagem de navios porta-contentores com capacidade até 10.000 TEU (unidade padrão de medida de contentores), assim como diferentes configurações para o terrapleno, a fim de dar resposta ao aumento da procura no movimento de carga contentorizada”.

“A reorganização passa também pelo estudo de diferentes alternativas de localização do terminal ferroviário, dentro do Terminal de Contentores Norte”, de acordo com a administração portuária liderada por João Neves. Questionada sobre se este projeto se insere na elaboração do Plano Estratégico, a APDL refere-se que esta se encontra “em desenvolvimento tendo por base a análise da situação passada e presente, de forma a permitir definir metas e orientações de médio/longo prazo para a APDL”.

“Este estudo para a ampliação e modernização do atual Terminal de Contentores Norte do Porto de Leixões será uma das componentes em análise na elaboração do Plano Estratégico em curso, cuja conclusão está prevista para meados de 2024”, refere.

Já sobre se a submissão deste estudo significa o abandono do anterior projeto do terminal de contentores a sul, a APDL refere que “o Plano Estratégico do porto de Leixões encontra-se em desenvolvimento, sendo portanto ainda prematuro tirar conclusões sobre outros planos”. Em novembro, um grupo de cidadãos de Leça da Palmeira, em Matosinhos, manifestou-se preocupado com a possível localização do futuro terminal de contentores de Leixões no molhe norte do porto, disse à Lusa o porta-voz António Soares.

Em causa está a possível expansão do terminal de contentores do porto de Leixões, que estava planeada para o molhe sul da infraestrutura, mas que, com o abandono do terminal da Petrogal, poderá passar para norte, impactando sobre Leça da Palmeira e sobre a marina.

De acordo com António Soares, se a solução norte avançar, “toda a área onde está a marina, ali na frente de mar, até cerca de 800 metros para a frente, dá uma área de cerca de 20 hectares que vai ser ocupada com um parque de contentores de quatro ou cinco pisos”.

“Isto é um prédio de cinco andares. Está a ver a enormidade de contentores ali estacionados na frente. O centro histórico de Leça vai ficar atrás de contentores. Vai haver desvalorização patrimonial, redução de turismo, há um impacto visual extremamente negativo em zonas protegidas”, alertou.

Em causa estão zonas classificadas como o forte de Leça da Palmeira (imóvel de interesse público), e obras de autoria do arquiteto Álvaro Siza como a Piscina de Marés e a Casa de Chá da Boa Nova, monumentos nacionais. À data, a APDL disse à Lusa que numa altura “de estudo e avaliação, todos os cenários estão a ser equacionados, sendo prematuro refutar ou confirmar qualquer um”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AIE recomenda “melhoria” dos leilões offshore para garantir “elevada participação”

Atrasos na instalação de projetos, financiamento e licenciamento em alguns leilões na Europa obrigam a AIE a recomendar uma "melhoria" do desenho face aos concursos futuros, como em Portugal.

2024 será um ano importante para o lançamento de vários leilões de eólicas offshore na Europa. Portugal, embora tenha o calendário congelado devido à crise política, deverá juntar-se a países como a Alemanha, Dinamarca, França e os Países Baixos, que colocarão a concurso os primeiros gigawatts (GW) da capacidade instalada desta energia que pretendem alcançar até 2030. A nível nacional, a ideia será colocar a concurso 10 GW até ao final da década, tal como prevê o Plano Nacional de Energia e Clima.

A elevada expectativa vem acompanhada de algumas reservas face aos resultados desapontantes do leilão do ano passado, no Reino Unido. Mas não só. A Agência Internacional de Energia (AIE) recorda que nos últimos anos se tem verificado uma demora na instalação dos projetos que ganharam leilões em países como a Bélgica e em França; um atraso a nível do financiamento das infraestruturas portuárias na Polónia e uma lentidão no licenciamento de projetos na Suécia.

As incertezas, explica a agência liderada por Fatih Birol num estudo divulgado no passado dia 11 de janeiro, prendem-se a uma “combinação de perturbações na cadeia de abastecimento, custos de investimento 20% mais elevados e longos prazos de licenciamento” em mercados como a União Europeia e os Estados Unidos. Em alguns países, estes prazos podem demorar até 10 anos. Segundo a AIE, os preços atribuídos nos mais recentes leilões deixaram de refletir os custos de desenvolvimento, o que reduz a capacidade de financiamento dos projetos.

A energia eólica offshore foi a mais afetada pelo novo ambiente macroeconómico, tendo a sua expansão até 2028 sido revista em baixa em 15% fora da China“, informa o documento.

Ainda assim, a AIE mantém as expectativas saudáveis em relação aos futuros leilões de eólicas offshore a nível mundial, incluindo o procedimento concursal em Portugal.

Questionado sobre se os riscos poderiam influenciar o número de promotores interessados em participar, um dos representantes da AIE, durante um webinar com jornalistas, esta terça-feira, afirmou que “apesar da recente inflação dos custos da energia eólica marítima, a tecnologia ainda é capaz de fornecer energia fiável e de baixo custo” e que a expectativa é que o desenvolvimento tecnológico conduza “à continuação da tendência para a diminuição dos custos a médio prazo”.

A melhoria do desenho dos leilões, no sentido de assegurar que os promotores garantam um retorno justo do seu investimento e partilhem os riscos dos custos, será fundamental para garantir uma elevada participação“, considerou o responsável.

Crescimento da China nas renováveis “deixou de ser comparável”

A instalação de nova capacidade de renováveis nos próximos cinco anos vai ser mais rápida do que aquela verificada nos últimos 100 anos. Entre 2023 e 2028, serão instalados quase 3.700 gigawatts (GW) de nova capacidade em mais de 130 países, e segundo as contas da Agência Internacional de Energia, a China deverá ser o principal impulsionador, seguindo-lhe os Estados Unidos e a União Europeia.

“O crescimento da China nas renováveis triplicou e deixou de ser comparável a outros mercados. Nos últimos quatro anos, tornou-se impossível [concorrer contra a China]. A maioria dos países está longe deste nível”, explicou o mesmo responsável, durante o webinar, adiantando que estes resultados, sobretudo no setor do solar fotovoltaico, foram possíveis de concretizar graças a políticas públicas fortes, custos baixos de produção e metas ambiciosas.

Segundo o relatório da AIE, a China será responsável por quase 60% da nova capacidade de energias renováveis que se espera vir a estar operacional em todo o mundo, até 2028. E a título de exemplo, só a nível da energia eólica as instalações na China cresceram 66% entre 2022 e 2023.

Face ao ritmo de crescimento, a agência liderada por Fatih Birol prevê que Pequim deverá atingir o seu objetivo para 2030 de instalações eólicas e solares fotovoltaicas já este ano — seis anos antes do previsto. Em 2020, o país liderado por Xi Jinping comprometeu-se a ter 1.200 GW de renováveis até ao final da década.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ecogc Investment vai investir até 30 milhões em imobiliário em Portugal

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

Só no Porto, o investimento atingirá os 16 milhões de euros, para reabilitação de edifícios para apartamentos, em várias zonas da cidade.

A sociedade Ecogc Investment vai investir entre 25 milhões de euros e 30 milhões de euros em Portugal, em diversos projetos imobiliários, adiantou à Lusa João Pedro Pereira, partner da empresa. De acordo com o responsável, os vários projetos estão em diferentes fases, sendo que este valor deverá ser aplicado até meados de 2025.

Só no Porto, indicou, o investimento atingirá os 16 milhões de euros, para reabilitação de edifícios para apartamentos, em várias zonas da cidade. Segundo João Pedro Pereira, “os investidores desta empresa são de capitais asiáticos, não exclusivamente da China, mas também de outras regiões” como Singapura, destacando que “a empresa investe em imobiliário, dentro do respeito pela história das cidades”.

João Pedro Pereira destacou “as exigências naturais e normais nestas circunstâncias, porque são edifícios muito antigos que estão a ser reabilitados, muitas vezes em zonas que podem ter também vestígios históricos que têm que ser catalogados e identificados”.

“Temos vários projetos em Évora”, destacou, indicando que dois “são residências de estudantes”, um segmento em que há um défice na oferta na cidade. A empresa conta ainda com um projeto, também na zona de Évora, “de maior dimensão e que vai contemplar um hotel e um conjunto de apartamentos que serão, em princípio, geridos também pelo hotel”.

A Ecogc Investment fixou-se em Portugal há quatro anos e conta com 10 trabalhadores, sendo que a empresa contrata serviços de várias áreas, como construção, arquitetura, entre outras, indicou o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antigo ministro Pedro Aguiar Branco quer “pacto de regime para a Justiça”

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2024

"Continuo a acreditar que é necessário um pacto de regime para a Justiça e não apenas reformas porque isso é apenas uma parte do que se tem que fazer na Justiça", disse o antigo ministro da Justiça.

O antigo ministro da Justiça Pedro Aguiar Branco manifestou-se esta terça-feira favorável a um “pacto de regime para a Justiça” e “não apenas reformas”, defendendo ainda a envolvência do Presidente da República para ultrapassar bloqueios. O advogado e candidato das listas da AD às próximas eleições legislativas de 10 de março falava na Conferência “Estados Gerais de Justiça”, realizada em Lisboa, numa iniciativa do Conselho Regional da Ordem dos Advogados e do seu presidente João Massano.

Continuo a acreditar que é necessário um pacto de regime para a Justiça e não apenas reformas porque isso é apenas uma parte do que se tem que fazer na Justiça”, declarou Aguiar Branco, observando que “há medidas que têm impacto financeiro” que justificam e exigem “um pacto de regime” entre os partidos políticos.

O ex-governante do PSD admitiu, com ironia, que a concretização do pacto de regime para a Justiça tenha já tanto tempo como o aeroporto de Lisboa, mas insistiu na ideia de que, no passado, levou à criação de uma estrutura de missão e grupo de trabalho liderado por Miguel Galvão Teles e o então Presidente da República Jorge Sampaio, a “dar total apoio àquilo que foi o pacto para a Justiça”.

Independentemente de quem ganhar as próximas eleições legislativas, Aguiar Branco aconselhou que “o próximo Governo tenha um ministro [da Justiça] com capacidade de decisão” e esteja “bem assessorado”. Na sua intervenção, Aguiar Branco alertou ainda para as “tentações totalitárias” que ameaçam o Estado de direito e a democracia, falou do “magno problema da violação do segredo de justiça” e do papel dos media e do “sentimento de corresponsabilização que deve existir entre todos os operadores judiciários”, entre outros temas.

O advogado José António Barreiros, outros dos oradores, analisou detalhadamente diversos problemas da justiça, não só na área criminal, mas também na área administrativa e fiscal, justiça contraordenacional e outras, concluindo que “os diagnósticos estão há muito feitos”, sendo que “o problema não é de diagnóstico, mas de soluções”.

“O que importa é decidir o modelo que se vai aplicar”, enfatizou o advogado, que criticou a “política de estatísticas” da justiça, a má qualidade das leis e a atual degradação dos meios e instrumentos de registo de prova nos tribunais, que classificou como sendo uma “desgraça”.

Os megaprocessos e a consequente “justiça de classes” que provoca foi outra das abordagens do advogado, que considerou que, nestes processos, hoje, a pendência processual (durante anos) é a sanção, acompanhada por uma campanha mediática, porque quando a sentença chega “já não interessa”, ao fim de tanto tempo. Criticou ainda a eternização dos inquéritos do Ministério Público e apelou a que “não destruam o contraditório”.

O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), Manuel Soares, falou sobre a saúde mental e dos casos de burnout na judicatura, das falhas no sistema recrutamento dos juízes (nos últimos 30 anos foram expulsos 40 magistrados) e nas mudanças a operar no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), a escola de formação dos magistrados.

Quanto aos casos de burnout dos juízes revelou que estes são “muito menos” nos tribunais administrativos e fiscais do que nos Tribunais de Família e Menores, Tribunais de Trabalho e Tribunais Criminais onde os magistrados “têm de lidar com o drama humano”.

António Marçal (Sindicato dos Funcionários Judiciais) e Arménio Maximino (Sindicato dos Trabalhadores dos Registos) falaram do défice gritante de pessoal no quadro, das dificuldades de recrutamento, da falta de condições de trabalho, da desvalorização das carreiras e dos conflitos com o governo, que, em sua opinião, não têm dado a atenção e o valor que estes profissionais merecem pelo seu papel crucial no funcionamento da justiça nas suas diversas vertentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP investe em empresa norte-americana que captura carbono do oceano

A Captura decidiu aumentar o financiamento para suportar o desenvolvimento da sua tecnologia e lançar a fase comercial.

A EDP, através do seu braço de capital de risco EDP Ventures, investiu na startup Captura, que desenvolve uma tecnologia que aproveita o poder do oceano para absorver o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.

A Captura, que tem origem norte-americana, anunciou esta semana a conclusão de uma nova ronda de financiamento de Série A no total de 21,5 milhões de dólares (perto de 20 milhões de euros) para comercializar a tecnologia Direct Ocean Capture (DOC).

Nesta nova ronda, além da EDP Ventures, entraram outros novos investidores como a Maersk e a Eni Next. Estes investidores vêm reforçar as competências da Captura nas áreas de energia e de transporte e logística. Também vários dos atuais financiadores da empresa reforçaram o seu investimento, incluindo a Future Planet Capital, que liderou a ronda alargada, a Equinor Ventures, a FreeFlow Ventures, a Hitachi Ventures, a Aramco Ventures, a mTerra Ventures e o EIC Rose Rock Venture Fund.

Depois de uma primeira ronda de financiamento, em janeiro de 2023, em que angariou um total de 12 milhões de dólares (cerca de 10 milhões de euros), a Captura decidiu aumentar o seu financiamento para suportar o desenvolvimento da sua tecnologia e lançar a fase comercial do DOC.

"Está a tornar-se cada vez mais importante incluir tecnologias de remoção de carbono como parte de uma estratégia de emissões líquidas zero, e a Captura destaca-se como líder neste campo promissor.”

Luís Manuel

Administrador da EDP Inovação e responsável pela EDP Ventures

A Captura tem atualmente duas instalações-piloto operacionais na Califórnia e está a desenvolver uma terceira. Estas instalações têm uma capacidade de captura de mil toneladas de CO2 por ano, prevendo-se a sua instalação na Noruega no outono deste ano. Após este projeto-piloto, a Captura planeia um alargamento da operação comercial, com as primeiras instalações a capturar dezenas de milhares de toneladas de CO2 ou mais por ano.

“Está a tornar-se cada vez mais importante incluir tecnologias de remoção de carbono como parte de uma estratégia de emissões líquidas zero, e a Captura destaca-se como líder neste campo promissor”, explica Luís Manuel, administrador da EDP Inovação e responsável pela EDP Ventures.

As instalações da Captura utilizam a tecnologia DOC exclusiva da Captura que, depois de capturar o CO2 do oceano, pode armazená-lo permanentemente ou transformá-lo noutros produtos com menor emissão de gases com efeito de estufa. A remoção de CO2 do oceano usando DOC amplifica a capacidade natural do mesmo de absorver carbono, criando capacidade para uma retirada adicional de CO2 da atmosfera. Com o CO2 cerca de 150 vezes mais concentrado volumetricamente no oceano em comparação com o ar, isto proporciona uma forma escalável e eficiente de remover o excesso de CO2 atmosférico.

“No ano passado, a Captura deu passos notáveis no caminho para a comercialização”, disse Steve Oldham, presidente executivo da Captura. “À medida que trabalhamos para fazer avançar a nossa tecnologia e o nosso negócio, estamos entusiasmados por receber investimentos de empresas líderes do setor, como a Maersk, a Eni Next e a EDP, e por contar com o apoio contínuo dos nossos atuais investidores. Com a nossa crescente rede de parceiros de implantação e investidores, e o sucesso do nosso programa piloto de tecnologia, a Captura está agora bem posicionada para levar a nossa tecnologia ao mercado e fornecer soluções climáticas em escala significativa.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medina rejeita voltar a ser ministro das Finanças: “A vida tem de andar para a frente”

O ainda governante diz que aceitou "de bom grado participar nas listas de deputados" do PS, a convite de Pedro Nuno Santos, mas "não mais do que isso", porque "a vida tem de andar para a frente".

O ainda ministro das Finanças, Fernando Medina aceitou, “de bom grado, participar nas listas de deputados”, a convite do líder do PS, Pedro Nuno Santos, mas rejeita voltar a tutelar a pasta das Finanças, porque “a vida tem de andar para a frente”, revelou esta terça-feira, em entrevista ao podcast Geração 70 da SIC Notícias.

Questionado se aceitaria continuar como ministro das Finanças, caso fosse convidado por Pedro Nuno Santos, num cenário em que o PS vencesse as eleições de 10 de março, Medina afirma que apenas está disponível para participar nas listas de deputados, “não mais do que isso”. “Tenho a minha ideia muito clara. A vida tem que andar para a frente”, acrescentou.

Medina vai em terceiro lugar na lista pelo círculo eleitoral de Lisboa, que é encabeçada pela ainda ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. “Aceitei com gosto o convite do secretário-geral para integrar as listas, participarei na campanha e depois o futuro verá. O meu compromisso é de participação ativa e empenhada na campanha eleitoral e nas eleições, não mais do que isso”, reforçou.

Medina esclareceu ainda que aceitou o desafio de Pedro Nuno Santos, mas que se mantém fiel ao seu pensamento de contas certas e de criação de um fundo soberano, para onde canalizaria os excedentes orçamentais, solução que já rejeitada pelo secretário-geral socialista.

“Pedro Nuno Santos está a dar um excelente exemplo do que um líder de um grande partido como o PS deve fazer: unir as diferentes sensibilidades. (…) Ele desafiou-me, sabendo que não mudo o meu pensamento da noite para o dia.”

Fernando Medina saiu ainda em defesa do presidente do PSD, Luís Montenegro, no caso de eventual benefício indevido de isenção de IMI e redução de IVA pela construção da casa de Espinho. “É um sistema em que qualquer denúncia anónima espoleta uma abertura de um inquérito que é tornado público (…). Montenegro é um adversário político, mas que aqui defendo”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BEI investiu 88 mil milhões em 2023, mais de metade em financiamento ‘verde’

O investimento em financiamento 'verde' atingiu um recorde de 49 mil milhões, mais 29% face a 2022, sublinhou a instituição. Mais de 21 mil milhões foram investidos em segurança energética.

O Grupo Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou novos contratos de financiamento de 88 mil milhões de euros para apoiar “projetos de elevado impacto em domínios prioritários das políticas da UE, nomeadamente a ação climática, as infraestruturas sustentáveis e os cuidados de saúde”, anunciou esta terça-feira a presidente da instituição, Nadia Calviño.

“O Grupo BEI está a implementar as prioridades da UE em toda a Europa: reforçar a competitividade europeia e a liderança da UE no domínio das tecnologias verdes e ajudar a garantir um futuro mais seguro para as pessoas na União e no resto do mundo”, afirmou Calviño, citada em comunicado.

“Não só alcançou como excedeu os seus objetivos em vários domínios prioritários da UE, o que se traduzirá em benefícios tangíveis para todos nós, desde água potável mais segura a melhores transportes públicos, de um melhor acesso a vacinas a uma maior cobertura da rede móvel 5G, da criação de emprego e do aumento da competitividade à segurança e eficiência energéticas”, acrescentou.

O BEI é a instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia, cujo capital é detido pelos Estados-membros. Financia investimentos viáveis que contribuam para a concretização dos objetivos estratégicos da UE, nomeadamente uma transição global justa para a neutralidade climática. O português Ricardo Mourinho Félix, ex-secretário de Estado das Finanças, foi vice-presidente do BEI entre outubro de 2020 e dezembro de 2023.

Em 2023, o financiamento canalizado diretamente para a ação climática e a sustentabilidade ambiental totalizou 49 mil milhões em 2023, em comparação com 38 mil milhões em 2022, explicou o BEI, adiantando que desde 2021, o grupo mobilizou 349 mil milhões de euros em investimentos ecológicos e está no bom caminho para alcançar o objetivo de consagrar 1 bilião de euros ao financiamento verde até ao final da década.

Os investimentos do banco incluíram mais de 21 mil milhões no âmbito do plano REPowerEU, iniciativa que visa reduzir a dependência da Europa em relação aos combustíveis fósseis e acelerar a transição ecológica.

“Num ano caracterizado por uma crescente instabilidade em todo o mundo, a EIB Global, a direção do Grupo dedicada aos investimentos no exterior da UE, disponibilizou mais de 8,4 mil milhões euros para projetos, dos quais quase metade se destinaram aos países menos desenvolvidos e aos Estados frágeis do mundo”, sublinhou.

No total, o financiamento da EIB Global mobilizou 27 mil milhões de investimentos ao abrigo da estratégia Global Gateway da UE, antes do prazo previsto, devendo apoiar 100 mil milhões de investimentos do programa, até 2027. Além de ter concedido quase 2 mil milhões de assistência financeira à Ucrânia desde a invasão russa, o banco criou, em 2023, o Fundo EU4U, apoiado pelos Estados-Membros e pela Comissão Europeia, para reforçar a resiliência económica e a reconstrução da Ucrânia.

O Grupo BEI investiu 19,8 mil milhões de euros em inovação e 20 mil milhões em apoio às pequenas e médias empresas e às empresas de média capitalização, graças sobretudo ao Fundo Europeu de Investimento, a instituição do Grupo BEI especializada na concessão de financiamento de risco, que, no último ano, assinou cerca de 15 mil milhões de investimentos.

O financiamento concedido pelo grupo em 2023 deverá apoiar investimentos no valor de cerca de 320 mil milhões, beneficiando 400 mil empresas e apoiando 5,4 milhões de postos de trabalho, vincou. O BEI adiantou que publicará a 1 de fevereiro uma repartição por país dos seus resultados de 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP afundou quase 7%, após Fosun reduzir participação

Ações do BCP afundaram em bolsa depois de ter sido conhecido que a Fosun reduziu a participação no banco. Bolsa de Lisboa acompanhou sentimento negativo vivido na generalidade das praças europeias.

As ações do BCP fecharam a sessão desta terça-feira com um “trambolhão” de quase 7%, após ter sido conhecido que a Fosun, o maior acionista do banco, alienou na segunda-feira uma posição de 5,6%, por cerca de 235,2 milhões de euros, ao preço de 27,8 cêntimos cada título.

Nesta sessão, os títulos do banco liderado por Miguel Maya fecharam a cair 6,75% para 26,81 cêntimos por ação. Mas durante as negociações chegaram a afundar 7,9%.

A pressão vendedora surge em reação ao desinvestimento da Fosun no BCP. O grupo chinês vendeu esta segunda-feira 5,6% do capital do banco português, ao preço de 27,8 cêntimos por ação, conseguindo uma mais-valia estimada de 176,6 milhões de euros. Também ficou patente que, antes desta operação, a Fosun já tinha vendido uma posição de cerca de 4%, pois chegou a deter 29,45% do capital em junho do ano passado.

O desempenho das ações do BCP fizeram “mossa” no índice de referência nacional. O PSI fechou a sessão desta terça-feira a cair 1,06% para 6.268,80 pontos, com oito cotadas em terreno positivo, uma inalterada e as restantes sete no vermelho.

Entre os “pesos pesados” a pressionar o índice de referência nacional esteve ainda o grupo EDP e a Jerónimo Martins. No grupo EDP, a “casa-mãe” cedeu 0,87% para 4,237 euros, já a EDP Renováveis caiu 0,73% para 15,695 pontos. Ao mesmo tempo, os títulos da dona do Pingo Doce desvalorizaram 0,19% para 20,66 euros.

Em contraciclo e a evitarem perdas mais expressivas estiveram, à cabeça, a Altri, cujas ações subiram 2,39% para 4,632 pontos, e a Navigator, cujos títulos subiram 1,97% para 3,722 euros. Nota positiva ainda para os CTT, que avançaram 0,68% para 3,68 euros.

Lisboa acompanhou o sentimento negativo vivido na generalidade das praças europeias, no dia em que o Stoxx 600 recuou 0,3%, a par com o alemão DAX. Já o espanhol IBEX-35 cedeu 1,1% e o francês CAC-40 perdeu 0,4%. Em contrapartida, o britânico FTSE 100 subiu 0,1%.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“O BCP está bem e recomenda-se”, garante Nuno Amado

Nuno Amado garante que a venda de 5,6% do capital do BCP por parte da Fosun não é preocupante e que o banco atravessa um bom momento.

Nuno Amado, presidente do Conselho de Administração do BCP BCP 3,63% , não está preocupado com a venda de 5,6% da participação que os chineses da Fosun tinham no banco e que levou a uma redução da sua posição para perto dos 20%.

“O BCP está bem e recomenda-se”, referiu Nuno Amado à saída da apresentação do projeto “Comparar para Crescer” da associação Business Roundtable Portugal, esta terça-feira em Lisboa.

Nuno Amado sustenta ainda o seu otimismo notando que, “nos últimos dois anos, o BCP valorizou-se muito”. Neste período, a cotação do banco subiu 131%, passando de 11,62 cêntimos a 24 de janeiro de 2021 para os atuais 26,81 cêntimos de euro.

Com a concretização da venda de 5,6% do BCP, a Fosun arrecadou 235,2 milhões de euros, mas garantiu que “continuará a apoiar o desenvolvimento do BCP” através da manutenção de uma participação de referência no banco.

Fonte oficial do grupo chinês revelou que a decisão de venda das ações foi “um comportamento de investimento normal e uma operação financeira”, considerando “a forte subida no preço das ações dos bancos portugueses e do BCP num período recente”.

A Fosun revelou ainda que esta alienação também “não deve ser interpretada como um sinal de que a Fosun deixou de estar otimista em relação ao mercado português, sob quaisquer circunstâncias”, e que assegurou que o grupo chinês vai manter uma posição superior a 20% no BCP, considerando outros investimentos, como a Fidelidade, como “componentes muito importantes”.

Para os analistas ouvidos pelo ECO, a redução de 30% para 20% alimenta o cenário de fusões e aquisições (M&A) em torno do banco português.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.