Trump escolhe Tom Homan para liderar “deportação de estrangeiros ilegais”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

Além de supervisionar as fronteiras sul e norte e “a segurança marítima e aérea”, Trump disse que Homan “será responsável por toda a deportação de estrangeiros ilegais de volta para o país de origem”.

O presidente eleito dos Estados Unidos anunciou que vai nomear como “czar das fronteiras” Tom Homan, antigo responsável pela imigração no primeiro mandato de Donald Trump. Homan foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês) entre janeiro de 2017 e junho de 2018.

“Tenho o prazer de anunciar que o antigo diretor da ICE e um bastião do controlo das fronteiras, Tom Homan, se juntará à administração Trump, responsável pelas fronteiras da nossa nação”, escreveu na noite de domingo o republicano.

Além de supervisionar as fronteiras sul e norte e “a segurança marítima e aérea”, Trump disse que Homan “será responsável por toda a deportação de estrangeiros ilegais de volta para o país de origem”.

O presidente eleito, de 78 anos, prometeu lançar, no primeiro dia do segundo mandato, a maior operação de deportação de migrantes ilegais da história dos Estados Unidos.

O magnata disse na sua rede social Truth Social que “não tinha dúvidas” de que Homan “fará um trabalho fantástico e que há muito é esperado”.

A nomeação de Homan não carece de confirmação do Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump atacou repetidamente os migrantes ilegais que acusou de “envenenar o sangue” dos Estados Unidos, e prometeu restabelecer uma política de separação familiar na fronteira.

Durante o anterior mandato de Donald Trump (2017-2021), quase quatro mil crianças migrantes foram separadas dos pais e colocadas em detenção.

Horas antes do anúncio de Trump, Homan disse numa entrevista à televisão norte-americana Fox News que os militares não iam deter e prender imigrantes ilegalmente no país e que a ICE ia agir de “forma humana”.

“Será uma operação bem direcionada e planeada, conduzida pelos homens da ICE. Os homens e mulheres da ICE fazem-no diariamente. São bons nisso”, disse Homan. “Quando formos ao terreno, saberemos quem procuramos. Provavelmente, saberemos onde estão e isso será feito de forma humana”, garantiu.

Homan é o segundo nome anunciado para a futura administração de Donald Trump, depois de Susie Wiles, a arquiteta da campanha vitoriosa do republicano. Trump sublinhou na quinta-feira que a sexagenária será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de gabinete presidencial.

O magnata foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.

O Partido Republicano recuperou ainda o Senado (câmara alta da Congresso) ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) os últimos dados indicam que se encontra igualmente na frente no apuramento, com 210 mandatos, a apenas oito da maioria.

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By Salomon expande os seus hotéis para Portugal e Hungria e está a negociar oportunidades nas principais capitais europeias

  • Servimedia
  • 11 Novembro 2024

A empresa de gestão hoteleira dos irmãos Serra Moreno está a finalizar operações centradas em estabelecimentos de duas a quatro estrelas em zonas urbanas centrais.

By Salomon Hospitality, a divisão hoteleira da holding familiar dos irmãos Harry e Toni Serra Moreno, continua a alargar a sua carteira de hotéis. Já presente nas principais cidades de Espanha, a By Salomon olha para a Europa e acrescenta três novos hotéis ao seu portfólio, localizados em Lisboa, Porto e Budapeste, com um total de 160 quartos, ao mesmo tempo que finaliza novas operações noutras capitais europeias, como Londres e Atenas.

De acordo com a empresa de gestão hoteleira, a chegada a Portugal foi um passo natural. Em Lisboa, a By Salomon adquiriu o Hotel Pateo, um estabelecimento de 4 estrelas e 20 quartos, que será gerido pela Chic and Basic hotels e o hotel será remodelado pelo Bacana Studio, especialista em projetos deste tipo.

No Porto e em Budapeste, o By Salomon também será gerido pela Chic and Basic. No Concret (Rua Falcão), em frente ao já inaugurado Gravity, a empresa continua com a ideia das suites de luxo. Em Budapeste, o antigo Soho Boutique Hotel, com 80 quartos, será transformado num espaço para jovens viajantes.

“Procuramos proativamente oportunidades nas principais capitais, desde que acreditemos que se enquadram na nossa filosofia: hotéis urbanos, com boas ligações, onde podemos trazer um ponto de especialização em linha com a cidade ou bairro que representam”, afirmou Harry Serra, CEO e cofundador, juntamente com o seu irmão Toni, da By Salomon Hospitality.

O portefólio da By Salomon inclui aquisições e arrendamentos de longo prazo com diferentes tipos de proprietários, desde famílias que gerem os seus próprios hotéis a investidores privados. A empresa trabalha para ser a solução ideal em situações em que famílias ou pequenos grupos hoteleiros estão a considerar a possibilidade de alienar os seus ativos por não quererem enfrentar o desafio da modernização, afirmou a empresa.

“A Europa não precisa de mais hotéis, precisa de hotéis melhores e de maior qualidade. Não é necessário abrir novos hotéis, basta transformar os atuais para os adaptar às necessidades dos novos consumidores”, sublinha Toni Serra, co-CEO e cofundador da By Salomon.

Neste processo de encerramento de novas operações, a empresa acelerou o passo. Com os hotéis em Portugal e na Hungria, são agora sete hotéis nos últimos sete meses, tendo em conta os adquiridos em Sitges, Valência, Granada e Barcelona, fechando 2024 com um investimento acumulado na compra e remodelação destes ativos de cerca de 40 milhões de euros.

O grupo conta atualmente com uma carteira de quinze hotéis que deverão estar totalmente operacionais no início de 2026. A By Salomon tem como objetivo fazer da gestão e do investimento hoteleiro a bandeira da holding familiar de Harry e Toni Serra Moreno, também uma referência em investimentos no setor da restauração, como o Isabella’s Group, Crep Nova ou Good News. Com este objetivo, a By Salomon integrou no capital da sociedade de gestão hoteleira o publicitário e investidor de renome Rafael Esteve, histórico dirigente do grupo de comunicação WPP em Espanha e coproprietário de várias grandes empresas de consumo. O seu papel contribuirá para reforçar as suas marcas e aprofundar o posicionamento do projeto à escala nacional e internacional.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 11 de novembro

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 11 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Madrid, a região com os tempos de espera mais curtos para as especialidades cirúrgicas mais concorridas

  • Servimedia
  • 11 Novembro 2024

Em Madrid, 70 286 pessoas aguardam para serem operadas e, embora a região enfrente a maior pressão sobre os cuidados de saúde em Espanha, é a que apresenta os melhores resultados em todo o país.

De acordo com os últimos dados relativos ao mês de junho do Sistema de Listas de Espera do Sistema Nacional de Saúde (SISLE), 848 340 espanhóis aguardam uma intervenção cirúrgica, mais 28 376 do que em junho de 2023, o que representa uma taxa de 18 doentes por 1 000 habitantes.

Madrid é a região com a taxa mais baixa, de acordo com o SISLE, com 10,06 doentes por 1000 habitantes em lista de espera. Em regiões com uma procura de cuidados semelhante à de Madrid, como a Catalunha e a Andaluzia, a taxa é de 26,6 e 31,6, respetivamente.

Madrid é também a líder no que diz respeito aos tempos de espera mais curtos para as operações de todas as comunidades autónomas, com uma média de 47 dias, muito abaixo da média nacional de 121 dias. Se compararmos Madrid com regiões semelhantes em termos de pressão sanitária, as diferenças são ainda mais acentuadas, com a Catalunha a registar até 137 dias de atrasos e a Andaluzia, 169 dias.

Em comparação com a percentagem de 20,5% de pacientes a nível nacional que têm de esperar mais de seis meses para serem operados, em Madrid esse valor é praticamente inexistente – apenas 0,2% – enquanto na Catalunha a percentagem é de 26,6% e na Andaluzia de 31,6%.

OPERAÇÕES

De todas as intervenções cirúrgicas, os piores tempos de espera a nível nacional são os da Cirurgia Plástica, com 239 dias; da Neurocirurgia com 213 dias e da Traumatologia com 149 dias. Em Madrid, estes procedimentos têm tempos de espera consideravelmente mais curtos. Para a Cirurgia Plástica, a demora média é de 60 dias; para a Neurocirurgia, 53 e para a Traumatologia, 56 dias.

A gestão dos hospitais de Madrid tem muito a ver com estes bons números. As especialidades cirúrgicas com os tempos de espera mais longos a nível nacional são consideravelmente mais curtas nos grandes hospitais do CAM. Em centros de referência como a Fundación Jiménez Díaz, líder em tempos de espera, um doente pode aceder à Cirurgia Plástica em apenas 18,74 dias, à Neurocirurgia em 15,04 dias e à Traumatologia em 17,07 dias.

Para além do Jiménez Díaz, outros hospitais de alta complexidade da Comunidade de Madrid também apresentam bons números nas especialidades mais solicitadas. Em Cirurgia Plástica, o Hospital General Universitario Gregorio Marañón tem um tempo de espera de 44,74 dias, seguido do Hospital Universitario de La Princesa com 48,21 dias e do Hospital Universitario Ramón y Cajal com 49,65 dias. No domínio da Neurocirurgia, o tempo de espera no Hospital Universitário Ramón y Cajal é de 56,04 dias, no La Princesa de 69,45 dias e no Gregorio Marañón de 72,58 dias. No domínio da Traumatologia, o Hospital Clínico San Carlos, com 62,44 dias, La Paz, com 80,33 dias, e o Hospital Universitário 12 de Octubre, com 88,71 dias, também têm listas de espera comparativamente mais curtas.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

A ministra da Juventude e a ministra da Administração Interna vão ser ouvidas a propósito do OE2025. A marcar o dia está ainda o arranque da Web Summit e da COP29.

Esta segunda-feira, a ministra da Juventude e Modernização e a ministra da Administração Interna vão ser ouvidas a propósito do Orçamento do Estado para 2025. A marcar o dia está ainda o arranque da Web Summit no MEO Arena em Lisboa e da COP29 das Nações Unidas no Azerbaijão. Já o INE vai divulgar os Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços. Por fim, os combustíveis vão ficar mais caros esta semana.

Audição das ministras da Juventude e da Administração Interna sobre OE2025

Continuam as audições a propósito do Orçamento do Estado para 2025. Esta segunda-feira é a vez de serem ouvidos na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública a ministra da Juventude e Modernização Margarida Balseiro Lopes, pelas 9h00, e a ministra da Administração Interna Margarida Blasco, pelas 15h30. O orçamento já foi aprovado na generalidade, com a abstenção do PS, estando o debate da especialidade marcado para o período compreendido entre 22 e 29 de novembro, data prevista para a votação final global do documento.

Por cá arranca a Web Summit…

Começa esta segunda-feira, no MEO Arena, em Lisboa, mais uma edição da Web Summit, que se entenderá até à próxima quinta-feira, dia 14 de novembro. Na edição deste ano são esperadas mais de 70 mil pessoas, incluindo mais de mil investidores, e terá um recorde de 2.750 startups. O evento deste ano terá como foco principal promover conexões e comunidades significativas através de encontros, alimentados pelo Summit Engine, o software da Web Summit.

… lá fora começa a COP29

Entre esta segunda-feira e dia 22 de novembro, decorre em Baku, Azerbaijão, a 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29). Este é o terceiro ano consecutivo que a cimeira da ONU sobre o clima se realiza num país que produz petróleo ou gás, que, em conjunto com o carvão, são das principais causas do aquecimento global. As cimeiras das Nações Unidas sobre o clima já se realizaram 28 vezes, mas as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) continuam a aumentar e o ano passado foi o mais quente já registado.

INE divulga dados dos serviços

Esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços relativos ao mês de setembro. Em agosto, o índice de volume de negócios nos serviços registou uma variação homóloga de 5,6%, traduzindo uma aceleração de 1,8 pontos percentuais face ao mês anterior. A variação mensal do índice total aumentou 1,2% em agosto, invertendo a descida de 1,0% observada no mês anterior. Já os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas ajustados de efeitos de calendário, apresentaram variações homólogas de 3,9%, 9,7% e -1,0%, respetivamente.

Combustíveis vão subir esta semana

Esta semana os preços dos combustíveis vão ficar mais caros. Tanto a gasolina, como o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverão subir 2,5 cêntimos. Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,583 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira.

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CX, a experiência do cliente. Ouça o podcast “À Prova de Futuro”, com Fernando Braz e Benedita Miranda

Fernando Braz, Portugal Country Manager da Salesforce, e Benedita Miranda, General Manager Multilingual Region da Foundever, são os convidados num episódio sobre a experiência do cliente.

O Customer Experience (ou CX), em inglês, a experiência do cliente e como os gestores estão a tentar torná-la melhor é o tema do sétimo episódio do podcast do ECO, À Prova de Futuro, dedicado à tecnologia e às empresas.

Vamos conversar com Fernando Braz, Portugal Country Manager da Salesforce, uma gigante norte-americana da área de software de Customer Relationshiop Management.

Na rubrica Gestores Sem Medo vamos falar com Benedita Miranda, General Manager Multilingual Region da Foundever, outra gigante global de CX e na qual a gestora lidera 10 países.

Pelo meio teremos a rubrica Está a dar que falar, e na nota final, como sempre, a agenda.

O podcast À Prova de Futuro tem o apoio da Meo Empresas

Ouça o episódio no leitor abaixo:

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CM chega à rádio. Objetivo é ultrapassar as estações de informação, aponta Carlos Rodrigues

"Os ouvintes é que decidem em quanto tempo, mas o objetivo é alcançar a liderança o mais depressa possível", aponta o diretor-geral de informação.

Uma notícia sobre justiça, do jornalista Carlos Rodrigues Lima, marca o arranque da CM Rádio (CMR), o novo projeto da Medialivre. “É a primeira rádio de notícias em Portugal“, caracteriza Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial do grupo, acrescentando que as rádios de informação, TSF e Rádio Observador, estão “direcionadas para a bolha política-mediática”. “A CMR vais ser o regresso da realidade”, diz, dando como exemplo o tempo em que, quando havia uma notícia, se sintonizava de imediato a TSF.

Apresentando o projeto como “disruptivo” para o meio radiofónico”, Júlio Heitor nas manhãs e Lara Afonso ao fnal da tarde conduzem os períodos nobres da estação. No resto do dias, à antena da rádio chegam vários programas da CMTV, com os jornais da hora de almoço e da noite, os programas sobre futebol ‘Pé em Riste’ e ‘Liga d’Ouro’ e a ‘Noite das Estrelas’ em simultânea na televisão e na rádio.

O futebol — com relatos e comentários dos jogos dos ‘três grandes’ e da Seleção — terá “uma componente muito forte na emissão, bem como a “informação cor de rosa”, prossegue.

É a CMTV na rádio, mas não é a emissão da CMTV. Por cima dos programas da CMTV, construímos o ambiente de rádio“, diz o também diretor do Correio da Manhã, referindo-se em particular aos intervalos da emissão de televisão, que em rádio serão preenchidos por informação de trânsito, música, outras notícias e publicidade.

Na fase de arranque com emissão em FM em Lisboa (90.4) e no Porto (94.8), e digital no site do CM, o objetivo é liderar o segmento de informação. Ou seja, ultrapassar em audiências a Rádio Observador e a TSF, mas também a Antena 1 e a Rádio Renascença. “Os ouvintes é que decidem em quanto tempo, mas o objetivo é alcançar a liderança o mais depressa possível“, aponta como objetivo, reforçando a ideia de que a CMR é “uma rádio de notícias e de palavra”, não uma rádio de informação. “Todos os ouvintes vão ter uma alternativa. E eles é que têm razão”, responde, quando questionado sobre o target da estação.

Com uma equipa de 27 pessoas, às quais se junta “todo o quadro da CMTV e a malha de correspondentes que cobrem todo o país”, a principal dificuldade, aponta Carlos Rodrigues, prende-se com a medição das audiências. “A medição é muito limitada, as audiências são declarativas e não comportamentais e o sucesso é medido de forma diferida“, concretiza. “Na CMTV sei todos os dias o que fizemos bem e mal. Na rádio só se sabe depois, é uma grande dificuldade conceptual”. “Enquanto mercado não se colocar em posição de chegar a acordo, o que parece fácil, temos audiências declarativas, que são muito limitadas”, reforça.

Em relação ao investimento no novo projeto, e sem avançar valores, Carlos Rodrigues refere apenas que “todos os passos são dados sem ultrapassar o tamanho da perna“.

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Greves diminuem nos primeiros nove meses do ano à boleia das eleições e acordos setoriais

Com país focado nas eleições (primeiro, legislativas e, depois, europeias), pré-avisos de greve recuaram face a 2023. Acordos setoriais que o novo Governo foi fechando também ajudam a explicar quebra.

Nos primeiros nove meses do ano deram entrada menos 379 avisos prévios de greve do que no mesmo período de 2023, mostram os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). As eleições e os acordos setoriais que o Governo de Luís Montenegro tem fechado (das forças de segurança aos professores) explicam esta quebra, segundo os politólogos ouvidos pelo ECO. E indicam que não deverá haver um agravamento da contestação social nos meses que restam a 2024.

Comecemos pelos números. No primeiro trimestre do ano, ainda com o Governo de António Costa no poder (embora já em gestão), deram entrada 282 pré-avisos de greve. Já entre abril e junho (o primeiro trimestre completo do novo Governo), esse número baixou para 263. E entre julho e setembro, voltou a recuar para 151 avisos prévios de paralisação.

Contas feitas, nos primeiros nove meses do ano, foram entregues, no total, 696 pré-avisos de greve, o que corresponde, calcula o ECO, a um recuo de cerca de 35% face ao mesmo período do ano passado, já que em 2023, até setembro, tinham dado entregue mais de mil destes avisos.

A manter-se este ritmo, o número de avisos prévios de greves entregues ao longo de 2024 deverá ser o mais baixo desde 2021. Isto depois de em 2023 se ter atingido o valor mais elevado desde 2013.

Avisos prévios em 2024 estão bem abaixo de 2023

Fonte: DGERT

A explicar esta redução das greves estão três fatores chaves, de acordo com os politólogos ouvidos pelo ECO: a mudança de Governo, as eleições (primeiro, as legislativas e, depois, as europeias) e os acordos setoriais que o Executivo de Luís Montenegro tem fechado.

“O primeiro fator tem que ver com o desgaste que estava associado ao final da governação do Partido Socialista, depois de oito anos. Havia um cansaço e um descontentamento por um conjunto de promessas que não consubstanciadas em medidas”, salienta o professor Bruno da Costa, da Universidade da Beira Interior.

O primeiro fator tem que ver com o desgaste que estava associado ao final da governação do Partido Socialista, depois de oito anos. Havia cansaço.

Bruno da Costa

Professor da Universidade da Beira Interior

Por outro lado, identifica o mesmo politólogo, o período eleitoral “acaba por acalmar as reivindicações”, uma vez que os sindicatos tendem a focar-se em apresentar propostas aos futuros governantes e os partidos associados ao sindicalismo a centrar-se nas próximas eleições, não trazendo “para as ruas a contestação”.

Na mesma linha, o professor Tiago Carvalho, do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), aponta o novo ciclo político e a entrada do novo Governo como explicações para a redução dos pré-avisos, referindo que os últimos momentos do Executivo anterior ficaram marcados por alguma tensão, já que, depois de ter feito algumas concessões, “retraiu-se muito”, nomeadamente no que diz respeito aos professores.

A estes motivos, o também investigador soma um outro: a maior abertura que este Governo tem mostrado para a negociação (pelo menos, nalguns setores).

Bruno da Costa concorda com a importância dos acordos setoriais que o Governo fechou para esse redução das paralisações, mencionando, por exemplo, o entendimento com os professores, que veio dar resposta a uma das suas persistentes reivindicações: a devolução do tempo de serviço perdido. E também o acordo com as forças de segurança, em torno dos polémicos suplementos.

“O Governo conseguiu frenar aquilo que era um conjunto de pré-avisos de greves em múltiplos setores“, observa, assim, o professor da Universidade da Beira Interior. “Trocou-se a contestação pela negociação”, afirma, por sua vez, Tiago Carvalho.

Três meses finais sem aumento das greves?

Se no último ano, os politólogos ouvidos, então, pelo ECO anteviam um quarto trimestre de forte contestação social, desta vez a projeção é de que os meses que restam a 2024 serão marcados por uma manutenção do que tem sido vivido até aqui, sem agravamentos.

“Para já, acho que não haverá um aumento das greves. Não o vejo. Acho que continuará a haver greves na saúde e na educação, mas isso já vem de antes”, sublinha o professor Tiago Carvalho, que considera que os setores onde tem havido maior desinvestimento deverão ser os mais afetados por paralisações.

Para já, acho que não haverá um aumento das greves. Não o vejo.

Tiago Carvalho

Professor do ISCTE

Já o professor Bruno da Costa atira que a contestação social “tem estado estagnada” até por haver “forte instabilidade política a nível parlamentar” no país. “O cenário de forte instabilidade política desmobiliza de certo modo um conjunto de lutas“, argumenta o politólogo.

Além disso, declara o professor da Universidade da Beira Interior, o Governo continua a mostrar abertura para a negociação, tendo mesmo avançado com negociação na Concertação Social para um salário mínimo nacional acima do previsto (vai aumentar para 870 euros em janeiro, conforme já escreveu o ECO).

E até os pensionistas têm sido endereçados pelo Executivo, frisa o mesmo especialista, lembrando que o ministro das Finanças e a ministra do Trabalho mostraram abertura para repetir o suplemento extraordinário para os reformados, caso haja margem orçamental para tal.

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Dos Estados Unidos à China, passando pela Europa. As principais ausências da COP29

Principais líderes políticos não estarão presentes na maior conferência para o clima, em Baku. Von der Leyen, Scholz, Sánchez e Biden são alguma das ausências, a par de Luís Montenegro.

Esta segunda-feira arranca mais uma Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 29). A 29ª edição tem lugar entre 11 e 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão, e ocorre numa altura de tensões geopolíticas e transições políticas, dois fatores que obrigam a que alguns dos principais líderes não marquem presença na conferência deste ano. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, Olaf Scholz, chanceler alemão e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, são alguns dos nomes que vão falhar a principal conferência da ONU dedicada às alterações climáticas. Também o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, não consta das confirmações.

O executivo comunitário, que foi um dos primeiros do mundo a assumir o compromisso da neutralidade carbónica até 2050, não estará representado pela presidente da Comissão Europeia, mas sim pelo Comissário europeu para a Ação Climática, o neerlandês Wopke Hoekstra, que estará acompanhado pelo Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Ursula von der Leyen deverá permanecer em Bruxelas, numa altura em que o Parlamento Europeu entra na fase final das audições dos comissário indigitados para o novo colégio. Maria Luís Albuquerque, indicada por Portugal, já foi aprovada para ser a próxima Comissária para os Serviços Financeiros e Uniao das Poupanças e Investimentos mas só deverá tomar posse a 1 de dezembro, juntamente com os restantes comissários indigitados. Nessa altura, o executivo comunitário dará início ao seu mandato.

“A Comissão encontra-se numa fase de transição e a Presidente irá, por conseguinte, concentrar-se nas suas funções institucionais”, explicou um porta-voz da Comissão Europeia ao ECO.

Da parte do Parlamento Europeu, Roberta Metsola também não estará presente, estando a instituição representada, em alternativa, pela eurodeputada portuguesa Lídia Pereira, que levará consigo em nome do Parlamento Europeu um conjunto de propostas, entre as quais o objetivo de aumentar o teto de financiamento sustentável global, atualmente nos 100 mil milhões de euros, tal como avançou o ECO/Capital Verde.

A eurodeputada e vice-presidente da bancada do Partido Popular Europeu (PPE) não viajará sozinha para Baku. Enquanto presidente da delegação do Parlamento Europeu, Lídia Pereira estará acompanhada por mais 14 eurodeputados.

De Portugal, o Governo estará representado pela ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, a secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa e ainda a Secretária de Estado do Mar, Lídia Bulcão e a secretária de Estado da gestão de Saúde, Cristina Vaz Tomé.

A comitiva portuguesa estará acompanhada pelo chefe da delegação da Assembleia da República e Presidente Comissão do Ambiente e Energia da Assembleia da República, Salvador Malheiro, a deputada Rita Matias, do Chega, Ricardo Pinheiro, deputado do PS e Carlos Cação, deputado do PSD.

Devido às inundações devastadoras em Valência, na semana passada, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também ficará dentro das fronteiras do seu país, numa altura em que decorrem as missões de resgate na região e as autoridades prestam apoios às vítimas. Por seu lado, na Alemanha, o mais recente terramoto político obrigou a que o chanceler Olaf Scholz cancelasse a comparência na COP29. A participação do líder alemão estava prevista no arranque das negociações da cimeira, em Baku, mas a demissão do ministro das Finanças e a convocatória para uma moção de confiança — que deverá resultar em eleições antecipadas — obrigou a que o chanceler permanecesse em Berlim.

Do outro lado do Atlântico, os chefes-máximos do México, Brasil, Canadá e Estados Unidos não irão juntar-se às discussões climáticas em Baku. Lula da Silva está a recuperar de um traumatismo, pelo que deverá permanecer em Brasília para recobro e Joe Biden ficará pela Casa Branca, numa altura em que se prepara para passar o testemunho a Donald Trump, que venceu as eleições presidenciais e tomará posse, 20 de janeiro, como o 47º presidente eleito. Os líderes da China, do Japão, e da Austrália também não constam da última agenda da ONU para os discursos dos líderes na COP29, de acordo com a Reuters.

Em sentido contrário, espera-se a presença do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer e da homóloga italiana, Giorgia Meloni, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky e ainda o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman. Por seu turno, a Rússia estará representada pelo primeiro-ministro Mikhail Mishustin, de acordo com a agência noticiosa.

Embora os líderes das principais economias não estejam presentes para a COP29, espera-se a comparência dos mesmos na cimeira do Grupo dos 20, que se realiza no Brasil a 18 e 19 de novembro. A reunião servirá também para discutir os esforços dos países para financiar a transição climática.

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Airbus acelera contratações em Santo Tirso para chegar a 380 trabalhadores no final do ano

A fabricante de aviões, que está a expandir a superfície industrial em cerca de 30% para dar resposta aos pedidos da Airbus, prevê contratar mais 40 pessoas até ao final do ano.

Reportagem na fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso - 20MAR24
Fábrica da Airbus Atlantic em Santo TirsoHugo Amaral/ECO

A Airbus Atlantic Portugal continua a reforçar a aposta em Portugal, consolidando a posição do país como player mundial no setor aeroespacial. A unidade localizada na zona industrial da Ermida, em Santo Tirso, onde a multinacional está a aumentar a área de produção, conta atualmente com 340 pessoas e prevê chegar aos 380 trabalhadores até ao final do ano. Mais 30 do que previa há poucos meses.

A fábrica da gigante francesa no distrito do Porto tem abertas várias vagas de trabalho e a equipa vai crescer acima dos 350 funcionários com que previa fechar o ano. “Atualmente contamos com uma equipa de cerca de 340 pessoas, das quais 50% são mulheres, o que não é habitual no contexto industrial. Até ao final do ano esperamos atingir um efetivo de 380 colaboradores”, adianta ao ECO o diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal, Eric Belloc.

A Airbus Atlantic Portugal produz painéis para a família A320 e para a fuselagem frontal do A350 XWB, assim como subconjuntos para a família A320, explica Eric Belloc, acrescentando que a fábrica “tem de entregar qualidade e contribuir, ano após ano, para o aumento da produção da Airbus, cujas encomendas estão em máximos históricos. Por isso, continuamos a crescer, a investir em novas máquinas e a aumentar as nossas equipas”, explica.

A unidade localizada em Portugal tem de entregar qualidade e contribuir, ano após ano, para o aumento da produção da Airbus, cujas encomendas estão em máximos históricos. Por isso, continuamos a crescer, a investir em novas máquinas e a aumentar as nossas equipas.

Eric Belloc

Diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal

O mesmo responsável realça ainda que “a Airbus tem um compromisso com Portugal a longo prazo e pretende garantir que esta parceria continue a gerar valor não só no imediato, mas também para as gerações vindouras”. “Graças à contribuição da Airbus, Portugal está a reforçar a sua posição como player mundial no setor aeroespacial, num mercado cada vez mais dinâmico e em evolução“, completa.

A fábrica da Airbus Atlantic em Portugal é estratégica para o grupo francês e tem vindo a contribuir cada vez mais para a produção global. Em Santo Tirso são produzidos 17 diferentes painéis para os aviões da Airbus — 16 para a família A320 e um para o A350, as chamadas “bochechas” do avião.

Reportagem na fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso - 20MAR24
Eric Belloc, diretor-geral da Airbus Atlantic PortugalHugo Amaral/ECO

O diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal sublinha que a empresa “tem tido um papel fundamental no reforço da cadeia de abastecimento aeroespacial portuguesa, proporcionando oportunidades de inovação e crescimento”. Assim como, acrescenta, “[contribuiu para a economia local através do desenvolvimento da cadeia de abastecimento local, por meio das parcerias estabelecidas com mais de 30 empresas portuguesas, e claro, da criação de empregos qualificados”.

A unidade portuguesa da Airbus Atlantic vai avançar em 2025 com a expansão da superfície da fábrica de Santo Tirso em 5.500 metros quadrados. Uma construção que vai permitir aumentar ali a produção para responder ao aumento dos programas da empresa do setor aeroespacial. A nova área de produção deverá estar operacional no primeiro trimestre de 2026.

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Alfredo Casimiro vai avançar com ação contra TAP e Pedro Nuno Santos

Antigo acionista da Groundforce, que perdeu a participação no capital com o processo de insolvência, considera que "deve ser ressarcido em valor a definir judicialmente".

Alfredo Casimiro, fundador da Urbanos e antigo acionista maioritário da Groundforce, vai avançar com uma ação em tribunal contra a TAP e o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, no valor de 50 milhões de euros. O empresário exige ser indemnizado pela forma como foi pedida a insolvência da empresa de handling, agora pertença da britânica Menzies Aviation.

Os advogados que representam o empresário já avançaram com uma notificação judicial avulsa, uma formalidade que garante que os prazos não prescrevem. “A ação está em construção. O objetivo é avançar antes do final do ano, para que os futuros compradores da TAP tenham consciência de que esta contingência existe“, afirma ao ECO.

A ação, colocada através da Pasogal, visa a companhia aérea, que em maio de 2021 avançou com o pedido de insolvência, que seria decretada pelo tribunal em agosto, e o atual secretário-geral do PS, que na altura era ministro das Infraestruturas.

Considero completamente ilegal a insolvência como foi feita“, afirma Alfredo Casimiro. “Saímos de lá com zero. Achamos que devemos ser ressarcidos em valor a definir judicialmente”, acrescenta.

Não é a primeira vez que Alfredo Casimiro recorre a tribunal por causa da Sociedade Portuguesa de Serviços de Handling (SPdH), mais conhecida pela marca Groundforce. Tentou por várias vezes reverter a declaração de insolvência, atrasando o trânsito em julgado, mas foi perdendo os sucessivos recursos, que chegaram até ao Constitucional.

Ainda em 2021, envolveu-se num conflito aberto com a TAP e Pedro Nuno Santos. Alfredo Casimiro entrou para a Groundforce em 2012, aproveitando a obrigatoriedade de a TAP vender a maioria do capital. Através da sua sociedade, a Pasogal, ficou com 50,1% do capital e a companhia aérea manteve 49,9%. Os problemas começaram com a pandemia e a paralisação do tráfego aéreo, em 2020.

No ano seguinte, a Groundforce já estava em apuros. Sem capacidade para financiar a empresa, Alfredo Casimiro tentou recorrer à ajuda do Governo para um empréstimo com garantia do Estado, que nunca avançou. Foi aí que começou o confronto com Pedro Nuno Santos, acusando-o da “chantagem” e “roubo” por querer nacionalizar a empresa e entregá-la a outro privado. Chegou a gravar uma reunião no Ministério, sem conhecimento do ministro, acabando o áudio por vir a público.

Acabaria por ser a TAP a injetar liquidez na Groundforce, primeiro com o adiantamento de pagamentos e depois através de um contrato de sale e leaseback de equipamento, que o próprio Casimiro acabaria depois por contestar. Depois de uma greve com forte impacto na transportadora aérea, a própria avançou para o pedido de insolvência, que o tribunal aprovou, ditando o afastamento de Alfredo Casimiro da gestão. Na altura, a dívida à TAP era de 15,5 milhões e à ANA Aeroportos de 12,8 milhões.

O plano de recuperação da SPdH, validado pelos credores e o tribunal, reduziu a zero a participação da Pasogal. Os 50,1% são agora detidos pela britânica Menzies Aviation, que capitalizou a empresa. Grupo que Alfredo Casimiro elogia.

“A Menzies é um grande grupo que está a fazer o trabalho possível. Já utilizei várias vezes no aeroporto e tem corrido bem”, afirma o empresário.

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Alterações climáticas em quinto lugar no “top” das preocupações dos portugueses

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

A maioria dos portugueses importa-se com as alterações climáticas, segundo o BEI, mas é a quinta preocupação do país. Maioria acredita que investir agora nas questões climáticas é essencial.

A maioria (99%) dos inquiridos portugueses no inquérito anual do Banco Europeu de Investimento (BEI) afirma que é fundamental que o país se adapte às alterações climáticas. Embora essa adaptação seja uma prioridade, fica em quinto lugar na lista de maiores preocupações no âmbito do país.

A sétima edição do inquérito BEI, divulgado em comunicado aos jornalistas, reuniu opiniões de mais de 24 mil participantes da União Europeia e dos Estados Unidos. Em Portugal, foram questionadas 1.009 pessoas, das quais 66% destacam ser necessário dar prioridade às questões climáticas. Além disso, 95% dos portugueses acreditam que investir agora é essencial para evitar custos altos no futuro, um número superior à média europeia de 85%.

“As pessoas sabem que temos de agir agora para nos adaptarmos e atenuarmos os efeitos das alterações climáticas, mas uma transição bem planeada é também a que faz mais sentido do ponto de vista económico. Cada euro investido na prevenção e na resiliência permite poupar entre 5 euros e 7 euros na reparação dos danos”, afirmou Nadia Calviño, presidente do BEI em comunicado.

A maioria dos inquiridos (95%) acreditam que investir na adaptação climática pode gerar empregos e impulsionar a economia local, ultrapassando a média da União Europeia, de 86%.

Os custos da adaptação climática, segundo 49% dos portugueses questionados, devem ser suportados pelas empresas e indústrias que contribuem para o seu agravamento, valor 14 pontos acima da média europeia. Cerca de um terço (30%) defende que todos devem contribuir igualmente, enquanto 8% sugere que as pessoas mais ricas devem suportar os custos da adaptação climática através de mais impostos.

O comunicado do BEI destaca ainda o relatório da Agência Portuguesa do Ambiente, que refere que a Europa é atualmente o continente que mais rapidamente enfrenta o aquecimento global, e espera-se que eventos climáticos extremos se intensifiquem.

Nos últimos cinco anos, de acordo com o comunicado do BEI, 86% dos portugueses afirmam ter sido afetados por, pelo menos, um fenómeno climático extremo, um índice que supera a média europeia em 6 pontos. Além disso, 71% dos portugueses relatam ter sofrido pelo menos uma consequência direta desse tipo de evento.

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