Infraspeak levanta 18 milhões para dar músculo à expansão europeia
Alemanha, Áustria e Suíça, Dinamarca e Suécia são novos mercados na mira, estando previsto até final de 2025 a abertura de um escritório em Copenhaga. Planeia recrutar mais 100 pessoas.
A portuense Infraspeak fechou uma ronda de 18 milhões de euros para dar músculo à expansão europeia da plataforma inteligente de gestão de facilities que já gere mais de 240.000 edifícios em 32 países. Alemanha, Áustria e Suíça, Dinamarca e Suécia são novos mercados na mira, estando previsto até final de 2025 a abertura de um escritório em Copenhaga. Para apoiar este crescimento, a Infraspeak planeia contratar mais de 100 novos colaboradores em 2025.
França é um dos mercados onde a empresa pretende consolidar a presença. “No caso específico de França, é uma expansão e não uma entrada, porque já estamos ativamente presentes no mercado. No entanto, prevemos acelerar essa presença a partir do primeiro semestre de 2025. Depois, temos prevista a entrada na Europa Central e nos países nórdicos no final de 2025″, adianta Felipe Ávila da Costa, cofundador e CEO, ao ECO.
“No caso da Europa Central, vamos focar na região DACH — Alemanha, Áustria e Suíça — e no caso dos Nórdicos, o foco será na Dinamarca e Suécia“, precisa, aumentando a mancha geográfica da empresa presente em 32 países, incluindo Reino Unido, Espanha, Portugal, Brasil, Equador, Angola, África do Sul, França, Dinamarca, Peru, Colômbia e Maurícias.
Para certos mercados, a abertura de novos escritórios está prevista neste processo de expansão. Felipe Ávila da Costa explica a estratégia: “Prevemos que o crescimento da nossa operação em França seja alavancado pela equipa presente no nosso escritório em Barcelona, por isso não temos prevista a abertura de um escritório em França. No entanto, temos prevista a abertura de um escritório em Copenhaga até ao final de 2025, para centralizar a gestão da operação na Europa Central e nos Nórdicos”.
O futuro escritório de Copenhaga juntar-se-á depois aos que a empresa já tem no Porto (a sede), Londres, Barcelona e Florianópolis.
Prevemos que o crescimento da nossa operação em França seja alavancado pela equipa presente no nosso escritório em Barcelona, por isso não temos prevista a abertura de um escritório em França. No entanto, temos prevista a abertura de um escritório em Copenhaga até ao final de 2025, para centralizar a gestão da operação na Europa Central e nos Nórdicos.
Com esta nova ronda série B — liderada pela Endeit Capital e que contou com participação dos investidores já existentes, Bright Pixel Capital, Caixa Capital, Innovation Nest e Indico Capital Partners —, eleva-se para cerca de 36 milhões de euros o capital já levantado pela empresa.
“A Infraspeak desenvolveu uma plataforma que vai além da gestão tradicional de facilities, ligando todos os atores-chave envolvidos na operação de um edifício, desde os gestores de facilities e as equipas de manutenção da linha da frente até aos prestadores de serviços. Vemos um enorme potencial na capacidade da Infraspeak de revolucionar e digitalizar a forma como as facilities são mantidas. Isso está em linha com o nosso foco em promover a inovação e a transformação digital em indústrias com necessidades críticas de infraestrutura”, diz Martijn Hamann, sócio geral da Endeit Capital, citado em comunicado.
Equipa reforçada com mais de 100 trabalhadores
Para apoiar esta expansão, a Infraspeak vai ainda reforçar a equipa em mais de 100 pessoas e recrutar para posições estratégicas, como chief revenue officer, growth director ou enterprise sales director.
“Das mais de 100 vagas que vamos abrir, estamos a planear recrutar cerca de 70 profissionais em Portugal. As restantes vagas serão distribuídas maioritariamente pelo Reino Unido, Espanha, e Brasil”, adianta.
Profissionais que se irão juntar aos atuais 182 colaboradores distribuídos principalmente pelos quatro escritórios, “com alguns em regime totalmente remoto em cidades como Lisboa, Leeds, Paris e Buenos Aires”.
“Não acreditamos numa solução única nem para todas as empresas nem para todos os colaboradores da Infraspeak e, por isso, escolhemos ser uma empresa people-first”, diz o CEO quando questionado sobre o modelo de trabalho na empresa. “Preferimos dar autonomia e responsabilidade a cada binómio pessoa/equipa e deixá-los decidir o que melhor funciona para si: seja um modelo de trabalho remoto, no escritório ou híbrido. Alguns preferem o escritório, seja por falta de espaço ou privacidade em casa, seja pela preferência em conviver com os colegas. Outros já não imaginam voltar a enfrentar o trânsito todos os dias… e há quem queira o melhor dos dois mundos”, continua.
“Hoje, com mais de 180 Infraspeakers, acreditamos que uma abordagem centralizada não faz sentido. Preferimos confiar na capacidade das pessoas e das equipas para decidir o que é melhor em cada momento, preservando quer a cultura, quer os resultados. E eu acho que tem funcionado muito bem”, sintetiza.
Teleperformance, o Grupo Casais, a ALE-HOP, o Vila Galé ou a Siemens são alguns dos clientes da empresa que, através da sua plataforma, assegura a gestão de mais de 200 mil edifícios.
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