Porto Tech Hub: Porto reforça papel como polo tecnológico global

  • BRANDS' ECO
  • 29 Outubro 2024

Mais de mil especialistas e empresas tecnológicas globais vão explorar as últimas tendências do setor na 9ª edição da Porto Tech Hub Conference, que acontece a 26 de novembro na Alfândega do Porto.

A Alfândega do Porto será palco da 9ª edição da Porto Tech Hub Conference, que acontece no próximo dia 26 de Novembro. O evento, organizado pela Porto Tech Hub, associação que visa posicionar o Porto como um centro de excelência tecnológica, já se consolidou como um ponto de encontro essencial para profissionais e empresas da área tecnológica.

Este ano, a conferência promete reunir mais de mil especialistas e dezenas de empresas internacionais de renome, contará com mais de 25 palestras, quatro workshops interativos e 30 stands de empresas tecnológicas. Entre os temas em destaque estão Inteligência Artificial, Cloud & Infrastructure, Data Science, Cibersegurança, Programação e Computação Quântica. Gavin King, da Red Hat, Alina Yurenko, da Oracle, Stephen Chin, da Neo4j, Sander Mak, da Picnic Technologies, Sheen Brisals, da AWS Serverless Hero, Simon Brown, da Structurizr, e Mete Atamel, da Google, estão entre os principais oradores.

“Queremos oferecer a todo o setor, quer empresas quer profissionais, uma oportunidade de explorar sinergias, aceder a conhecimento e novas perspetivas sobre o futuro da tecnologia e conectar com um ecossistema dinâmico”, refere Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub. “A Porto Tech Hub Conference é, por isso, um dia imersivo de aprendizagem, especialmente devido à qualidade e interessa dos speakers e empresas que marcam presença. Este evento anual reflete, no fundo, a nossa missão de fortalecer e impulsionar o ecossistema da região norte do país”, acrescentou.

Entre os tópicos mais aguardados está a computação quântica, que Samuel Santos considera estar “em linha para ser a próxima revolução tecnológica e o próximo grande salto desde a revolucionária utilização de Inteligência Artificial (IA).” O especialista Gavin King será o responsável por um workshop interativo dedicado a este tema, tornando-o acessível mesmo para quem não possui experiência prévia.

Porto Tech Hub 2023

Outro foco de elevada relevância será a cibersegurança, algo que o vice-presidente da Porto Tech Hub fez questão de reforçar. “O cenário da tecnologia está a mudar e a cibersegurança é uma necessidade fundamental para as empresas”, disse. As sessões abordarão a proteção de sistemas e as melhores práticas para garantir a segurança digital, com foco em temas como a gestão de dados sensíveis e a utilização de ferramentas de segurança para DevOps.

Desde 2015, ano da primeira edição, a Porto Tech Hub Conference tem-se destacado como um evento central no setor tecnológico da cidade. Segundo Luís Silva, presidente da Porto Tech Hub, “a criação da Porto Tech Hub em 2015 foi com o intuito de promover o Porto como um centro de excelência tecnológica e de inovação, tanto a nível nacional como internacional, criando e promovendo uma atmosfera favorável ao crescimento”. O evento tem sido um espaço de partilha de conhecimento e networking, reunindo empresas como Google, Amazon, eBay, Facebook e Netflix, bem como especialistas de renome, reforçando a imagem do Porto como um centro tecnológico em expansão.

Os interessados em conhecer mais sobre as tendências tecnológicas discutidas na Porto Tech Hub poderão garantir a sua presença, através da compra de bilhetes, aqui.

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Banco polaco do BCP sobe lucros em 19% até setembro

O Bank Millennium lucrou o equivalente a 127 milhões de euros nos nove meses até setembro. Em moeda local, resultado líquido cresceu 19% em termos homólogos.

O Bank Millennium na Polónia, controlado pelo português BCP, conseguiu lucros de 547 milhões de zlótis (127 milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 19% face ao alcançado no mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada esta terça-feira pelo BCP, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que mostra que os resultados continuam “condicionados” pelas provisões e pelos custos com a contribuição polaca sobre o setor bancário.

“Os resultados do Bank Millennium nos primeiros nove meses de 2024 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços, em particular com as provisões para o risco legal dos créditos denominados em francos suíços que totalizaram nos primeiros nove meses de 2024 1.656 milhões de zlótis antes de impostos (384,9 milhões de euros, incluindo 37,3 milhões de euros relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços do Euro Bank)”, assume o banco.

Ademais, os resultados do Bank Millennium foram penalizados “pelos custos com a contribuição sobre o setor bancário” na Polónia, através da qual a empresa teve de pagar 99 milhões de zlótis no terceiro trimestre (23 milhões de euros). No total dos nove meses, o banco teve de pagar 134 milhões de zlótis (31 milhões de euros) devido a esta taxa.

Pela positiva, o banco beneficiou da “reversão de parte dos custos estimados com a prorrogação das moratórias sobre créditos hipotecários em zlótis no montante de 44 milhões de zlótis”, o equivalente a dez milhões de euros, explica no comunicado.

Na vertente operacional, a margem financeira do Bank Millennium no terceiro trimestre, excluindo os custos relacionados com a prorrogação das moratórias, aumentou 5% em termos homólogos e em igual valor face ao trimestre anterior. As receitas com comissões desceram 1% em termos homólogos, mas cresceram 4% em cadeia. Já os custos operacionais dispararam 13%, em termos homólogos, no trimestre concluído em setembro.

O banco fechou setembro com mais de 3,1 milhões de clientes particulares, depois de, nos nove meses até então, ter captado 139 mil novos clientes. Os recursos de particulares aumentaram, assim, 16% face ao período homólogo, enquanto os empréstimos de particulares subiram 2%. Nos clientes empresariais, o banco observou um aumento de 1% no crédito a empresas, mas os depósitos empresariais encolheram 8%.

Na nota divulgada esta terça-feira aos mercados, a instituição controlada em pouco mais de 50% pelo BCP destaca ainda o “aumento expressivo dos rácios de capital”, para 17,9% no que respeita ao rácio de capital total (TCR) e 15,3% no rácio T1, “acima dos requisitos regulamentares”, garante a empresa.

Estes resultados seguem-se à apresentação pelo Bank Millennium, nesta segunda-feira, do plano estratégico do banco para 2025-2028. Nele, a empresa prevê atingir uma rentabilidade dos capitais proprios de 18% em 2028, uma melhoria face aos atuais 10,1%, e voltar a pagar dividendos a partir de 2027.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h43)

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Hoje nas notícias: ADSE, lítio e habitação

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE defende que o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) deve ser a referência para calcular o rendimento abaixo do qual os beneficiários aposentados ficam isentos ou têm uma redução do desconto para o subsistema. O Governo aprova hoje, em Conselho de Ministros, a mudança à lei orgânica das CCDR para que a tutela destas entidades passe a ser partilhada entre os ministérios da Coesão e da Agricultura. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Conselho de supervisão quer isenção de descontos para a ADSE dependente do IAS

O Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE recomenda, no parecer sobree a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que o rendimento abaixo do qual os beneficiários aposentados ficam isentos ou têm uma redução do desconto para o subsistema de saúde seja atualizado anualmente, tendo como referência o IAS. Em 2021, a isenção de descontos na ADSE deixou de ter como referência o salário mínimo, passando a ficar sujeita a uma regra que determina que os aposentados, após o desconto de 3,5%, não podem ficar com uma pensão inferior a 635 euros. O Conselho alerta que, sendo este valor fixo, caso não seja atualizado, levará ao “fim dos isentos”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ministros da Coesão e da Agricultura vão partilhar tutela do desenvolvimento regional

Num Conselho de Ministros que deverá decorrer na manhã desta terça-feira, o Governo vai aprovar alterações à orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). A tutela destas entidades vai deixar de ser exclusiva do Ministério da Coesão Territorial, passando a ser partilhada com o Ministério da Agricultura e Pescas, que vai ter um vice-presidente em cada uma das cinco CCDR, com mandatos de quatro anos. Esta alteração, no entanto, não retira poderes às CCDR.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Savannah diz que haverá lítio para refinaria da Galp

A Savannah, empresa britânica à qual foi concessionada a mina do Barroso, em Boticas, garante que, no que dela depender, “haverá refinarias e outros projetos relacionados com o lítio” em Portugal. O grupo sublinha estar a trabalhar com todos os parceiros “na construção dos elementos possíveis de uma cadeia de valor das baterias, com pendor internacional e exportador”. É a resposta às preocupações do líder da Galp, Filipe Silva, que, esta segunda-feira, disse estar preocupado que o projeto para a construção de uma refinaria em Setúbal, com a sueca Northvolt, “possa ficar órfão” caso não haja mineração de lítio no país.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Senhorios só arrendaram 229 casas à Câmara do Porto em cinco anos

O programa “Porto com Sentido”, lançado pela autarquia em finais de 2020 com o objetivo de aumentar a oferta de casas na cidade a preços controlados, só conseguiu captar 229 fogos de privados até à data. A oferta fica muito aquém da procura: este mês, arrancou o 28.º concurso de subarrendamento ao abrigo do programa, com cinco imóveis para atribuir, quando recebeu mais de 80 candidaturas. No total, foram atribuídas 71 casas este ano e outras 50 em 2023, que se somam a 108 habitações entregues nos três anos anteriores.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Santana Lopes é o primeiro a explicar “buraco” de 100 milhões da Santa Casa

Pedro Santana Lopes, que foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entre 2011 e 2017, deverá ser a primeira pessoa a ser ouvida na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da instituição. Segundo o Correio da Manhã, a audição do antigo primeiro-ministro e atual presidente da Câmara da Figueira da Foz está marcada para 3 de dezembro. Ao todo, são 127 pessoas que vão ser ouvidas no Parlamento para explicar o “buraco” financeiro da SCML, causado, sobretudo, pela internacionalização do negócio do jogo para o Brasil e que rondará os 100 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Infraspeak levanta 18 milhões para dar músculo à expansão europeia

Alemanha, Áustria e Suíça, Dinamarca e Suécia são novos mercados na mira, estando previsto até final de 2025 a abertura de um escritório em Copenhaga. Planeia recrutar mais 100 pessoas.

A portuense Infraspeak fechou uma ronda de 18 milhões de euros para dar músculo à expansão europeia da plataforma inteligente de gestão de facilities que já gere mais de 240.000 edifícios em 32 países. Alemanha, Áustria e Suíça, Dinamarca e Suécia são novos mercados na mira, estando previsto até final de 2025 a abertura de um escritório em Copenhaga. Para apoiar este crescimento, a Infraspeak planeia contratar mais de 100 novos colaboradores em 2025.

França é um dos mercados onde a empresa pretende consolidar a presença. “No caso específico de França, é uma expansão e não uma entrada, porque já estamos ativamente presentes no mercado. No entanto, prevemos acelerar essa presença a partir do primeiro semestre de 2025. Depois, temos prevista a entrada na Europa Central e nos países nórdicos no final de 2025″, adianta Felipe Ávila da Costa, cofundador e CEO, ao ECO.

“No caso da Europa Central, vamos focar na região DACH — Alemanha, Áustria e Suíça — e no caso dos Nórdicos, o foco será na Dinamarca e Suécia“, precisa, aumentando a mancha geográfica da empresa presente em 32 países, incluindo Reino Unido, Espanha, Portugal, Brasil, Equador, Angola, África do Sul, França, Dinamarca, Peru, Colômbia e Maurícias.

Para certos mercados, a abertura de novos escritórios está prevista neste processo de expansão. Felipe Ávila da Costa explica a estratégia: “Prevemos que o crescimento da nossa operação em França seja alavancado pela equipa presente no nosso escritório em Barcelona, por isso não temos prevista a abertura de um escritório em França. No entanto, temos prevista a abertura de um escritório em Copenhaga até ao final de 2025, para centralizar a gestão da operação na Europa Central e nos Nórdicos”.

O futuro escritório de Copenhaga juntar-se-á depois aos que a empresa já tem no Porto (a sede), Londres, Barcelona e Florianópolis.

Prevemos que o crescimento da nossa operação em França seja alavancado pela equipa presente no nosso escritório em Barcelona, por isso não temos prevista a abertura de um escritório em França. No entanto, temos prevista a abertura de um escritório em Copenhaga até ao final de 2025, para centralizar a gestão da operação na Europa Central e nos Nórdicos.

Com esta nova ronda série B — liderada pela Endeit Capital e que contou com participação dos investidores já existentes, Bright Pixel Capital, Caixa Capital, Innovation Nest e Indico Capital Partners —, eleva-se para cerca de 36 milhões de euros o capital já levantado pela empresa.

“A Infraspeak desenvolveu uma plataforma que vai além da gestão tradicional de facilities, ligando todos os atores-chave envolvidos na operação de um edifício, desde os gestores de facilities e as equipas de manutenção da linha da frente até aos prestadores de serviços. Vemos um enorme potencial na capacidade da Infraspeak de revolucionar e digitalizar a forma como as facilities são mantidas. Isso está em linha com o nosso foco em promover a inovação e a transformação digital em indústrias com necessidades críticas de infraestrutura”, diz Martijn Hamann, sócio geral da Endeit Capital, citado em comunicado.

Equipa reforçada com mais de 100 trabalhadores

Para apoiar esta expansão, a Infraspeak vai ainda reforçar a equipa em mais de 100 pessoas e recrutar para posições estratégicas, como chief revenue officer, growth director ou enterprise sales director.

“Das mais de 100 vagas que vamos abrir, estamos a planear recrutar cerca de 70 profissionais em Portugal. As restantes vagas serão distribuídas maioritariamente pelo Reino Unido, Espanha, e Brasil”, adianta.

Equipa de liderança da Infraspeak

Profissionais que se irão juntar aos atuais 182 colaboradores distribuídos principalmente pelos quatro escritórios, “com alguns em regime totalmente remoto em cidades como Lisboa, Leeds, Paris e Buenos Aires”.

“Não acreditamos numa solução única nem para todas as empresas nem para todos os colaboradores da Infraspeak e, por isso, escolhemos ser uma empresa people-first”, diz o CEO quando questionado sobre o modelo de trabalho na empresa. “Preferimos dar autonomia e responsabilidade a cada binómio pessoa/equipa e deixá-los decidir o que melhor funciona para si: seja um modelo de trabalho remoto, no escritório ou híbrido. Alguns preferem o escritório, seja por falta de espaço ou privacidade em casa, seja pela preferência em conviver com os colegas. Outros já não imaginam voltar a enfrentar o trânsito todos os dias… e há quem queira o melhor dos dois mundos”, continua.

“Hoje, com mais de 180 Infraspeakers, acreditamos que uma abordagem centralizada não faz sentido. Preferimos confiar na capacidade das pessoas e das equipas para decidir o que é melhor em cada momento, preservando quer a cultura, quer os resultados. E eu acho que tem funcionado muito bem”, sintetiza.

Teleperformance, o Grupo Casais, a ALE-HOP, o Vila Galé ou a Siemens são alguns dos clientes da empresa que, através da sua plataforma, assegura a gestão de mais de 200 mil edifícios.

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Montenegro discute inteligência artificial em São Bento. Saiba quem esteve no encontro

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

O primeiro-ministro recebeu em São Bento nomes como Manuela Veloso e Nuno Sebastião para discutir inteligência artificial e as oportunidades para o país.

Manuela Veloso, professora na Carnegie Mellon University, Daniela Braga, CEO da Defined.ai, e Nuno Sebastião, CEO da Feedzai, foram alguns dos especialistas em inteligência artificial (IA) que reuniram esta segunda-feira em São Bento com o primeiro-ministro. Este foi o terceiro encontro do ciclo “Projetar Portugal”, depois dos encontros sobre cultura e economia, apurou o ECO junto de fonte do gabinete de Luís Montenegro.

A poucas semanas do Web Summit — Luís Montenegro, está confirmado, participará na abertura do evento –, este encontro com 11 decisores académicos e empresariais foi o primeiro momento dedicado à agenda da inovação, e vai ter continuidade com a participação do primeiro-ministro no Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) a 5 de novembro. O conselho é agora presidido por Carlos Oliveira, investidor e antigo secretário de Estado do Governo de Passos Coelho com a pasta do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.

Entre os convidados no encontro de São Bento encontraram-se:

  • Carlos Oliveira, Presidente do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI);
  • Manuela Veloso, Professora na Carnegie Mellon University;
  • Pedro Domingos, Professor na Universidade de Washington;
  • Arlindo Oliveira, Professor no Instituto Superior Técnico e Presidente do INESC;
  • Nuno Sebastião, CEO da Feedzai;
  • Vasco Pedro, CEO da Unbabel;
  • Daniela Braga, CEO da Defined.ai – VTC;
  • Paulo Dimas, CEO do Center of Responsible AI;
  • Goreti Marreiros, Presidente da Associação Portuguesa Para a Inteligência Artificial;
  • Magda Cocco, Sócia responsável pela área Digital na Vieira de Almeida;
  • Stephan Morais, Presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco.

Além do primeiro-ministro, participaram também neste encontro em São Bento o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, e a secretária de Estado da Ciência, Ana Paiva.

De acordo com uma fonte do gabinete do primeiro-ministro, este encontro serviu para ouvir especialistas em IA e preparar a chamada Estratégia Digital Nacional, a ser divulgada ainda este ano, incluindo, neste roadmap a Agenda Nacional de Inteligência Artificial até 2030.

Neste contexto, o Governo quer apostar em três eixos centrais. Por um lado, na expansão do ecossistema científico e fomento de um ambiente de inovação, por outro lado, na retenção de talento nestas áreas e na atração de jovens altamente qualificados de outras partes do globo e, finalmente, no desenvolvimento de uma infraestrutura digital robusta e acessível a empresas, academia e instituições públicas, e o Governo cita, como exemplo, a recente assinatura com o Governo espanhol da chamada Fábrica Ibérica de Inteligência Artificial.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 29 de outubro

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

Ao longo desta terça-feira, 29 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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A arte urbana de “Mexicráneos Europa” chega ao aeroporto de Madrid pela mão do Grupo Albia

  • Servimedia
  • 29 Outubro 2024

O objetivo é levar os 200.000 viajantes que passam diariamente pelos seus terminais a refletir sobre o luto no contexto do Dia de Todos os Santos.

O Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas acolhe, até 25 de novembro, uma das maiores exposições de arte urbana do mundo: “Mexicráneos Europa”.

Promovida pelo Grupo Albia, uma empresa líder no setor funerário nacional, a exposição itinerante chega aos diferentes terminais do aeroporto com os seus 19 crânios monumentais, depois de ter visitado com êxito outros pontos-chave da capital madrilena, como o Parque El Retiro, e cidades como Fuenlabrada, Villaviciosa de Odón e Torrejón de Ardoz.

O Grupo Albia promove a iniciativa no âmbito das comemorações do Dia de Todos os Santos e da festa mexicana do Dia dos Mortos, declarados Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Até à data, mais de 12 milhões de pessoas viram a exposição.

O seu objetivo é despertar entre os viajantes a necessária conversa sobre o luto e refletir sobre as diferentes formas de expressão que este encontra em culturas como a mexicana, que inspira as peças que compõem a exposição.

O Diretor de Sustentabilidade, Comunicação e Marketing do Grupo Albia, Carlos Gallego, afirmou que a empresa está “extremamente satisfeita por ter a colaboração da Aena para trazer esta exposição excecional a um dos principais aeroportos europeus, por onde passam milhares de viajantes todos os dias”.

“Esta é uma oportunidade única para que visitantes de todo o mundo descubram, através da ‘Mexicráneos Europa’, o papel fundamental do setor funerário na nossa sociedade e criem um espaço de reflexão sobre os tabus que rodeiam a despedida dos entes queridos”, afirmou.

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Primeiro Orçamento de Keir Starmer vai aumentar impostos para tapar “buraco” de 22 mil milhões de libras

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Outubro 2024

Keir Starmer tinha prometido tomar "decisões impopulares" se beneficiassem o país a longo prazo. Esperam-se aumentos de impostos, incidindo sobre os combustíveis, o rendimento ou a Segurança Social.

O Governo britânico prepara-se para apresentar o conhecido “Orçamento de outono”, o primeiro sob a alçada do primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer. Quando a ministra das Finanças, Rachel Reeves, anunciar as “medidas duras” diante da Câmara dos Comuns na quarta-feira, os deputados podem esperar cortes na despesa pública e aumentos de impostos que podem chegar a 40 mil milhões de libras (cerca de 48 mil milhões de euros).

O objetivo é tapar o “buraco” orçamental de 22 mil milhões de libras (cerca de 26,4 milhões de euros) que o Labour acusa os conservadores de terem deixado nos cofres do Estado. “A situação é pior do que alguma vez imaginámos”, dizia Keir Starmer, num discurso proferido no final de agosto, em que sublinhou que o seu Executivo tomará “decisões impopulares se isso beneficiar o país a longo prazo”.

Nesse dia, foi anunciado que os pensionistas em melhor situação económica deixariam de receber um subsídio que visa ajudar a pagar a fatura de energia durante o inverno. A decisão — que o primeiro-ministro britânico justificou com o facto de “estar a custar uma fortuna” e ser inviável para o crescimento da economia — deixa de fora as pessoas com baixos rendimentos e que recebem determinados apoios, como o crédito de pensão.

Rachel Reeves, a ministra das Finanças do Governo de Keir Starmer que vai anunciar, na quarta-feira, as novas medidas orçamentais do Reino UnidoGoverno britânico 5 Julho 2024

Outras medidas conhecidas desde então incluem um aumento de 4% da pensão do Estado a partir de abril de 2025; o acréscimo de pagamento de IVA à taxa normal de 20% às propinas das escolas privadas a partir de 1 de janeiro, para financiar a contratação de 6.500 novos professores; e a subida do imposto sobre os lucros das empresas petrolíferas e de gás, de 35% para 38%, a partir de 1 de novembro e até 31 de março de 2030.

Mas, nas últimas semanas, a imprensa britânica tem especulado sobre que outras medidas deverão constar do “Orçamento de outono” do novo Governo trabalhista. Segundo a BBC, faz parte dos planos, por exemplo, um aumento das contribuições para a Segurança Social pagas pelas empresas, que veem atualmente ser-lhes aplicada uma taxa de 13,8%. As entidades patronais alegam que esta medida irá dificultar a contratação de pessoal e a criação de emprego.

A estação pública do Reino Unido antecipa também que o Executivo liderado por Keir Starmer se prepara para aumentar a taxa do imposto sucessório (que é, neste momento, de 40%), pago habitualmente quando o valor dos bens de uma pessoa falecida supera as 325 mil libras. Além disso, estarão a ser consideradas alterações a várias isenções que afetam o montante do imposto que as pessoas têm de pagar.

Keir Starmer não excluiu, por outro lado, um aumento do imposto sobre os combustíveis, que deverá ver suprimida a redução de cinco cêntimos decidida pelo então primeiro-ministro Boris Johnson na sequência da invasão russa da Ucrânia, depois de ter estado congelado entre 2012 e 2022.

Esperam-se ainda mudanças na tributação das pensões privadas e no estatuto fiscal non-dom (residentes no Reino Unido cuja residência permanente para efeitos fiscais se situa fora do território britânico); subidas no imposto sobre as mais-valias — cuja taxa atual é de 24% para os ganhos obtidos com a venda de segundas propriedades ou 20% para os lucros de outros ativos, como ações em empresas –; e o prolongamento do congelamento dos limiares do imposto sobre o rendimento para além de 2028.

Algumas destas medidas contrariam as promessas eleitorais do Labour durante a campanha para as eleições gerais de 4 de julho. Na altura, o líder trabalhista disse que não aumentaria os impostos sobre os trabalhadores e, mesmo perante as propostas já conhecidas, reitera que não serão atingidos por estas alterações. Porém, a oposição acusa o Governo de estar a “reinventar” o que se entende por trabalhador.

Esta segunda-feira, antecipando a declaração de 30 de outubro, Keir Starmer sublinhou que o Orçamento irá lançar uma “luz dura” sobre o estado da economia britânica, recusando garantir que não haverá mais aumentos de impostos após a apresentação do documento, tendo em conta que a prioridade é “consertar as fundações” do Reino Unido.

Não obstante, as novas medidas vão prevenir uma “austeridade devastadora”, disse o líder do Governo britânico, adiantando que a chanceler do Tesouro vai anunciar um investimento de 240 milhões de libras (cerca de 288 milhões de euros) nos serviços públicos do Reino Unido e prometendo combater o desperdício governamental e a evasão fiscal.

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Inapa. Mais antiga da bolsa despede-se do mercado e deixa investidores com ações que valem (quase) zero

As ações da distribuidora de papel são excluídas esta terça do mercado de capitais, mais de quatro décadas após a a entrada em bols. Acionistas "presos" a ações que valem [quase] zero.

A Inapa, a mais antiga do mercado de capitais português, é, esta terça-feira, excluída da bolsa portuguesa. As ações da distribuidora de papel, que se despediram da bolsa a valerem (quase) zero, já não podem ser transacionadas no mercado e os investidores que mantiveram papéis da empresa, que se apresentou à insolvência no passado dia 29 de julho, ficam “presos” a uma empresa sem futuro e com poucas ou nenhumas esperanças de recuperarem o seu investimento.

Chegou ao mercado de capitais há mais de quatro décadas, em 1980. Num setor em declínio, passou por vários momentos críticos, chegou a ser controlada em mais de 70% pela banca, devido à conversão de ações preferenciais, e arriscou a nacionalização. Uma necessidade de liquidez de curto prazo inesperada, no valor de 12 milhões de euros, que não foi acolhida pela Parpública, precipitou a falência do grupo, que deixa agora os acionistas com as ações a valerem zero.

0,002 cêntimos. É o preço a que as ações da Inapa se despediram do mercado acionista, esta terça-feira, e que estavam num compartimento especial da bolsa para empresas em processos de insolvência. As ações, que até chegaram a disparar após o anúncio de exclusão por parte da Euronext Lisbon, na sequência da reunião de credores que se realizou no passado mês de setembro e decretou a insolvência e a venda de ativos no valor de 45 milhões de euros, fizeram a sua despedida sob forte pressão, com os investidores a tentarem despejar os seus títulos no mercado.

Ao todo, trocaram de mãos 21,69 milhões de títulos da empresa, com as cotações a tombarem 66,67% para 0,002 cêntimos. Para Octávio Viana, presidente da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), “estranho foram as compras que existiram nas últimas semanas. Foram compradas 300 milhões de ações, representativas de 10% do capital”, com muitas destas compras a serem “realizadas após ter sido anunciado o delisting”, realça o responsável.

O responsável pela associação de pequenos investidores justifica estas aquisições com base em movimentos especulativos. Por um lado, alguns investidores viram nas vendas [da Inapa Packaging e Inapa France] uma oportunidade. “Muitos acionistas andaram a fazer contas que teria sido tudo vendido. Este foi o problema”, realça, adiantando que o que foi vendido em França foram os ativos, não o capital. Ou seja, as dívidas continuam no grupo.

Por outro lado, outros investidores viram no preço das ações — quase zero — um bilhete de lotaria. “Com 500 euros compram um milhão de ações.” Um preço que muitos estão dispostos a pagar na expectativa de ganhar alguma coisa no futuro.

Octávio Viana duvida, porém, que algum acionista recupere o que quer que seja e fala em “muita perda” na Inapa, com muitos investidores com grandes blocos de ações comprados na operação harmónio, na qual os títulos foram colocados a um euro. Na opinião do responsável, a única esperança para quem fica com ações da distribuidora de papel passa pelos processos judiciais, que, para já, são dois.

O primeiro processo foi colocado por um acionista com perto de 5% do capital, dando entrada com uma ação judicial contra todos os membros do anterior conselho de administração da Inapa, presidido por Frederico Lupi, pelos danos diretos causados.

A ação movida pela sociedade Carisvalor, acionista com 4,99% do capital da Inapa, acusa a administração de ter escondido dos acionistas “o iminente estado de insolvência da Inapa” e ter falhado “na prestação de informação de qualidade aos acionistas, onde se inclui a autora”, pode ler-se no documento a que o ECO teve acesso.

Depois deste primeiro processo, o mesmo acionista, juntamente com outro acionista, abriu uma ação popular contra a PwC pela auditoria feita aos relatórios e contas da empresa de distribuição de papel.

Em declarações ao ECO, o representante desta sociedade acusa a auditora “de não ter sido diligente“. “O auditor é que dá confiança aos investidores para acreditarem nos relatórios que estão a ser apresentados”, atirou aquando da entrada da ação.

A Parpública, com 44,89% do capital, é o maior acionista da Inapa, seguida pela Nova Expressão, com 10,85% e o Novo Banco, com 6,55%. Uma grande fatia das ações — 37,7% — estava dispersa por pequenos investidores.

Num processo de insolvência, os acionistas são os últimos a receber. Em primeiro lugar está o próprio Estado e os trabalhadores, seguindo-se os detentores de dívida sénior, subordinada, as ações preferenciais e, em último, as ações ordinárias. Uma vez iniciado o processo de insolvência, o próximo passo será a liquidação do património da empresa e a repartição do produto obtido pelos credores, processo este que poderá demorar, por lei, até três anos.

Os credores da Inapa aprovaram, no passado dia 27 de setembro, as propostas que constavam no relatório do administrador de insolvência, para a venda da Inapa Packaging por 20 milhões de euros e da Inapa France por 25 milhões de euros.

Além disso, recebeu ‘luz verde’ a proposta do administrador de insolvência para a “manutenção da atividade do estabelecimento da insolvente na esfera do administrador da insolvência, sem que se veja determinada a suspensão da liquidação do ativo (para se prosseguir as diligências tendentes à venda das participações sociais e de outros ativos detidos pela Inapa IPG)”.

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Reestruturação na Corticeira Amorim já custou 7,5 milhões e uma centena de empregos

Grupo fecha processo que envolveu “redução da estrutura superior e dos efetivos de produção e supervisão”. Fusão das três unidades de negócio não rolhas implica aumento de capital de quase 5 milhões.

A reestruturação em curso na Corticeira Amorim para concentrar numa nova unidade de negócios (Amorim Cork Solutions) os atuais três segmentos “não rolha” — produção de pavimentos, isolamentos e compósitos de cortiça — vai ser concretizada através da incorporação da Amorim Cork Flooring (ACF) e da Amorim Cork Insulation (ACI) na sociedade Amorim Cork Composites (ACC), que será “renomeada e reestruturada”, passando o seu atual CEO, João Pedro Azevedo, a liderar esta nova estrutura a partir de janeiro de 2025.

Esta reorganização, que tem sido realizada nos últimos meses, avançou na sequência da reestruturação na área de pavimentos (flooring) iniciada em maio, já depois do ultimato lançado pelo grupo. “Está concluído no que respeita a pessoas e implicou a alteração da gestão da empresa com redução da estrutura superior e dos efetivos de produção e supervisão”, refere fonte oficial. O conglomerado de Santa Maria da Feira garante ainda ao ECO que “todos os trabalhadores” absorvidos pela nova unidade “irão manter os seus direitos adquiridos”, isto é, a antiguidade dos vínculos laborais para efeitos de reforma.

De acordo com o Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, a gigante corticeira aproveitou “esta onda para negociar acordos de rescisão com, pelo menos, 102 trabalhadores das áreas fabris e algumas da parte administrativa – sobretudo pessoas com 60 anos e com uma carreira larga de descontos”. Ao ECO, o presidente do sindicato, Alírio Martins, disse também que estas pessoas “estão a sair gradualmente da empresa e algumas só [o farão] em 2025”, tendo apenas conhecimento de um funcionário que não aceitou o acordo e que já está a contestar o despedimento em tribunal.

O processo está concluído no que respeita a pessoas e implicou a alteração da gestão da empresa com redução da estrutura superior e dos efetivos de produção e supervisão. (…) Todos os trabalhadores irão manter os seus direitos adquiridos.

Fonte oficial da Corticeira Amorim

O grupo liderado por António Rios de Amorim não quis contabilizar o número de trabalhadores dispensados nem estimar o custo total deste plano de reestruturação. No entanto, no último relatório e contas, reconheceu 7,5 milhões de euros de gastos não recorrentes na Amorim Cork Flooring no segundo trimestre: quatro milhões relativos às “medidas de reestruturação inerentes ao plano de otimização industrial”; e 3,5 milhões relacionados com a “decisão de reavaliar a oferta dos novos produtos da unidade de negócios, (…) essencialmente relacionados com marketing tools, imparidades de inventários e desenvolvimento de produto”.

É que, além do ajustamento da estrutura produtiva e de suporte para reduzir as perdas operacionais e aumentar a eficiência na fábrica, este processo envolveu o “encerramento ou otimização das empresas de distribuição próprias no exterior”. Questionada pelo ECO, a Corticeira explicou que “as principais alterações comerciais traduzem-se no foco da atividade na produção e comercialização de pavimentos de cortiça, com pegada de carbono negativa, e eliminando de gama todas as referências de importação”. “Adicionalmente, em alguns mercados, haverá uma alteração de um modelo de distribuição próprio assente em filiais para um modelo assente em distribuidores”, completou.

Aproveitaram esta onda para negociar acordos de rescisão com, pelo menos, 102 trabalhadores das áreas fabris e algumas da parte administrativa – sobretudo pessoas com 60 anos e com uma carreira larga de descontos.

Alírio Martins

Presidente do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte

Estes três negócios, que passarão a integrar uma única unidade, produzem e comercializam um conjunto alargado de produtos que utilizam a matéria-prima sobrante ou que não pode ser utilizada na produção de rolhas. É o caso de revestimentos de solo, cortiça com borracha para a indústria automóvel e para aplicações antivibráticas, aglomerados para isolamento térmico e acústico, para a indústria de construção civil e calçado, ou granulados para a fabricação de rolhas aglomeradas, técnicas e de champanhe.

No primeiro semestre de 2024, em que os lucros da Corticeira encolheram 29% para 36,5 milhões de euros, só a área dos compósitos aumentou as vendas (3,2% em termos homólogos), que totalizaram 60 milhões. Nos pavimentos — prolongando as perdas anteriores e com o setor a nível europeu penalizado pelo contexto desfavorável na construção e pela intensificação da concorrência asiática –, sem sinais de recuperação nos principais mercados, como a Alemanha, a quebra semestral na faturação foi de 10,7% (para 44,2 milhões) e o EBITDA negativo em 2,9 milhões (vs. -2,7 milhões no período homólogo). O mesmo indicador foi negativo (-1,7 milhões) também na área mais pequena dos isolamentos, em que as vendas desceram 13,4% para 8,6 milhões.

Redução “significativa” de custos e ganhos de produção

A futura Amorim Cork Solutions vai resultar da renomeação e reestruturação da ACC, que vai incorporar as sociedades ACF – detida diretamente a 100% pela holding – e ACI, sendo que nesta última o grupo detém 20% do capital social e os restantes 80% são detidos indiretamente através da ACC. É por este motivo que, de acordo com o projeto de fusão consultado pelo ECO, o capital da Composites será aumentado em 4,85 milhões de euros através da emissão de 907.576 novas ações, com o valor nominal de 5 euros cada uma, que serão atribuídas à Corticeira Amorim SGPS. (4,58 milhões relativos à transmissão de património da ACF e 277,4 mil euros relativos à ACI).

Do ponto de vista patrimonial, esta operação implica a extinção das ações da ACF e da ACI, e a incorporação do património das duas sociedades na ACC — ao conjunto de bens, ativos e passivos a incorporar por fusão correspondia a 30 de junho de 2024 o valor contabilístico líquido global de 32,35 milhões de euros. O mesmo documento salienta que “serão transferidos para a ACC todos os elementos do seu ativo e passivo, incluindo todos os contratos, direitos, obrigações, deveres, garantias e posições jurídicas e processuais que vinculam” as outras duas sociedades.

“Esta fusão e a reorganização daí resultante terão efeitos positivos em termos de estrutura, reduzindo de forma significativa os custos, originando ganhos de produção e obtendo uma otimização da estrutura organizativa existente nas três unidades de negócio atuais. Garantirá ainda uma gestão orientada e focalizada, com um aproveitamento de sinergias funcionais e de economias de escala, e ainda uma otimização dos ativos que as três empresas possuem através da sua junção numa única entidade por forma a haver uma adequada identidade na sua gestão”, expõe.

Atendendo à complementaridade das atividades, sublinha ainda o grupo, “surgirão naturais reflexos positivos ao nível da gestão, comercial, industrial e administrativa, e uma otimização da situação económico-financeira operativa através da redução de custos administrativos e financeiros daí resultantes, nomeadamente a nível da fabricação, distribuição, comunicação e da própria atividade comercial, e ainda da gestão de ativos das sociedades”. O grupo identifica três tipos de sinergias:

  • Sinergias industriais: oportunidades de elevado potencial na partilha de granulados de cortiça, utilização de prensas e otimização da capacidade de aglomeração;
  • Sinergias comerciais: exploração de relações comerciais com os atuais clientes e identificação de estruturas logísticas com potencial de partilha;
  • Sinergias de suporte: identificação de funções com potencial de sobreposição após a fusão das três empresas.

Este projeto obriga à “clara redefinição da estrutura organizativa e do modelo de gestão”, incluindo a criação de uma área que “combine funções de suporte sinergísticas (sic) que prestem serviços numa lógica global, evitando duplicação de funções”; a reformulação da área de operações para “refletir a transição progressiva de organização por localização para organização por tecnologia”; ou uma “governança uniforme das três sociedades que terá como consequência a uniformização dos horários de trabalho e das condições remuneratórias dos trabalhadores das três sociedades envolvidas e respetivos ajustamentos nos quadros de pessoal”.

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Timur Turlov: “Gastamos pelo menos mais 20 milhões de euros por ano só por estarmos no NASDAQ”

  • BRANDS' ECO
  • 29 Outubro 2024

Cotação no segundo maior mercado de valores do mundo abriu as portas à expansão da fintech com origem no Cazaquistão e sede no Chipre.

Na semana em que celebra o quinto aniversário da cotação no NASDAQ, a maior bolsa de valores de tecnologia do mundo, Timur Turlov aproveitou a participação no 15º Fórum Económico de Limassol, no Chipre, para fazer um balanço da evolução do negócio da Freedom Holding Corp., que fundou em 2008. A aventura empresarial da fintech que cresceu a partir do Cazaquistão, ganhou credibilidade e notoriedade depois do IPO (Initial Public Offering) em Nova Iorque. Atualmente, a empresa vale 6.000 milhões de dólares, muito acima dos 874 milhões, em 2019, e as receitas cresceram dos 74 milhões para 1,64 mil milhões.

Para o CEO, a presença no NASDAQ é a sua maior conquista profissional, e um selo de qualidade e de credibilidade perante os clientes a nível global. Timur Turlov falou ainda sobre o mercado português que, acredita, tem um grande potencial de crescimento, sendo também um dos locais preferenciais para a Freedom Holding Corp. obter uma licença bancária e adquirir um banco. O fundador acredita que, em 2025, a companhia possa dar alguns passos na direção desse objetivo.

Atualmente, a Freedom 24, o braço europeu da Freedom Holding Corp., tem cerca de 300 mil clientes na Europa, 10% dos quais na Península Ibérica, mas o objetivo é crescer através da oferta de um portfólio mais alargado de serviços financeiros, não só de corretagem, mas também de retalho de crédito.

A Freedom 24 anuncia um retorno financeiro de 6,4% num dos seus produtos, ou seja, muito acima da remuneração comum na Europa. É uma taxa garantida?

Nos últimos anos, vivemos um contexto de baixa rentabilidade, menos de 1%, para a maioria dos produtos de depósito. Isto significa que as pessoas procuram produtos que lhes ofereçam maior rentabilidade e, por isso, disponibilizamos uma alternativa com taxas muito superiores. São produtos com base em taxas SOFR (Secured Overnight Financing Rate) – taxa de juro publicada pelo Federal Reserve Bank de Nova Iorque, usada para empréstimos garantidos emitidos em dólares americanos, com prazo de um dia –, que permitem investir apenas por alguns dias e conseguir rentabilidade superior. Se aplicar o dinheiro mais tempo vai conseguir taxas de 4%, por exemplo. A doze meses pode rentabilizar mais ainda e chegar aos 6%.

Os portugueses são conhecidos por ter perfis de investimento mais conservadores. Mesmo assim, há procura por estes produtos?

Ainda temos um mercado muito pequeno em Portugal – menos de 1% de penetração – e, por isso, acho que estamos a atrair investidores mais abertos ao risco. Mas, muitos clientes portugueses fazem negócio em mercados europeus e dos Estados Unidos, e demonstram muito interesse em portfólios diversificados. Eles gostam de tecnologia, estão à vontade para trabalhar com uma corretora totalmente online, e apostam muito em ações ‘blue chip’ no mercado americano como, por exemplo, Nvidia, Tesla, Apple, Microsoft, Amazon, etc. Mas também verificamos interesse em depósitos nos Estados Unidos pois conseguem taxas de juro remuneratórias mais elevadas. Mas, claro, isso é um nicho e não é a parte mais conservadora da sociedade portuguesa, com certeza.

“O ambiente financeiro português é interessante, e vemos muitas oportunidades no mercado porque em Portugal ainda há muito espaço para crescer e para melhorar no setor bancário”

Mas, ainda em relação aos produtos com taxas SOFR, os clientes são informados de que são aplicações não garantidas pelo Fundo de Garantia de Depósitos Bancários, com proteção até 100 mil euros?

Nós divulgamos essa informação. Estes investimentos estão protegidos até 20 mil euros, menos do que num seguro de depósito bancário, através do regulador do Chipre (CYSEC).

E esta proteção é apenas no Chipre ou também noutros países?

Esta proteção beneficia qualquer cliente. Pode ser um cliente português que é cliente da nossa corretora com sede no Chipre. O Chipre tem um fundo especial como jurisdição, e todos os brokers registados no país beneficiam da proteção desse fundo de 20 mil euros, aplicável a qualquer estrangeiro, qualquer cliente, dentro ou fora da União Europeia, que lide com esse broker. Noutros países não sei como funciona essa regulação para as corretoras.

O ano passado mostrou interesse em conseguir uma licença bancária em Portugal e na possibilidade de comprar um banco local. Mantém esse objetivo?

Infelizmente, ainda não temos nada de concreto, por isso nem sequer iniciámos o processo. Mas não abandonei a ideia de fazê-lo em Portugal, ou noutro país da Europa. Tentaremos novamente, durante o próximo ano, avaliar diferentes oportunidades em vários mercados, e o português é um dos preferidos, mas sabemos que não será fácil.

Se encontrarmos o alvo certo, chegarmos a acordo sobre o preço, e recebermos algum conforto das entidades reguladoras, ainda assim levará muito tempo até podermos anunciar a transação. Iniciaremos as nossas consultas com as entidades reguladoras, uma vez que, normalmente, é um processo que também pode demorar alguns anos. O ambiente financeiro português é interessante, e vemos muitas oportunidades no mercado porque em Portugal ainda há muito espaço para crescer e para melhorar no sector bancário. É uma jurisdição europeia respeitável, e não vejo qualquer problema em negócio em todo o mundo com a jurisdição portuguesa. Mas, estou a antecipar-me porque, infelizmente, a nossa conversa inicial não foi bem-sucedida, e é preferível ter mais certezas sobre a transação antes de fomentar a especulação.

As dificuldades de que fala em Portugal são burocráticas e regulatórias?

Acho que as dificuldades não são apenas em Portugal. É o enquadramento do Banco Central Europeu (BCE). Enfrentamos os mesmos problemas aqui no Chipre e temos de os ultrapassar através dos reguladores nacionais para depois lidar com todas as regras do BCE. A apetência do BCE pelo risco para quaisquer novas licenças é, na minha opinião bastante baixa para qualquer empresa. Por outro lado, Portugal é um país que está a tentar atrair muitas start-ups e, na verdade, a criar uma série de vantagens para convidar e acolher uma série de diferentes empresas tecnológicas. Acredito que Portugal tem um potencial de licenciamento que é bom, porque é uma jurisdição respeitável, e que está realmente interessado nesta inovação a nível nacional, o que é uma vantagem para nós, tal como esta burocracia da Europa na regulação do setor financeiro. Com a entrada no NASDAQ já passámos por toda a auditoria e requisitos de transparência, o que facilita novos licenciamentos, mas ainda somos uma espécie de principiantes da Ásia Central, o que não ajuda muito. De qualquer maneira, acreditamos que podemos ser bem-sucedidos no próximo ano.

“Temos muitos colaboradores na área tecnológica a trabalhar a partir de Lisboa, portugueses e não só”

Além da aquisição no setor bancário, está a planear outro tipo de aquisições em Portugal, talvez uma empresa de TI ou algo do género?

Acima de tudo, estamos a apostar no talento e a recrutar pessoas em vários pontos da Europa. Temos muitos colaboradores na área tecnológica a trabalhar a partir de Lisboa, portugueses e não só. Não acredito que vamos realmente adquirir empresas, mas queremos definitivamente adquirir algum talento e continuar a crescer organicamente. Vemos que o crescimento orgânico é uma forma muito mais eficiente de ganhar dimensão do que adquirir empresas com uma cultura diferente, especialmente se não o fizermos para a aquisição de licenças.

Esta semana, a Freedom Holding Corp. celebra cinco anos de presença no NASDAQ. Foi difícil conseguir entrar neste mercado?

Foi um processo longo e dispendioso. Passaram mais de dois anos só para sermos admitidos à cotação, para superarmos todos os requisitos, e para prepararmos a empresa para cumprir todos os requisitos da SEC (Security and Exchange Comission), o regulador norte-americano. Mas, isso ajudou-nos a transformar a empresa.

Que impacto teve, e tem, este passo para o negócio e a notoriedade da Freedom Holding?

O facto de mantermos esta presença, de a obtermos e de a mantermos, continua a ser a nossa maior conquista. Porque sabemos que muitas empresas que se tornaram públicas nos EUA, por alguma razão abandonaram essa cotação. Tornaram-se bancos privados ou, por qualquer razão, deixaram de estar cotadas. Penso que isso constituiu um desafio para manter e satisfazer estas exigências crescentes. E continua a ser muito caro e muito complicado. Mas é verdade que a nossa vida é muito mais fácil depois disso.

Vamos pagar menos impostos. Gastaremos menos dinheiro com advogados, com auditores, faremos tudo muito mais depressa do que se não estivéssemos cotados, mas, pelo menos, mais 20 milhões de dólares por ano do que se fossemos uma empresa privada. Apesar disso, ainda não conseguimos ter acesso a certos clientes e empresas mais importantes.

A presença no NASDAQ exigiu que mantivéssemos um padrão de governação muito elevado e, provavelmente, nunca o teríamos sem o NASDAQ, o que é positivo porque torna a empresa melhor e mais sustentável. Portanto, estes desafios tornam-nos definitivamente melhores. Portanto, foi um impulso para o negócio.

Está nos seus planos vir a listar a empresa no mercado europeu?

Bem, estamos felizes em listar em qualquer mercado. Mas, isso depende sempre de algum tipo de acordo. Se para algum investidor institucional, de retalho, ou para algum banco de investimentos, a presença na bolsa for crítica por algum motivo, ou se está a oferecer benefícios específicos para os investidores, podemos considerar dar esse passo.

Por exemplo, no Cazaquistão, na Bolsa Internacional de Astana (AIX), a vantagem de listarmos a empresa foram as taxas para os clientes. No entanto, para muitos investidores institucionais da Europa, a presença no NASDAQ é suficiente para lhes dar confiança nos nossos produtos e para investirem. Claro que estamos sempre abertos a novas oportunidades, mas não tenho a certeza de que a presença em bolsas europeias tenha atualmente procura para determinado tipo de clientes.

Timur Turlov, CEO da Freedom 24

Enquanto fintech que oferece uma vasta gama de produtos financeiros, considera que a Freedom é agora um parceiro ou um concorrente relativamente aos bancos tradicionais?

Estamos a tentar estabelecer parcerias com quaisquer instituições tecnologicamente avançadas e a fornecer-lhes a nossa plataforma, porque se alguém quiser desenvolver o seu banco digital, podemos tornar-nos o seu parceiro que oferecerá uma plataforma de investimento para permitir que os seus clientes negoceiem nos mercados europeu, americano e asiático através da nossa plataforma. Assim, podemos tornar-nos um banco com ambições de transformação para alguns serviços de corretagem digital. Penso que a nossa principal vantagem é que em toda a Europa, incluindo em Portugal, são muito poucas as empresas que conseguem utilizar software para gerir a corretagem online, como uma liquidação de títulos, conetividade com bolsas, front-end, back-end, middle-end, gestão de risco… Por isso, temos tudo o que é proprietário e necessário para podermos gerir esta plataforma.

Então está a dizer que o valor acrescentado da Freedom é a tecnologia?

Claro, penso que tudo será tecnologia. Essa é a única forma de competir. É claro que não podemos competir em termos de reputação, não podemos competir no conhecimento da base de clientes, mas podemos competir na tecnologia. Talvez esse seja o ponto mais importante. E a IA permitir-nos-á competir de forma ainda mais eficiente.

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Servihabitat integra a gestão de duas novas carteiras de activos financeiros e imobiliários

  • Servimedia
  • 29 Outubro 2024

A Servihabitat obteve a gestão de duas importantes carteiras, Oxigénio e Cromo, que totalizam cerca de 9.000 créditos.

Constituídas maioritariamente por ativos financeiros, representam a entrada de três novos clientes na carteira da empresa, consolidando o seu historial e experiência no segmento hipotecário, onde já tem sob gestão mais de 30.000 créditos.

O diretor executivo do Negócio de Ativos Financeiros da Servihabitat, John McGrail, afirmou em comunicado que “estas alocações de ativos, que requerem uma gestão abrangente, sublinham a confiança dos fundos na nossa capacidade de gerir este tipo de ativos de forma eficiente”.

A gestão das carteiras Oxygen e Chrome demonstra o nosso empenhamento em oferecer soluções adaptadas às necessidades dos nossos clientes, com uma abordagem especializada”, afirmou. Neste sentido, salientou que “a gestão de crédito hipotecário a particulares passou a representar 90% do volume global gerido pela Servihabitat em Ativos Financeiros”.

Assim, a Servihabitat obteve a gestão da carteira de crédito hipotecário Oxigénio, vendida pelo CaixaBank ao fundo Apollo, e passou a gerir também a carteira Chrome.

Esta última carteira, vendida pela Waterfall aos fundos Lynx Cap, com sede na Suíça, e MHR Fund Management LLC, com sede em Nova Iorque, é composta por cerca de 2.500 Reperforming Loans (RPLs), e cerca de 200 REOs (foreclosed assets). No segmento de Reperforming Loans, a Servihabitat tem uma vasta experiência na gestão de carteiras, tanto do BBVA como de outros fundos, em que a Sociedade criou, deteve e posteriormente vendeu perímetros de Reperforming Loans.

A Servihabitat indicou que tem sob gestão uma carteira de mais de 41.000 ativos financeiros num valor superior a 3.000 milhões de euros, posicionando-se como “uma das gestoras de ativos de referência na gestão deste tipo de ativos”. No último exercício, a carteira de ativos financeiros sob gestão aumentou 63%.

Com uma equipa especializada e multidisciplinar de mais de 150 profissionais na área da gestão de ativos financeiros, a Servihabitat dispõe de uma estrutura adaptada às necessidades atuais, com o objetivo de oferecer soluções específicas na gestão de carteiras de crédito hipotecário, crédito para construção e crédito para empresas.

 

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