Marcelo justifica declarações sobre Costa e Montenegro. Primeiro-ministro tem “muito a ver com o PSD profundo”

  • ECO
  • 24 Abril 2024

Presidente explica-se. "Sim, tive ocasião de responder que o primeiro-ministro tinha muito a ver com o PSD profundo. Que é um PSD de base rural urbana", reitera Marcelo.

Marcelo Rebelo de Sousa confirmou esta quarta-feira as declarações polémicas que fez, junto de jornalistas estrangeiros, sobre o atual primeiro-ministro Luís Montenegro e sobre António Costa. “Sim, tive ocasião de responder junto de jornalistas estrangeiros que o primeiro-ministro tinha muito a ver com o PSD profundo. Que é um PSD de base rural urbana e foi assim a raiz do PSD, ao contrário de outros partidos como o PS, que era metropolitano”, disse em declarações à RTP3. Marcelo Rebelo de Sousa não considerou as suas afirmações sobre Montenegro – que este tinha características “rurais” –, como ofensivas.

Sobre a lista às europeias, o Chefe de Estado sublinhou ainda que não se pode subestimar a capacidade de imaginação e criatividade de Montenegro. “É um estilo diferente, muito diferente do estilo do primeiro-ministro anterior. É um estilo que está a surpreender, vai surpreender. E por isso eu disse que há um lado imprevisível nele que tem a ver com essa imaginação”, rematou.

O Presidente da República assume que esperava que a dupla com António Costa durasse até 2026.

Marcelo Rebelo de Sousa – numa conversa informal com jornalistas estrangeiros, no Vila Galé Ópera, em Lisboa – acusou António Costa de ser “lento” por ser “oriental” e defendeu que Luís Montenegro “é uma pessoa que vem de um país profundo urbano-rural, e que é urbano com comportamentos rurais”.

Os orientais são lentos”, disse Marcelo, referindo-se a Costa mas “Luís Montenegro não é oriental mas é lento”. Elogiando o atual líder do Executivo disse que “este” tem uma coisa boa: “É totalmente independente e não é influenciável” e totalmente “improvisador”. Já António Costa não lhe dava trabalho porque era “previsível”.

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Sagres lança campanha e oferece viagens a adeptos para apoiar a seleção no Euro 2024

A Sagres encontra-se a promover um passatempo para oferecer viagens aos adeptos para irem apoiar a seleção no Euro 2024. A ativação é acompanhada por uma campanha com criatividade da McCann.

Tendo em conta a aproximação do campeonato europeu de futebol, a Sagres convoca todos os portugueses a apoiarem a Seleção Nacional, oferecendo viagens à competição, que tem lugar na Alemanha.

É sob o mote “ganha Viagens para apoiar a seleção”, que a Sagres lança o passatempo, oferecendo 10 viagens duplas. A ativação é acompanhada pela campanha “Há sempre espaço para acreditar”, que conta com a criatividade da agência McCann.

A Dentsu foi a responsável pelo planeamento de meios, com a campanha a marcar presença em televisão, digital e ponto de venda.

Para se habilitarem a ganhar uma das 10 viagens duplas que a Sagres tem para oferecer, os interessados devem participar no passatempo que está disponível no Clube Sagres. O regulamento está disponível aqui.

Os vencedores viajam no dia 21 de junho de Lisboa para Düsseldorf. O prémio inclui jantar, receção no dia 22 de junho na fan zone do estádio Signal Iduna Park no pré jogo, e regresso a Portugal no dia 23 de junho.

“Este passatempo marca o pontapé de saída para mais uma experiência imperdível proporcionada pela cerveja Sagres, que desafia os adeptos a juntarem-se à seleção nacional, reforçando o seu entusiasmo em todos os momentos e celebrando a entrada no campeonato com uma cerveja ao gosto português”, refere-se em nota de imprensa.

A marca lançou também packs comemorativos Sagres Mini, alusivos ao passatempo, que já estão disponíveis nos pontos de venda.

O próximo Campeonato da Europa decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho de 2024. No grupo F, Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e a Geórgia.

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Deputada do PSD esteve na campanha interna de Pedro Nuno Santos no PS

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

Andreia Bernardo marcou presença na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, em 13 de novembro passado, quando Pedro Nuno Santos apresentou a sua candidatura a secretário-geral do PS.

A atual deputada social-democrata Andreia Bernardo trabalhou como consultora na campanha de Pedro Nuno Santos para as eleições diretas do PS em dezembro, mas assegura que não teve qualquer contacto profissional posterior com o líder socialista.

Estive sempre ligada à área da comunicação com clientes diversos. Paralelamente, também tenho atividade política. Sempre separei águas”, declarou esta quarta-feira à agência Lusa Andreia Bernardo, que na página da Juventude Social Democrata (JSD) aparece como presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa.

Nas últimas eleições legislativas, Andreia Bernardo, de 32 anos, candidatou-se em 18º lugar na lista da Aliança Democrática (AD) pelo círculo de Lisboa, foi vereadora na Câmara de Sintra e é agora deputada municipal pelo PSD neste concelho.

Andreia Bernardo marcou presença na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, em 13 de novembro passado, quando Pedro Nuno Santos apresentou a sua candidatura a secretário-geral do PS para as eleições diretas de dezembro. Deu o seu contacto pessoal a vários dos jornalistas que cobriram esse evento, colocando-se à disposição para lhes dar mais informações sobre a campanha interna do atual secretário-geral do PS.

“Essa foi a única vez que fui ao Largo do Rato [sede do PS]. Nunca mais lá voltei”, garantiu à agência Lusa. A atual deputada do PSD deu informações à agência Lusa sobre a atividade de campanha interna de Pedro Nuno Santos pelo menos até 18 de novembro de 2023. Andreia Bernardo afirma que, em novembro do ano passado, estava a desempenhar as funções de diretora de contas na Agência Gomes de Almeida & Associados e, num curto espaço de tempo, prestou “auxílio” à equipa destacada para fazer a assessoria de comunicação a Pedro Nuno Santos.

“Depois, deixámos a assessoria de comunicação. E a agência ficou só com a estratégia, redes sociais e criatividade (design)” da candidatura de Pedro Nuno Santos, completou. Em relação aos períodos de pré-campanha e campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março, altura em que já era formalmente candidata a deputada pela AD no círculo de Lisboa, Andreia Bernardo garante que a sua agência “não teve qualquer envolvimento” com o PS.

“Quem esteve envolvido foi João Gomes de Almeida, mas a título individual. Foi uma consultadoria individual diretamente tratada com Pedro Nuno Santos”, acrescentou.

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TikTok suspende sistema de recompensa após investigação da Comissão Europeia

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

A Comissão Europeia já tinha aberto uma investigação ao TikTok Lite devido à funcionalidade que recompensa o tempo passado ao ecrã com moedas virtuais convertíveis em cartões-presente.

A plataforma TikTok, do grupo chinês ByteDance, anunciou esta quarta-feira que suspendeu as funções de recompensa na aplicação TikTok Lite, depois de a Comissão Europeia ter iniciado uma investigação.

“O TikTok procura sempre colaborar de forma construtiva com a Comissão Europeia e outros reguladores. Estamos, por isso, a suspender voluntariamente as funções de recompensa no TikTok Lite enquanto abordamos as preocupações levantadas“, refere um porta-voz do TikTok, não identificado.

A Comissão Europeia anunciou, na segunda-feira, a abertura de uma investigação à aplicação TikTok Lite devido à funcionalidade que recompensa o tempo passado ao ecrã com moedas virtuais convertíveis em cartões-presente.

A Comissão Europeia, que desempenha agora o papel de polícia digital na UE, acredita que o mecanismo apresenta “sérios riscos para a saúde mental dos utilizadores“, ao forçar as pessoas a permanecerem ligadas.

No entanto, a plataforma não comunicou a Bruxelas, antes do seu lançamento, uma avaliação de risco, de acordo com as suas obrigações ao abrigo da nova legislação sobre serviços digitais (DSA). O novo serviço foi lançado em França e Espanha no final de março.

Anteriormente, um porta-voz da empresa, também não identificado, já tinha mostrado deceção com a abertura do procedimento, apontando que o programa de recompensas “não é acessível a menores de 18 anos e inclui um limite diário para visualização de vídeos”.

A Comissão Europeia emitiu um primeiro alerta em 17 de abril, solicitando à plataforma que fornecesse no prazo de 24 horas uma avaliação dos riscos associados a esta implantação e detalhasse os meios implementados para os reduzir. Mas “o TikTok não forneceu o documento a tempo”, explicou, então, a Comissão.

O TikTok Lite recompensa os utilizadores com tokens se fizerem login diariamente durante dez dias, passarem tempo a assistir a vídeos (com um limite de 60-85 minutos por dia) e realizarem determinadas ações, como ‘gostar’ de vídeos e seguir criadores de conteúdo. Estas moedas podem depois ser trocadas por cartões-presente em sites parceiros, como a Amazon.

Com vídeos de curta duração, o TikTok, que atraiu mais de 1,5 mil milhões de utilizadores em todo o mundo, é acusado há vários anos nos Estados Unidos e na Europa de causar comportamento viciante entre adolescentes.

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Câmara de Évora reduz valor da dívida para quase metade em 10 anos

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

A dívida municipal que a CDU herdou da anterior gestão PS da autarquia era então de 95 milhões de euros e que, agora, no final de 2023, o valor cifrou-se em 50,4 milhões.

A Câmara de Évora reduziu em quase metade o montante global da dívida municipal nos cerca de 10 anos de gestão da CDU, que atinge agora 50,4 milhões de euros, revelou esta quarta-feira o presidente do município. Em declarações à agência Lusa, o autarca, Carlos Pinto de Sá, eleito pela CDU, indicou que, desde que tomou posse como presidente do município, em outubro de 2013, “houve uma redução da dívida na ordem dos 47%”.

“É quase metade”, observou, salientando que a dívida municipal que a CDU herdou da anterior gestão PS da autarquia era então de 95 milhões de euros e que, agora, no final de 2023, o valor cifrou-se em 50,4 milhões. Pinto de Sá falava a propósito da proposta de prestação de contas referente a 2023, já aprovada em reunião de câmara com os votos a favor da CDU, a abstenção do PSD e do Movimento Cuidar de Évora e o voto contra do PS.

Segundo o presidente do município, o valor da dívida global camarária voltou a descer no ano passado, com uma redução de “mais de três milhões de euros”, ou seja “quase 6%”, para os 50,4 milhões. “O prazo médio de pagamento a fornecedores, que, em 2013, chegou a estar em 755 dias, situou-se, em 2023, em 50 dias”, o que traduz “uma ligeira redução face a 2022” e corresponde “à capacidade que temos tido para pagar as dívidas”, frisou.

Assinalando que era habitual a câmara ter pagamentos em atraso, o autarca comunista vincou que o município “acabou o ano de 2023 sem pagamentos em atraso”, o que se verificou “pelo 8.º ano consecutivo”. “Isso significa que não havia dívidas vencidas superiores a 90 dias”, esclareceu. Pinto de Sá destacou ainda os resultados “largamente positivos” do equilíbrio orçamental e do saldo orçamental, referindo, ainda assim, que houve uma redução dos valores devido ao impacto da inflação.

“Os resultados antes de impostos, amortizações e despesas de financiamento são positivos em 7,5 milhões de euros, o que é uma boa notícia, ainda que os resultados operacionais tenham sido negativos em 1,9 milhões de euros”, adiantou. Também os resultados líquidos foram negativos em 3,4 milhões de euros, afirmou. O facto de os resultados operacionais e líquidos apresentarem valores negativos “decorre, essencialmente, do peso das amortizações”, justificou.

A proposta de prestação de contas do município de 2023 vai ser discutida e votada, na sexta-feira, pela assembleia municipal. Carlos Pinto de Sá cumpre o terceiro e último mandato na presidência da Câmara de Évora, cujo executivo é composto por dois eleitos da CDU, dois do PS, dois do PSD e um do Movimento Cuidar de Évora.

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Biden assina pacote de ajuda militar à Ucrânia e envio começa nas próximas horas

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

Biden também garantiu que o envio de material militar para Kiev começará nas "próximas horas", cumprindo a promessa de iniciar a entrega deste pacote de ajuda no valor de 61 mil milhões de dólares.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, assinou esta quarta-feira uma medida de ajuda militar que inclui assistência à Ucrânia, Israel e Taiwan, assegurando que um pacote de material de guerra seguirá para Kiev “nas próximas horas”. O anúncio da Casa Branca marca o fim de um longo impasse político, com os republicanos no Congresso a bloquearem a assistência militar à Ucrânia na sua divergência de posições com os democratas.

“Estivemos à altura do momento. Estivemos unidos. E conseguimos. Agora precisamos de agir rapidamente”, disse Biden, no evento na Casa Branca para anunciar a assinatura da medida de ajuda externa.

Biden também garantiu que o envio de material militar para Kiev começará nas “próximas horas”, cumprindo a promessa de iniciar a entrega deste pacote de ajuda no valor de 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros) que inclui veículos blindados e outras armas para reforçar as forças ucranianas no esforço para repelir a invasão russa.

Contudo, a longo prazo, permanece incerto se a Ucrânia – depois de meses de perdas militares no leste do país e de ter sofrido enormes danos nas suas infraestruturas – poderá fazer progressos suficientes para sustentar o apoio político norte-americano antes de gastar o mais recente influxo de dinheiro. “Isto não vai favorecer os ucranianos no Donbass, e certamente também não em outras partes do país”, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, referindo-se ao coração industrial do leste, onde a Ucrânia sofreu reveses.

No documento, assinado por Biden, está ainda uma disposição que dá à empresa proprietária da rede social TikTok, ByteDance, com sede em Pequim, nove meses para vendê-la ou enfrentar uma proibição nacional nos Estados Unidos. O presidente poderá conceder uma prorrogação única de 90 dias, elevando o prazo de venda da empresa para um ano, se certificar que há um caminho para o desinvestimento e “progresso significativo” na sua execução.

Por detrás desta decisão está uma avaliação por parte do Governo dos EUA e de um grupo bipartidário do Congresso de que esta rede social chinesa constitui uma preocupação crescente para a segurança nacional. A empresa que controla o TikTok já respondeu e disse que travará um processo legal contra o que chamou de “esforço inconstitucional” do Congresso. “Acreditamos que os factos e a lei estão claramente do nosso lado e que acabaremos por prevalecer”, afirmou a empresa num comunicado.

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Marcelo diz que Costa é “lento” por ser “oriental” e Montenegro tem “comportamentos rurais”

O Chefe de Estado disse ainda que o atual primeiro-ministro formou um Governo de forma "impensável" e que a solução a Europa – com Sebastião Bugalho como cabeça de lista – foi uma "improvisação".

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa – numa conversa informal com jornalistas estrangeiros, no Vila Galé Ópera, em Lisboa – acusou António Costa de ser “lento” por ser “oriental” e defendeu que Luís Montenegro “é uma pessoa que vem de um país profundo urbano-rural, e que é urbano com comportamentos rurais”.

“Os orientais são lentos”, disse Marcelo, referindo-se a Costa mas “Luís Montenegro não é oriental mas é lento”. Elogiando o atual líder do Executivo disse que “este” tem uma coisa boa: “É totalmente independente e não é influenciável” e totalmente “improvisador”. Já António Costa não lhe dava trabalho porque era “previsível”.

O Chefe de Estado disse ainda que o atual primeiro-ministro formou um Governo de forma “impensável” e que a solução para a lista europeia – com Sebastião Bugalho como cabeça de lista – é “tipicamente uma improvisação”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações a que a SIC teve acesso. “Guardou segredo até ao fim. Todos os dias tenho surpresas, com o primeiro-ministro António Costa era ao contrário”, disse, referindo, mais uma vez, que o atual primeiro-ministro “tem um raciocínio de um país tradicional”, de um PSD “à antiga”.

É um estímulo completamente diferente, não é lisboeta, nem portuense. É uma pessoa que vem de um país profundo urbano-rural, urbano com comportamentos rurais. É muito curioso isso e difícil de entender precisamente por causa disso”, afirmou aos jornalistas. “Não é um político estilo António Costa e muito menos estilo partidos populistas. É outro estilo de discurso, envolvente, difícil de acompanhar por causa dessa envolvência. É um estilo com outro tempo”.

Na conversa com jornalistas, Marcelo disse ainda que Luís Montenegro só convidou os ministros para o Governo no dia em que ia entregar a lista ao Presidente da República. “Formou Governo de forma impensável. Convidou cada ministro sem ninguém saber quem eram os outros ministros. Encontraram-se de surpresa no fim da história. Ele começou a convidar os ministros na manhã do dia em que ia entregar a lista. É um risco”, sublinhou. “Guardou segredo até ao fim. Todos os dias tenho surpresa, com o primeiro-ministro António Costa era ao contrário”, disse, referindo, mais uma vez, que o atual primeiro-ministro “tem um raciocínio de um país tradicional”.

Nessa mesma conversa com a imprensa estrangeira – que tinha caráter informal –, Marcelo falou ainda da sua relação com o filho, Nuno. Dizendo que a polémica das gémeas brasileiras levou o Presidente da República a cortar relações com o filho, que o procurou para ajudar a acelerar o processo das crianças na toma do medicamento Zolgensma. Marcelo Rebelo de Sousa considera a situação “imperdoável”. “Ele sabe que eu tenho um cargo público e político, e pago por isso”, declarou a jornalistas estrangeiros.

“Ele tem 51 anos. Se fosse o meu neto mais velho e preferido, com 20 anos, sentir-me-ia corresponsável. Mas, com 51 anos, é maior e vacinado”, afirmou o Chefe de Estado, aparentemente desvalorizando o afastamento de Nuno Rebelo de Sousa. A relação entre ambos já não estaria boa há uns meses e o caso das gémeas só a veio piorar.

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Portugal impede entrada de carga de Moçambique pela LAM há cinco meses

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

"A carga de Lisboa para Maputo pode ir, é permitido, mas a alfândega portuguesa não permite que as empresas moçambicanas enviem as suas mercadorias para solo português", lamentou o gestor da LAM.

O gestor responsável pela reestruturação da companhia aérea moçambicana LAM disse esta quarta-feira à Lusa que as alfândegas portuguesas não permitem a entrada em Lisboa de carga trazida nos voos da LAM provenientes de Maputo.

Ficámos 12 anos sem fazer voos para Lisboa, e a 12 de dezembro recomeçámos os voos, submetemos o pedido às autoridades alfandegárias portuguesas para termos o EOR, o documento de autorização da União Europeia para entrada de carga, e cinco meses depois ainda não tivemos resposta. Mas a carga de Lisboa para Maputo vai normalmente”, disse Sérgio Matos.

Em declarações à Lusa à margem do Fórum de Negócios Moçambique-Portugal, que decorre esta tarde no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o gestor responsável pela reestruturação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) sublinhou que o problema é a falta de resposta e o atraso nas informações dadas pelas autoridades portuguesas.

“O processo foi submetido, se calhar este é o tempo normal de demora, mas como não temos informação, estamos a ficar preocupados, porque estamos a entrar no quinto mês de operação e não temos autorização para trazer carga de Moçambique para Portugal”, acrescentou. O avião, com uma capacidade de 32 toneladas, voa vazio de carga de Maputo para Lisboa, mas vai cheio de Lisboa para Maputo, referiu.

Os nossos comerciantes em Moçambique estão impacientes porque estão a achar que é uma proibição da parte portuguesa para não trazerem carga, beneficiando só os comerciantes portugueses, mas nós, enquanto LAM, não vemos a questão assim, só queríamos saber do período mínimo ou máximo que demora para termos a autorização”, acrescentou Sérgio Matos. Questionado sobre se a TAP, que também opera voos diretos entre Lisboa e Maputo, tem autorização para levar e trazer carga, o responsável disse que sim.

Antes, já o presidente da Confederação das Associações Empresariais de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, tinha pedido aos governos para harmonizarem a legislação que propicia as relações comerciais e para afastarem os empecilhos e anunciou a impossibilidade de exportações moçambicanas para Portugal através da LAM.

Que harmonizem as medidas de incentivo empresarial para maior fluidez dos negócios luso-moçambicanos, por exemplo, depois da introdução de medidas e de aceleração económica que permitiram maior procura pelo turismo, surgiu oportunidade de retomar os voos diretos entre Lisboa e Maputo, mas a falta de autorização por parte da autoridade tributária para enviar carga de Maputo para Lisboa é um problema”, disse Agostinho Vuma durante a sua intervenção na sessão de abertura do Fórum.

“A carga de Lisboa para Maputo pode ir, é permitido, mas asalfândega portuguesa não permite que as empresas moçambicanas enviem as suas mercadorias para solo português”, lamentou, sublinhando que “este apelo é uma forma de materializar a nossa relação mutuamente vantajosa, de win-win“.

Questionado sobre o número de passageiros da operação para Lisboa, retomada em dezembro do ano passado, Sérgio Matos disse à Lusa que a taxa de ocupação dos voos de Maputo para Lisboa está acima de 80%, representando entre 260 a 280 pessoas em cada um dos dois voos semanais, ao passo que de Lisboa para Maputo há entre 200 a 240 passageiros por voo.

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Miranda Sarmento admite atualizar dedução específica no Orçamento do Estado para 2025

Perante uma proposta do PCP para atualizar a dedução específica, o ministro das Finanças admite considerar a medida na discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano.

O ministro de Estado e das Finanças abriu a porta a atualizar a dedução específica, apontando que este “é um instrumento que pode ser considerado no Orçamento do Estado para 2025, em conjunto com a redução de taxas de IRS”, no debate na Assembleia da República sobre a proposta do Governo para reduzir o IRS em todos os escalões até ao oitavo.

“A atualização da dedução específica é um instrumento que pode ser considerado aquando o Orçamento do Estado para 2025, junto com a redução de taxas de forma a reduzir o IRS de quem trabalha”, sinalizou Joaquim Miranda Sarmento no Parlamento, em resposta a uma intervenção da deputada do PCP Paula Santos.

Paula Santos tinha questionado o Governo, sobre se pretendia aliviar a tributação, “porque não propõe a atualização da dedução específica”. Trata-se de o valor abatido ao rendimento bruto, para se calcular o IRS, sendo que não é atualizado desde 2010 pelo que os “contribuintes estão há 14 anos a perder poder de compra”.

“Tem impacto sobretudo nos rendimentos baixos e médios”, salientou a deputada do PCP, sendo que a proposta do partido iria no sentido de atualizar o valor tendo em conta a inflação.

Miranda Sarmento destacou ainda que o objetivo do Governo é “aliviar a tributação” e, por isso, no programa há “três mil milhões para reduzir o IRS em três mecanismos ao longo da legislatura”. Além da redução das taxas, contempla também o IRS Jovem e a isenção dos prémios de produtividade, medidas que estão previstas para 2025. “Tentaremos que seja o mais rápido possível”, prometeu o ministro.

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Oposição considera Programa de Estabilidade “inútil”

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou o programa “absolutamente inútil para o debate”, uma vez que os quadros económicos não integravam o impacto das medidas previstas pelo executivo.

A oposição criticou esta quarta-feira o Programa de Estabilidade para o período entre 2024 e 2028, com o BE e PCP a considerarem o documento “inútil” e “desatualizado”, tendo o Governo argumentado que o apresentou apenas por respeito ao parlamento.

No debate sobre o Programa de Estabilidade (PE) 2024-2028, na Assembleia da República, os partidos que apresentaram projetos de rejeição ao documento remetido, em 15 de abril, pelo Governo ao parlamento apontaram baterias ao cenário macroeconómico desenhado em políticas invariantes e à falta de informação sobre as medidas de política do executivo.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou o programa “absolutamente inútil para o debate”, uma vez que os quadros económicos não integravam o impacto das medidas previstas pelo executivo. Esta posição foi partilhada pelo deputado do PCP António Filipe, que denominou o programa de “inútil” e questionou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, se vai “anunciar um golpe de magia” ou se fica “pela desculpa de mau pagador”.

O deputado socialista António Mendonça Mendes acusou o Governo de propor um programa com uma redução da “carga fiscal três vezes inferior” à defendida pelo PS, depois de a carga fiscal ter sido o “Alpha e o Ómega” da Aliança Democrática (AD). Por sua vez, o líder do Livre, Rui Tavares, questionou a preparação para governar com a qual a AD se apresentou em campanha, acrescentando que o excedente orçamental “é fruto do sacrifício de todos nós” e de “ajustamentos que foram feitos pelas famílias portuguesas”.

O deputado da Iniciativa Liberal Mário Amorim Lopes defendeu que é necessário o país crescer, sendo que “só dessa forma se aumentam os salários e as pensões”, e que o PS deixou “um país parado”, cuja solução não pode ser “um país a arrastar-se”. A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, demonstrou apreensão por o Programa de Estabilidade não contemplar matérias ambientais, apelando para que o Governo tenha atenção a essa vertente.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, realçou na sua intervenção inicial que devido à reforma das regras europeias o Governo poderia remeter à Comissão Europeia apenas duas tabelas sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não estando obrigado a remeter o Programa de Estabilidade.

O governante indicou que os programas de estabilidade serão substituídos por planos estruturais de médio prazo, que começarão a ser negociados com Bruxelas no final de julho e enviados “no final de setembro, meados de outubro”. Esta posição foi reforçada pelo deputado do CDS-PP Paulo Núncio, após as críticas dos partidos.

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Líder parlamentar do PSD diz que vai falar com deputados envolvidos no caso Tutti-Frutti

  • Lusa
  • 24 Abril 2024

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, disse desconhecer os contornos do processo Tutti-Frutti que envolve três deputados da bancada e remeteu para mais tarde uma posição.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, disse esta quarta-feira desconhecer os contornos do processo Tutti-Frutti que envolve três deputados da bancada e remeteu para mais tarde uma posição sobre se mantém a confiança política naqueles parlamentares.

“Ao que sabemos, e ao que sei neste preciso momento, terá sido pedido agora o levantamento da imunidade parlamentar sobre três deputados do PSD. Eu não conheço os contornos, não conheço as imputações que não seja pela comunicação social, terei oportunidade de falar com os senhores deputados sobre essa matéria“, afirmou Hugo Soares, em declarações aos jornalistas, no parlamento.

O Ministério Público pediu o levantamento de imunidade dos deputados do PSD Luís Newton, Carlos Eduardo Reis e Margarida Saavedra no âmbito do processo Tutti-Frutti, a fim de os constituir arguidos e recolher declarações, de acordo com o despacho do Tribunal Central de Instrução Criminal, avançado terça à noite pela CNN Portugal e ao qual a Lusa teve também acesso

Segundo este documento, o MP considera que Carlos Eduardo Reis está fortemente indiciado por corrupção ativa, prevaricação e tráfico de influência. Já sobre Luís Newton recaem fortes indícios de corrupção passiva e prevaricação, enquanto Margarida Saavedra está fortemente indiciada por burla qualificada.

Questionado sobre se mantém a confiança naqueles deputados, Hugo Soares respondeu que terá oportunidade de falar com eles e de “os confrontar com aquilo que são as notícias públicas”, acrescentando que “a seu tempo” tomará decisões.

O líder parlamentar do PSD frisou que a investigação decorre há muitos anos e que os deputados já tinham pedido a sua própria constituição como arguidos, “o que nunca veio a acontecer”.

Questionado igualmente sobre as conclusões do inquérito interno que o presidente do PSD anunciou em maio do ano passado que seria aberto para apurar as suspeitas lançadas pela “Operação Tutti-Frutti”, Hugo Soares disse apenas que essa questão teria de ser colocada ao presidente do Conselho de Jurisdição Nacional.

Os três deputados sociais-democratas tomaram posse no dia 26 de março, na sequência das últimas eleições legislativas, e os pedidos de levantamento de imunidade terão agora de ser apreciados pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados.

A operação batizada de “Tutti-Frutti” investiga desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Em maio do ano passado, e depois de uma reportagem da TVI/CNN que recuperava o processo, o presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as suspeitas lançadas pela “Operação Tutti-Frutti”, cujas conclusões não foram, por enquanto, tornadas públicas.

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Navigator aumenta preços do papel higiénico e guardanapos entre 8% e 10%

Após dois aumentos no papel usado na impressão e escrita, a produtora portuguesa avança com subida de preços nos papéis tissue para “mitigar o incremento dos custos de produção”.

A The Navigator Company anunciou esta quarta-feira que vai aumentar entre 8% e 10% os preços dos papéis tissue (papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha ou toalhas de mão) em todos os mercados onde opera, para despachos a partir de maio e com o objetivo de “mitigar o incremento dos custos de produção”.

Em comunicado, o grupo português justifica esta subida com a “inversão acelerada de ciclo que se acentuou desde o passado mês de agosto 2023, altura em que se iniciou um aumento muito significativo dos custos produtivos, nomeadamente de pasta de papel, o principal fator de custo de produção de tissue”.

“O índice internacional de referência do preço da pasta (fibra curta) subiu 65% desde agosto 2023. Na semana passada, foi anunciado um novo preço da pasta para maio que será o preço mais alto alguma vez verificado historicamente no setor, representando um aumento adicional de 10% face ao preço de hoje”, contabiliza a empresa, que há um mês lançou uma OPA sobre a Accrol, fabricante britânica de lenços e papel higiénico.

A companhia liderada por António Redondo, que já começou a comunicar estes aumentos aos clientes, fala ainda de uma “medida excecional imprescindível para garantir a sustentabilidade a longo prazo não só do seu modelo de negócio e equilíbrio financeiro como também da cadeia global de abastecimento, junto dos seus clientes e fornecedores”.

No caso do papel uncoated woodfree (UWF), usado na impressão e escrita, a antiga Portucel já atualizou por duas vezes os preços num espaço de apenas quatro meses. Em dezembro anunciou um aumento entre 5% e 7%; no final de fevereiro, com efeito a partir de 25 de março, comunicou um novo aumento até 5% no preço deste papel para os mercados europeus.

A Navigator fechou 2023 com um volume de negócios de 1.953 milhões de euros, uma queda de 20% face aos 2.465 milhões alcançados no ano anterior. Ainda assim, o “segundo melhor resultado da história da empresa”. A produtora de pasta e papel registou um lucro líquido de 275 milhões de euros no ano passado, o que representa um recuo de 30% face a 2022.

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