Há 150 hotéis para abrir em Portugal nos próximos três anos

  • Ana Petronilho
  • 2 Fevereiro 2024

Em 2021, Portugal já tinha mais quartos de hotel por km2 que Espanha e França. Consultora Neoturis prevê que, de 186 projetos em curso, até final de 2026 abrem cerca de 150, devido a atrasos.

O turismo recuperou em força desde a pandemia e em 2023 foram batidos todos os recordes no setor. Um fôlego que não deverá abrandar nos próximos anos e que está a acelerar investimento na hotelaria. E o espelho disso é que, nos próximos três anos, vão nascer cerca de 150 hotéis em Portugal, sendo este “o maior pipeline a três anos de sempre”, revela ao ECO a Neoturis, consultora especializada em Turismo.

Este número resulta dos 186 projetos de construção já sinalizados para abrirem portas até final de 2026, trazendo ao mercado mais 18.446 quartos. Mas, com “atrasos no licenciamento, alterações ao projeto, atraso na obra, dificuldades técnicas e financiamentos”, haverá “alterações nas datas previstas de abertura”, prevê ao ECO Luís Pedro Costa, sócio da Neoturis, que por isso aponta para que o número de inaugurações fique a rondar as 150.

Perante este cenário, Portugal já tem mais quartos de hotel por quilómetro quadrado que Espanha ou França, salienta ainda a consultora. Com base nos dados do Barómetro Mundial do Turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT), em Portugal, em 2021, ainda durante a fase da pandemia, havia 182.789 quartos de hotel no mercado, o que resultava num rácio de 1,9837 quartos por quilómetro quadrado.

Em Espanha, no mesmo ano e com base no mesmo barómetro, havia 941.030 quartos, o que resultava num rácio de 1,8878 quartos por quilómetro quadrado (abaixo de Portugal).

França, nos dois rácios, fica bastante abaixo de Portugal. Neste país foram sinalizados 652.953 quartos, resultando num rácio de 1,2004 por quilómetro quadrado.

“Estamos conscientes que temos, tal como Espanha e França, várias regiões turísticas bem desenvolvidas. Uma análise regional com mais indicadores, como por exemplo quartos de hotel por número de habitações, poderá ser interessante para se entender onde deverá ser incentivada a abertura de novos hotéis e onde deverá ser mais incentivada a renovação de hotéis existentes”, salienta Luís Pedro Costa.

Mas, apesar destes números, a Neoturis entende que “quando o desempenho do setor é robusto e sustentável” economicamente, “existe sempre espaço para novas unidades hoteleiras”, vincando que o pacote Mais Habitação, “que já se encontra a provocar o encerramento de Alojamentos Locais”, acabando por “retirar essa oferta do mercado”, acaba por dar espaço para a abertura de mais hotéis, beneficiando “a hotelaria nacional”.

No entanto, a consultora não deixa de apontar algumas preocupações com o crescimento da hotelaria. Há, “naturalmente, as externalidades negativas que novos hotéis sempre trazem, por muito grande que seja a aposta na sustentabilidade, e está a ser; há a questão essencial da água, ou da falta dela,” assim como o risco de saturação da “capacidade de carga de praias e centros históricos”.

Também “a falta de recursos humanos nesta área é uma preocupação”, apesar de nos últimos anos terem havido “aumentos significativos de salários e assim a maior dignificação das profissões do setor”, salienta Luís Pedro Costa, lembrando ainda que há “sempre a oportunidade de atrair mão-de-obra de outros países, o que tem impacto positivo na natalidade e na sustentabilidade da Segurança Social”, mas “esta mão-de-obra tem de ser treinada na arte portuguesa de bem receber, sob pena de existir uma descaracterização da oferta hoteleira”.

Portugal na rota das maiores redes hoteleiras

A procura crescente de turistas por Portugal, sobretudo entre os americanos e canadianos, que foram os hóspedes que mais subiram em 2023, está cada vez mais a pôr o país na rota dos maiores promotores e das maiores redes hoteleiras no mundo. “Qualquer uma das 50 maiores empresas internacionais, ou já se encontra em Portugal, ou está a planear um hotel em Portugal, ou já analisou uma oportunidade em Portugal”, diz Luís Pedro Costa.

Entre os promotores, é o caso do grupo canadiano Mercan, que tem vindo a reforçar a aposta no país, tendo prevista a construção de mais oito hotéis com um investimento de 450 milhões de euros. Mas também os americanos da Highgate, que no ano passado abriram uma empresa em Portugal para gerir os 18 hotéis que compraram aos bancos através do portfólio Crow.

A somar, há ainda os britânicos do grupo Arrow que se instalaram em Portugal para fazer fortes investimentos em hotelaria. É o caso da compra de seis hotéis Dom Pedro e cinco campos de golfe por 250 milhões de euros, do negócio do resort de luxo Palmares Ocean Living & Golf, em Lagos, com um investimento de 400 milhões, ou da revolução de Vilamoura com um investimento total que ronda os mil milhões de euros, com vários condomínios de apartamentos turísticos e um hotel.

Por isso, antevê o consultor, “é expectável” que em Portugal surjam “novas marcas hoteleiras” para gerir as novas unidades sendo que redes como a Hilton ou a Marriott “estão a conseguir expandir o seu portefólio através das suas várias submarcas”.

Entre as várias zonas do país, dos 186 projetos em curso para terminar em 2024, 2025 ou 2026, a maior fatia está localizada na região do Porto e Norte com 68 novos hotéis com 6.381 quartos. Deste total, há 35 que ficam na cidade do Porto.

Segue-se a Área Metropolitana de Lisboa, onde estão em curso 54 projetos de novos hotéis com 4.813 quartos, dos quais 43 ficam situados na cidade de Lisboa. Para o Algarve, estão na calha 22 novos hotéis com mais 3.649 quartos, no Centro outros 12 e no Alentejo somam 16. Nas ilhas, a Madeira pode vir a contar com mais seis hotéis até ao final de 2026 e nos Açores há oito novos projetos.

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Brilharete das contas certas à custa de impostos e turismo

Economia cresceu mais que o previsto, dívida pública ficou abaixo dos 100% e Medina alcançou excedente em 2023. Inflação impulsionou receitas fiscais, enquanto turismo amparou exportações.

O fecho das contas de 2023 permite traçar o cenário económico do ano que passou, cujos resultados foram, na sua maioria, mais positivos do que o esperado. A economia cresceu 2,3%, a dívida pública recuou para menos de 100% do PIB e registou-se um excedente orçamental (ainda que seja incerto a sua dimensão), muito graças à arrecadação de impostos e ao turismo. Mas as exportações abrandaram e o mercado de trabalho começa a dar sinais que merecem atenção, num ano que foi positivo mas poderá ser uma “laranja amarga”, como alertam os economistas ouvidos pelo ECO.

“A economia, em 2023, teve resultados muito positivos, mas não foi um ano uniforme“, sumariza o economista João Duque, em declarações ao ECO. “O ritmo do crescimento foi diferente do primeiro para o segundo semestre”, sendo que apesar de um arranque forte, no terceiro trimestre chegou a verificar-se uma contração. “Por isso, é preciso cautela”, alerta.

Os dados do último trimestre foram mais animadores do que o antecipado, com o PIB a crescer 0,8% em cadeia e 2,2% em termos homólogos. Foi impulsionado pelo consumo privado, mas o turismo também ajudou a compensar o abrandamento das exportações, mesmo em época baixa. No conjunto do ano, cresceu 2,3%, acima dos 2,2% projetados pelas Finanças.

A economia cresceu muito pelo efeito da procura externa, pelo turismo que permitiu descomprimir“, nota o presidente do ISEG. “O turismo é um grande utilizador de recursos humanos, gera emprego, paga impostos, ou seja, serviu para compensar o investimento público que ficou aquém do previsto”, acrescenta.

Permitiu também sustentar as exportações, que se ressentiram do abrandamento internacional e caíram em três dos quatro trimestres do ano. Mas mesmo assim, continuaram a dar um contributo positivo para o crescimento económico.

O ano foi também marcado por uma inflação ainda elevada, sendo que a taxa anual foi de 4,3%. Os preços dos bens alimentares foram dos que mais dispararam, razão pela qual o Governo avançou com a medida do cabaz IVA Zero, que isentou de IVA um conjunto de mais de 40 alimentos essenciais, que entrou em vigor a 18 de abril. A taxa de inflação foi desacelerando ao longo do ano e chegou a ser de 1,4% em dezembro, já abaixo da meta do BCE de 2%.

Tendo em conta este contexto de custo de vida elevado, o economista Ricardo Ferraz aponta que, apesar da importância da sustentabilidade da finanças públicas, “não podemos esquecer a parte económica e social”, nomeadamente tendo em conta a falta de competitividade fiscal e o estado dos serviços públicos.

João Duque também alerta que “2023 foi uma laranja amarga, porque o excedente terá sido um pouco excessivo para muitas famílias e, se calhar, não precisávamos de ser tão agressivos”. “Se o excedente fosse metade e se o Governo desse o acréscimo às famílias, acabaria por receber de volta uma parte através do IVA, do consumo, e mantinha as famílias à tona da água”, opina.

Dívida pública abaixo dos 100% do PIB mais cedo que esperado

O crescimento, aliado à inflação, também ajudou à redução do rácio da dívida pública — que ficou abaixo dos 100% do PIB mais cedo do que o esperado.

“É positivo que tenhamos terminado o ano com o rácio abaixo de 100% do PIB, porque menos dívida significa onerar menos as gerações futuras e dá uma credibilidade que é muito importante para a capacidade do Estado se financiar nos mercados”, salienta Ricardo Ferraz. Esta trajetória “resulta do trabalho de consolidação orçamental que começou ainda em 2011, e que se manteve até hoje, respeitando a vários Governos”, destaca.

Mas a descida intensificou-se até porque “há um forte crescimento do PIB nominal, por causa da inflação”. A redução do rácio é “explicada em grande medida pela inflação”, mas além disso o ministro das Finanças também “lançou algumas iniciativas para amortizar a dívida para que o rácio caísse abaixo dos 100%”, salienta o investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona.

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Nesta trajetória, houve “uma certa gestão política, acaba por ser um trunfo para o partido que está no Governo”, salienta. Isto já que estamos a pouco mais de um mês das eleições legislativas antecipadas, depois da Operação Influencer, que começou com buscas ao melhor amigo e ao chefe de gabinete de António Costa, ter levado à queda do primeiro-ministro e, consequentemente, do Governo. Mas apesar de tal ter acontecido no meio do processo orçamental, o Presidente da República permitiu que o Orçamento do Estado para 2024 fosse aprovado em votação final no Parlamento.

O documento tinha inscritas previsões de crescimento de 2,2% para 2023 e um excedente orçamental de 0,8%. Mas afinal o crescimento do PIB foi de 2,3%, segundo a estimativa rápida do INE e Portugal cresceu acima da média da Zona Euro e da UE, registando a maior subida no quarto trimestre (entre países para os quais já há dados).

João Duque alerta ainda que “é necessária prudência com os custos dos juros da dívida”, já que “os juros da nova dívida de longo prazo, a 10 anos, que já estão em 3,5% quando a média, em 2021, estava em 1,7%”. “Isto significa que os encargos com os juros vão subir, no futuro”, nota.

Excedente deverá atingir 1% do PIB

O excedente de 2023, em contabilidade nacional que é a que conta para as regras da União Europeia (UE), irá ultrapassar os 2.191 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado para este ano, e que corresponde a 0,8% do PIB, e deverá rondar os três mil milhões, isto é, 1% do PIB, superando assim o brilharete de Mário Centeno, em 2019, quando alcançou um resultado positivo de 0,1%.

São quase 900 milhões de euros a mais que entram nos cofres do Estado, sobretudo à boleia do aumento da receita fiscal, nomeadamente em IRS, IRC e IVA, que atingiu os 65,7 mil milhões, ou seja, 5,6 mil milhões acima do estimado no Orçamento para 2023. Por outro lado, executou-se menos 2,5 mil milhões de euros em investimento público.

Como salienta João Duque, “houve um controlo de despesa que, conjugado com um aumento da receita fiscal, sobretudo de IRS, IRC e IVA, permitiu um saldo gigantesco”. Desta forma, “Medina eclipsou Centeno”, alvitra.

Mas só no final de fevereiro será possível conhecer o valor em concreto do superávite para 2023, quando o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revelar o saldo para o conjunto do ano. No terceiro trimestre, o excedente atingiu um recorde de 3,3% do PIB, que, em termos absolutos, se traduz em 6,6 mil milhões de euros, ou seja, mais cerca de 4,4 mil milhões face às projeções do Executivo.

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Para já, só é possível obter o saldo acumulado do ano passado, em contabilidade pública, isto é, na ótica de caixa, a partir da execução orçamental de dezembro, divulgada esta quarta-feira. Assim, até dezembro, as Administrações Públicas alcançaram um excedente de 4,3 mil milhões de euros em 2023, ainda assim, 2 mil milhões de euros abaixo do registado em novembro, de 6,4 mil milhões de euros.

Abrandamento da economia já tem reflexos no mercado de trabalho

O mercado de trabalho português terminou o ano de 2023 a dar sinais que “merecem monitorização“. Há seis meses que os desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) não para de crescer. Os trabalhadores abrangidos pelo lay-off atingiram máximos de quase duas décadas, na reta final do ano. E não havia tantos despedimentos coletivos desde o arranque da pandemia.

Ainda assim, os economistas ouvidos pelo ECO não se mostram alarmados. Antes, dizem que essa evolução é consequência do abrandamento da atividade económica.

“São sinais a indicar necessidade de monitorização, mas não propriamente alarme. A economia está a desacelerar e deverá permanecer fraca até ao final do primeiro semestre de 2024, podendo recuperar a partir daí, com a descida de taxas de juro pelo Banco Central Europeu”, sublinha o diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, Pedro Braz Teixeira.

Desemprego registado não tem parado de subir

Fonte: IEFP

É nos setores ligados às exportações que o mercado de trabalho mais tem sofrido. Segundo o IEFP, foi na indústria que mais cresceu o número de indivíduos registados como candidatos a um novo emprego. E os números da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho dão conta que foi o setor das indústrias transformadoras o que mais despedimentos coletivos comunicou em dezembro.

Quanto a 2024, os economistas antecipam que o desemprego deverá continuar a aumentar, mas apenas ligeiramente e longe do que aconteceu, por exemplo, na crise financeira de 2008. Isto mesmo com a crise política como pano de fundo, o que os especialistas consideram que poderá afetar as contratações, mas não de modo considerável.

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Tecnologia: perspetivas para 2024

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  • 2 Fevereiro 2024

O estudo KPMG Global Tech Report 2023 refere que 99% das organizações geraram retorno dos seus investimentos em transformação digital.

Estes resultados são indicadores de que há motivos para enfrentar com confiança os desafios e as incertezas que irão impactar os negócios durante este ano. Por outro lado, a opção por ignorar as tecnologias digitais emergentes poderá levar à obsolescência e falta de competitividade. A IA Generativa, os sensores, os robotics, a realidade aumentada, o metaverso ou o low-code irão, com certeza, consolidar-se nas agendas de transformação de negócio com tecnologia.

Resumindo, algumas das prioridades que vão definir a agenda de tecnologia nas organizações em 2024:

1- Incrementar inovação e transformação acelerada com TI

Há cada vez mais escrutínio e rigor nos investimentos ajustando-os ao contexto, e a função de TI está mais pressionada para entregar resultados. Sinal disso são os vários clientes com que estamos a trabalhar na racionalização, eficiência e aceleração da entrega de resultados tangíveis para transformação de negócio com tecnologia. O ano de 2024 será marcado por pressão sobre as TI para entregar mais, mais rápido e melhor.

Os investimentos em novos métodos e em tecnologias para aumentar a eficiência das TI e acelerar a entrega de resultados ao negócio estão a ser postos à prova para gerar valor. Por exemplo, estamos a trabalhar na adoção de plataformas low-code para acelerar a transformação digital e reduzir a dívida técnica. Acelerando o desenvolvimento de aplicações, com a governação adequada, o low-code garante controlo, consistência e conformidade sem comprometer a eficiência. Com o aumento da utilização generalizada da IA Generativa vão também aumentar os casos combinados com low-Code para, por exemplo, acelerar o ciclo de desenvolvimento de software ou criar experiências de utilização personalizadas, envolventes e escaláveis.

2- Incubar mais talento

Os últimos anos têm sido marcados pela ameaça da escassez de mão-de-obra especializada. Com a diminuição do peso relativo dos investimentos em treino e formação nos orçamentos de TI, a contrastar com o aumento dos custos salariais, é inevitável mudar o paradigma das abordagens tradicionais para atrair, reter e desenvolver talentos que se tem revelado ineficaz para reverter esta situação. Acreditamos que haverá maior foco na incubação de talento e mais parcerias e alianças entre agentes do setor para escalar a produção de competências digitais.

3- Crescimento do XaaS (all as a service) e novas formas de trabalhar

Vão continuar a aumentar as ferramentas e serviços baseados em cloud com o XaaS a influenciar mais as agendas de TI. Fruto da necessidade de integrar um ecossistema interno moderno de desenvolvimento com tecnologias terceirizadas, a transição para o “tudo como serviço” impulsionará novas soluções, modelos comerciais e operativos. Para tirar partido da dinâmica deste ambiente, as empresas terão de adaptar a sua função de TI redefinindo a forma como gerem custos e riscos e como atualizam as suas estratégias tecnológicas e formas de trabalhar.

4- Empresas e negócios mais data-centric

O investimento em dados e analítica irá aumentar e a curto prazo o desafio passa por enquadrar e preparar a função de TI para manter a tecnologia gerida e governada, com dados confiáveis e tempestivos, determinantes para a relevância da IA.

Haverá mais iniciativas para incorporar informação e conhecimento nos processos de negócio, automação inteligente e IA. Será necessário adequar estratégias e arquiteturas de dados, a literacia e mecanismos que assegurem confiança e fiabilidade na utilização da IA e machine learning.

5- Maior foco na resiliência das TI

A digitalização expôs as organizações aos riscos e é provável que ocorram mais eventos de cibersegurança com maior impacto. A “corrida às armas” com os atacantes parece ser invencível e responsáveis pela segurança tecnológica sabem que não se poderão limitar a reforçar os mecanismos implementados, devendo haver maior foco e investimentos em literacia e resiliência cibernética.

6- Operações responsáveis

As dimensões do ESG são um referencial de criação de valor poderoso e inovador que está a ser exigido por investidores, clientes, colaboradores e reguladores. A agenda de tecnologia das organizações tem de o incluir e isso acontecerá em duas dimensões: a) como enabler, utilizando as TI como facilitadoras da transformação necessária para cumprir os requisitos ESG; e b) contribuidor, aumentando a eficiência da função de IT para o desempenho ESG da organização.

A tecnologia é importante e vai continuar a desempenhar um papel ativo para as organizações e negócios e para a melhoria do ambiente e sociedade. Deverá ser cada vez mais objetiva e ética e as agendas de transformação terão de conjugar a maximização da resiliência com o desempenho das TI enquanto navegam num contexto de negócio desafiante.

Rui Gonçalves, Partner de Technology Consulting da KPMG Portugal

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Maior parte dos apoios aos agricultores avança este mês. Agricultores começam a desmobilizar

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

Os apoios à produção, no valor de 200 milhões de euros, destinados a assegurar a cobertura das quebras registadas vão ser aprovados no próximo Conselho de Ministros, a 8 de fevereiro.

A maior parte das medidas do pacote de apoio aos agricultores portugueses, que foi anunciado esta quarta-feira, com mais de 400 milhões de euros de dotação, entra em vigor ainda este mês, anunciou o Governo.

Na quarta-feira, o Governo avançou com um pacote de ajuda aos agricultores, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que não travou os protestos agendados para hoje, de Norte a Sul do país.

Segundo a informação disponibilizada esta quinta-feira à Lusa, a maior parte das medidas que integra o pacote de apoio entra em vigor ainda este mês, com exceção das que estão dependentes de ‘luz verde’ de Bruxelas.

Os apoios à produção, no valor de 200 milhões de euros, destinados a assegurar a cobertura das quebras registadas vão ser aprovados no próximo Conselho de Ministros, a 8 de fevereiro. Contudo, o pagamento só vai arrancar após a aprovação da União Europeia.

A linha de crédito de apoio à tesouraria, no montante de 50 milhões de euros, outra das medidas que foram anunciadas pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, está disponível para todos os agricultores “de imediato“.

O calendário para a aplicação dos apoios revela que a descida do ISP – Imposto sobre os Produtos Petrolíferos para o nível mínimo permitido está inscrito numa portaria, publicada a 31 de janeiro, e que já se encontra em vigor. Em causa está uma redução de 4,7 cêntimos por litro para 2,1, ou seja, uma descida de 55%, que equivale a 11 milhões de euros por ano.

Ainda assim, na conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças, Fernando Medina, a titular da pasta da Agricultura ressalvou que esta descida vai ser operacionalizada “o mais tardar” até segunda-feira, o tempo necessário para as gasolineiras se adaptarem.

Na quarta-feira, o Governo anunciou também um reforço de 60 milhões de euros no primeiro pilar (pagamentos diretos) do PEPAC, de modo a assegurar as candidaturas nos ecorregimes “produção Integrada” e “Agricultura Biológica” e o “pagamento integral” aos agricultores que se candidataram. O reforço vai ser aprovado no próximo Conselho de Ministros, mas a disponibilização do pagamento só vai acontecer após Bruxelas dar a sua aprovação.

Já o reforço do segundo pilar (desenvolvimento rural) do PEPAC, também com cerca de 60 milhões de euros, para assegurar, até ao final do mês, o pagamento das candidaturas às medidas de ambiente clima vai acontecer “de imediato”.

Os agricultores saíram esta quinta-feira à rua, de Norte a Sul do país, bloqueando estradas com tratores parados ou em marcha lenta, pela flexibilização da PAC, valorização do setor e condições justas de trabalho e concorrência. O protesto foi organizado pelo Movimento Civil de Agricultores e juntou-se às manifestações que têm ocorrido noutros pontos da Europa.

Após a garantia de que recebem apoios, vários protestos começaram a desmobilizar. É o caso dos manifestantes em Elvas. “Vamos desmobilizar, penso que a nível de todo o país, a nossa atuação”, afirmou José Eduardo Gonçalves, um dos porta-vozes dos agricultores em protesto junto à fronteira do Caia, em declarações aos jornalistas.

O agricultor revelou que os manifestantes decidiram dar por terminado o protesto depois de terem recebido uma comunicação do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), na sequência de uma negociação “ao mais alto nível” com o Governo. “O IFAP não é uma entidade política, é a entidade que paga aos agricultores” e a comunicação deste instituto “dá-nos uma certa tranquilidade, pela negociação que foi feita com personalidades deste Governo”, realçou.

Através da sua comunicação, segundo José Eduardo Gonçalves, o IFAP prometeu repor, até final do mês, os 60 milhões de euros que corresponde às ajudas à agricultura biológica e produção integrada que tinham sido retiradas em 25 de janeiro. “O IFAP, que nos comunicou que iria retirar a verba, agora diz-nos que a vamos receber na totalidade e nós ficamos tranquilos, mas ficamos atentos”, sublinhou.

Assinalando que “este movimento cívico foi feito em 48 horas”, o porta-voz dos agricultores em protesto avisou que, no caso não se cumprirem as promessas de pagamento até final do mês, o setor voltará à rua para reivindicar os seus direitos. “Vamos sair para a rua com as nossas reivindicações quando for preciso”, vincou. Questionado pelos jornalistas sobre o membro do Governo que negociou com os agricultores, José Eduardo Gonçalves limitou-se a dizer que “a negociação foi ao mais alto nível”, do gabinete do primeiro-ministro, advertindo que as conversas não envolveram a ministra da Agricultura.

Pouco depois do anúncio do acordo, a circulação rodoviária na autoestrada 6 (A6) e noutras vias próximas foi retomada.

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Presidente da Câmara de Coimbra solidário com manifestantes do Baixo Mondego

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

"A agricultura é absolutamente essencial e estratégica para Portugal. Temos de apoiar os agricultores, defender a nossa agricultura e dar condições", diz o autarca de Coimbra.

O presidente da Câmara de Coimbra manifestou, esta quinta-feira, solidariedade às centenas de agricultores que “invadiram” a Baixa da cidade em protesto por melhores condições para o setor, considerando que é necessário defender a agricultura nacional.

Em declarações à agência Lusa, o autarca José Manuel Silva disse que está “completamente solidário” com os agricultores, num assunto “muito relevante para Coimbra e para todo o vale do Mondego, que tem 13 mil hectares de área agrícola altamente produtiva”.

“A agricultura é absolutamente essencial e estratégica para Portugal e, portanto, temos de apoiar os agricultores, defender a nossa agricultura e dar condições para que a nossa agricultura e os nossos agricultores sobrevivam”, sublinhou.

Para o presidente da Câmara, a agricultura é “fundamental e uma riqueza muito particular do concelho de Coimbra”, pelo que não podia deixar de manifestar solidariedade com os agricultores e dizer que está “do lado deles”.

A agricultura é absolutamente essencial e estratégica para Portugal e, portanto, temos de apoiar os agricultores, defender a nossa agricultura e dar condições para que a nossa agricultura e os nossos agricultores sobrevivam.

José Manuel Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

De acordo com fonte policial, mais de 400 tratores e máquinas agrícolas começaram a entrar na cidade de Coimbra às 14h, no seguimento de uma marcha lenta pela Estrada Nacional (EN) 111 que começou em Montemor-o-Velho.

Às 18h15 os manifestantes deliberam cortar totalmente a avenida Fernão de Magalhães, naquela cidade, por não terem resposta ao caderno reivindicativo entregue à Direção-Geral de Agricultura do Centro, embora só metade daquela artéria tenha sido fechada, mas de forma a permitir a circulação dos veículos de emergência médica e de socorro.

Os agricultores vão manter-se em protesto até pelo menos sexta-feira, à espera de respostas positivas da tutela.

A manifestação decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.

O movimento, que se apresenta como espontâneo e apartidário, garantiu que os agricultores portugueses estão preparados para “se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural”.

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Biden autoriza sanções contra colonos que promovam violência na Cisjordânia

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

Biden defende que os níveis de violência, a deslocação forçada de pessoas e destruição de propriedades, representam "uma séria ameaça à paz, segurança e estabilidade da Cisjordânia e de Gaza".

O Presidente dos Estados Unidos assinou esta quinta-feira uma ordem executiva autorizando sanções a colonos israelitas que promovam violência na Cisjordânia, decisão já contestada pelo Governo de Telavive, assegurando que a “maioria absoluta” dos seus cidadãos “respeita a lei”.

Para o Presidente norte-americano, Joe Biden, os níveis de violência, somados à deslocação forçada de pessoas e à destruição de propriedades, representam “uma séria ameaça à paz, segurança e estabilidade da Cisjordânia e de Gaza, de Israel e da região do Médio Oriente”.

Essas ações minam os objetivos da política externa dos Estados Unidos, incluindo a viabilidade de uma solução de dois Estados e a garantia de que israelitas e palestinianos possam alcançar medidas iguais de segurança, prosperidade e liberdade”, argumentou Biden numa nota divulgada pela Casa Branca. Neste contexto, Biden ordenou sanções contra as propriedades das pessoas identificadas pelo Governo como sendo responsáveis ou cúmplices de ações violentas na Cisjordânia ou que ameaçam a segurança da população local.

Em resposta, Israel rejeitou “medidas excecionais” contra os colonos israelitas na Cisjordânia ocupada, onde a violência aumentou à margem da guerra em Gaza. “A maioria absoluta dos colonos da Judeia e Samaria (Cisjordânia) são cidadãos respeitadores da lei, muitos dos quais atualmente lutam pela defesa de Israel. Israel está a agir contra todos aqueles que violam a lei em todos os lugares”, afirmou em um comunicado o gabinete do primeiro-ministro.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, foi mais longe e acusou os EUA de defenderem uma “campanha imoral”. “Continuaremos a agir destemidamente para fortalecer e desenvolver os colonatos judaicos em toda a terra de Israel e para lutar por uma paz duradoura, que só será alcançada quando a esperança dos árabes de estabelecer um Estado árabe sobre as ruínas do Estado judeu for frustrada”, defendeu o ministro, numa mensagem nas redes sociais.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, explicou que o Presidente Biden reiterou em inúmeras ocasiões o direito de Israel de se defender e de retaliar pelos ataques do grupo islamita Hamas no início de outubro, que provocaram quase 1.200 mortos. Contudo, Sullivan lembrou que o Governo norte-americano está preocupado com “o aumento da violência” registado na Cisjordânia “por parte de atores extremistas”, referindo o “aumento da violência por parte de colonos extremistas”.

“Esta violência representa uma grave ameaça à paz, segurança e estabilidade na Cisjordânia, Israel e na região do Médio Oriente, e ameaça a segurança nacional e os interesses da política externa dos Estados Unidos”, disse Sullivan. O conselheiro de Segurança Nacional acrescentou que a ordem executiva de Biden permitirá a emissão de sanções financeiras contra aqueles que dirigem ou participam em atos de violência, intimidação ou deslocamento forçado de civis, ou participam em atos terroristas na Cisjordânia.

“O Departamento de Estado também anunciará hoje um conjunto inicial de designações no âmbito desta nova ordem executiva”, prometeu Sullivan.

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Partido de Orbán vai juntar-se a grupo de Meloni após as europeias

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

O partido húngaro Fidesz. liderado por Viktor Orbán, vai deixar o grupo PPE e partilhar a bancada com os Irmãos de Itália, de Meloni, após as eleições de junho.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou esta quinta-feira que o partido que lidera, Fidesz, vai abandonar o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, após as eleições europeias de junho, e juntar-se aos Conservadores e Reformistas (ECR), dirigido pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

A ideia era aderir ainda mais cedo [a esse grupo parlamentar], mas agora vamos fazê-lo depois das eleições”, disse Orbán aos diários italianos La Repubblica e La Stampa, depois da cimeira extraordinária da União Europeia (UE) em Bruxelas, na qual Meloni foi fundamental para o convencer a desistir do veto à ajuda comunitária de 50 mil milhões de euros em quatro anos à Ucrânia.

“De qualquer forma, a minha resposta é sim, estamos prontos e vamos juntar-nos aos conservadores” no Parlamento Europeu (PE), declarou o chefe do executivo húngaro, referindo-se ao partido Fidesz que partilhará a bancada com os Irmãos de Itália (FdI), liderado por Meloni.

O grupo ECR, fundado em 2009 pelo antigo líder do Partido Conservador britânico, ex-primeiro-ministro e atual ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, inclui partidos de direita e extrema-direita, como o espanhol Vox, o polaco Lei e Justiça (PiS) e os Democratas da Suécia.

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PS à frente em nova sondagem, mas direita consegue maioria

A sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso coloca o PS à frente nas intenções de voto, com 23%, a quatro pontos da AD.

O PS seria o grande vencedor com 23% dos votos se as eleições fossem agora, mas mesmo assim os partidos de direita, juntos, conquistariam maioria absoluta, de acordo com uma sondagem publicada esta quinta-feira pela SIC/Expresso.

Estes dados resultam da sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso que coloca o PS à frente dos outros partidos, a que se segue a coligação PSD/CDS/PPM com 19%. Já o Chega surge com 15% dos votos, mantendo-se a larga distância da Iniciativa Liberal e do Bloco de Esquerda, que não vão além dos 3%. A CDU situa-se nos 2%, e PAN e Livre surgem apenas com 1%.

De acordo com esta sondagem, 16% dos inquiridos ainda não sabe em quem vai votar. E conclui que, juntos, AD, Chega e Iniciativa Liberal conquistariam a maioria absoluta com 53% dos votos contra os 38% que somam PS, Bloco de Esquerda, CDU e Livre.

Numa análise por faixa etária, este estudo de opinião conclui ainda que a Iniciativa Liberal e o Chega captam os votos dos eleitores mais jovens enquanto o BE e a AD têm mais votos na população entre os 35 e os 64 anos. Já a esmagadora maioria dos votantes na CDU e no PS têm mais de 65 anos.

A sondagem decorreu entre 16 e 25 de janeiro, em que foram contactados 2.984 lares elegíveis e obtidas 804 entrevistas válidas.

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Reino Unido admite reconhecer Estado da Palestina antes de acordo de paz com Israel

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

O reconhecimento do Estado palestiniano pode ocorrer enquanto as negociações entre israelitas e palestinianos estejam em andamento, adianta Cameron.

O chefe da diplomacia britânica, David Cameron, admitiu esta quinta-feira que o Reino Unido pode reconhecer oficialmente o Estado da Palestina após um cessar-fogo em Gaza, sem esperar pelas negociações entre Israel e palestinianos para a solução de dois estados.

David Cameron, que falou à agência Associated Press (AP) durante uma visita ao Líbano com o objetivo de conter as tensões regionais, referiu que não pode ocorrer nenhum reconhecimento enquanto o movimento islamita palestiniano Hamas permanecer em Gaza.

Contudo, frisou que esse reconhecimento pode ocorrer enquanto as negociações entre israelitas e palestinianos estejam em andamento.

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Lusíadas Saúde já é a dona das Clínicas Dr. Well’s

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2024

"O período de transição ficará concluído no final deste mês de fevereiro", indica a Lusíadas Saúde depois de ter concluído a compra das Clínicas Dr. Wells.

A Lusíadas Saúde já é a nova dona das Clínicas Dr. Well’s depois de ter concluído a compra à MC do Grupo Sonae, no âmbito do plano estratégico de expansão. Passa, assim, a reforçar a aposta na medicina dentária. Ainda assim, avança o grupo, “o período de transição ficará concluído no final deste mês de fevereiro“.

“O Grupo Lusíadas Saúde assume o compromisso de contribuir para a democratização do acesso à saúde oral em Portugal com a melhor experiência, qualidade e proximidade que nos caracteriza”, refere em comunicado enviado às redações.

As 22 clínicas Dr. Well’s passam a integrar a oferta da rede Lusíadas, que contará com mais de 30 unidades em todo o país e chegará a novos distritos. Os espaços localizam-se em Lisboa, Queluz, Loures, Amadora, Telheiras, Sintra, Cascais, Oeiras, Almada, Leiria, Coimbra, Porto, Vila Nova de Gaia, São João da Madeira, Vila Real, Guimarães e Braga.

Grande parte deles situa-se em centros comerciais, como o Colombo, NorteShopping e o OeirasParque.

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Governo aprova concurso para ligação aérea entre Bragança e Algarve

Conselho de Ministros aprovou o lançamento do concurso público para rota Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão. Contrato atual termina no dia 28 e serviço pode ser interrompido durante vários meses.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a autorização para o lançamento do concurso público para a prestação de serviços aéreos regulares na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão, por um período de quatro anos. Contrato atual termina a 28 de fevereiro. Se não for estendido, a operação será interrompida. Sevenair admite manter voos, desde que contrapartidas sejam melhoradas.

O destino do serviço da Sevenair, que seis dias por semana faz a ligação entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão, estava em suspenso, com o prazo do atual contrato de concessão a chegar ao fim este mês. O Governo decidiu finalmente avançar com o concurso público para mais quatro anos, o que não impede que os voos parem durante largos meses.

Sérgio Leal, diretor de operações de voo da Sevenair, diz ao ECO que a empresa já não está a vender bilhetes para datas após 28 de fevereiro. Só uma extensão do atual contrato permitirá manter a operação, mas não tem nenhuma indicação do Governo nesse sentido. Mesmo que venha a existir essa possibilidade, a companhia não aceita manter as mesmas condições.

“Não estamos disponíveis para prorrogar com mesmos valores o contrato atual”, afirma taxativo o diretor de operações de voo da Sevenair. A indemnização compensatória é de perto de 2,5 milhões de euros por ano, montante que Sérgio Leal considera insuficiente face ao “aumento do custo do combustível, da manutenção e dos materiais”. A indemnização pouco mudou face a 2009 (2,2 milhões), quando começou a operar a rota.

O diretor de operações de voo estima que o concurso demore pelo menos seis meses a ser concluído, pelo que “a haver um hiato não será pequeno. São vários meses”.

Durante o Inverno IATA (final de outubro a final de março), a Sevenair opera a rota uma vez por dia, seis dias por semana. No verão, voava duas vezes por dia.

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Albuquerque afasta eleições e garante novo Governo na Madeira

O presidente demissionário da região autónoma anunciou que o conselho regional do PSD aprovou por unanimidade a manutenção da legitimidade da maioria parlamentar formada com CDS e PAN.

O presidente demissionário da Madeira, Miguel Albuquerque, afasta eleições antecipadas e vai indicar “um novo Governo, um novo programa e um novo orçamento para assegurar a governabilidade” da ilha, afirmou esta quinta-feira.

“Aquilo que foi aprovado por unanimidade no conselho regional do PSD Madeira foi a garantia de que a legitimidade que foi outorgado pelos madeirenses e porto-santenses há quatro meses mantém-se intacta”, revelou Albuquerque que renunciou ao cargo na sequência do processo que investiga suspeitas de corrupção, e no qual foi constituído arguido.

“Ou seja, as eleições de 24 de setembro, a legitimidade desta maioria”, formada por PSD e CDS e PAN “mantém-se intacta, porque o nosso regime na Madeira é um regime parlamentar puro”, acrescentou.

Face às especificidades do regime madeirense, Albuquerque considera que a atual maioria parlamentar “tem condições para apresentar um novo Governo, um novo programa de Governo e um novo Orçamento, para garantir a governabilidade região e assegurar não um hiato muito longo que ponha em causa o funcionamento da região em termos económicos”, justificou.

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