Concurso para empreitada do Feiródromo do Porto será lançado em 2024

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2023

Feiródromo do Porto permitirá albergar 152 comerciantes, 35 dos quais da extinta feira do Cerco. Investimento municipal previsto aumentou de 300 mil euros para 551 mil euros.

O concurso público para a empreitada do Feiródromo do Porto, cujo lançamento estava previsto até este mês, só deverá acontecer no início do próximo ano, avançou a autarquia liderada pelo independente Rui Moreira. O município avançou ainda que o procedimento se “encontra em fase de revisão de projeto”.

No relatório do orçamento municipal para 2024 consta uma verba de 340 mil euros para este equipamento municipal, que irá albergar as feiras da Vandoma e do Cerco.

Em julho, a autarquia adiantou à Lusa que estava a ultimar o projeto que conduziria ao lançamento do concurso público “com previsão de lançamento até dezembro de 2023”. O anteprojeto do Feiródromo do Porto, espaço na freguesia de Campanhã, foi apresentado em fevereiro ao executivo municipal.

À época, o vereador com o pelouro da Economia adiantou aos jornalistas que o concurso público para a empreitada seria lançado até ao final do primeiro semestre e que, “correndo tudo como se espera”, a obra deveria arrancar no final do ano. “A obra durará quatro meses. Estamos a contar que, em abril de 2024, tenhamos o equipamento municipal”, afirmou Ricardo Valente.

O Feiródromo do Porto permitirá albergar 152 comerciantes, 35 dos quais da extinta feira do Cerco. Além da utilização para as feiras, o equipamento municipal “pode ser usado pela cidade todos os dias do ano”, afirmou Ricardo Valente, acrescentando que o espaço vai estar dotado de café e sanitários. De acordo com o anteprojeto, a que a Lusa teve acesso, as 152 bancas fixas vão estar dotadas de uma “cobertura ligeira”, bem como de iluminação pública.

A obra durará quatro meses. Estamos a contar que, em abril de 2024, tenhamos o equipamento municipal.

Ricardo Valente

Vereador das Atividades Económicas, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal do Porto

Questionado se os feirantes estavam satisfeitos com o projeto, o vereador afirmou que os mesmos não tiveram conhecimento. “É importante dar nota de que as feiras e mercados municipais não têm lugares perpétuos. Os regulamentos municipais não permitem que um comerciante esteja numa feira e num mercado toda a vida. E bem, porque estamos perante um bem público que não é de ninguém. (…) A questão de falar é falar com quem? Com os atuais ou com os futuros?”, questionou.

Ricardo Valente adiantou ainda que o investimento municipal previsto para a criação do Feiródromo aumentou de 300 mil euros – conforme estava inscrito no orçamento municipal – para 551 mil euros, face à mudança “de conceito” do projeto.

No final de 2021, a Câmara e a Assembleia Municipal do Porto aprovaram o encerramento definitivo da feira do Cerco. A decisão levou um movimento de feirantes a entregar um abaixo-assinado, com cerca de 600 assinaturas, na autarquia portuense.

No início de 2022, o município anuniou que os comerciantes da extinta feira do Cerco iriam poder vender no recinto da feira da Vandoma, sendo esta uma situação provisória até ser encontrado um novo recinto.

Ricardo Valente adiantou, em abril de 2022, que o local para instalar o Feiródromo já tinha sido identificado e que o município estava a avaliar os terrenos para arrancar com a aquisição e obras.

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Mais de 22% dos jovens têm qualificações a mais para os empregos que exercem

Os jovens portugueses estão mais qualificados, mas ainda existe um fosso entre as habilitações dos trabalhadores e os empregos disponíveis. Em 2022 agravou-se a chamada sobrequalificação.

Quase um em cada quatro jovens portugueses com ensino superior trabalha em profissões que não exigem este nível de escolaridade. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela Fundação José Neves, a sobrequalificação está a agravar-se em Portugal, sendo que hoje mais de 22% dos jovens têm habilitações a mais para os empregos que exercem.

“A percentagem de jovens sobrequalificados aumentou significativamente em 2022, invertendo a tendência de decréscimo que se tinha vindo a registar de 2018 em diante”, é sublinhado na nota enviada às redações esta segunda-feira.

Em concreto, entre 2013 e 2018, a taxa de sobrequalificação entre os jovens trabalhadores aumentou de 17,1% para 22,9%. Mas entre 2018 e 2021, caiu três pontos percentuais para 19,9%. Já em 2022, a trajetória inverteu-se e a fatia de jovens sobrequalificados avançou 2,5 pontos percentuais para os tais 22,4%.

A Fundação José Neves detalha que a sobrequalificação é superior entre as trabalhadoras jovens. Cerca de 24% estão nessa situação, enquanto entre os trabalhadores jovens a taxa é de menos de 20%.

“Este indicador não será alheio ao facto que de a proporção de mulheres jovens com ensino superior ter sido sempre superior à dos homens na última década. Como exemplo, em 2022, a percentagem de mulheres dos 25 aos 34 anos com ensino superior foi de 51,9%, 15 pontos percentuais acima dos homens na mesma faixa etária (36,9%)”, é explicado.

De modo global, quanto mais elevado o nível de educação, maior a taxa de sobrequalificação, havendo, portanto, um desajustamento entre as competências procuradas pelo mercado de trabalho e as disponibilizadas pelos jovens.

“Apesar da maior qualificação dos jovens, o mercado de trabalho não os absorve em ocupações adequadas às suas qualificações. Este desajustamento repercute-se na qualidade do emprego dos jovens trabalhadores, quer a nível salarial quer na evolução das suas carreiras profissionais“, destaca a a Fundação José Neves, que alerta que o país está, portanto, a subaproveitar competências e a perder retorno do investimento feito em educação.

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Salgado tem mesmo doença de Alzheimer. E está incapaz de prestar declarações, dizem peritos independentes

O ECO teve acesso ao relatório da perícia médica do Instituto Nacional de Medicina Legal. O ex-líder do BES está no segundo grau mais grave da doença e depende de terceiros para fazer tarefas básicas.

O Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) confirma: Ricardo Salgado, ex-líder do Banco Espírito Santo (BES), sofre de Alzheimer, estando atualmente no segundo grau mais grave da doença, com “dependência de terceiros para algumas atividades básicas”. Depois desta fase, passará para a “dependência total”. O relatório médico, a que o ECO/Advocatus teve acesso, foi assinado por um psiquiatra, neurologista e neuropsicólogo, peritos independentes nomeados exclusivamente pelo INML.

Assim, a perícia confirma o que, até agora, foi alegado pela defesa de Ricardo Salgado nos diversos processos pendentes – como a Operação Marquês, caso BES e o processo EDP – e conclui que as declarações que Salgado possa fazer em tribunal estão comprometidas. A avaliação “neuropsicológica realizada no examinando é compatível e concorda com a que nos foi facultada e está enquanto prova documental junto aos autos”, dizem os peritos, referindo-se ao relatório feito pelo neurologista de Salgado, Joaquim Ferreira, pedido pela defesa e que foi junto aos vários processos do arguido.

A defesa do banqueiro tem vindo a insistir que, nos últimos dois anos, ao longo dos vários processos que envolvem o seu cliente – BES/GES, Marquês e caso EDP – que fosse pedida uma perícia médica independente ao INML, de forma a que se confirmasse a doença que foi diagnosticada pelo neurologista do ex-banqueiro. Os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce já tinham juntado aos autos o parecer do neurologista Joaquim Ferreira, que atestou “um diagnóstico final e definitivo”, confirmando que o antigo líder do Grupo Espírito Santo (GES) tem Doença de Alzheimer apresentando “um agravamento progressivo das limitações cognitivas e motoras”.

É expectável dificuldade acrescida seja na prestação seja na devida valoração pelo Tribunal, já que faculdades como a memória, a atenção, a velocidade de processamento e mesmo a linguagem e discurso estão diminuídas em nível apurado e descrito nas avaliações funcionais neuropsicológicas e não conseguimos assegurar que a informação obtida seja fidedigna.

Médicos do Instituto Nacional de Medicina Legal

Quais as conclusões dos peritos, face às questões jurídicas?

No que toca à alegação de Salgado de que sofre de Alzheimer

  • Confirma-se que o ex-líder do BES sofre de “patologia neurológica/neuropsiquiátrica, mais propriamente Doença de Alzheimer muito provável, estando não só presente a necessária semiologia clínica, como sendo o diagnóstico igualmente suportado por exames complementares de diagnóstico estruturais (imagiológicos), funcionais (neuropsicológicos) e fisiopatológicos (biomarcadores)”.

Impossibilidade de comparecer em tribunal

  • Os médicos dizem que não existe propriamente uma “impossibilidade em comparecer”, mas não têm dúvidas que as declarações de Salgado estão comprometidas” devido à “sua patologia e “à situação que em si sempre será stressante para qualquer cidadão”;
  • Mas os médicos avisam que a doença em causa “não impossibilita nem é impeditiva”, da comparência e da realização de declarações por parte de Salgado, “admitindo-se, todavia, que possa ser útil e medicamente recomendável que se possa acompanhar por pessoa que escolha, para o que está capaz”;
  • Os peritos falam ainda que “face às dificuldades de marcha e mencionado o risco de queda, tal deverá ser tido em consideração no mínimo sendo auxiliado por exemplo com uso de cadeira de rodas ou por alguém ao seu lado, enfatizando-se que a sua esposa aparentemente surge como figura para si muito importante afetivamente e assim contentora de ansiedade e angústia”;
  • Devido às “dificuldades várias, incluindo em razão de patologia neuropsiquiátrica e outras condições de saúde física”, estamos “em crer ser cautelar o evitar sessões prolongadas no tempo sem interrupções, até perante cansaço fácil”.

Ainda que seja possível o arguido ser ouvido sobre os designados temas da prova, do ponto de vista estritamente científico não se pode garantir que pormenores de natureza espacial, temporal e de conteúdo sejam relatados de forma rigorosa, já que poderá efetivamente recordar, ou não recordar.

Médicos do Instituto Nacional de Medicina Legal

Prestação de depoimento sobre a prova

  • Os três especialistas concluem, assim que pode “estar comprometida mas não impossibilitada a prestação de depoimento sobre matéria dos temas de prova, sendo que atenta a diminuição das funções cognitivas apuradas e descritas, é expectável dificuldade acrescida seja na prestação seja na devida valoração pelo Tribunal, já que faculdades como a memória, a atenção, a velocidade de processamento e mesmo a linguagem e discurso estão diminuídas em nível apurado e descrito nas avaliações funcionais neuropsicológicas e não conseguimos assegurar que a informação obtida seja fidedigna”.
  • Ou seja, ainda que seja possível o arguido “ser ouvido sobre os designados temas da prova, do ponto de vista estritamente científico não se pode garantir que pormenores de natureza espacial, temporal e de conteúdo sejam relatados de forma rigorosa, já que poderá efetivamente recordar, ou não recordar”. Mas deixa a bola do lado do Tribunal que deverá, “após o suporte e âmbito material desta diligência, ajuizar se o nível de compromisso existente é a ponto de prejudicar ou não o comparecer com efeitos úteis”.

E quais são as conclusões médicas?

  • Ricardo Salgado apresenta “critérios clínicos para Perturbação Neurocognitiva Major em fase de demência moderada e causada por Doença de Alzheimer, situação clínica prevista e definida nos principais sistemas de classificação”.
  • O diagnóstico é tido mesmo “como de elevada probabilidade, face às evidências clínicas e presença de biomarcadores específicos nos meios complementares de diagnóstico realizado”.
  • A avaliação neuropsicológica realizada “é compatível e concordante com a que foi facultada e está enquanto prova documental junto aos autos”. Ou seja: compatível com o relatório médico do neurologista de Ricardo Salgado.
  • O estudo que os médicos fizeram das funções nervosas complexas de Salgado revelou “dificuldades ao nível da linguagem, da orientação, da atenção, da velocidade de processamento, da memória de trabalho, da memória prospetiva, da capacidade de aprendizagem de uma lista de palavras sem chaves de associação, da memória visual e do cálculo escrito”;
  • Observa-se igualmente “alteração nos hábitos e da funcionalidade ao nível do minimamente razoável de adequação no desempenho das atividades quotidianas”.
  • E ainda uma alteração no desempenho das atividades quotidianas e nos hábitos da “vida quotidiana” (incapacidade para lidar com pequenas importâncias de dinheiro, incapacidade para recordar pequenas listas, incapacidade para recordar acontecimentos recentes – esta última com presença inconsistente), “mudança de hábitos” (revela alguma dificuldade em vestir-se autonomamente) e “alterações na personalidade, nos interesses e no entusiasmo (flexibilidade diminuída, aplanamento dos afetos, diminuição do controlo emocional, embotamento das respostas emocionais, abandono dos interesses e hiperatividade sem finalidade”.

A história de uma perícia adiada

A defesa do ex-banqueiro já tinha pedido uma perícia neurológica a Ricardo Salgado, mas só o tribunal cível de Cascais é que tinha autorizado em março a sua realização. Agora em setembro, a juíza Ana Paula Rosa, do Juízo Central Criminal de Lisboa, também acedeu ao pedido dos advogados do antigo presidente do BES e validou a realização da perícia ao abrigo do Caso EDP.

Em março, o juiz de instrução do processo BES/GES já tinha recusado o pedido de realização de uma perícia médica neurológica ao ex-banqueiro Ricardo Salgado, para comprovar o diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi feito. O magistrado Pedro Correia considerou que a fase de instrução não é a fase indicada para o fazer, mas sim a de julgamento. Esta já tinha sido a quinta recusa da Justiça portuguesa, no que toca a pedidos de perícia médica independente, realizada por médicos independentes, do INML.

De acordo com o despacho de março, o juiz Pedro Correia rejeitou o pedido da defesa do antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), ao considerar que “não se vê como o resultado de perícia realizada nos termos requeridos poderia ser essencial à decisão a proferir nesta fase processual”.

Dois meses, depois, mais duas recusas se juntaram ao rol. A apreciação desse pedido foi igualmente negada, pelo mesmo magistrado de instrução do GES. “Indefere-se a realização da perícia médica. Entende-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade na decisão”, disse o juiz Pedro Santos Correia, na sequência de uma interrupção da sessão do debate instrutório do processo BES/GES, lembrando que a questão do diagnóstico de Doença de Alzheimer “foi já apreciada nos autos”.

Uma semana antes desta decisão, também a juíza de instrução do processo EDP – cujos principais arguidos são Manuel Pinho e Ricardo Salgado – recusou a realização dessa perícia, pedida pela defesa do ex-banqueiro.

No final de outubro, a defesa do banqueiro fez uma reclamação para que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) admita o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo da Operação Marquês. Recurso esse que foi aceite pelo STJ que irá decidir qual a pena que o ex-líder do BES poderá cumprir. Apreciação essa que não será relativa aos factos provados em primeira instância – e confirmados na Relação – mas apenas relativamente aos anos de prisão efetiva que Salgado terá de cumprir. E que pode vir a atrasar a execução dessa mesma pena, já que o Supremo não tem nenhum prazo para decidir.

Em maio, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aumentou a pena de prisão efetiva de Ricardo Salgado de seis anos para oito anos pelos três crimes de abuso de confiança, que saíram da Operação Marquês.

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Ouro sobe 17% no último mês e atinge valor mais elevado de sempre

A onça de ouro chegou a negociar acima dos 2.135 dólares, o valor mais elevado dos últimos 56 anos. Este ano, o ouro regista uma valorização de 13,4%, é oitavo melhor desempenho desde 1968.

O ouro chegou a cotar acima dos 2.135 dólares esta madrugada, superando o marco histórico de 2.072,5 dólares por onça que alcançou a 7 de agosto de 2020, como resultado da expectativa dos investidores de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) corte as taxas de juro no próximo ano.

É o valor mais elevado desde, pelo menos, 1968. Antes disso, já este ano, a 4 de maio, o metal dourado tinha ameaçado esta barreira recorde, chegando a negociar nos 2.072,2 dólares por onça.

“Se os sinais de baixa das taxas de juro se tornarem mais evidentes, o ouro deverá continuar a subir no próximo ano. No entanto, o preço do metal precioso não se moverá numa via de sentido único para cima”, com os indicadores técnicos a sugerirem que o mercado está sobreaquecido, referiu Alexander Zumpfe, um negociador de metais preciosos da Heraeus, à Reuters.

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Atualmente, o ouro está a corrigir ligeiramente dos máximos históricos, estando a negociar nos 2.067 dólares.

Este ano, o ouro acumula uma valorização de 13,4% quando medido em dólares, mas só no último mês escalou 17%. Nos últimos 56 anos, por 33 ocasiões terminou o ano com ganhos e por 23 vezes fechou no vermelho.

O pior ano de sempre para o ouro foi 1981, que ficou marcado pelo início da pior recessão nos EUA desde a Grande Depressão, quando perdeu cerca de 32%. Segue-se o ano de 2013, com a cotação do metal dourado a resvalar 28% após 12 anos de subidas anuais constantes, o que se traduziu numa valorização média anual de 16% neste período.

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No lado oposto surge 1979, quando a onça encerrou o ano a escalar cerca de 127%, depois de no ano anterior já ter subido 37%. Esse ano foi particularmente marcado por uma profunda crise energética internacional, que teve como epicentro a Revolução Iraniana, que gerou uma forte contração da oferta mundial de petróleo.

Segundo as últimas previsões de 30 analistas compiladas pela Reuters no final de outubro, o metal dourado deverá apresentar um preço médio de 1.986,5 dólares em 2024, que compara com um preço médio de 1.936 dólares que a onça apresenta este ano.

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Desconto de 30% nas portagens das ex-SCUT avança apesar do recuo no IUC

Portaria já foi aprovada em Conselho de Ministros e aguarda publicação em Diário da República. Aumento do imposto para carros anteriores a 2007, que entretanto caiu, iria financiar a medida.

A redução de 30% no preço das portagens de seis ex-SCUT (sem custos para o utilizador) do Interior e Algarve vai mesmo avançar em 2024, ainda que o agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) para carros anteriores a julho de 2007 tenha ficado pelo caminho. Como o ECO noticiou, esta medida iria servir para financiar os descontos naquelas autoestradas.

O gabinete das Infraestruturas, agora sob a tutela do primeiro-ministro, António Costa, e o Ministério da Coesão Territorial adiantaram ao ECO que “a portaria que regulamenta este decreto-lei” relativo à diminuição do preço das portagens “já foi aprovada e aguarda apenas por publicação em Diário da República”.

O Governo já aprovou um decreto-lei que reduz em 30% os preços das portagens nas autoestradas A22 Algarve, A23 IP e Beira Interior, A24 Interior Norte, A25 Beira Litoral e Beira Alta, A4 Trasmontana e Túnel do Marão, e A13 e A13-1 Pinhal Interior, a partir de 1 de janeiro de 2024″, afirmaram os dois gabinetes em resposta ao ECO, sublinhando que “esta decisão resultou do compromisso do Governo de reduzir os custos de contexto no uso das autoestradas do Interior e também na Via do Infante, territórios onde não existem vias de qualidade alternativas e onde o transporte público coletivo é escasso”.

Durante o briefing do Conselho de Ministros que aprovou os descontos, o Governo revelou que a medida iria custar, só em 2024, 72,4 milhões de euros aos cofres do Estado por via da quebra de receita nas portagens. O aumento do IUC para veículos entre 1981 e junho de 2007, proposto pelo Executivo no Orçamento do Estado para o próximo ano, e ainda que limitado a um máximo de 25 euros por ano, iria permitir arrecadar 84 milhões de euros, ajudando, assim, a suportar a despesa com a redução do preço das portagens.

A penalização do IUC para viaturas mais antigas acabaria, no entanto, por cair através de uma proposta de alteração do PS que eliminou esse agravamento do Orçamento do Estado, à revelia do ministro das Finanças, Fernando Medina. Diante de umas eleições legislativas antecipadas, os socialistas não poderiam entrar em campanha deixando passar uma medida que tanta contestação social gerou. Daí que a bancada do PS tenha decidido contrariar o próprio Governo.

O Executivo nunca desmentiu a notícia do ECO de que o aumento do IUC seria para compensar a redução das portagens em seis ex-SCUT. Durante o Conselho de Ministros, de 28 de setembro, que aprovou a redução os títulos de passagem pelas autoestradas, o ECO perguntou de que forma a medida iria ser financiada e o então ministro das Infraestruturas, João Galamba, esclareceu que o Governo estava “a trabalhar nessa compensação”, confirmando que “ela existirá”.

“O objetivo principal é assegurar a neutralidade financeira e isso está garantido, mas, a seu tempo, a forma concreta de financiar a medida será conhecida”, rematou, na altura, o ex-governante.

Governo aumenta portagens em mais de 2% apesar de estar em gestão

As portagens vão mesmo subir mais de 2% no próximo ano, uma decisão que será tomada pelo Governo até 15 de dezembro, quando já estará em modo de gestão, e com poderes diminuídos, uma vez que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que irá publicar o decreto de demissão a 7 de dezembro, esta sexta-feira.

Ora a atualização anual das portagens está prevista nos contratos de concessão, ou seja, é uma matéria que cabe na definição das funções de um Governo de gestão, que está limitado à “prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos”.

“As bases e os contratos de concessão em vigor preveem a atualização anual das portagens, no primeiro mês de cada ano civil, tendo por referência a taxa de inflação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC), sem habitação, no Continente”, indicaram ao ECO os gabinetes das Infraestruturas e da Coesão Territorial.

Assim, e de acordo com o IPC de outubro, as portagens podem subir, no próximo ano, 1,94% mais os 0,1% adicionais acordados no ano passado como contrapartida ao travão de 2% aos preços deste ano, o que dá um aumento de 2,04%.

As duas tutelas confirmaram que “as concessionárias já comunicaram ao Estado a atualização para 2024, tendo em conta tal índice, na ordem dos 2%, encontrando-se tais dados em verificação”.

“Ao valor apurado poderá acrescer a compensação de 0,1% acordada entre o Governo e as concessionárias no ano passado pelo travão introduzido no valor das portagens em 2023 e que se justificou pelo valor de referência excecionalmente alto apurado em 2022 (na casa dos 10%, muito superior aos 2% que se têm verificado anualmente)”, acrescentam as Infraestruturas e a Coesão Territorial.

O Governo tem 30 dias para se pronunciar desde a data limite (15 de novembro) para a entrega das propostas das concessionárias, isto é, até 15 de dezembro, devendo depois publicar a atualização das portagens para 2024.

(Notícia atualizada às 13h04)

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Juros dos empréstimos da casa voltam a aliviar em outubro

A taxa dos novos contratos de crédito à habitação voltou a aliviar em outubro, mês em que o BCE decidiu travar a subida dos juros na Zona Euro, após dez aumentos seguidos.

A taxa de juro média dos novos empréstimos para a compra da casa voltou a aliviar em outubro, mês em que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu travar a subida dos juros após dez aumentos seguidos.

Os juros médios dos novos créditos à habitação desceram 0,02 pontos percentuais para 4,23% em outubro, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

Juros do crédito da casa atingiram o pico?

Fonte: Banco de Portugal

Em agosto, a taxa do crédito da casa já tinha descido, refletindo a queda das Euribor, os indexantes que servem de base para o cálculo da prestação. Em novembro, estas taxas interbancárias voltaram a perder terreno, o que confirmará a tendência de descida dos juros cobrados pelos bancos nos empréstimos à habitação pelo segundo mês.

Nos últimos dois anos, pedir dinheiro ao banco para comprar casa ficou mais caro na sequência do aperto monetário do banco central para controlar a inflação. A taxa de juro do crédito para compra de habitação disparou 3,42 pontos percentuais desde o início de 2022, período durante o qual o BCE aumentou as taxas diretoras por dez ocasiões para travar a procura e assim travar a escalada dos preços na região.

Este aperto levou a uma diminuição da procura por crédito por parte das famílias. Em outubro, as novas operações de empréstimos aos particulares atingiram os 2,5 mil milhões de euros, com 1,88 mil milhões a corresponderem a crédito da casa.

No segmento das empresas, a taxa de juro média dos novos empréstimos aumentou de 5,81% em setembro para 5,89% em outubro. O montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 1,55 mil milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

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Media espanhóis processam Meta por concorrência desleal e exigem 550 milhões

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2023

Comportamentos como o da Meta "põem em causa" a sobrevivência dos 'media', que disse serem fundamentais para a qualidade democrática de um país, defende a Associação de Meios de Informação.

A Associação de Meios de Informação (AMI) espanhola, que representa 83 meios de comunicação social, processou a Meta, empresa-mãe das redes sociais Facebook e do Instagram, por “concorrência desleal” e exige 550 milhões de euros.

Em comunicado, a associação justificou este processo contra a Meta pelo incumprimento sistemático dos regulamentos europeus de proteção de dados entre 25 de maio de 2018 e 31 de julho de 2023.

A AMI alegou que a Meta “ignorou a exigência regulamentar de que os cidadãos devem consentir na utilização dos seus dados para a definição de perfis publicitários”.

Na ação judicial, afirmou que a utilização de dados pessoais dos utilizadores das plataformas da Meta, rastreados sem o seu consentimento, permitiu à empresa norte-americana oferecer no mercado a venda de espaços publicitários com base numa “vantagem competitiva ilegitimamente obtida”.

O presidente da AMI, José Joly, sublinha a importância desta ação “sem precedentes”, que “mostra como o gigante tecnológico construiu a sua posição de domínio no mercado publicitário, desrespeitando a regulamentação e causando danos evidentes aos meios de comunicação social espanhóis, ao ponto de pôr em causa a sua sustentabilidade“.

Joly acrescenta que comportamentos como o da Meta “põem em causa” a sobrevivência dos ‘media’, que disse serem fundamentais para a qualidade democrática de um país.

A AMI apelou aos anunciantes dos setores público e privado para que confiem as suas campanhas publicitárias a meios de comunicação “seguros, fiáveis e responsáveis, respeitadores dos direitos dos cidadãos e empenhados em promover a qualidade democrática de Espanha, em conformidade com as políticas de responsabilidade social”.

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Efacec assina contrato de seis milhões de euros com comboios da Dinamarca

Este é o segundo contrato celebrado pela Efacec desde que tem um novo acionista aos comandos – o fundo alemão Mutares. Acesso a trade finance permitiu desbloquear contratos já em carteira.

A Efacec vai fornecer uma estação de carregamento dos novos comboios a baterias recentemente adquiridos na Dinamarca. Em causa está um contrato superior a seis milhões de euros assinado com a Midtjyske Jernbaner, operador ferroviário da região de Midtylland.

“A utilização de comboios elétricos com baterias permite a operação eletrificada de troços das redes ferroviárias, com menor densidade de tráfego, e onde a instalação de soluções tradicionais com catenária não se justifica do ponto de vista económico, acelerando a transição para uma operação mais ecológica”, explica a Efacec em comunicado.

Mas este não é o primeiro projeto da Efacec na Dinamarca. “A adjudicação deste projeto vem consolidar a presença da Efacec em importantes projetos de mobilidade na Dinamarca, nomeadamente o Metro Ligeiro de Odense, a expansão do Metro de Copenhaga, entre outros”, diz o presidente executivo da Efacec, citado no mesmo comunicado.

“Os resultados positivos do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos mercados nórdicos e a elevada qualidade de execução dos projetos, sustentam a confiança dos nossos clientes e dos seus consultores técnicos nas competências da Efacec, potenciando a realização de um projeto inovador e desafiante”, acrescenta Ângelo Ramalho.

Este é também o segundo contrato celebrado pela Efacec desde que tem um novo acionista aos comandos – o fundo alemão Mutares. O primeiro foi o fornecimento de dispositivos adicionais para três novos sistemas de automação e proteção, a instalar em subestações digitais durante o ano de 2024, bem como para as plataformas de testes laboratoriais e de formação do pessoal técnico e de engenharia da Rede de Transporte de Eletricidade francesa (RTE).

“A encomenda surge na sequência da qualificação bem-sucedida da fase piloto do projeto R#SPACE – “RTE’s Smart Protection Automation and Control Ecosystem”, que culminará com a entrada em funcionamento da primeira subestação digital inteligente em Ploeren, França”, anunciou a empresa, numa nota divulgada a 22 de novembro.

Com a venda da Efacec à Mutares, os bancos – depois de aceitarem um perdão de dívida de 29 milhões de euros – normalizaram a sua relação comercial com a empresa de Matosinhos, ao assegurarem 94 milhões de euros em trade finance ao longo de cinco anos. Estes empréstimos vão permitir à empresa desenvolver os projetos que já tinha em carteira, mas que não podia executar por os bancos lhe fecharem a porta apara além de tentar angariar outros.

O Estado assumiu perdas de 200 milhões de euros do passado e, no acordo de venda ao fundo alemão, assinado a 1 de novembro, entrou com 159 milhões, um montante que espera vir a recuperar no futuro.

Os 200 milhões de euros perdidos são os suprimentos injetados na empresa mensalmente, à razão de dez milhões de euros por mês. E os 159 milhões de investimento final do Estado representam um investimento de 201 milhões de euros — serviram também para pagar a dívida que os bancos tinham junto da empresa e que não foram alvo de haircut — aos quais se somam mais 30 milhões para o pagamento de contingências, ou seja, para resolver eventuais litígios no âmbito dos vários contratos que a empresa tem.

Mas a este montante é necessário retirar os 72 milhões de euros de garantias que tinham sido prestadas pela Norgarante à Efacec no passado e que foram libertados.

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Euribor sobe a 3 meses e desce a 6 e 12 meses e fica abaixo de 4% nos três prazos

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2023

Esta segunda-feira, a taxa Euribor subiu apenas no prazo mais curto (três meses), para 3,962%. Em sentido inverso, a seis meses e a 12 meses desceu para 3,945% e 3,794%, respetivamente.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a sexta-feira e ficou abaixo de 4% nos três prazos pela primeira vez desde 14 de setembro. Com as alterações desta segunda-feira, a Euribor a três meses, que subiu para 3,962%, ficou acima da de seis meses (3,945%) e da de 12 meses (3,794%).

Em novembro, a média mensal subiu ligeiramente no prazo mais curto e desceu nos dois prazos mais longos, com o mercado a indicar acreditar que o pico máximo da Euribor já foi atingido. A média da Euribor em novembro subiu 0,004 pontos para 3,972% a três meses (contra 3,968% em outubro), e desceu 0,050 pontos para 4,065% a seis meses (contra 4,115%) e 0,138 pontos para 4,022% a 12 meses (contra 4,160%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou esta segunda-feira para 3,794%, menos 0,108 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Depois de ter recuado em agosto, a média da Euribor a 12 meses desceu em novembro pela segunda vez no atual ciclo de subidas. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta segunda-feira, para 3,945%, menos 0,059 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro. A descida da média da Euribor a seis meses em novembro foi a primeira mensal no atual ciclo de alta.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou esta segunda-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,962%, mais 0,002 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Portugal é dos países onde exportações extra UE menos criam emprego

Em Portugal, a fatia de empregos criados pelas exportações extra União Europeia é inferior à média comunitária. Só a Croácia, França e Grécia saem pior na fotografia.

Cerca de 15% dos empregos na União Europeia (UE) são suportados pelas exportações feitas para fora do bloco comunitário. Por cá, essa fatia é, contudo, menor do que a média comunitária, sendo Portugal um dos países do Velho Continente onde essas vendas menos importam para a criação de postos de trabalho.

“Em 2021, o emprego de 30,4 milhões de pessoas na UE foi suportado pelas exportações para países fora do bloco comunitário, um aumento ligeiro face aos 29,9 milhões registados em 2020 (1,7%)”, começa por sublinhar o Eurostat, numa nota divulgada esta segunda-feira.

E detalha que, no emprego total, 15% dos postos de trabalho estão ligados às vendas feitas para países que não pertencem à União Europeia, isto é, o equivalente a um em cada sete empregos.

Entre os vários países europeus, é a Alemanha que se destaca como país onde as exportações extra UE mais importam para o mercado de trabalho, em termos absolutos: 6,9 milhões de trabalhadores alemães viram o seu posto de trabalho suportado por essas vendas.

No topo da tabela, aparecem ainda França e Itália, ambos com mais de 3,4 milhões de pessoas empregadas à boleia das vendas extra União Europeia.

Por outro lado, em termos relativos, é a Irlanda que assume o topo da tabela: 27% dos empregos estão ligados às exportações extra bloco comunitário (ver gráfico abaixo). Seguem-se o Luxemburgo (25%) e a Bulgária (23%).

Já do outro lado da tabela, é a Croácia que aparece como país onde as exportações extra UE menos pesam no mercado de trabalho, uma vez que só 10% dos empregos estão ligados a essas vendas.

Na base da tabela, estão também França e Grécia (ambos com 12%). E logo a seguir, surge Portugal, pouco acima dos 12% referidos para os casos francês e grego.

Este dado liga-se ainda a um outro também publicado esta segunda-feira pelo Eurostat: Portugal é o segundo país da UE com a menor fatia de valor acrescentado ligada às vendas para países fora do bloco comunitário (12%). Só a Croácia sai pior na fotografia (10%).

No conjunto da UE, as exportações para fora do Velho Continente resultaram em 2.226 mil milhões de euros de valor acrescentado em 2021, o equivalente a 17% do valor acrescentado total criado na União Europeia em 2021. A Irlanda (47%) e o Luxemburgo (33%) também lideram esse ranking, em linha com o observado ao nível dos empregos.

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Dívida pública cai pelo terceiro mês consecutivo para 270 mil milhões de euros

Dados do Banco de Portugal apontam para uma descida de 9,5 mil milhões de euros em outubro, a maior queda mensal desde o início da série estatística em 2011.

A dívida pública, na ótica de Maastricht, caiu pelo terceiro mês consecutivo em outubro, fixando-se nos 270,4 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta segunda-feira. Foi uma descida de 9,5 mil milhões de euros, a maior queda mensal desde o início da série estatística.

Este desempenho surge depois de o Tesouro português ter devolvido aos investidores um cheque de 9,4 mil milhões de euros, em outubro. Tratava-se de uma linha de obrigações aberta pelo IGCP durante a crise de 2008, que acabou por ser reaberta por mais de uma dezena de vezes até 2019, quando as emissões totais atingiram os 12,4 mil milhões de euros.

O IGCP avançou com várias operações de recompra antecipada para chegar ao dia do reembolso com um menor valor para amortizar, o que se verificou.

Como refere também o banco central, esta descida da dívida pública em outubro refletiu então “o decréscimo dos títulos de dívida (-9,1 mil milhões de euros)“, que se deveu essencialmente a esta “amortização de uma Obrigação do Tesouro, originalmente emitida em junho de 2008”.

“O decréscimo da dívida pública foi acompanhado por uma redução dos ativos em depósitos das administrações públicas de 10,9 mil milhões de euros”, indica ainda o organismo liderado por Mário Centeno. Assim, se for deduzida desses depósitos, a dívida pública “aumentou 1,4 mil milhões de euros, para 252,6 mil milhões de euros”.

É de recordar que o rácio da dívida pública tem vindo a recuar, sendo que o Governo (demissionário) perspetivava no Orçamento do Estado que ia mesmo ficar abaixo dos 100% do PIB no próximo ano. Tal meta dependerá, no entanto, do resultado das eleições antecipadas de 10 de março e das opções políticas do próximo Governo.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Juros dos depósitos dão maior salto de sempre para perto de 3% em outubro

Taxa de juro dos novos depósitos a prazo subiu 0,64 pontos percentuais, a maior subida desde que há registos. Já pagam quase 3%.

A taxa de juro dos depósitos a prazo deu um salto histórico para quase 3% em outubro, em resultado da intensificação da guerra dos bancos pelas poupanças das famílias portuguesas.

Os novos depósitos a prazo de particulares tiveram uma taxa média de 2,93% em outubro, o que representa uma subida de 0,64 pontos percentuais em relação a setembro. É a maior subida de sempre desde que o Banco de Portugal compila os dados (janeiro de 2003).

Desde o início do ano, a taxa média dos depósitos acumula uma subida de 2,58 pontos percentuais. Mas praticamente 25% deste aumento observou-se em outubro.

Juros dos depósitos sobem 2,58 pontos este ano

Fonte: Banco de Portugal

Após as críticas em relação à lentidão na subida das remunerações dos depósitos, incluindo do próprio governador do Banco de Portugal, os bancos consideram que as taxas estão já em níveis mais apropriados em relação às taxas do mercado e começam a fala numa disputa pelas poupanças dos portugueses que vai pressionar cada vez mais as suas margens financeiras.

Com isto, os bancos nacionais deixaram a cauda da ranking dos juros dos depósitos na Zona Euro. Agora há seis países onde os depósitos rendem menos: Chipre, Grécia, Eslovénia, Croácia, Espanha e Irlanda.

Bancos portugueses sobem na tabela dos juros dos depósitos

Por outro lado, a subida das taxas também resulta de uma maior atitude ativa dos depositantes à procura de melhores remunerações. O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares atingiu em outubro o maior valor desde março de 2012, totalizando 10,69 mil milhões de euros, mais 2,8 mil milhões do que no mês anterior, segundo o regulador.

Grande parte (10,4 mil milhões) foi direcionada para depósitos com prazo a 1 ano, que foram os que registaram a remuneração média mais elevada, nos 2,95%.

Já os novos depósitos com prazo de 1 a 2 anos apresentaram uma remuneração média de 2,15% (2,03% em setembro), enquanto os novos depósitos com prazo acima de 2 anos foram remunerados, em média, a 2,13% (2,10% em setembro), de acordo com o Banco de Portugal.

Nas empresas, a remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas foi de 3,31% em outubro, o que corresponde a um aumento de 0,23 pontos percentuais relativamente ao mês anterior.

As novas operações de depósitos das empresas totalizaram 6,9 mil milhões de euros, menos 380 milhões do que em setembro. Praticamente 100% dos quais foram aplicados em depósitos a prazo até 1 ano.

(Notícia atualizada às 11h24)

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