SNS gastou mais de 100 milhões de euros em prestação de serviços por médicos até junho

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Despesa com a contratação de médicos, enfermeiros e outros profissionais tarefeiros para prestarem serviço nas unidades do SNS superou 100 milhões de euros no primeiro semestre.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou mais de 100 milhões de euros até junho com a prestação de serviços por médicos, que trabalharam quase 2,5 milhões de horas, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

De acordo com esclarecimentos fornecidos pela ACSS à Lusa, a despesa este ano (até junho) com a contratação de médicos tarefeiros para prestarem serviço nas unidades do SNS ascendeu a 100.892.832 euros, a que acrescem mais 4.097.191 euros com enfermeiros e 3.373.300 euros com outros profissionais de saúde, perfazendo um total de despesa (provisória) em prestações de serviço de 108.363.322 euros.

A prestação de serviços feita por médicos traduziu-se neste período em 2.455.202 horas, enquanto a contração de prestação de serviços por enfermeiros foi de 285.477 horas e a de outros profissionais de saúde chegou às 288.436 horas, totalizando mais de três milhões de horas contratadas (3.029.115).

Os gastos com horas extraordinárias de médicos do SNS ascenderam, até junho, a 127,3 milhões de euros por mais de 3,1 milhões de horas (3.174.925) efetuadas em trabalho suplementar. Nos enfermeiros, as 2.643.250 horas extraordinárias obrigaram já a gastar quase 50 milhões de euros (49.398.583 €).

Relativamente aos outros profissionais de saúde, o Estado apresenta uma fatura nos primeiros seis meses do ano de mais de 34 milhões de euros (34.695.298 euros) para 2,7 milhões de horas (2.781.502) efetuadas além do horário de trabalho.

No total, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde do SNS fizeram quase 8,6 milhões de horas extraordinárias (8.599.677) nos primeiros seis meses de 2024, que custaram mais de 211 milhões de euros (211.428.545).

A ACSS adiantou também que, segundo os registos apurados até junho, existia “um total de 8.111 médicos especialistas com horas extraordinárias realizadas” sem estarem no regime de dedicação plena e que neste lote havia 1.288 médicos especialistas com mais de 150 horas extraordinárias realizadas.

Entre os 8.506 médicos em regime de dedicação plena registados até junho, 2.850 fizeram trabalho extraordinário e 291 ultrapassam já as 250 horas extraordinárias. De acordo com o Código de Trabalho, os médicos têm de cumprir 150 horas de trabalho suplementar por ano ou 250 horas no caso de integrarem o regime de dedicação plena. Quanto aos 5.001 médicos internos, a ACSS esclareceu que 1.382 já fizeram mais de 150 horas extraordinárias no primeiro semestre do ano.

No dia 04 de julho, o Governo aprovou um suplemento remuneratório para as horas extraordinárias dos médicos, de caráter temporário e excecional, por considerar ser necessário para garantir o funcionamento dos serviços de urgência.

“O montante do suplemento vai aumentando progressivamente, com incentivos de mais 40% a 70% da remuneração base de cada médico, por cada bloco de 40 horas de trabalho realizado, a acrescer ao pagamento das horas de trabalho efetivamente prestadas”, referiu então o comunicado do Conselho de Ministros, com o decreto-lei a ser promulgado na semana seguinte pelo Presidente da República.

A medida foi recebida com críticas pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam), que acusou o Governo de não ter negociado com os sindicatos e de querer pagar o trabalho suplementar ao preço do trabalho normal, sem limites máximos até ao fim do ano, comprometendo a segurança dos doentes.

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Portuguesa Growappy capta 600 mil euros para acelerar expansão internacional

Com esta primeira ronda de financiamento, a plataforma digital que agiliza a interação entre educadores de infância e famílias quer acelerar a expansão internacional, com Espanha na mira.

Fundada por três engenheiros informáticos do Instituto Superior Técnico, a startup Growappy, plataforma digital que atua no segmento de educação de infância, fechou a primeira ronda de financiamento liderada pela Caixa Capital, no valor de 600 mil euros. Com este investimento, a portuguesa, que está presente em sete países, pretende acelerar a expansão internacional, com especial enfoque no mercado espanhol.

“Com o apoio da Caixa Capital, daremos um salto significativo em direção à nossa visão de desenvolver ferramentas que possibilitam oferecer, pela primeira vez, uma educação personalizada desde a infância, uma inovação sem precedentes neste setor”, afirma Nuno Gomes, CEO da Growappy.

Além da expansão internacional, a Growappy pretende reforçar a capacidade comercial e ampliar o leque de funcionalidades disponíveis potenciadas por inteligência artificial generativa. “Além disso, haverá um reforço significativo na equipa de desenvolvimento, de modo a aprimorar ainda mais a oferta de soluções tecnológicas da Growappy”, adianta a startup em comunicado.

Os fundadores da Growappy, Hélder Marques, Nuno Gomes e Tiago DiasGrowappy

“Estamos entusiasmados com o potencial que as evoluções mais recentes na área da inteligência artificial têm para transformar o campo da educação, bem como com a visão e a capacidade demonstradas pelos promotores da Growappy no domínio da educação de infância”, diz Walter Palma, diretor de Venture Capital da Caixa Capital. “Vemos a expansão comercial para o mercado espanhol como a extensão natural da posição de liderança que a empresa tem conseguido construir no mercado português”, acrescenta.

Lançada no mercado em 2020 por Hélder Marques, Nuno Gomes e Tiago Dias, a Growappy nasceu para “revolucionar a forma como os educadores de infância interagem com as famílias e gerem os processos administrativos“. Através da plataforma, os pais têm acesso ao registo das rotinas diárias, a fotografias e vídeo, às notícias da instituição, atividades, documentos, ementas ou até uma espécie de messenger que permite o contacto com a direção da escola ou com a educadora.

A startup, que já colabora com centenas de escolas em sete países diferentes, foi galardoada com o prémio “Melhor Projeto de Transformação Digital”, em 2022, pelo Portugal Digital Awards.

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Segunda maior gestora de autoestradas em Portugal compra posição no aeroporto de Heathrow

O grupo francês Ardian, que detém a Ascendi e a Frulact em Portugal, vai comprar juntamente com o fundo do Qatar 37,6% do principal aeroporto londrino.

Os franceses da Ardian, que em 2017 passaram a ser a segunda maior gestora de autoestradas em Portugal após passarem a controlar o grupo Ascendi, e que em 2020 compraram a Frulact, receberam luz verde da Comissão Europeia para comprarem, juntamente com o fundo do Qatar, 37,6% do aeroporto de Heathrow.

A Comissão Europeia aprovou “a aquisição do controlo conjunto da FGP Topco Limited do Reino Unido, pela Ardian France S.A. de França e pela Qatar Holding LLC do Qatar. A FGP Topco Limited possui e administra o Aeroporto de Heathrow no Reino Unido”, adianta Bruxelas em comunicado.

As autoridades europeias consideraram que a transação não levanta preocupações de concorrência, dado o impacto limitado na área económica europeia.

A Ardian está em Portugal através de posições nas autoestradas, onde controla a Ascendi, tendo ainda estado na corrida à compra da Brisa. Já em 2020, comprou a abricante de ingredientes naturais para a indústria alimentar e de bebidas Frulact.

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Covirán na corrida às lojas que Auchan tem de vender em Portugal para comprar Minipreço

O grupo francês assumiu o compromisso de se desfazer de algumas lojas em cinco zonas do país devido ao impacto que a aquisição do Minipreço teria nestas localizações.

A espanhola Covirán está interessada na aquisição de algumas lojas que o grupo francês Auchan se comprometeu a vender na sequência da aquisição das lojas Minipreço ao Dia. Em causa está um acordo com a Autoridade da Concorrência, no qual a Auchan assumiu que iria desfazer-se de algumas lojas em cinco zonas identificadas.

Segundo uma notícia avançada pelo Expansión (acesso pago), para obter luz verde da AdC à compra das lojas Minipreço por 155 milhões de euros, um negócio que permitiu ao grupo de origem francesa aumentar o número de lojas em Portugal de 100 para 583 — passa a integrar também um conjunto de 30 gasolineiras, quatro armazéns e uma loja digital –, a Auchan assumiu o compromisso de alienar de algumas das lojas das duas marcas em cinco zonas identificadas como levantando problemas de concorrência.

“O notificante (Auchan) compromete-se a garantir a intermediação do negócio, com vista à celebração de um contrato de franquia entre o atual franquiado Dia ou Auchan e uma insígnia concorrente, no limite, sem exigência de qualquer contrapartida financeira e, em qualquer circunstância, sem ter acesso a informação sensível relativamente aos detalhes das negociações ou dos contratos”, assinala o documento a que o Expansión teve acesso.

A Auchan terá de vender estes ativos a um concorrente aprovado pela AdC e o negócio terá de ser fechado no prazo de seis meses, a contar a partir da aprovação da compra por parte da AdC, que aconteceu em abril. No entanto, este prazo pode ser prolongado em três meses, caso seja comprovada a existência de negociações.

Este negócio vai criar o quarto maior negócio no mercado nacional do retalho alimentar, com uma quota a rondar os 7%. Em conjunto, as duas cadeias colocam-se a par do Intermarché e da cadeia espanhola Mercadona, em termos de vendas, e ficam apenas atrás do Continente, do Pingo Doce e do Lidl.

Contactada pelo jornal espanhol, a Covirán, que contava no final do ano passado com 250 lojas em Portugal e três plataformas (Sintra, Vila do Conde e Algoz), reconheceu que existem alguns pontos de venda que “seriam mais do que interessantes” para a empresa.

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Powerdot tem 165 milhões para alargar pontos de carregamento de veículos elétricos

Este montante servirá para expandir a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos da Powerdot para mais de 3.100 locais até 2026.

A Powerdot assegurou um financiamento verde de 165 milhões de euros para acelerar a implementação de pontos de carregamento de veículos elétricos, comunicou a empresa esta quinta-feira.

A linha de financiamento verde de 165 milhões – com um adicional de 60 milhões de capacidade de expansão não comprometida – expandirá a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos da Powerdot para alcançar mais de 3.100 locais até 2026.

Com este financiamento, estamos preparados para acelerar a nossa estratégia de implementação, trazendo soluções de carregamento de veículos elétricos para mais locais na Europa”, refere Luís Santiago Pinto, Cofundador e CEO da Powerdot.

Este financiamento verde de 165 milhões de euros foi estruturado de acordo com os Princípios de Empréstimo Verde definidos pela Loan Market Association e, indica ainda a Powerdot. “Com este investimento, a Powerdot está bem posicionada para liderar a construção de uma infraestrutura de carregamento de veículos elétricos robusta e fiável”, lê-se ainda na mesma nota de imprensa.

O financiamento foi obtido junto do ABN Amro, BNP Paribas, ING, MUFG Bank, Santander e Société Générale.

 

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Chumbada providência cautelar contra projeto da linha vermelha do Metro de Lisboa

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Obra ainda poderá vir a ter as alterações defendidas pelas associações, nomeadamente um recuo no local das estações de Campolide e a que irá ficar por debaixo do Jardim da Parada, em Campo de Ourique.

A justiça chumbou uma providência cautelar apresentada por três associações contra o projeto de expansão da linha Vermelha do Metro de Lisboa, que vão agora esperar pela reavaliação do projeto anunciada pelo Governo, sem avançar com mais processos.

Em declarações à Lusa, Paulo Ferrero, da associação Fórum Cidadania Lx – uma das três associações que apresentaram a providência cautelar contra a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Metropolitano de Lisboa relativamente ao projeto de prolongamento da linha (entre São Sebastião e Alcântara) -, disse que não preveem apresentar novos processos em tribunal.

“Em termos de justiça já não há meio de recorrer. Pode-se dizer que aquela [providência cautelar] está perdida. Nós, em princípio, não vamos avançar. Poderá eventualmente depois haver uma providência cautelar quando for montado o estaleiro da obra, porque aí o projeto já estará em execução“, explicou.

Em novembro de 2022, a Fórum Cidadania Lx apresentou a medida judicial de contestação em conjunto com a Quercus — Associação Nacional de Conservação da Natureza e a Casa de Goa – Associação de Goa, Damão e Diu.

A providência cautelar deu inicialmente entrada no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, solicitando a “suspensão de eficácia da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) emitida pela APA” em agosto daquele ano.

A decisão de chumbo pelo Tribunal Central Administrativo do Sul, após recurso da decisão da primeira instância, foi avançada esta quinta-feira pelo jornal Público.

Os requerentes da providência cautelar consideram que o projeto de prolongamento da linha Vermelha “é ilegal por violação dos instrumentos de gestão territorial em vigor na área percorrida pelo traçado proposto”, nomeadamente o Plano Diretor Municipal (PDM) de Lisboa e o Plano de Urbanização (PU) de Alcântara.

As associações entendem ainda que o projeto viola os regimes jurídicos da classificação de arvoredo de interesse público (lei n.º 53/2012) e de gestão do arvoredo urbano (lei n.º 59/2021), no que diz respeito ao Jardim da Parada, na freguesia de Campo de Ourique, em que “há por parte do Metropolitano de Lisboa uma completa ausência de estudos razoáveis e criteriosos em relação ao valor e sensibilidade” deste espaço verde, inclusive o abate de seis árvores/lódãos, que “é proibido”.

Paulo Ferrero disse que a decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul, datada de junho, “dá um entendimento diferente ao apresentado pelas associações” no sentido em que “a DIA impactava num estudo prévio e não no projeto”.

Desta forma, referiu, a obra ainda poderá vir a ter as alterações defendidas pelas associações, nomeadamente um recuo no local das estações de Campolide e a que irá ficar por debaixo do Jardim da Parada, em Campo de Ourique.

O Governo anunciou esta semana que vai reapreciar projetos em risco de não serem concluídos no prazo estimado, nomeadamente a obra do Metropolitano de Lisboa, para evitar perder verbas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“O nosso objetivo é maximizar o retorno daquilo que são os dinheiros PRR e, naturalmente, reorganizar aquilo que houver que reorganizar, e que a União Europeia nos dê abertura a projetos de investimento que possam ser realocados, para não perdermos as verbas que temos”, afirmou, em Faro, o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis.

O financiamento do PRR prevê um investimento no Metropolitano de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a nova Linha Violeta (metro ligeiro de superfície), que ligará o Hospital Beatriz Ângelo por Odivelas a Loures, num total de 650 milhões de euros.

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Direito de resposta sobre o artigo “Renúncia do júri voltou a atrasar concurso para instalação da fibra ótica no interior”

  • ECO
  • 8 Agosto 2024

Pedido de publicação de um "direito de resposta" acerca do artigo “Renúncia do júri voltou a atrasar concurso para instalação da fibra ótica no interior”, pelo anterior júri do referido concurso.

O ECO recebeu um “direito de resposta” à notícia “renúncia do júri voltou a atrasar concurso para instalação da fibra ótica no interior“, que abaixo se reproduz:

«Exmo. Senhor Diretor do Eco, Dr. António Costa,

Em relação à notícia publicada no dia 15.07.2024, com o título “renúncia do júri voltou a atrasar concurso para instalação da fibra ótica no interior”, da autoria do jornalista Flávio Nunes, os membros do júri demissionário Mafalda Carmona, Steffen Hoernig e Carlos Oliveira Cruz, mencionados na referida notícia sem terem tido oportunidade de se manifestar, vêm esclarecer, ao abrigo do direito de resposta previsto nos arts. 24 e ss. da Lei n. 2/99, de 13 de janeiro:

1. É falso o que vem noticiado: a renúncia do júri não foi causa do atraso no concurso.

2. O atraso no concurso deveu-se à necessidade de alterar aspetos fundamentais nas peças do concurso, que foram publicadas com vários equívocos.

3. A alteração de aspetos fundamentais das peças implica, nos termos do Código dos Contratos Públicos, que se reinicie o prazo de apresentação das propostas.

4. Foi, portanto, a necessidade de alterar as peças do concurso que motivou o atraso do concurso, e não a renúncia do júri.

5. Mais se esclarece que as peças, na sua versão original, não foram elaboradas pelo júri, embora tenha sido o júri a identificar os problemas de que padeciam as peças.

6. E que o júri apenas apresentou a sua renúncia depois de ter assegurado a alteração das peças, sabendo que se iria iniciar novo prazo para apresentar as propostas e, portanto, tempo suficiente para nomear novo júri sem que a sua renúncia fosse por si causadora de qualquer atraso.

Mafalda Carmona | Steffen Hoernig | Carlos Oliveira Cruz»

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RTP, SIC e TVI emitiram mais de 40 mil notícias no primeiro semestre

  • + M
  • 8 Agosto 2024

A RTP1 foi o canal que ofereceu mais notícias (14.870) aos portugueses, tendo sido também aquele que mais tempo dedicou em grelha a estes programas, com 522 horas de duração.

RTP1, SIC e TVI emitiram, em conjunto, um total de 40.620 notícias nos seus programas regulares de informação no primeiro semestre do ano. Janeiro foi o mês com o maior número de peças jornalísticas (7.417).

Este número de notícias traduz-se numa duração total de 1.402 horas de informação emitida entre os meses de janeiro e junho, numa média diária de 1 horas e 16 minutos por canal. O tempo de emissão noticiosa foi também maior em janeiro, com 254 horas. Os dados são do serviço Telenews, da MediaMonitor (Grupo Marktest).

As notícias tiveram uma duração média de 2 minutos e 4 segundos, tendo o tempo mais elevado sido registado em junho, quando as peças apresentadas duraram, em média, 2 minutos e 8 segundos.

Com 7.420 peças, o Primeiro Jornal, da SIC, foi o programa que emitiu mais trabalhos no primeiro semestre do ano, enquanto o Jornal da Noite, também da SIC, foi aquele ofereceu mais horas de informação, num total de 254 horas.

Já a RTP1 foi o canal que ofereceu mais notícias (14.870) aos portugueses, tendo sido também aquele que mais tempo dedicou em grelha a estes programas, com 522 horas de duração.

A análise considera apenas os serviços regulares de informação dos canais em análise no primeiro semestre de 2024. Foram analisados os programas Jornal da Tarde, TeleJornal e Portugal em Directo (RTP1); Primeiro Jornal e Jornal da Noite (SIC); Jornal Nacional e TVI Jornal (TVI).

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Gás natural atinge máximos deste ano com receio de novo choque

Rumores sobre confrontos entre a Ucrânia e a Rússia nas proximidades de um ponto de abastecimento ao continente europeu estão a puxar pelos preços de referência deste combustível.

Os preços do gás natural na Europa estão a negociar no valor mais elevado desde dezembro, com o mercado a recear um novo choque no abastecimento ao continente europeu através da Ucrânia.

Os futuros TTF para entrega em setembro subiram 4,84% na quarta-feira, para 38,45 euros por megawatt-hora, mantendo-se esta quinta-feira próximos deste nível. Apesar de muito distante dos máximos atingidos em 2022, nos primórdios da invasão russa da Ucrânia, trata-se de um preço elevado para esta época de verão.

Gás TTF para entrega em setembro:

Dados até às 11h20 de 8 de agosto de 2024 | Fonte: Investing.com

O gás natural tem vindo a encarecer de forma mais acentuada desde o final de julho. No entanto, segundo a Bloomberg, a subida das últimas horas está relacionada com rumores de que as forças ucranianas terão tomado o controlo de uma importante estação de gás na região russa de Sudzha, junto à fronteira com a Ucrânia.

Este nó é o último ponto de abastecimento de gás russo à Europa via gasoduto através do território ucraniano, e a notícia ainda não foi confirmada oficialmente, de acordo com a Reuters. Além disso, para já, ainda não se registaram anomalias no abastecimento, esperando-se o envio de 41,6 milhões de metros cúbicos de gás russo para o continente europeu esta quinta-feira, sendo que o fluxo médio diário através deste ponto ronda os 42 milhões, refere a agência.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Europa tem vindo a reduzir de forma expressiva a sua dependência do gás russo. Pouco depois do início da guerra, o Kremlin explorou essa vulnerabilidade contra o ocidente, cortando ou reduzindo significativamente o envio de combustível, aumentando o seu preço para os consumidores e para a indústria e contribuindo de forma decisiva para acelerar a inflação.

Desde então, os preços do gás no continente ficaram particularmente sensíveis a qualquer perceção de risco, como é o caso com os confrontos entre as forças russas e ucranianas em Sudzha. Além disso, alguns países ainda dependem do abastecimento da Rússia, como a Áustria e a Eslováquia, apesar de, segundo a Bloomberg, o fluxo através deste ponto satisfazer, no máximo, 5% da procura total de gás pela Europa.

O gás natural é usado pelos consumidores para aquecimento, mas também pela indústria. Preços mais elevados do gás natural prejudicam tanto as empresas como as famílias, visto que também é um combustível muito usado na produção de eletricidade.

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Custos de construção de casas novas registam maior subida em mais de um ano

Os custos da construção de habitação nova aumentaram 3,7% em junho, uma subida justificada essencialmente pelos maiores custos de mão-de-obra, que subiram mais de 8% pelo terceiro mês.

Os custos de construção de habitação nova, expresso pelo Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) aceleraram a tendência de subida em junho. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice registou um aumento homólogo de 3,7% em junho, acima da subida de 3,3% registada nos dois meses anteriores. Trata-se da maior subida homóloga desde março de 2023.

Este aumento é justificado pela subida dos custos de mão-de-obra, que aumentaram 8,4% em junho, mais 0,2 pontos percentuais que no mês de maio e o terceiro mês consecutivo com aumentos homólogos acima de 8%. Já os materiais, que vinham a descer, inverteram a tendência e subiram 0,1% face a maio, revela esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, o custo da mão-de-obra contribuiu com 3,6 pontos percentuais (3,5 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais com 0,1 p.p.

“Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com uma descida de cerca de 15%, bem como a Chapa de aço macio e galvanizada e os vidros e espelhos com reduções de cerca de 10%”, refere o INE.

Já em sentido oposto, diz o instituto, destacaram-se os Consumos de Produtos Energéticos, o Fio de Cobre nu e revestido e os Betumes e com crescimentos homólogos de cerca de 10%.

A manter-se a tendência de agravamento dos custos de construção, é expectável que estes aumentos continuem a refletir-se nos preços da habitação.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Euribor sobe pelo segundo dia em todos os prazos

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Esta quinta-feira, a taxa Euribor a seis meses subiu para 3,488%, enquanto nos prazos de três e de 12 meses avançou para 3,577% e 3,202%, respetivamente.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo três, a seis e a 12 meses, depois de ter descido para novos mínimos de mais de um ano na terça-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 3,577%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,488%) e da taxa a 12 meses (3,202%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, subiu esta quinta-feira para 3,488%, mais 0,026 pontos, depois de ter descido na terça-feira para 3,397%, um novo mínimo desde 12 de abril de 2023, e de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou esta quinta-feira para 3,202%, mais 0,010 pontos, depois de ter recuado na terça-feira para 3,138%, um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,577%, mais 0,008 pontos, depois de ter descido na terça-feira para 3,523%, um novo mínimo desde 15 de junho de 2023, e de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.

Em 18 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro diretoras e a presidente da instituição, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que forem conhecidos. Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo. A média da Euribor em julho baixou 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Sonae “condimenta” negócio oriental da Salsa com entrada na Jordânia

Marca de vestuário detida pela Sonae, que tem quase 200 lojas, emprega 1.200 pessoas e fatura 180 milhões, acaba de espetar mais uma “lança comercial” no Médio Oriente, ao inaugurar uma loja em Amã.

Vinte anos depois de abrir, em 2004, a primeira loja no Médio Oriente (Qatar), a Salsa acaba de espetar mais uma “lança comercial” na região, com a abertura de um espaço com uma área de 120 metros quadrados na Jordânia. A mais recente loja da marca de jeans e vestuário em denim está inserida no Taj Lifestyle Center, descrito como o principal centro comercial premium da cidade de Amã.

Detida a 100% pelo grupo Sonae, que em 2016 começou por comprar metade da participação à família Vila Nova e há quatro anos adquiriu a restante à outra acionista (Wonder Investments), a marca que tem a base industrial em Famalicão entrou no mercado jordano em parceria com o Azadea Group, líder no retalho de moda na região e que representa meia centena de marcas mundiais no Médio Oriente.

Este negócio controlado pelo grupo de Cláudia Azevedo, especializado em denim, detém atualmente mais de 190 lojas próprias e franchisadas, das quais 61 em Portugal. Vende também através de 1.200 espaços multimarca, além do canal online, num total superior a 40 geografias. Emprega 1.200 pessoas e faturou cerca de 180 milhões de euros em 2023 dos quais 70% nos mercados internacionais. Um terço da faturação é proveniente de Espanha.

“A Salsa tem cativado o interesse de consumidores e parceiros por todo o mundo com os seus produtos inovadores e de qualidade. A nossa ambição é continuar a expandir a nossa atividade nos mercados onde já estamos presentes, mas também em novos mercados levando os nossos produtos a cada vez mais pessoas”, salienta, citado em comunicado, o CEO da Salsa Jeans, Hugo Martins.

Hugo Martins, CEO da Salsa JeansDR

Criada em 1994 – quatro anos depois abriu a primeira loja no Norteshopping (Matosinhos) e em 2002 a primeira fora do país, em Espanha –, a marca Salsa está incorporada na Zeitreel, a unidade de negócio da Sonae para o setor da moda. Integra também a Mo ou a Zippy, tendo em 2023 registado uma quebra de 4% nas vendas, para 371 milhões de euros, prejudicada pela retração do consumo propiciada pelo disparo da inflação.

Em abril do ano passado, a Salsa Jeans anunciou um investimento de sete milhões de euros na fábrica de Ribeirão, no concelho de Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga), onde nasceu em 1987 a empresa têxtil, que começa no desenvolvimento do produto e das coleções, e se estende até à lavagem e acabamentos.

Além da substituição de todas as máquinas num período de dois anos e da reformulação da área da investigação e desenvolvimento (I&D), o projeto de investimento previa a instalação de soluções para aumentar a eficiência energética – como painéis fotovoltaicos na unidade industrial – e o aumento da capacidade produtiva, que rondava então um milhão de calças por ano.

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