Miranda do Douro pede impugnação da avaliação da AT feita a duas barragens do concelho

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

Os municípios contestam o entendimento da AT – vertido numa circular de 2021 – segundo o qual as máquinas e equipamentos (como turbinas da barragem) não devem ser classificados como prédio.

O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou esta terça-feira à Lusa fonte da autarquia.

“O município de Miranda do Douro decidiu impugnar a avaliação feita pela AT, por não concordar com a exclusão dos órgãos de segurança e de produção destes centros eletroprodutores de energia, como turbinas, transformadores ou os descarregadores, porque são parte integrante do prédio, e que têm de ser tomados em conta, pelo seu valor tributário”, explicou o vereador Vítor Bernardo.

Segundo o vereador, o pedido de impugnação da avaliação das barragens em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi apresentado no tribunal a 02 de abril. “Esta impugnação da avaliação surge agora, porque as nossas duas barragens foram inscritas a seu tempo na matriz predial para avaliação”, frisou Vítor Bernardo.

Bernardo avançou ainda que a barragem de Miranda do Douro foi avaliada pela AT em 52 milhões de euros e barragem de Picote em 55 milhões de euros. “O valor destes dois empreendimentos, para além do edificado, com as unidade de produção como transformadores, turbinas e outros equipamentos, (…) sobe em mais de 120% por centro face ao estabelecido pela AT, em cada um destes centros eletroprodutores”, destacou o vereador social-democrata.

Agora, o município de Miranda Douro, no distrito de Bragança, espera que os responsáveis máximos pela AT cumpram o despacho do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e que seja anulado o ato administrativo da avaliação tributária feita as barragens. Nuno Santos Félix determinava que as avaliações de barragens que fossem impugnadas por não considerarem a totalidade dos elementos que as integram deviam ser revogadas e refeitas pela Autoridade Tributária.

Esta indicação consta de um despacho datado de 4 de março, onde se lia que “sendo impugnada a avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”, com base na “exclusão dos órgãos de segurança ou exploração da avaliação impugnada […], devem ser revogados os atos avaliativos que tenham excluído do respetivo objeto os órgãos de segurança ou exploração”, quando os mesmos “devam ser qualificados como ‘parte componente’ do prédio”.

Na origem deste despacho – o terceiro desde que aquele governante determinou a avaliação das barragens para efeitos de IMI – está a diferença com que os municípios e a AT entendem o que deve ser considerado para efeitos de avaliação e tributação em IMI no que diz respeito às barragens. Os municípios contestam o entendimento da AT – vertido numa circular de 2021 – segundo o qual as máquinas e equipamentos (como turbinas da barragem) não devem ser classificados como prédio, ficando fora da incidência do IMI, e pedem ao Governo para o revogar.

O despacho lembra de que forma a legislação em vigor define uma barragem, notando que os “órgãos de segurança e exploração fazem, assim, parte do conceito legal” deste tipo de infraestrutura, com a lei a determinar também que, para efeitos da construção de uma barragem, o projeto deve incluir órgãos de segurança como os “descarregadores de cheias”, as “descargas de fundo” ou a “central e circuitos hidráulicos”.

Estando concluída a avaliação da generalidade dos aproveitamentos hidráulicos, e podendo haver impugnação judicial (ou arbitral) das segundas avaliações por parte do município ou do concessionário (sujeito passivo) da barragem, Nuno Santos Félix antecipava que a AT iria ser “chamada para contestar eventuais ou revogar os respetivos atos”.

O despacho sustentava que, perante a situação política da altura, deveria ser o governo seguinte em plenitude de funções a pronunciar-se globalmente quanto ao entendimento da avaliação da AT, limitando-se assim o efeito daquele diploma “ao estritamente necessário em face da inadiabilidade da prática da AT de atos processuais em contencioso relativo à avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

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Grupo ISQ reforça presença na Argélia com três novos contratos

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

Os contratos têm um valor de um milhão de euros e reforça a posição da empresa no país do Norte de África e no setor dos hidrocarbonetos.

O Grupo ISQ anunciou esta terça-feira que ganhou três novos contratos na Argélia num valor global de um milhão de euros, reforçando, assim, a sua posição no país do Norte de África e no setor dos hidrocarbonetos.

Um dos contratos diz respeito a uma “avaliação técnica rigorosa, realizada em instalações e equipamentos industriais” para determinar a sua capacidade de continuar a operar de forma segura e eficiente e foi celebrado com o agrupamento RKF, uma parceria entre a espanhola Cepsa e a argelina Sonatrach. “Este processo garante que os ativos existentes estão em conformidade com os padrões e a regulamentação, prolongando assim a sua vida útil e maximizando o retorno do investimento”, refere um comunicado. O projeto será tratado pelas empresas participadas do grupo ISQ Engenharia e a filial argelina ISQ-SARL.

Os outros dois contratos dizem respeito a proteção catódica, um método utilizado para prevenir a corrosão de estruturas metálicas submersas, enterradas ou aéreas, como plataformas, oleodutos ou tanques. Um dos contratos foi celebrado com a GRN – agrupamento resultante de parceria entre Repsol e Sonatrach – e o outro com a Touatgaz, que reúne Engie, Eni e Sonatrach, ficando ambos a cargo da ISQ-SARL.

Junto da GRN, a filial argelina irá elaborar “procedimentos de inspeção, formação e ensaios de campo em coletores, tanques, tubagem e equipamentos de interligação de 26 poços de gás e uma linha de exportação de gás”, numa estrutura que produz oito milhões de metros cúbicos de gás por dia.

O contrato com a Touatgaz pressupõe a inspeção e assistência técnica nos campos Oued Zine e Hassi Ilatou, onde se encontram duas fábricas de tratamento de gás, 22 poços de gás, 11 poços água, tubagem, equipamentos de interligação e uma linha de exportação de gás de 28 polegadas”.

Citado no documento, o administrador do Grupo ISQ José Figueira aponta que a aposta na Argélia, onde está desde 2002, tem sido “uma aposta ganha, quer pelo volume de negócios, quer pela afirmação do ISQ”. A empresa já faturou mais de 30 milhões de euros em contratos na Argélia, onde conta com mais de 100 trabalhadores.

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Medialivre e Música no Coração lançam Festival da Saudade em Fátima

  • + M
  • 7 Maio 2024

Tony Carreira, Mickael Carreira, Herman José, Mariza, Padre Borga e Joana Amendoeira são as principais atrações do evento que se realiza no Heliporto de Fátima e é dirigido às famílias de emigrantes.

Portugal vai receber mais um festival de verão. Organizado pela Medialivre, em colaboração com a Música no Coração, o Festival da Saudade vai decorrer em Fátima, nos dias 15 e 16 de agosto. Tony Carreira, Mickael Carreira, Herman José, Mariza, Padre Borga e Joana Amendoeira são as principais atrações do evento. Associado ao Correio da Manhã e à CMTV, o festival realiza-se no Heliporto de Fátima e é destinado sobretudo às famílias de emigrantes que regressam a Portugal em agosto.

“O Correio da Manhã está há 45 anos no coração dos portugueses em qualquer ponto do país ou fora dele. O Festival da Saudade será o festival da identidade de Portugal. Junta as tradições musicais autênticas quer de artistas de projeção internacional, de artistas que atravessam gerações, e músicos locais. Num local que tanto representa para todos, Fátima será o festival do reencontro da família, dos amigos, o maior ponto de encontro dos emigrantes que aproveitam esta época para regressar às suas famílias. Temos também a preocupação de retribuir e, por isso, 5% da bilheteira líquida reverte para o CRIF”, refere citado em comunicado Luís Santana, CEO do grupo.

Com o objetivo de “refletir a rica identidade musical do país e proporcionar um ambiente acolhedor de regresso a casa”, o festival conta com dois palcos. Herman José, Mickael Carreira e Mariza atuam no dia 15, enquanto o Padre José Luís Borga, Joana Amendoeira e Tony Carreira são as figuras de cartaz do palco principal no dia 16.

No segundo palco, a diversidade musical será celebrada com atuações que vão desde música latina por Lorenzo, passando pelo pop rock de The Peorth, até à música popular com Quim dos Apitos e o folclore tradicional português apresentado pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo, descreve a Medialivre.

“É com grande satisfação que nos associamos à realização do Festival da Saudade, que vai certamente ser um momento emocionante de reencontro de muitos milhares de portugueses num local com tanto significado e ao som da nossa música portuguesa”, diz Luís Montez, fundador da Música no Coração.

Para além da música, o Festival da Saudade promete “uma verdadeira viagem gastronómica na zona de alimentação”, com iguarias regionais, e uma exposição de produtos e artesanato locais.

O Festival da Saudade nasce em forma de homenagem aos emigrantes portugueses espalhados um pouco por todo o Mundo. É também um justo agradecimento e o merecido reconhecimento pelo forte contributo da diáspora portuguesa em prol do nosso país”, acrescenta no mesmo comunicado Luís Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Ourém.

O preço dos bilhetes, à venda desde 7 de maio, oscila entre os 25 euros para o bilhete individual de um dia e 35 euros para os dois dias. Cinco por cento da receita líquida da bilheteira do festival será doada para o CRIF, Centro de Reabilitação e Integração de Fátima.

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Tribunal de Contas Europeu recomenda que Bruxelas acelere recuperação de despesas irregulares

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

O TCE considerou que, em 2022, o total de despesas irregulares em todas as áreas representaram 4,2% do orçamento europeu, face aos 3% do ano anterior.

O Tribunal de Constas Europeu (TCE) recomendou esta terça-feira ao executivo comunitário que acelere o tempo de recuperação de despesas irregulares, avaliando-as em 14.000 milhões de euros entre 2014 e 2022. Num relatório sobre o sistema de recuperação de verbas mal gastas pela Comissão Europeia, o TCE considerou que, em 2022, o total de despesas irregulares em todas as áreas representaram 4,2% do orçamento europeu, face aos 3% do ano anterior.

Os auditores concluíram também que “passam entre 14 e 23 meses desde a conclusão das atividades financiadas até à emissão de um pedido de reembolso, e mais três a cinco meses até as verbas serem recuperadas”, sublinhando que “em 1% a 8% dos casos, a Comissão acaba por desistir da cobrança”.

Para acelerar o tempo de recuperação de despesas que não cumpriram as regras da UE, o TCE sugere um melhor planeamento das auditorias e a análise do impacto financeiro dos pagamentos irregulares sistemáticos e recomenda ainda que Bruxelas forneça dados anuais precisos e completos sobre as despesas consideradas irregulares e as medidas tomadas para as corrigir.

Bruxelas deverá também assegurar que o impacto financeiro total das despesas irregulares que possam ser de natureza sistémica seja determinado, registado e corrigido, se necessário, através da realização de controlos adicionais das operações financiadas pela UE em causa.

Utilizando procedimentos e instrumentos de controlo que permitam um acompanhamento mais próximo do processo de auditoria, de modo a reduzir a duração dos procedimentos contraditórios, a Comissão, salienta o relatório, deverá também reduzir o tempo que decorre entre a conclusão das atividades financiadas pela UE e a contagem das despesas irregulares a corrigir, mediante a revisão da metodologia de planeamento.

No que respeita aos fundos para a agricultura, uma área em que a taxa de recuperação é baixa, o relatório recomenda que seja ponderada a reintrodução de incentivos adicionais no próximo período de programação de verbas. Só 20% do orçamento da UE são aplicados diretamente pela Comissão Europeia, do restante, cerca de 70% são geridos em conjunto com os Estados-membros e 10% indiretamente, através de outras organizações internacionais ou de países terceiros.

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Caso EDP: “Acusação é uma galinha moribunda”, diz defesa de Pinho

  • ADVOCATUS
  • 7 Maio 2024

"O senhor procurador olha para esta acusação e vê um cisne branco a voar, mas é uma galinha moribunda e temos de a enterrar", disse o advogado.

Nas alegações finais da defesa de Manuel Pinho esta terça-feira, o advogado Ricardo Sá Fernandes considerou que “esta acusação é uma galinha moribunda à espera de que um tribunal justo lhe dê a estocada final”, avança o JN. Na segunda-feira, Ministério Público (MP) pediu uma pena não inferior a nove anos de prisão para o ex-ministro da Economia no julgamento do caso EDP, no qual responde em tribunal por corrupção passiva, fraude e branqueamento.

“O senhor procurador olha para esta acusação e vê um cisne branco a voar, mas é uma galinha moribunda e temos de a enterrar”, disse o advogado.

Para o MP, “uma pena final não inferior a nove anos de prisão será adequada à censura dos crimes. A moldura penal final foi definida após o procurador indicar as penas parcelares para cada um dos crimes imputados, designadamente, seis anos de prisão por corrupção (de titular de cargo político), três anos pelo outro crime de corrupção, dois anos de pena por fraude fiscal e, finalmente, três a quatro anos por branqueamento de capitais.

Para o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, o MP pediu seis a sete anos de pena de prisão efetiva, enquanto para a mulher do ex-governante, Alexandra Pinho, foi defendida a aplicação de uma pena de quatro anos, suspensa na execução.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, está a ser julgado no caso EDP por corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal. A sua mulher, Alexandra Pinho, responde por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido -, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.

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John Swinney eleito primeiro-ministro da Escócia

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

Swinney obteve mais votos do que os outros três candidatos juntos, o que era esperado tendo em conta a aritmética parlamentar, pois o SNP ocupa 63 dos 128 lugares na assembleia de Holyrood.

John Swinney foi eleito primeiro-ministro da Escócia esta terça-feira apenas um dia depois de ter sido nomeado líder do Partido Nacional Escocês (SNP), sucedendo a Humza Yousaf. Em vez de ser indigitado diretamente pelo Rei, o primeiro-ministro escocês é primeiro escolhido pela assembleia regional autónoma da Escócia por maioria simples de votos.

Swinney obteve mais votos do que os outros três candidatos juntos, o que era esperado tendo em conta a aritmética parlamentar, pois o SNP ocupa 63 dos 128 lugares na assembleia de Holyrood (parlamento regional escocês). A vitória foi garantida pela abstenção dos sete deputados regionais do partido Os Verdes.

Os outros candidatos foram os líderes dos restantes partidos políticos escoceses: Alex Cole-Hamilton, dos Liberais Democratas, Douglas Ross, do Partido Conservador, e Anas Sarwar, do Partido Trabalhista. O presidente da assembleia, Alison Johnstone, vai agora recomendar ao Rei Carlos III que o vencedor seja indigitado chefe de governo da Escócia.

O protocolo foi desencadeado depois de Humza Yousaf ter formalizado a demissão do cargo de primeiro-ministro esta terça. John Swinney foi vice-primeiro-ministro de Nicola Sturgeon de 2014 a 2023, tendo abandonado o cargo quando a demissão da então primeira-ministra escocesa surpreendeu.

Anteriormente, liderou o SNP entre 2000 e 2004, altura em que o partido estava na oposição. O governo escocês é responsável por políticas em setores como a saúde e a educação, mas a política externa e a defesa são da competência do Governo britânico com sede em Londres.

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Governo da Madeira defende revisão do subsídio social de mobilidade

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

O plano passava pela “angariação de residentes” da Madeira, “a quem eram fornecidos documentos necessários ao levantamento deste subsídio e previamente falsificados, como passagens aéreas".

O presidente demissionário do Governo da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, afirmou esta terça-feira que o executivo pretende equacionar a revisão do subsídio social de mobilidade, defendendo que os utentes deviam pagar apenas o valor facial.

“Vamos estabelecer contactos com o Governo [da República] no sentido de equacionarmos, também com o Açores, qual é a melhor solução”, disse, defendendo que deveria “haver um fundo por parte do Estado que garantiria a todos os residentes que quisessem viajar o pagamento do valor facial [da passagem com subsídio].”

Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita à escola do 1.º ciclo do Estreito de Câmara de Lobos, concelho de Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira, reagia ao facto de a Polícia Judiciária (PJ) ter detido esta terça cinco pessoas e feito 71 buscas numa operação focada na Região Autónoma da Madeira e na área metropolitana de Lisboa, que visou uma fraude ao Estado através do subsídio social de mobilidade.

O Subsídio Social de Mobilidade entrou em vigor em setembro de 2015, quando os residentes na Madeira passaram a pagar 86 euros e os estudantes 65 euros nas ligações ida e volta para o território continental e 119 para os Açores, valor que pode ser acrescido se exceder o teto máximo passível de reembolso, que é 400 euros.

De acordo com o comunicado da PJ, as buscas domiciliárias e não domiciliárias ocorreram em Lisboa, Loures e na Madeira, em especial nos concelhos do Funchal, de Santa Cruz e de Câmara de Lobos, e constituíram uma segunda iniciativa na Operação Rota do Viajante, cujo inquérito está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Loures.

“A investigação apurou que os arguidos, com o objetivo de obterem avultados proveitos económicos ilegítimos, decidiram desenvolver um esquema criminoso com o objetivo de obterem lucros ilegítimos através do subsídio social de mobilidade, relacionados com centenas de viagens inexistentes, no valor global de reembolsos indevidos superior a meio milhão de euros”, lê-se na nota divulgada pela PJ.

A PJ esclareceu ainda que o plano destes elementos passava pela “angariação de residentes” da Madeira, “a quem eram fornecidos documentos necessários ao levantamento deste subsídio e previamente falsificados, como passagens áreas, bilhetes e reservas, faturas e recibos”. Depois, essas pessoas eram acompanhadas por elementos da rede criminosa e apresentavam a documentação em estações dos CTT no continente para receber o reembolso do Estado.

Ainda segundo o presidente do Governo Regional, o Estado deveria criar um esquema semelhante ao já implementado pelo executivo madeirense para os estudantes universitários, através de um fundo que garante apenas o pagamento facial da passagem subsidiada – 65 euros. Miguel Albuquerque disse, por outro lado, que nenhuma secretaria do Governo Regional foi alvo de buscas hoje no âmbito da operação da PJ.

“Até agora, não”, garantiu. A Judiciária indicou que os cinco detidos têm entre 23 e 55 anos e vão ser presentes a um juiz no tribunal de instrução criminal de Loures para conhecerem as medidas de coação neste processo, no qual já existe um arguido em prisão preventiva.

Na nota, a PJ lembrou ainda a realização de “diversas operações policiais” nos últimos cinco anos para o desmantelamento de “redes criminosas dedicadas à utilização fraudulenta do subsídio social de mobilidade” na Madeira e nos Açores, que já terão lesado o Estado em mais de seis milhões de euros.

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Governo italiano e Lufthansa apresentam novas propostas para fechar compra da ITA

A companhia aérea alemã quer comprar uma posição de 41% no capital da concorrente italiana, mas Bruxelas levantou questões relacionadas com a concorrência.

O governo italiano e a Lufthansa apresentaram novas propostas à Comissão Europeia, procurando responder às questões regulatórias levantadas pelas autoridades europeias para poder avançar com a compra por parte da companhia aérea alemã de uma posição no capital da italiana ITA Airways.

A Lufthansa quer comprar 41% da empresa italiana ITA controlada pelo governo, a sucessora da Alitalia, mas tem recebido a oposição da Comissão Europeia, que alerta para questões concorrenciais.

“A Comissão receia que, na ausência de soluções adequadas, o desaparecimento da ITA como companhia aérea independente possa ter efeitos negativos sobre a concorrência nestes mercados já concentrados”, afirma Bruxelas numa declaração preliminar sobre a investigação aprofundada que lançou ao negócio.

Nem as autoridades italianas nem a Lufthansa deram pormenores sobre a nova oferta e as medidas propostas para conseguir luz verde do regulador europeu ao negócio.

Carsten Spohr, o CEO da companhia aérea alemã, adiantou que continua otimista em relação a uma eventual aprovação do regulador. “Continuamos a esperar uma decisão positiva de Bruxelas sobre a aquisição da ITA Airways no verão“, afirmou na assembleia anual de acionistas da Lufthansa.

Já o ministro da economia italiano adiantou que a nova proposta entregue às autoridades está de acordo com os pedidos realizados pelo regulador.

A ITA nasceu das ruínas da falida Alitalia e é detida pelo Estado italiano. A Lufthansa, que é uma das interessadas na privatização da TAP, avançou com uma proposta para a compra de uma participação de 40%, através da subscrição de um aumento de capital de 325 milhões de euros.

A Comissão Europeia abriu uma investigação aprofundada à proposta de aquisição da ITA em 23 de janeiro de 2024. A investigação incluiu a análise de documentos internos e informações detalhadas pelas partes envolvidas e a recolha de dados e opiniões junto de outras companhias aéreas, aeroportos, coordenadores de faixas horárias de descolagem e aterragem e clientes.

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“Purga”? Ventura exige explicações sobre exoneração do diretor nacional da PSP

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

O que "não é adequado ou não é, pelo menos, aconselhável, é que este Governo esteja envolvido numa purga em que substitui os cartões rosa pelos cartões laranja", disse Ventura.

O líder do Chega exigiu esta terça-feira explicações da ministra da Administração Interna no parlamento sobre a exoneração do diretor nacional da PSP e afirmou esperar que não se trate de “uma purga” com fins partidários. “Eu dei hoje instruções ao grupo parlamentar, esta manhã, para que se chame rapidamente a senhora ministra ao parlamento e ela possa explicar as razões pelas quais exonerou unilateralmente” o diretor nacional da PSP, anunciou.

André Ventura falava aos jornalistas à margem de uma visita à Feira da Ladra, em Lisboa, e comentou a decisão do Governo, anunciada na segunda-feira, de exonerar o diretor nacional da PSP, José Barros Correia, que estava no cargo desde setembro do ano passado. O presidente do Chega afirmou que “era importante que a senhora ministra fosse ao parlamento explicar isso”, considerando que foi “um pouco estranha a forma como foi conduzida esta exoneração, a forma como foi dada a conhecer e também todo o antecedente que aparentemente existe”.

Por “envolver uma força policial”, este afastamento não deve ser “simplesmente tomado por normal”, defendeu Ventura. “Pode haver muitas razões, uma delas pode ser não ter confiança política, outra pode ser uma avaliação negativa do trabalho, o que não era positivo é que se trate de um saneamento político, e o parlamento tem o dever de fazer essa fiscalização”, sustentou.

André Ventura assinalou que José Barros Correia “tinha sido já em vários momentos uma voz crítica do Governo, quer do anterior, quer deste, na questão do suplemento de missão atribuído aos polícias, tinha estado ao lado deles em muitos desses momentos” e a “ministra tinha pedido a este diretor nacional da PSP que contivesse os movimentos de reivindicação inorgânicos”.

“Se for assim, é um sinal grave porque aí não se trata de uma exoneração de confiança, trata-se de uma questão de purga”, salientou, dizendo também esperar que “não esteja em curso um processo de saneamento político”. O presidente do Chega considerou que ser “legítimo” que os governos tomem decisões de alterar responsáveis por entenderem “que chegou ao fim o seu ciclo” ou por “natureza política”.

“O que já é menos legítimo e não é adequado ou não é, pelo menos, aconselhável, é que este Governo esteja envolvido numa purga em que substitui os cartões rosa pelos cartões laranja, isso não era positivo”, defendeu. Na ocasião, o líder do Chega foi questionado sobre as críticas ao seu partido pela reação que teve às agressões a imigrantes que decorreram no Porto no final da semana passada e rejeitou que esteja em causa uma “promoção do ódio”.

“O que nós dissemos foi que condenamos todo o tipo de violência, e se essas pessoas fizeram ou cometeram atos de agressão sobre estas pessoas, têm que ser punidos severamente. Não podemos é ignorar o outro lado da história e o outro lado da história é que há meses que a Baixa do Porto está a ser alvo de ataques, de violência e de ameaças, e algumas destas ameaças têm também origem nestes grupos de imigrantes, porque nós permitimos uma imigração absolutamente descontrolada em Portugal”, insistiu.

André Ventura indicou também que vai estar no Porto na sexta-feira “para falar com lojistas e para falar com imigrantes, se eles lá estiverem”, recusando ter medo.

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Endesa decide não cobrar custo da tarifa social de eletricidade aos clientes

  • Lusa
  • 7 Maio 2024

"Esta decisão terá um impacto significativo nos resultados da Endesa Portugal", indica a empresa espanhola.

A Endesa anunciou esta terça-feira que não vai passar o custo da tarifa social de eletricidade aos clientes residenciais, no âmbito do novo modelo de repartição de custos que permite aos comercializadores cobrar aquele valor ao consumidor final.

Em comunicado enviado à comunicação social, a Endesa informou que “não irá passar este custo a todos os seus clientes, sempre que sejam clientes residenciais”, realçando que “esta decisão terá um impacto significativo nos resultados da Endesa Portugal”.

Os principais comercializadores de eletricidade – a EDP, a Galp e a Iberdrola -, questionados sobre se iriam refletir os custos com a tarifa social de eletricidade nas faturas dos clientes, não se pronunciaram até ao momento.

Em meados de abril, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou as diretivas para o novo modelo de repartição do financiamento daquele apoio, estimando que vá custar 44,4 milhões de euros aos produtores e 92,1 milhões aos comercializadores em 2024.

A este montante tem ainda de se somar 14,8 milhões de euros (5,3 aos eletroprodutores e 9,5 aos comercializadores), referentes ao período de 18 de novembro a 31 de dezembro de 2023, uma vez que o modelo tem efeitos retroativos à aprovação da alteração pelo anterior Governo.

As diretivas produzem efeitos a 01 de abril e os comercializadores são livres, se o entenderem, de repercutir os custos no consumidor final.

No modelo anterior, os custos com a tarifa social de eletricidade eram imputados aos maiores produtores, mas, no ano passado, a Comissão Europeia deu razão às queixas apresentadas pela EDP, o que levou à repartição dos custos com um conjunto mais alargado de empresas.

O conselho tarifário da ERSE estimou que o impacto no consumidor final possa agravar as faturas em 1,13% no mercado livre e em 0,93% no mercado regulado.

A tarifa social de eletricidade consiste num desconto de 33,8% face aos preços no mercado regulado, para famílias com rendimentos mais baixos e, segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), beneficiava 758.766 agregados em março deste ano.

 

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CCDR-Norte e câmara de Valença avançam com plano de conservação da Fortaleza

Será constituída uma comissão de acompanhamento do projeto para criar um sistema de monitorização e antecipação de danos que mitigue fatores de risco, como a derrocada que ocorreu em janeiro.

Fortaleza de ValençaLusa 7 maio, 2024

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Câmara Municipal de Valença vão avançar com a conservação, restauro e valorização da Fortaleza de Valença, considerada o ex-líbris e cartão-de-visita desta cidade do distrito de Viana do Castelo. E que está em fase de candidatura a Património da Humanidade pela Unesco.

Este acordo prevê a constituição de uma comissão de acompanhamento do projeto, formada pela autarquia e pela unidade de cultura da CCDR-N, que vai criar um sistema de monitorização e antecipação de danos de modo a mitigar fatores de risco. Classificada como monumento nacional desde 14 de março de 1928, esta muralha sofreu uma derrocada no início de janeiro deste ano devido ao mau tempo.

Na ocasião a anterior ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, referiu que deveria ser o município a fazer a intervenção no monumento. Mas o presidente da autarquia, José Manuel Carpinteira, alegou não ter capacidade financeira” para o fazer, apelando à “solidariedade” da parte do Governo para ajudar na recuperação da muralha.

Valença espera ver reforçada a cooperação técnica com a CCDR-N, através de várias ações, como as vistorias, os diagnósticos, os relatórios e estudos, a colaboração na definição de programas e estudos prévios de conservação, o restauro e valorização.

José Manuel Carpinteira

Presidente da Câmara Municipal de Valença

Entretanto, o concurso para a recuperação do pano de muralha da Fortaleza que ruiu já foi lançado, há alguns meses, por um preço base de 1,6 milhões de euros. A empreitada aguarda apenas a aprovação do Tribunal de Contas para avançar, segundo o município do Alto Minho.

O acordo, agora assinado entre as duas entidades, é o “primeiro protocolo de colaboração técnica para a salvaguarda de património classificado celebrado pela CCDR-N desde a integração das novas competências na área da cultura“, avança num comunicado enviado às redações. A sessão contou com a participação do presidente da CCDR-N, António Cunha, do autarca de Valença, e de Jorge Sobrado, vice-presidente da CCDR-N, com responsabilidades na área da cultura e património.

“Com este protocolo de intenções, Valença espera ver reforçada a cooperação técnica com a CCDR-N, através de várias ações, como as vistorias, os diagnósticos, os relatórios e estudos, a colaboração na definição de programas e estudos prévios de conservação, o restauro e valorização”, refere o edil José Manuel Carpinteira.

Em causa está também a identificação de possíveis fontes de financiamentos públicos para as obras de restauro e conservação do imóvel, concluiu o município na mesma nota.

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Ordem dos Advogados abre guerra judicial à Caixa de Previdência

Bastonária reage ao pagamento coercivo de dívidas à CPAS que vai começar a ser feita pela Segurança Social em junho. A taxa de incumprimento situa-se à volta dos 21% do total dos beneficiários.

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) – liderado pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro – vai abrir abrir uma guerra judicial à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS). Em comunicado, a OA admite que “está disponível para apoiar, nas ações judiciais de cobrança de contribuições, todos os colegas que comprovadamente não tenham condições financeiras para pagar as contribuições que lhes são exigidas”. Explicando que “os colegas que, reunindo as condições acima descritas, pretendam beneficiar deste apoio, devem contactar a Ordem dos Advogados para mais pormenores”.

Em causa a divulgação de que o pagamento coercivo de dívidas à CPAS vai começar a ser feita pela Segurança Social (SS) em junho. Uma taxa de incumprimento situa-se à volta dos 21% do total dos beneficiários, que são cerca de 37 mil. Esta cobrança vai passar a ser feita pelos serviços da Segurança Social mas com um atraso de quase quatro anos. Em causa as alterações da lei — aprovadas em março de 2020 — que passaram a definir que o processo de execução de dívidas à Segurança Social passava também a ser aplicável ao sistema de previdência dos advogados e solicitadores — apesar de estes não estarem sujeitos ao regime geral da Segurança Social.

“Se é verdade que há colegas que não pagam as suas contribuições apesar de poderem fazê-lo, também é verdade que um grande número de advogados apenas não paga porque não tem capacidade financeira para o fazer, em virtude de o valor mensal dessas contribuições ser manifestamente desfasado do valor auferido pelos mesmos”, diz o comunicado da OA. Por mês, um advogado tem de pagar um valor mínimo de quase 300 euros por mês para poder contar com o apoio do sistema assistencialista da CPAS.

Assim, a bastonária e o Conselho Geral “não se podem conformar que se avance para uma situação de cobrança coerciva sem se averiguar primeiro se os colegas têm ou não capacidade financeira para pagar as suas contribuições, não se acautelando uma solução alternativa e mais justa para aqueles que comprovadamente não possuam essa capacidade”.

Relembrando que a bastonária e os membros deste Conselho Geral com assento no Conselho Geral da CPAS já propuseram à Direção da CPAS, “por diversas vezes”, que a fixação das contribuições seja realizada de acordo com o rendimento de cada um, “uma vez que tal solução não só seria mais justa e igualitária para os advogados, como inclusivamente seria mais benéfica para a própria CPAS. Contudo, a Direção permanece irredutível nesse ponto, dizendo que tal alteração não constava do seu programa eleitoral, pelo que não a fará durante o seu mandato, ainda que resulte evidente que tal solução era mais sustentável e justa para todos (contribuintes e instituição)”.

Concluindo: “a bastonária e este Conselho Geral não irão desistir até que esta gritante injustiça seja resolvida, usando todos os meios ao seu dispor para que os Advogados e as Advogadas deste país tenham a previdência que exigem e merecem!”.

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