Zurich planeia alienar carteira Vida maior do que a vendida à GamaLife

  • ECO Seguros
  • 13 Fevereiro 2022

O grupo Zurich divulgou indicadores da atividade em 2021, apresentando um dos melhores resultados em 150 anos de história. A companhia segue a desinvestir de ativos Vida.

A Zurich Insurance pretende desfazer-se de mais carteiras de ativos do ramo Vida, com objetivo de tirar partido destas transações, que permitem libertar capital. A carteira italiana de seguros de Vida e Pensões que o grupo Zurich vendeu à GamaLife é pequena quando comparada com o próximo bloco que a seguradora suíça se prepara para alienar, disse à Reuters o presidente executivo do grupo.

A próxima venda de um pacote de apólices deste ramo (carteiras fechadas à adesão de novos clientes) poderá acontecer na Alemanha, um bloco que ainda levará alguns meses a vender, mas que será “muito maior” do que a carteira italiana adquirida pela portuguesa GamaLife (ex-GNB Vida), adiantou Mario Greco, CEO da Zurich.

Resultados históricos em 2021

Quinto entre os maiores seguradores europeus, o Zurich Insurance Group acaba de publicar números relativos a 2021, ano em que alcançou “um dos melhores resultados da sua história,” realça em comunicado.

O resultado da atividade operacional cresceu 35%, face ao na anterior, atingindo 5,74 mil milhões de dólares. Deste montante, o segmento P&C (não Vida) gerou lucro corrente de 3,1 mil milhões (uma subida próxima de 50% em variação anual), com rácio combinado de 94,3%, em decréscimo de 4.1 pp e traduzindo o melhor desempenho dos últimos 15 anos.

No negócio P&C (Property & Casualty) e em perímetro comparável, os prémios brutos progrediram 12% nas linhas comerciais e 8% no retalho e junto de PME (pequenas e médias empresas), impulsionando a entidade para um volume bruto de prémios emitidos superior a 40 mil milhões de dólares, “pela primeira vez”, reafirma a seguradora que em 2022 completa 150 anos de atividade.

No negócio seguros de Vida, o lucro operacional contabilizado em 1,6 mil milhões de dólares, avançou 27% face ao exercício anterior, refletindo aumento nas parcelas “comissões, resultados de investimentos e menos sinistros”.

Globalmente, suportado pelo desempenho operacional, o lucro líquido atribuível (após impostos e descontando interesses minoritários) aumentou 36%, estabelecendo-se em 5,2 mil milhões de dólares.

Outro indicador revelado no comunicado é o acréscimo de 2,2 milhões novos clientes de retalho, considerando 8 mercados (Austrália, Brasil, Alemanha, Suíça, Itália, Espanha, Japão, e a joint venture com o Santander), o que elevou a base clientes do grupo para os 55,4 milhões.

A Zurich indica ainda que goza de situação de solvência fortalecida, com rácio de 212% (calculado pelo modelo suíço SST).

 

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Portugal com 16.132 novos casos de Covid-19. Morreram 38 pessoas

A DGS adianta que, nas últimas 24 horas, foram identificados 16.132 casos de Covid-19. Boletim deste domingo dá conta também de que morreram 38 pessoas, desde o último balanço.

Foram identificados 16.132 casos de Covid-19, nas últimas 24 horas. Segundo o boletim divulgado este domingo pela Direção-Geral da Saúde (DGS), desde o último balanço, morreram 38 pessoas infetadas. Os internamentos subiram, mas há agora menos utentes hospitalizados nas unidades de cuidados intensivos. Também o número de casos ativos encolheu.

O total de infeções confirmadas em Portugal desde o início da crise pandémica subiu para 3.085.260, sendo que, destas, cerca de 16 mil foram registadas desde o último balanço: 5.293 em Lisboa e Vale do Tejo, 5.113 no Norte, 3.042 no Centro, 870 no Algarve, 761 no Alentejo, 647 nos Açores e 406 na Madeira.

De notar que o número diário de casos indicado pela DGS este domingo é o mais baixo desde o início de janeiro, o que reflete a atual trajetória de desagravamento da pandemia.

Na mesma linha, o boletim agora conhecido dá conta de que o número de casos ativos diminuiu: há agora 569.728 pessoas nessa situação, menos 15.485 do que no último balanço.

Além disso, nas últimas 24 horas, 31.579 infetados foram dados como recuperados, em Portugal. Tal significa que o total de recuperações registadas por terras lusitanas desde o arranque da crise sanitária subiu para 2.495.002.

A DGS nota, por outro lado, que, desde o último balanço, morreram 38 pessoas: 15 no Norte, dez em Lisboa e Vale do Tejo, oito no Centro, três no Alentejo, uma no Algarve e uma nos Açores. Na região autónoma da Madeira, não foram registados óbitos.

O boletim deste domingo adianta, além disso, que há agora mais 66 utentes internados. Portugal conta, por isso, com um novo total de 2.298 internamentos. Já as hospitalizações em cuidados intensivos caíram: Há menos cinco pessoas nessa situação, totalizando 155.

Quanto ao número de contactos sob vigilância ativa, verificou-se também um recuo. O total situa-se agora em 602.483 pessoas, menos 13.294 do que no último balanço.

O risco de transmissibilidade nacional está atualmente fixado em 0,88 e a incidência nacional situa-se em 6.099,6 casos de infeção por 100.000 habitantes.

Boletim epidemiológico de 13 de fevereiro:

(Notícia atualizada às 15h40)

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Eurodeputados questionam Conselho Europeu sobre estágios não remunerados na instituição

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2022

Mais de uma centena de eurodeputados enviaram um pedido de explicações enviado ao Conselho Europeu sobre estágios não remunerados na instituição.

Cerca de 100 eurodeputados questionaram este domingo o Conselho Europeu sobre a existência de estágios não remunerados na instituição, numa iniciativa da social-democrata Lídia Pereira.

O pedido de explicações enviado ao Conselho Europeu foi assinado por 101 eurodeputados, membros de todos os grupos políticos, e condena a prática de estágios não remunerados nas instituições, órgãos e agências da União Europeia.

Um comunicado do PSD no Parlamento Europeu refere que os eurodeputados acreditam que os estágios não remunerados promovem “um ciclo de privilégio” já que apenas “os jovens de classe média e alta podem realizar esses estágios”, e defende que esse ciclo deve ser quebrado nas instituições europeias e nos Estados-Membros.

Nesse sentido, os cerca de 100 eurodeputados exigem explicações sobre o que a Comissão e o Conselho estão a fazer para corrigir esta injustiça.

“A União Europeia tem o dever de liderar pelo exemplo, como já o faz na luta contra as alterações climáticas, na promoção dos direitos humanos nos acordos comerciais e em tantas outras dimensões”, refere Lídia Pereira, líder desta iniciativa.

A eurodeputada social-democrata, membro do Partido Popular Europeu, sublinha que “como decisores políticos não podemos andar Europa fora a promover uma agenda para o emprego digno, enquanto se mantém uma política de estágios não remunerados dentro das nossas próprias instituições”.

No comunicado, o PSD dá conta que, no Parlamento Europeu, os estágios não remunerados são proibidos e a instituição exigiu recentemente um reforço do programa Garantia Jovem, recomendando a criação de um instrumento legal para assegurar que todos os estágios são remunerados de forma justa.

Os eurodeputados querem saber que esforços estão a ser desenvolvidos para proibir os estágios não remunerados no Conselho Europeu e como é que esta instituição garante que os estagiários não remunerados conseguem sustentar-se de forma adequada.

A pergunta remetida ao Conselho Europeu foi subscrita por todos os eurodeputados portugueses do PSD, Paulo Rangel, Lídia Pereira, José Manuel Fernandes, Maria da Graça Carvalho, Álvaro Amaro e Cláudia Monteiro de Aguiar, aos quais se juntaram as eurodeputadas Sara Cerdas, Maria Manuel Leitão Marques e Margarida Marques, do PS, Nuno Melo, do CDS-PP, e o ex-PAN Francisco Guerreiro.

Também numa iniciativa da eurodeputada do PSD Lídia Pereira, 74 eurodeputados questionaram a Comissão Europeia sobre a exclusão dos estagiários das instituições, organismos e agências da UE, das bolsas pagas ao abrigo do programa Erasmus.

Não compreendo porque é que os estagiários nas instituições europeias não recebem a bolsa Erasmus, considerando que se estagiarem em qualquer outra instituição ou empresa são elegíveis para a receber“, afirma Lídia Pereira.

Os Membros subscritores consideram esta medida discriminatória, uma vez que em todos os Estados Membros, quer os estágios sejam pagos ou não, todos têm direito a receber a bolsa Erasmus.

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Alemanha planeia aumentar ajuda económica à Ucrânia e recusa entregar armas

  • Lusa e ECO
  • 13 Fevereiro 2022

Berlim está a examinar “se ainda há oportunidades bilaterais de contribuir para um apoio económico" à Ucrânia, mas recusa entregar armas de guerras a esse país.

A Alemanha planeia aumentar a ajuda económica à Ucrânia, mas mantêm a recusa em entregar armas de guerra, disse este domingo uma fonte do governo alemão, na véspera da visita do chanceler Olaf Scholz a Kiev.

Berlim está a examinar “se ainda há oportunidades bilaterais de contribuir para um apoio económico”, disse a mesma fonte à agência de notícias France Presse, numa altura em que aumentam os receios sobre uma possível ofensiva russa.

Desde a anexação da Crimeia em 2014 por Moscovo que a Alemanha tem sido o país que mais tem prestado ajuda financeira bilateral à Ucrânia, com dois mil milhões de euros, aos quais se soma uma linha de crédito de 500 milhões de euros, tendo já sido usados cerca de dois terços. O apoio da União Europeia junta-se a esta ajuda bilateral.

Numa entrevista à rádio pública alemã, o embaixador da Ucrânia em Berlim, Andrij Melnyk, pediu que seja feito o anúncio de um plano de ajuda “de vários milhões” de euros durante a visita de Olaf Scholz na segunda-feira a Kiev, antes da viagem no dia seguinte a Moscovo.

Os dois países continuam em desacordo na questão do fornecimento de armas “letais”, que Berlim continua a recusar, refugiando-se na política seguida nesta área desde o período nazi, que consistia em não exportar armas para zonas de conflito.

Kiev encaminhou uma lista de exigências a Berlim, mas para segunda-feira “ainda não se deve esperar nada” sobre o assunto, sublinhou a fonte do governo alemão.

Segundo a imprensa alemã, esta lista inclui sistemas de mísseis antiaéreos, sistemas antidrones, sistemas de rastreamento eletrónico, equipamentos de visão noturna e munições, não estando excluído que alguns destes equipamentos, considerados não letais, possam ser aceites.

Nesta lista estão “certos elementos (…) que podemos examinar”, sublinhou a fonte alemã, frisando que é necessário ver se estão “disponíveis no momento”.

Scholz avisa que sanções seriam imediatas contra a Rússia em caso de invasão

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse este domingo que as sanções ocidentais contra a Rússia entrariam em vigor “imediatamente” em caso de invasão da Ucrânia por Moscovo.

“No caso de uma agressão militar contra a Ucrânia, que poria em risco a sua soberania e integridade territorial, isso levaria a duras sanções, que preparámos cuidadosamente e que podemos pôr em prática imediatamente com os nossos aliados na Europa e no seio da NATO“, disse hoje Scholz, na véspera de uma viagem a Kiev e depois a Moscovo na terça-feira.

O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas junto às fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho. Os Estados Unidos alertaram na sexta-feira que um ataque russo pode acontecer “a qualquer momento” e pediram aos seus cidadãos que abandonassem o país rapidamente.

Desde então, dezenas de governos, incluindo o de Portugal, aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia.

A Rússia nega pretender invadir a Ucrânia, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.

Essas exigências incluem garantias juridicamente válidas de que a Ucrânia nunca fará parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e o regresso das tropas aliadas nos países vizinhos às posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) recusam tais exigências.

(Notícia atualizada às 15h45)

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Presidente ucraniano defende solução diplomática mas não se verga à Rússia

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2022

"Somos a favor duma solução política e diplomática para o conflito", disse presidente da Ucrânia. Ainda assim, Zelensky sublinhou que o país "está preparado para qualquer cenário".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assegurou este domingo ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que é a favor duma solução diplomática para a crise ucraniana, mas que o país não se vergará às provocações da Rússia.

Somos a favor duma solução política e diplomática para o conflito“, disse Zelensky durante uma conversa telefónica com Charles Michel, lê-se num comunicado do gabinete da presidência, citado pela agência Efe.

Zelensky reiterou que Kiev (capital ucraniana), entende “todos os riscos” perante a ameaça de um ataque devido ao destacamento de mais de 100 mil soldados russos na fronteira com a Ucrânia e diz que o país “está preparado para qualquer cenário”.

O presidente Zelensky recordou, todavia, que a Ucrânia vive neste estado desde 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia e o conflito armado começou no leste do país entre separatistas pró-Rússia apoiados por Moscovo e o exército ucraniano.

Zelensky acrescentou que atualmente “o pior inimigo é o pânico” que pode ser gerado por alertas do Ocidente, especialmente dos EUA, sobre um ataque russo iminente, ainda na próxima semana.

O presidente ucraniano e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, discutiram as medidas que estão a ser tomadas para promover a desescalada e alcançar a paz em Donbas dentro dos formatos de negociação existentes, em particular o Formato Normandia (Rússia, Ucrânia, Alemanha e França).

Zelensky realçou a importância da unidade e coordenação dos esforços políticos e diplomáticos para desbloquear o processo de paz e restaurar a estabilidade, refere o mesmo comunicado de imprensa.

O presidente ucraniano agradeceu a Michel e aos líderes da União Europeia por manter seus diplomatas no país e reiterou a exigência ucraniana de que sanções preventivas sejam impostas à Rússia para evitar “as intenções agressivas do Kremlin”, algo que a UE não contempla.

Prepara um pacote de sanções sem precedentes caso a Rússia decida invadir o país vizinho.

Zelensky e Michel discutiram ainda como aumentar a defesa e as capacidades financeiras da Ucrânia à luz da ameaça russa e do risco de desestabilizar a economia.

A Ucrânia agradeceu à UE o pacote de ajuda macrofinanceira de 1.200 milhões de euros concedido à ex-república soviética.

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O Ministério Público e a doença de Alzheimer: dois pesos e duas medidas?

Em novembro, o MP achou que a doença de Alzheimer era razão para aplicar apenas uma pena suspensa ao ex-autarca de Santa Comba Dão. Mas agora pede dez anos de prisão efetiva para Salgado.

Dois processos distintos, dois arguidos com a mesma doença. Mas, se no caso do autarca de Santa Comba Dão, a doença de Alzheimer do arguido de 57 anos foi considerada pelo Ministério Público (MP) para pedir uma condenação, mas apenas com pena suspensa, no caso de Ricardo Salgado, de 77 anos, a acusação optou por pedir a pena de prisão efetiva de dez anos, por três crimes de abuso de confiança.

Ambos os arguidos assumiram — em audiência de julgamento — que sofriam da doença de Alzheimer. Segundo o acórdão do tribunal de Viseu, a que o ECO teve acesso, o ex-autarca” demonstrou dificuldade no discurso e alguma confusão e esquecimento, referindo que tem dúvidas, coisas que já lhe passaram, referindo que sofre da doença Alzheimer, num estado ligeiro, mas galopante, o que lhe provoca esquecimento de coisas que já passaram, apesar de a doença estar no início”. Tal como Salgado que, perante o juiz Francisco Henriques, disse que não estava “em condições de prestar declarações” porque foi-lhe “atribuída uma doença de Alzheimer”.

Mas concretizando. Em novembro do ano passado, João Lourenço, ex-presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, foi condenado pelo Tribunal de Viseu a uma pena suspensa de sete anos de prisão. Em causa os crimes de prevaricação de titular de cargo público e fraude na obtenção de subsídios. O juiz concordou com o Ministério Público e aplicou uma pena suspensa, explicada pelo facto de o arguido sofrer da doença de Alzheimer. Ainda que ligeira. Diagnóstico que foi confirmado por uma perícia pedida pelo tribunal.

Nesse mesmo julgamento, o próprio Ministério Público (MP) pediu a pena suspensa, alegando essa mesma doença. O magistrado lamentou a saúde mental de João Lourenço, referindo assim que a “lei não permite aplicar uma pena efetiva”, logo “não há perigosidade” e a pena fica suspensa.

Mas, se avançarmos no tempo três meses, o mesmo MP, no caso de Ricardo Salgado no julgamento do processo que nasceu da Operação Marquês, optou por não referir a patologia do arguido — nas suas alegações finais da passada terça-feira — e pediu ao tribunal que o ex- homem forte do BES fosse condenado a uma pena efetiva de dez anos de prisão.

Logo foi acusado pela defesa do ex-banqueiro de ignorar essa mesma patologia de Alzheimer, referindo-se a este mesmo caso de Viseu. “Ao pedir a prisão efetiva de uma pessoa com a patologia comprovada do doutor Ricardo Salgado, o MP não vai contra a lei mas pede algo que vai contra a decência e o humanismo”, disse o advogado Francisco Proença de Carvalho, acrescentando: “O MP fingiu que não sabe da condição do doutor Ricardo Salgado, desconsiderando tudo o que está na jurisprudência e no humanismo do Estado de Direito português”. O magistrado do MP, irritado com o que chamou de “dramatização” e “teatro” do advogado de defesa, disse que Salgado teve “persistência criminosa” e revelou “egoísmo”, em vez de “procurar reparar o mal dos crimes cometidos” e acrescentou que “a ausência de arrependimento também terá de pesar”.

Tendo em conta estas circunstâncias, “a pena única aplicada não deve ser mais baixa que dez anos de prisão efetiva”, disse o magistrado do Ministério Público, no julgamento do ex-banqueiro. Dizendo ainda que, apesar da defesa alegar a doença do foro neurológico, o arguido, presente na sala de tribunal, conseguiu dizer o seu nome completo, a data de nascimento, a naturalidade e a sua filiação.

“Eu não sou médico, sou advogado e nós não podemos aferir o grau de Alzheimer só pelo contacto, a olho”, disse o advogado levantando-se e pondo-se ao lado do seu cliente, visivelmente desorientado. “Há acórdãos que dizem que esta análise tem de ser feita tecnicamente, por médicos especializados e não por procuradores e juízes”, concluindo que “nem a defesa nem o Ministério Público têm conhecimentos para aferir se o diagnóstico é correto ou não”, referindo-se a esse mesmo acórdão do Tribunal de Viseu.

Outra das diferenças nestes dois casos — mas com contornos médicos idênticos — prende-se com o facto do juiz de Viseu ter pedido uma perícia médica independente para confirmar a patologia em causa, não tendo ficado apenas pelo relatório médico da defesa, que poderia ser considerado parcial. Já Francisco Henriques, presidente do coletivo de juízes que está a julgar o antigo banqueiro defendeu, em outubro, que do relatório médico entregue pela sua defesa, e que atesta que o arguido sofre de Doença de Alzheimer, não decorre que “esteja mental ou fisicamente ausente” mas aceita esse mesmo relatório, não tendo achado necessário pedir uma perícia médica independente, dizendo que essa questão seria depois aferida, em caso de condenação, na aplicação da pena.

Quais foram os argumentos do juiz para aplicar pena suspensa ao ex-autarca?

Para o juiz, o arguido João Lourenço padece de “Perturbação Neurocognitiva Major, provável Doença de Alzheimer de início precoce inscrita na rúbrica F00.0 da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial de Saúde, tendo vindo a manifestar de forma evidente aquele quadro clínico, segundo entrevista complementar, desde 2017, mas o diagnóstico clínico, apenas foi possível a partir do acompanhamento em consulta de neurologia em dezembro de 2019″, segundo o acordão a que o ECO teve acesso.

Estas perturbações neorocognitivas major, “caracterizam-se por evidência de declínio cognitivo significativo em relação a um nível prévio de desempenho num ou mais domínios cognitivos, no caso do arguido ao nível da atenção complexa, funções executivas, memória, linguagem, capacidade percitivomotora ou cognição social, com agravamento progressivo e que interferem na realização independentemente das atividades da vida diária (parcial nas atividades básicas e total nas atividades instrumentais e avançadas da vida diária), sendo que a capacidade do arguido de avaliação de uma eventual condenação neste processo, encontra-se comprometida face aos défices cognitivos que apresenta (pois seria condenado por algo que não tem o alcance pleno de entender, podendo reagir de forma concreta, pelo que seria entendido como injustiça, com sentimento de revolta compreensíveis no pensamento concreto do arguido, ou indiferente face ao compromisso de cognição social)”.

Não resultando do relatório do IML que a doença de que padece o arguido o torna perigoso, o juiz aplicou o disposto no artigo 106º, do Código Penal (anomalia psíquica posterior sem perigosidade): “Se a anomalia psíquica sobrevinda ao agente depois da prática do crime não o tornar criminalmente perigoso, em termos que, se o agente fosse inimputável, determinariam o seu internamento efetivo, a execução da pena de prisão a que tiver sido condenado suspende-se até cessar o estado que fundamentou a suspensão”.

Segundo este artigo, a duração da suspensão da pena é “descontada no tempo da pena que estiver por cumprir” e o tempo de duração da pena em que o agente foi condenado “não pode em caso algum ser ultrapassado”.

Assim, e de acordo com esta norma, o juiz decidiu que a pena de 7 anos de prisão em que o arguido vai ser condenado, vai ser suspensa até cessar o estado que fundamentou a suspensão, não podendo exceder 7 anos, sujeita a regras de conduta, necessárias à prevenção da perigosidade, bem como o dever de se submeter a tratamentos e regimes de cura ambulatórios apropriados e de se prestar a exames e observações nos lugares que lhe forem indicados, ficando ainda colocado sob vigilância tutelar dos serviços de reinserção social.
João Lourenço foi condenado pelos crimes de prevaricação de titular de cargo público e fraude na obtenção de subsídios. Em causa estaria a abertura de concursos públicos para obras que já estavam feitas e que, posteriormente, seriam objeto de candidaturas a fundos comunitários. O dinheiro recebido de Bruxelas serviu para o município pagar outros trabalhos no concelho.

Já Ricardo Salgado está a ser julgado por três crimes de abuso de confiança, depois de na instrução da Operação Marquês, o juiz Ivo Rosa ter decidido deixar cair 18 dos 22 crimes de que o arguido estava acusado e de ter separado este julgamento do da Operação Marquês, tal como fez com Armando Vara, já condenado por branqueamento de capitais. A decisão relativa a Salgado está marcada para dia 7 de março.

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Voo com origem na Madeira e destino a Kiev aterra na Moldávia

  • Lusa e ECO
  • 13 Fevereiro 2022

"De acordo com a exigência do proprietário do avião, o voo PQ0902 da rota Funchal-Borispol foi obrigado a aterrar em Chisinau", na Moldávia, informou a transportadora SkyUp.

A companhia aérea ucraniana SkyUp disse este domingo que o voo que liga a Madeira a Kiev aterrou em Chisinau, Moldávia, porque a empresa irlandesa, proprietária do avião, anunciou a proibição de sobrevoar o espaço aéreo da Ucrânia.

“De acordo com a exigência do proprietário do avião (…) o voo PQ0902 da rota Funchal-Borispol foi obrigado a aterrar em Chisinau”, refere a companhia aérea num comunicado publicado na sua página da internet.

Segundo a nota publicada, “o proprietário [do avião], residente na Irlanda, informou a companhia aérea sobre a proibição imediata da entrada da aeronave UR-SQO no espaço aéreo da Ucrânia”.

“Apesar de todos os esforços da companhia aérea e da disponibilidade das estruturas estatais ucranianas para apresentar uma solicitação ao arrendador, o proprietário do avião negou categoricamente, no momento em que o avião já se deslocava para Kiev”, escreve a SkyUp.

A companhia aérea refere no comunicado que conseguiu autorização para aterrar no aeroporto mais próximo da Ucrânia, em Chisinau, na capital da Moldávia, e que organizou “o transporte, assim como alimentação, dos 175 passageiros para a capital” ucraniana.

Isto aconteceu pouco depois de a comunicação social ucraniana anunciar que algumas das mais importantes seguradoras internacionais deixaram de cobrir as companhias aéreas que sobrevoam a Ucrânia a partir de segunda-feira, devido à ameaça de um ataque russo.

De acordo com o mesmo portal, no sábado, as maiores seguradoras britânicas, que por sua vez reasseguram outras seguradoras, enviaram uma carta oficial a todos os arrendadores de aeronaves para os avisar de que a cobertura dos seguros na Ucrânia, e para os aviões que sobrevoam o país, deixará de funcionar no prazo de 48 horas.

A medida significaria um bloqueio aéreo sobre o país, já que “nenhum avião descolaria a partir da Ucrânia nem aterraria na Ucrânia a partir do meio-dia de segunda-feira”, disse à agência de notícias EFE uma fonte da Strana.

Segundo o jornal holandês De Telegrafa, a companhia aérea holandesa KLM anunciou que vai deixar de operar voos para a Ucrânia, “como medida preventiva contra a ameaça de guerra no país”.

Governo ucraniano diz que o espaço aéreo permanece aberto

O Governo ucraniano assumiu este domingo que o espaço aéreo do país permanece aberto, depois de um voo com destino a Kiev ter aterrado na Moldávia. “O espaço aéreo sobre a Ucrânia permanece aberto. O estado está a trabalhar para prevenir riscos para os transportes aéreos”, afirma o Ministério das Infraestruturas da Ucrânia numa mensagem publicada na sua página oficial da rede social Facebook.

O ministério realça que “a informação sobre o encerramento do espaço aéreo da Ucrânia não é verdadeira” já que “o encerramento do espaço aéreo é um direito soberano da Ucrânia e não foi tomada nenhuma decisão”.

O Ministério das Infraestruturas ucraniano diz que a maioria das companhias aéreas continua a operar sem restrições e, atualmente, há 29 companhias estrangeiras a operar voos a partir de 34 países para a Ucrânia.

Ainda este domingo, esclarece o ministério, realizou-se uma reunião com membros do gabinete do Presidente da Ucrânia, do Serviço Estatal de Aviação da Ucrânia, UkSATSE, do Aeroporto Internacional de Borispol e das companhias aéreas ucranianas, sobre a situação do mercado do transporte aéreo.

“Como resultado da reunião, foi elaborada uma solução para evitar um maior agravamento da situação”, escreve o Ministério das Infraestruturas que admitiu que, algumas companhias, “têm dificuldades com as flutuações nos mercados dos seguros”.

Neste sentido, escreve que “o Estado ucraniano está pronto para apoiar as companhias aéreas e planeia proporcionar garantias financeiras adicionais para apoiar o mercado aéreo” ucraniano. “Atualmente, estamos a consultar os parceiros internacionais e estamos a preparar as decisões governamentais mais importantes”, assume o ministério.

(Notícia atualizada às 14h43)

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Manifestantes franceses do “comboio da liberdade” seguem para Bruxelas

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2022

Protestos contra as medidas adotadas para enfrentar a pandemia de Covid-19 seguem agora para Bruxelas. Manifestantes esperam participar numa grande manifestação europeia, na segunda-feira.

Muitos dos participantes na manifestação deste sábado, em Paris, que se intitulam “comboios da liberdade”, em protesto às restrições e vacinas contra a Covid-19, dirigem-se este domingo para Bruxelas, onde esperam participar, na segunda-feira, numa grande manifestação europeia.

Depois de terem perturbado o trânsito em alguns pontos da capital francesa, mas sem o conseguirem bloquear como pretendiam, muitos dos automobilistas, provenientes de diversos pontos do país, dirigem-se para norte.

O objetivo, segundo a agência de notícias EFE, é passarem a noite em Lille, junto à fronteira com a Bélgica, antes de se dirigirem até à capital do país e da comunidade europeia, Bruxelas.

É a forma dos manifestantes manterem o protesto contra as medidas adotadas para enfrentar a pandemia de Covid-19, em particular o passe de vacinação, obrigatório para aceder à maior parte dos lugares públicos em França.

A manifestação deste domingo conseguiu ultrapassar as barreiras policiais e aceder aos emblemáticos Campos Eliseus que, durante uma hora, estiveram fechados ao trânsito. Entretanto, a dura intervenção policial, que mobilizou 7.200 agentes, acabou por dispersar os manifestantes sem que se registassem incidentes significativos.

Meio milhar de pessoas foram multadas por participarem em manifestações proibidas e 100 foram presas, das quais 81 ainda estão nas esquadras, informou a autoridade de segurança.

A direção da polícia, que tinha proibido as manifestações no sábado, garantiu que mantém o dispositivo policial durante o dia de hoje para o caso de voltarem a tentar bloquear os acessos à cidade de Paris.

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MAI condena anulação dos votos da emigração e salienta que esteve fora deste caso

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2022

O MAI já reagiu à anulação de parte dos votos dos emigrantes: "Este é um resultado que o MAI não pode deixar de deplorar".

O Ministério da Administração Interna (MAI) classificou este domingo como “deplorável” a anulação de mais de 80% dos votos no círculo da Europa e salientou que não participou na reunião de delegados de candidatura que originou este caso.

Estas posições constam de um comunicado do MAI sobre as circunstâncias em que os cidadãos emigrantes exerceram o seu direito de votos nos círculos da Europa e Fora da Europa nas recentes eleições legislativas.

Na sequência de protestos do PSD, mais de 80% dos votos dos emigrantes no círculo da Europa foram considerados nulos, depois de a maioria das mesas eleitorais ter validado votos que não vinham acompanhados por uma cópia da identificação do eleitor, como a lei exige.

Segundo o edital publicado esta quinta-feira sobre o apuramento geral da eleição pelo círculo da Europa, de um total de 195.701 votos recebidos, 157.205 foram considerados nulos, o que equivale a 80,32%.

Este é um resultado que o MAI não pode deixar de deplorar, não só pelo significado desse resultado em termos de limitação do exercício de um direito fundamental a um número tão elevado de eleitores, como pela desvalorização do enorme esforço feito pela Administração Eleitoral (AE) para garantir a mais ampla participação possível dos eleitores nacionais com residência no estrangeiro, neste contexto de pandemia”, salienta-se no comunicado.

Sobre a polémica em torno da anulação dos votos, o MAI começa por referir que a Administração Eleitoral (AE) da Secretaria-Geral do Ministério, “produziu e difundiu vários documentos em diferentes formatos (…) onde se explicitam os procedimentos a adotar e identificam os documentos a juntar pelo eleitor, designadamente a cópia do documento de identificação”.

A seguir, o MAI indica que a Lei Eleitoral da Assembleia da República prevê a realização de uma reunião de delegados das listas de candidatura para a escolha dos membros das mesas das assembleias de recolha e contagem de votos dos eleitores residentes no estrangeiro.

Ora, numa dessas reuniões, os delegados dos diferentes partidos acordaram “em aceitar os boletins de voto independentemente de virem ou não acompanhados de cartão de cidadão/bilhetes de identidade – uma opção que a própria CNE (Comissão Nacional de Eleições) subscreveu numa deliberação aprovada em outubro de 2019”.

A seguir, o MAI cita mesmo o teor da deliberação então tomada pela CNE: “Não releva para o exercício do direito de voto a identificação através de documento apropriado, uma vez que ela é, em primeira mão, assegurada pela receção da correspondência eleitoral sob registo pelo destinatário ou pessoa próxima. A remessa pelo eleitor de cópia de documento de identificação serve, afinal e apenas, como reforço das, de si fracas, garantias do exercício pessoal do voto”.

Após esta referência à posição tomada pela CNE em 2019, o MAI salienta que “não participou” na reunião em que o acordo para se aceitar votos sem cópia do cartão do cidadão “foi estabelecido”.

Não foi, nem tinha de ser, ouvida sobre o seu sentido. Como decorre da lei, à Administração Eleitoral do MAI apenas compete disponibilizar o local para os partidos reunirem”, alega-se neste texto.

Depois, o MAI procura realçar o trabalho que realizou para chegar aos eleitores residentes fora do país.

“A disponibilidade e total dedicação da SGMAI a este processo fica patente no aumento exponencial do número de boletins de voto enviados para os eleitores residentes no estrangeiro, na criação de cadernos eletrónicos para facilitação da descarga dos votos, no aumento do número de mesas de apuramento, no investimento para identificar um novo e mais amplo espaço para as operações de apuramento final, entre outros exemplos. O MAI não se exime nem se demite das suas responsabilidades, tendo-se mostrado sempre inteiramente disponível para prestar todos os esclarecimentos necessários ao integral apuramento do ocorrido, com vista à alteração das condições que propiciaram este lastimável episódio”, acrescenta-se.

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Procura por autocaravanas em Portugal em máximos

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2022

Vendas de autocaravanas novas e usadas crescem à boleia da pandemia. Em 2021, foram vendidos 472 veículos novos em Portugal, mais 66% do que no ano pré crise sanitária.

As vendas de autocaravanas aumentaram mais de 24%, no último ano, atingindo, assim, um valor recorde. Os dados foram adiantados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP) ao Dinheiro Vivo e refletem o crescimento do negócio do autocaravanismo em Portugal à boleia da crise pandémica.

De acordo com a ACAP, em 2021, foram vendidos 472 veículos. Ora, esse número compara com as 380 viaturas vendidas em 2020 e com as 284 vendidas em 2019. Ou seja, face ao ano pré pandemia, 2021 foi sinónimo de um salto de 66%.

Também no mercado dos usados, a procura por autocaravanas registou uma explosão, adianta o Dinheiro Vivo. “Durante a primavera e o verão [de 2020], a procura aumentou consideravelmente“, indica o OLX, que revelando que de abril a julho desse ano se verificou um aumento de 400%. Já em 2021, foi menor o crescimento na procura por autocaravanas — mas ainda assim considerável:de abril a julho, as vendas subiram mais 150%.

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Estado incapaz de cobrar 26 milhões à Jerónimo Martins

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2022

O Estado ainda não conseguiu cobrar os mais de 26 milhões de euros de dívida ao grupo Jerónimo Martins relativos à Taxa de Segurança Alimentar Mais. Dona do Pingo Doce até já se queixou a Bruxelas.

O Estado ainda não conseguiu cobrar os mais de 26 milhões de euros de dívida ao grupo Jerónimo Martins relativos à Taxa de Segurança Alimentar Mais referente aos anos de 2012 a 2021, avança este domingo o Público (acesso condicionado).

De acordo com o jornal, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária “reclamou de Pingo Doce, Recheio e Hussel as quantias de, aproximada e respetivamente, 24 milhões de euros, 2,22 milhões e 51 mil euros, correspondentes a liquidações da Taxa de Segurança Alimentar Mais relativas aos anos de 2012 a 2021”. Essa taxa tem estado envolta em críticas por parte dos retalhistas, mas o Tribunal Constitucional já se pronunciou pela sua constitucionalidade.

A Jerónimo Martins recusa desde 2012 liquidar esta taxa, tendo apresentado mesmo queixa à Comissão Europeia, no início de 2019. Fonte oficial do executivo comunitário confirmou ao Público a entrada desse processo, informando que está, de facto, “a avaliar a queixa de acordo com os nossos procedimentos-padrão”.

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📹10 dicas para usar as redes sociais com mais segurança

As redes sociais não são só uma ferramenta eficaz de comunicação. Também podem ser usadas para fins maliciosos. Cada vez mais estamos ligados e isso requer atenção para evitar perigos.

Pessoas mal intencionadas podem usar as informações que partilha nas redes sociais para recolher informação sobre possíveis vítimas de ataques de phishing ou até para planear assaltos a residências. Existem algumas formas de se proteger. Conheça algumas dicas:
https://videos.sapo.pt/vdpHfIzCb5szow36B2Be

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