Rio e Montenegro lado a lado em campanha e confiantes na vitória do PSD

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"O PSD está muito unido e coeso no propósito de vencer as eleições e dar a Portugal um Governo novo", afirmou Luís Montenegro, ex-candidato à liderança do PSD.

O presidente do PSD e o ex-candidato à liderança, Luís Montenegro, fizeram este sábado campanha lado a lado, em Santa Maria da Feira (Aveiro), e ambos manifestaram confiança na vitória do partido nas eleições antecipadas de 30 de janeiro.

“É obviamente importante o facto de o PSD estar unido para conseguir ganhar as eleições”, afirmou Rui Rio, no final de uma iniciativa de campanha, que consistiu na descida de uma rua do centro de Santa Maria da Feira, ao som de bombos e com muita confusão.

O líder do PSD salientou que “outras pessoas” que não estiveram ao seu lado em disputas internas também têm aparecido e, questionado se foi ele quem convidou Montenegro, disse que já nem sabia como tinha sido o processo. “Foi uma questão de marcar a melhor altura”, disse.

Luís Montenegro, que além da Feira irá a Espinho, onde vive, assegurou que “iria aonde quer que fosse”. “O PSD está muito unido e coeso no propósito de vencer as eleições e dar a Portugal um Governo novo”, afirmou.

Questionado se voltará a ser oposição em caso de derrota do PSD — pergunta que motivou risos em Rui Rio –, Montenegro remeteu a pergunta para o campo socialista. “O PSD vai ganhar as eleições, essa pergunta tem de ser colocada ao dr. Pedro Nuno Santos, à dra. Ana Catarina Mendes, ao dr. Fernando Medina, eles é que vão ter um problema de sucessão”, afirmou.

À pergunta se está disponível para integrar um Governo liderado por Rui Rio, o ex-líder parlamentar respondeu: “Vamos primeiro ganhar as eleições, do Governo depois tratará o primeiro-ministro”.

Desafiado a responder se conta com Luís Montenegro no futuro do PSD, Rio respondeu positivamente. “Está visto que sim, ele está aqui, é porque posso contar com ele. Eu não, o partido como um todo”, afirmou.

Luís Montenegro disputou a liderança do PSD em 2020, tendo forçado Rui Rio a uma inédita segunda volta, que o atual presidente do partido venceu com 53% dos votos. Nas legislativas de 2019, em Aveiro, o PSD perdeu a eleição para o PS, com os sociais-democratas a elegerem seis deputados e os socialistas sete (além de dois do BE e um do CDS-PP.

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Cotrim Figueiredo procurou mochila para carregar peso de mudar o país

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"É muito pesada a responsabilidade de mudar Portugal", disse o líder do Iniciativa Liberal, de visita a uma feira, onde procurou uma mochila para carregar o peso de "mudar" o país.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) andou este sábado pela feira do Monte Abraão, em Sintra, à procura de uma mochila para carregar a “responsabilidade de mudar Portugal”, mas não encontrou nem o tamanho, nem a cor pretendida.

“É muito pesada a responsabilidade de mudar Portugal”, comentou João Cotrim Figueiredo, dizendo que a mochila que usa atualmente está “por um fio”, tal como o país, e a necessitar de ser substituída, assim como o Governo. Contudo, até 30 de janeiro, o liberal tem esperança de encontrar uma mochila adequada que aguente também com as 600 páginas do seu programa eleitoral e as muitas medidas propostas para mudar o país.

Além das mochilas, Cotrim Figueiredo virou a sua atenção para as tendas onde se vendiam malas e pastas, mas também aí não conseguiu encontrar e comprar nada que lhe agradasse. “Não havia malas, nem pastas, mas não estou nada preocupado com isso”, sublinhou, entre sorrisos e numa clara alusão à possibilidade de assumir determinada pasta em caso de integrar um Governo de direita.

Para, logo de seguida, dizer que após as eleições legislativas vai discutir políticas e, só depois, ver o “tamanho e cor” da mala a comprar. E, enquanto ia percorrendo o recinto da feira e tirando selfies, o presidente da IL garantiu que não irá viabilizar um Governo do PS, PCP, BE ou Chega.

Falando que a sua posição é, neste aspeto, “claríssima”, o liberal teve a oportunidade de comprar um “relógio anti-Chega”, isto segundo o feirante, mas optou por não o fazer por já ter muitos. “Não puxe por mim”, pediu o liberal que, pelo caminho, se cruzou com uma comitiva do PSD onde, além de abraços, houve votos de boa sorte de ambas as partes.

A comitiva da IL, sem fazer concorrência aos demais feirantes, ia “vendendo o seu produto” e apregoando que com eles “é tudo a 15% de IRS”.

A meio do percurso, João Cotrim Figueiredo foi interpelado por uma senhora que, mais do que o IRS, estava preocupada com o estado da saúde em Portugal, nomeadamente com o facto de estar sem médico de família há oito anos. “Consegue fazer algo? É que para ter consulta tenho de ir para a porta do centro de saúde à 01:00”, frisou.

O presidente liberal garantiu que a saúde é uma das suas bandeiras, estando empenhado em reformar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e acabar com situações semelhantes. Apesar dos gritos “dia 30 Portugal é liberal” que assinalavam a presença da comitiva, Cotrim Figueiredo conseguiu ouvir um feirante dizer “este é dos bons, que eu sei, gosto de o ouvir falar” e, na abordagem, perguntou se tal afirmação era suficiente para contar com o seu voto.

Aproveitando a atenção do dirigente liberal, o feirante aproveitou para queixar-se do preço a pagar pela ocupação do espaço, algo partilhado por outros. “Fomos os primeiros a ir para casa, por isso, o que peço é que se lembre de nós no futuro e não apenas nas campanhas”, vincou uma comerciante de azeite. Cotrim Figueiredo sublinhou que costuma ir às feiras, não só em período de campanha política, porque gosta daquele “clima de confusão organizada” de pessoas a fazer pela vida.

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Da pensão mínima de 705 euros ao défice zero. O programa económico do Chega

O partido liderado por André Ventura propõe que haja um valor mínimo para as pensões equivalente ao salário mínimo e defende uma política orçamental de défice zero.

O país vai a votos no dia 30 de janeiro. Até lá, todos os dias, vamos analisar à lupa os temas económicos dos programas eleitorais dos partidos com representação parlamentar. Os salários, os impostos, as prestações sociais, as pensões, as carreiras, as regras laborais e os apoios às empresas. Afinal, o que querem os partidos para a economia.

Assume-se como um partido “liberal” na economia e contra os “socialismos”, mas também tem medidas que aumentariam a despesa do Estado como a criação de uma reforma mínima garantida equivalente ao salário mínimo nacional (705 euros). As medidas económicas estão a cargo de Pedro Arroja, economista conhecido pelo seu comentário no Porto Canal, que é o ministro das Finanças “sombra” do Chega.

O partido acredita, segundo o seu programa político, que o mercado “promove melhor a economia do que o Estado” e defende Adam Smith. “O ideal da mão invisível representa a defesa do mercado livre de ideias tão fundamental à autorregulação da sociedade, quanto o mercado livre de bens e serviços é fundamental à autorregulação da economia”, lê-se.

No programa eleitoral, o Chega começa por atacar aquilo diz serem os “vícios económicos e financeiros dos governantes que empobrecem os portugueses”. “O esgotamento das classes médias e baixas, dos que trabalham e cumprem, dos portugueses-de-bem, é consequência do uso e abuso da atribuição de benefícios sociais, subsídios e demais vantagens a uns a troco de benefícios eleitorais ou materiais, que se traduzem sempre em encargos suplementares para outros revertidos no agravamento de impostos, burocracia, quebra de rendimentos”, relata.

O que fará de diferente? O partido diz que “governará segundo os princípios utilizados no governo das nossas famílias” e que “tornará o Estado uma pessoa de bem, tratando os cidadãos como ele mesmo exige ser tratado, designadamente no cumprimento escrupuloso de contratos e prazos de pagamento“.

Uma das medidas concretas que se propõe a implementar é a criação de um valor mínimo para a reforma garantida de igual valor ao salário mínimo (705 euros em 2022). Porém, ao mesmo tempo, defende “a transição progressiva para um sistema contributivo que, para ser sustentável, deve assentar, sobretudo, na capitalização e administração individual das poupanças”.

Défice zero e pagar a dívida pública

Em termos de finanças públicas, Ventura garante que “terá como objetivo económico principal começar a pagar a dívida pública portuguesa” e, para o fazer, assegura que não terá qualquer défice orçamental: “As despesas do Estado nunca serão superiores às receitas, salvo em circunstâncias excecionais“.

Do lado da receita, o partido promete reduzir os impostos diretos, nomeadamente o IRS e o IRC, para estimular o crescimento económico. No caso do IRS, o Chega continua a defender a taxa única de IRS com um “patamar de isenção”, retirando a progressividade que existe atualmente no imposto sobre o rendimento.

Do lado da despesa pública, a meta é diminuir o peso face ao PIB, reduzindo-a mais do que a proporção em que baixará os impostos. O partido não revela exatamente onde cortará, mas define os seus princípios de execução orçamental. Fará uma hierarquização das prioridades, procurará a “solução mais económica” para o Estado, seja do setor público, privado ou social, e irá aplicar “o princípio do orçamento de base zero, escrutinando cada despesa do Estado, em cada ano, como se fosse a primeira vez”.

Jovens e produção nacional

Aos jovens, o Chega promete a atribuição de benefícios fiscais nos primeiros anos de inserção dos jovens no mercado laboral, bem como a empresas que contratem, sem termo certo, jovens que tenham emigrado há, pelo menos, dois anos para “combater a precariedade laboral e o recurso abusivo a estágios”. Além disso, quer um reajustamento ao Porta 65 para o alinhar com os preços do mercado de rendas. E propõe uma maior facilidade do acesso jovem ao crédito à habitação, sem concretizar de que forma.

Assumindo-se como um partido nacionalista, o Chega afirma ainda que “patrocinará uma envolvente institucional que incentive a preferência na aquisição de produtos locais e nacionais (‘compre português’) para aumentar a resiliência local e nacional, incluindo ao flagelo dos incêndios florestais”.

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Portugal regista mais 43 mortes e 58.131 casos de Covid

  • ECO
  • 22 Janeiro 2022

Desde o início da pandemia, o país soma mais de 2,18 milhões de casos. Até ao momento, contam-se 1,7 milhões de pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 58.131 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 2,18 milhões o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim deste sábado indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 43 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.539 óbitos desde a chegada do coronavírus ao país.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 2.027 (-17) pessoas estão internadas em unidades hospitalares, das quais 154 (-8) estão nos cuidados intensivos. Há mais de 452 mil sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

O número de recuperados está, atualmente, nos 1.701.896, mais 26.160 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 454.821 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 22 de janeiro

A região do Norte foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 58.131 novos casos registados em todo o país, 25.255 foram nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 17.165.

(Notícia atualizada às 14h38 com mais informação)

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Rival de Angela Merkel foi eleito presidente do partido conservador alemão

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

Os cerca de 980 delegados da União Democrata Cristã (CDU) votaram por quase 95% a favor de Merz, deputado de 66 anos e candidato único ao lugar de presidente do partido.

Os conservadores alemães da CDU elegeram este sábado Friedrich Merz, antigo rival da ex-chanceler Angela Merkel, como novo presidente, com a tarefa de restaurar um partido dividido desde a derrota nas recentes eleições legislativas.

Os cerca de 980 delegados da União Democrata Cristã (CDU) — reunidos em Congresso por videoconferência devido à pandemia — votaram por quase 95% a favor de Merz, deputado de 66 anos e candidato único ao lugar de presidente do partido. Friedrich Merz — que tentou sem sucesso assumir o cargo por duas vezes nos últimos anos — disse ter ficado “profundamente comovido” com a sua escolha.

Defendendo um regresso à linha conservadora tradicional do partido, após os anos de um posicionamento mais ao centro protagonizado pela ex-chanceler de Angela Merkel, Merz terá de relançar um partido que mergulhou numa profunda crise após a derrota nas eleições legislativas de 26 de setembro. O fraco desempenho eleitoral levou Armin Laschet, o líder cessante e candidato derrotado, a colocar o seu lugar em disputa.

Hoje, Merz pediu ao partido para cerrar fileiras à volta da sua liderança. “Temos de ser uma oposição forte”, disse o novo presidente da CDU, referindo-se ainda à necessidade de obter bons resultados nas várias eleições regionais previstas para este ano no país.

Após 16 anos à frente do Governo na Alemanha, a CDU deu início a uma “travessia do deserto” político, na oposição ao Governo de coligação liderada pelos social-democratas do chanceler Olaf Scholz ao lado dos ecologistas e do partido liberal.

O novo líder dos conservadores atacou Scholz, a quem acusou de inação tanto no debate sobre a vacinação obrigatória contra a covid-19 como na discussão sobre a crise nas fronteiras da Ucrânia. Embora não tenha atacado frontalmente a ex-chanceler Angela Merkel, Merz não esconde o seu desejo de romper com a sua herança política.

A rivalidade entre Merkel e Merz remonta ao início dos anos 2000, quando a então presidente da CDU o demitiu do cargo de presidente do grupo parlamentar do partido. Em 2009, Merz retirou-se completamente da vida política e envolveu-se no mundo das finanças, onde fez fortuna. Dono de dois aviões — um dos quais ele próprio pilota — renunciou no ano passado às suas funções na empresa que liderava, a Blackrock, uma das maiores gestoras de ativos financeiros do mundo.

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João Oliveira disponível para voltar a ser líder parlamentar do PCP

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"Não há, desse ponto de vista, alteração nenhuma da minha disponibilidade", disse João Oliveira, mostrando-se disponível para voltar a ser líder parlamentar do PCP.

O dirigente comunista João Oliveira está disponível para voltar a ser o líder parlamentar do PCP na próxima legislatura, cargo que ocupa desde 2013, mas revelou que esse assunto apenas vai ser debatido após as eleições legislativas.

Numa esplanada em Lagos e a falar sobre cenários no pós-eleições, na sexta-feira, João Oliveira disse à Lusa que tem “estado sempre presente para as tarefas” que o partido lhe solicitou ao longo dos anos. “Não há, desse ponto de vista, alteração nenhuma da minha disponibilidade”, respondeu Oliveira, quando questionado sobre se tem vontade de voltar a ser o dirigente da bancada comunista durante a XXIII Legislatura.

Contudo, o deputado comunista disse que esse assunto não tem “ocupado tempo” ao partido, já que o momento é o da campanha eleitoral que vai decidir qual a composição do futuro grupo parlamentar do PCP. “Essas são decisões que são sempre tomadas em função do grupo parlamentar que temos. Em função disso tomamos as decisões não só em relação ao grupo parlamentar, mas também em relação à constituição da direção”, sustentou.

João Oliveira é o líder parlamentar do PCP desde 2013, sucedendo a Bernardino Soares, e é deputado desde 2005, eleito sempre pelo círculo eleitoral de Évora. O deputado tenta estas eleições a reeleição pelo seu distrito, onde o PS já o elegeu como adversário, querendo conquistar os três mandatos possíveis. Em 2019, conseguiu 18,89% dos votos, ou seja, 13.980 votos, resultado que ficou abaixo dos 18.567 votos de 2015 e dos 18.990 de 2011.

João Oliveira está a substituir o secretário-geral do PCP até ao início da próxima semana, enquanto Jerónimo de Sousa está a recuperar de uma cirurgia de urgência à carótida interna esquerda a que foi submetido em 13 de janeiro.

A campanha eleitoral da CDU começou por ser dividida com João Ferreira e o partido previa que o antigo eurodeputado comunista assumisse por inteiro a agenda do secretário-geral, enquanto João Oliveira prosseguiria com a campanha pelo distrito de Évora, por onde volta a ser o cabeça de lista. No entanto, João Ferreira ficou infetado com o SARS-CoV-2 no início da semana e teve de abandonar a campanha da CDU.

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Líder do PAN recusa fazer “oposição de terra queimada” a futuro Governo

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"Não podemos ter o país a atravessar esta crise social e económica e uma crise climática e escudar-nos numa oposição de terra queimada", disse Inês de Sousa Real.

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, recusou este sábado fazer uma “oposição de terra queimada” a um futuro Governo, após as próximas legislativas, mas vincou estar indisponível para apoiar quem “viole os princípios” do partido.

“Não podemos ter o país a atravessar esta crise social e económica e uma crise climática e escudar-nos numa oposição de terra queimada, que não constrói pontes e que não apresenta soluções para o país”, afirmou. Inês Sousa Real, que falava aos jornalistas durante uma visita ao mercado de Pirescoxe, em Santa Iria da Azoia, no concelho de Loures, frisou que, após as eleições do dia 30, o PAN vai estar a defender as suas propostas.

Numa ação de campanha neste mercado, a líder do partido foi felicitada por um feirante, que considerou que Inês Sousa Real tem “coragem ao dizer que tanto governa com o PS como com o PSD”. “Pelo menos, dá uma demonstração de que é portuguesa”, afirmou Joaquim Henriques, com a porta-voz do PAN a responder que é preciso é “estar, em primeiro lugar, comprometidos com o país e com as respostas para as pessoas”.

Apesar do elogio à líder do PAN, este feirante, que comercializa roupa de cama e que está neste mercado há 50 anos, avisou que vota “sempre PSD” e que “não é fácil mudar” a orientação do voto.

Joaquim Henriques notou, porém, que o PAN tem propostas com as quais não concorda, como é o caso das touradas, que disse não assistir, justificando que “as pessoas têm que ser livres para escolher”. “O proibir para mim está mal e é a única coisa que não estou muito de acordo consigo”, sublinhou, assinalando que, apesar de nunca ter ido a uma tourada, não é contra as pessoas que vão.

Já a também deputada e cabeça de lista do PAN por Lisboa, que andou a distribuir panfletos, sacos de pano e marcadores com receitas vegetarianas, advertiu que o partido não é “contra as pessoas”, mas sim “contra o sofrimento do animal”. Manifestando-se contra o primeiro-ministro dizer que, “se não ganhar, não governa com ninguém”, o comerciante, de 72 anos, despediu-se de Inês Sousa Real ao dizer que espera vê-la “no Governo do PSD”.

Nas declarações aos jornalistas, a porta-voz do PAN indicou que o partido que lidera vai ter “sempre presente” a sua “componente identitária”, no caso de existirem negociações com o futuro governo. “É evidente que o PAN não vai apoiar um Governo que quer promover a tauromaquia no nosso país. O PAN nunca disse que estava disponível para integrar um governo que viole os seus princípios”, salientou.

Durante a visita ao mercado de Pirescoxe, Inês Sousa Real foi ainda interpelada por um outro feirante que propôs uma aplicação para telemóveis para “as pessoas irem votar” em tempos de pandemia. “Então, os infetados vão votar? São pessoas como as outras, têm direito, mas, se há tanta aplicação para tanta coisa, porque não criar uma aplicação”, propôs, avisando logo que a dica era “de graça” e sem “direitos de autor”.

A líder do PAN disse ao feirante acompanhar a “preocupação” da votação de eleitores em isolamento, devido à covid-19, e notou que o partido propôs a realização de “um estudo para o voto eletrónico”, mas a medida “foi rejeitada”. Sousa Real deslocou-se ainda a Amadora para distribuição de propaganda política e contacto com a população, seguindo, depois, de comboio, para Lisboa.

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PS é o “único partido” que “não dá sinais” de entendimento, diz Catarina Martins

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

Catarina Martins acusa o PS de ser “o único partido” da antiga geringonça que “não dá sinais” de entendimento.

A coordenadora bloquista, Catarina Martins, acusou este sábado o PS de ser “o único partido” da antiga geringonça que “não dá sinais” de entendimento, considerando que seria bom perguntar a António Costa sobre soluções para o dia seguinte às eleições.

Catarina Martins arrancou este sábado o sétimo dia de campanha para legislativas de 30 de janeiro com uma visita matinal à Feira da Senhora da Hora, Matosinhos, distrito do Porto, tendo reiterado que o partido não abdica de acabar com os duplos cortes de sustentabilidade em pensões em quem tem mais de 40 anos de carreira contributiva e mais de 60 anos de idade.

Questionada pelos jornalistas sobre se os partidos que estiveram juntos na geringonça não deveriam dar sinais nesta reta final de que se podem entender, a coordenadora do BE devolveu a pergunta ao PS com críticas ao partido liderado por António Costa. “Eu acho que o único partido que não dá sinais é o Partido Socialista e, portanto, talvez seja bom fazer essa pergunta a António Costa, não a mim que tenho respondido com toda a clareza sobre os compromissos e sobre as soluções que o Bloco está aqui para construir no dia a seguir às eleições”, atirou.

A garantia do BE, prosseguiu Catarina Martins, é que “cada voto no Bloco de Esquerda é um voto que vai lutar para trazer justiça às pensões e a quem trabalhou toda a uma vida”.

Em relação a esta proposta das pensões, um dos pontos de pressão entre bloquistas e socialistas, a coordenadora do BE avisou que esta é “uma medida fundamental de que o Bloco de Esquerda não abdica”. “Porque é que o PS quererá manter um regime em que pessoas com os mesmos anos de descontos, umas têm uns cortes que as outras não têm? O que é pode justificar no nosso país um sistema injusto e desigual?”, questionou.

De acordo com as contas do BE, são “42 mil pensionistas entre 2014 e 2018 que tiveram cortes nas pensões que hoje já não existem” e ainda “um em cada 10 pensionistas que hoje se reforma”. “Não perguntem ao Bloco se podemos abdicar dessa exigência básica da democracia que é entre pessoas que trabalharam toda uma vida as regras têm de ser iguais e não pode haver duplos cortes nas pensões”, avisou.

Reiterando a necessidade de pensões justas, Catarina Martins garantiu que “a força do Bloco de Esquerda nas eleições será a garantia de que se vai avançar no que falta fazer para que todas as pessoas que têm mais de 40 anos de carreira contributiva e mais de 60 anos fiquem sem o duplo corte da pensão que é injusto, que não merecem e que não devem ter”.

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Costa diz que questão é entre modelo PS ou PSD e não a da maioria

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"A questão não é saber se há ou não maioria, mas que política nós queremos para o país", disse, acrescentado que há uma "diferença abismal" entre o projeto de futuro do PS e do PSD.

O secretário-geral socialista esteve este sábado em campanha pelas ruas do centro de Leiria, com mensagens dirigidas aos indecisos sobre as diferenças entre PS e PSD nos salários e impostos, secundarizando a questão da maioria absoluta. António Costa afirma ainda que há uma “diferença abismal” entre o projeto de futuro do PS e do PSD.

A questão não é saber se há ou não maioria, mas que política nós queremos para o país, o que desejamos para a nossa vida a seguir às eleições”, declarou António Costa. Numa cidade que já foi um bastião eleitoral do PSD, mas em que a Câmara é agora socialista, António Costa pisou terrenos que conhece bem. O atual secretário-geral do PS foi cabeça de lista por este círculo nas eleições legislativas de 2002, sob a liderança de Ferro Rodrigues.

Ao longo de uma hora, o líder socialista teve sempre ao seu lado o “número um” da lista do PS pelo círculo eleitoral de Leiria, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales — uma das caras mais mediáticas nestes dois últimos anos de luta contra a pandemia.

Acompanhado pela esposa, Fernanda Tadeu, e pelo presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, António Costa entrou num talho e falou ao proprietário que o Orçamento do Estado para 2022, que foi chumbado no Parlamento, prevê o fim do pagamento especial de conta — e essa, apontou, é uma das suas medidas prioritárias.

Em outros espaços comerciais, a mensagem do primeiro-ministro foi a do aumento geral dos salários e a necessidade de promover a subida do poder de compra das famílias, tendo como consequência a subida do consumo. No fim desta ação de rua — em que foi globalmente bem recebido e em que conversou com crianças sobre a sua longa carreira política até chegar ao cargo de primeiro-ministro –, o secretário-geral do PS atirou primeiro ao modelo do PSD do tempo de Pedro Passos Coelho.

“A direita disse sempre que era preciso baixar salários, cortar pensões e aumentar os impostos para que a economia florescesse, mas foi um desastre. Aquilo que permitiu virarmos a página da estagnação e crescermos acima da média da união Europeia foi termos começado a aumentar os salários e a baixar impostos sobre as famílias, devolvendo confiança e esperança às pessoas no futuro”, declarou.

Depois, o secretário-geral do PS visou diretamente o presidente do PSD, afirmando que “o doutor Rui Rio já disse que é contra a subida do salário mínimo nacional e é contra a descida do IRS (talvez só para 2025 ou 2026)”.

O PS quer continuar a salário mínimo nacional, subir os salários médios, e ao mesmo tempo baixar os impostos sobre a classe média, sobre as famílias com filhos e jovens em início de carreira. São diferenças muito grandes entre PS e PSD e que eu acho que justificam que as pessoas pensem bem como votar”, declarou, numa primeira mensagem dirigida aos eleitores ainda indecisos.

A seguir, António Costa reforçou a tese de que “votar ou não votar não é indiferente”. “Não é indiferente votar no PS ou no PSD”, advogou, sem nunca responder diretamente à questão dos jornalistas se ainda aspira a uma maioria absoluta dos socialistas nas eleições de 30 de janeiro.

“Penso que, para muitos eleitores, já são claras as alternativas que existem: O PSD ou o PS, que apresentam propostas muito distintas. Peço às pessoas que ainda estão indecisas que reflitam e decidam qual o sentido do seu voto”, assinalou. “O que dizemos é que os portugueses têm condições para termos um melhor nível de vida, continuando a subir os salários, a baixar os impostos, a criar emprego e a ter empresas mais competitivas”.

Nesta ação de rua, António Costa teve ao seu lado os secretários de Estado Eurico Brilhante e Francisco André, os eurodeputados Pedro Marques e Margarida Marques. A ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus foi cabeça de lista do PS no círculo de Leiria.

Antes de seguir para a Marinha Grande, António Costa resolveu comprar castanhas e uma senhora com uma filha que tinha sido tratada por António Lacerda Sales, médico de profissão. “Não quero dinheiro nenhum por essas castanhas. A minha filha foi muito bem tratada pelo doutor Sales”, afirmou a senhora. Costa ficou depois com um volumoso pacote de castanhas assadas na mão. Tentou acabar com ele rapidamente com a ajuda dos jornalistas, alegou até que tinha álcool gel para facilitar a limpeza das mãos, mas não teve sucesso. Partiu para a Marinha Grande ainda com as castanhas na mão.

Costa diz que há “diferença abismal” entre projeto de futuro do PS e PSD

O secretário-geral do PS defendeu este sábado que há uma “diferença abismal” entre a proposta de futuro que tem para o país e a do PSD, acusando os sociais-democratas de quererem “repetir o mesmo erro das políticas da austeridade”.

Falando aos jornalistas, António Costa acusou o PSD ser “contra a subida do salário mínimo nacional, quanto mais dos outros”, e de recusar a “descida do IRS ao longo dos próximos anos”, só a admitindo “como mera possibilidade a partir de 2025 e 2026”. “Isto é, no fundo, quererem repetir o mesmo erro das políticas da austeridade, que é não compreenderem que é a melhoria geral dos rendimentos que permite ajudar a dinamizar a economia, mas que ajuda sobretudo as empresas que hoje precisam como nunca de talento qualificado, de recursos humanos qualificados”, frisou.

O também primeiro-ministro frisou que, face ao “elevadíssimo número de pessoas que estão indecisas”, é “fundamental” que a sociedade se concentre “naquilo que efetivamente cada partido propõe para se poder escolher”.

Nesse sentido, António Costa frisou que há uma “diferença abismal” entre os projetos de futuro dos dois maiores partidos, sublinhando que o PS apoia a “melhoria dos rendimentos, da dinamização da economia, de modernização do país, de progresso geral”, enquanto o PSD diz que só “lá para 2025, 2026 é que começará a pensar na economia das pessoas, no que tem a ver com o rendimento das pessoas”.

À semelhança do que tem feito durante a campanha, António Costa reiterou que, além do programa eleitoral e da “estratégia de visão para o futuro”, o PS tem também a proposta de Orçamento do Estado, chumbado pela Assembleia da República, prestes a ser implementada, que oferece “soluções e resultados práticos na vida das pessoas” e impede que o país fique condenado “meses a fio a viver em duodécimos”.

“Não são coisas vagas, são decisões concretas que os portugueses vão ser chamados a tomar no próximo domingo. Porque a decisão é a seguinte: se votarem no PS, sabem que é assim e já em 2022, se votarem no PSD sabem que em 2022 não será assim, não será assim em 2023, não será assim em 2024, e depois logo se verá em 2025”, frisou.

Costa considerou que, no dia das eleições, os portugueses vão também decidir “em função daquilo que é a experiência da confiança que cada um merece”, frisando que o seu partido tem “créditos”.

Nós virámos a página da austeridade, virámos a página da estagnação, nós temos sabido liderar o país nesta luta titânica que todos enfrentamos para combater esta pandemia”, afirmou, ladeado pelo cabeça de lista do PS pelo círculo de Leiria, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que disse ser “um bom exemplo” de um “rosto que todos os portugueses conhecem de quem tem estado na linha da frente no combate” à pandemia.

O secretário-geral socialista reiterou que, “depois de dois anos de uma crise tão profunda”, o país “não pode perder tempo, as pessoas precisam de começar já a melhorar e a ter melhorias sensíveis no rendimento para ajudar a puxar pela economia”.

Costa afirmou que, graças às políticas adotadas pelo seu Governo, o país encontra-se neste momento, relativamente ao período anterior à pandemia, “a exportar mais”, tem uma taxa de “desemprego inferior” e está “outra vez a crescer acima da média europeia”. “Mas isto é como a bicicleta: se para, a bicicleta para e nós caímos. Portanto, a bicicleta não pode parar, é preciso continuar a andar e por isso é que o nosso lema é ‘continuar a avançar’, porque é preciso e é possível melhorar desde já as condições de vida dos portugueses”, frisou.

O secretário-geral socialista concluiu referindo que Portugal faz parte da uma “União Europeia e toda a União Europeia tem as suas políticas alinhadas neste sentido”. “E é neste sentido que nós temos que avançar, que é para não ficarmos para trás”, frisou.

(Notícia atualizada às 14h26 com mais informação)

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Fundo alemão compra residência de estudantes em Carcavelos por 15,5 milhões

Milestone Carcavelos Lombos foi vendida pela austríaca Value One Holding ao fundo alemão Catella. Concessão vai durar 99 anos.

O fundo alemão Catella é o novo dono da Milestone Carcavelos Lombos, uma residência de estudantes localizada em Carcavelos, no concelho de Cascais. A notícia foi avançada pelos próprios compradores, que adiantaram que a operação foi fechada com a austríaca Value One Holding, antiga proprietária, por 15,5 milhões de euros. Os novos donos vão ficar com a concessão da residência durante 99 anos.

Junto à praia, no bairro dos Lombos, está a residência estudantil Milestone Carcavelos Lombos, construída em 2020. O imóvel, localizado a poucos minutos a pé da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), tem uma área de 6.622 metros quadrados e 192 quartos individuais, com cerca de 20 metros quadrados cada um. A residência tem ainda um ginásio, terraço, salas de estudo, de música e de lazer, e estacionamento.

Milestone Carcavelos Lombos foi vendida aos alemães da Catella.Milestone

Foi construída pela austríaca Value One e passou agora para as mãos da alemã Catella. Em comunicado enviado esta sexta-feira, os novos donos informam que a operação foi fechada por 15,5 milhões de euros através do fundo Catella European Residential (CER).

“Esta operação é um marco para a CER, o primeiro investimento no veículo em Portugal”, uma vez que representa a “primeira compra em Portugal”, afirmam os novos donos. “Além disso, é também uma operação importante para a Catella AM Iberia, uma vez que é o nosso primeiro ativo sob gestão em Portugal e a terceira residência estudantil do portefólio sob gestão”, diz Eduardo Guardiola, Managing Partner da Catella AM Iberia.

Para o responsável da Catella, citado em comunicado, o mercado imobiliário português “apresenta oportunidades interessantes em residências de estudantes, residenciais com rendas acessíveis e escritórios“. Mercados esses “muito diferentes em termos de maturidade e dimensão, mas todos interessantes de formas diferentes”.

A Milestone tem sede em Viena, na Áustria, e pertence ao Value One Group, um promotor imobiliário e operador de residências estudantis. Atualmente, conta com 4.627 quartos para estudantes em desenvolvimento e gestão na Áustria, Portugal, Alemanha, Holanda, Polónia e Itália. Em território nacional, a Milestone estreou-se em 2018 com a residência do Campus da Nova SBE, em Carcavelos, seguindo-se um polo na Asprela, no Porto.

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Roupa sustentável tingida com bagaço de azeitona? É possível e já acontece no Porto

  • Capital Verde
  • 22 Janeiro 2022

Chama-se “Fábrica do Azeite” e lançou uma linha de roupa sustentável tingida com bagaço de azeitona. A fábrica encontra-se no Porto e está aberta a visitantes.

O que é que azeite e peças de vestuário podem ter em comum? Muito mais do que imagina. Prova disso é a iniciativa desenvolvida pela “Fábrica do Azeite”, um espaço localizado no Porto, que se dedica à produção de azeite de Trás-os-Montes e Alto-Douro, e que agora também desenvolveu uma linha de vestuário 100% biológica e sustentável.

Esta linha de roupa amiga do ambiente nasceu depois de o olival que “alimenta” a produção de azeite da fábrica ter começado a acumular bagaço de azeitona, que foi então escoado para a indústria têxtil, para colorir roupa com técnicas mais naturais e matérias-primas orgânicas, livres de compostos sintéticos e/ou químicos.

Este subproduto resulta da transformação do fruto das oliveiras da Quinta do Prado (em Vila Flor), berço do azeite Acushla. E o primeiro passo no seu aproveitamento está a ser dado, para já, dentro do próprio grupo empresarial têxtil Tetribérica, que também é detentor da marca olivícola.

Começaram pelas coleções da marca Barrio Santo, uma insígnia de roupa confortável — sportswear e fitness wear — feita com matérias-primas sustentáveis (cerca de 85% da produção têxtil do grupo usa materiais ecológicos).

“O que é um desperdício para uns, é, para outros, como nós, uma matéria-prima que dá expressão a uma outra forma de estar e de fazer, a pensar na sustentabilidade do planeta”, explica Joaquim Moreira, o empresário que está por trás de tudo – da Fábrica do Azeite, da marca Acushla e da Tetribérica.

Além de ser pioneira na criação de um pronto-a-vestir dentro de um produtor de azeite, a “Fábrica do Azeite” tem, ainda, as suas portas abertas aos visitantes que queiram provar o azeite acabado de ser extraído do seu lagar.

Esta extração ocorre todos os dias, entre as 16 horas e as 17 horas, altura em que o lagar processa as azeitonas da Quinta do Prado. No entanto, trata-se de uma experiência sazonal, uma vez que acompanha o período da apanha da azeitona, normalmente de setembro a dezembro.

Fora de campanha, as provas podem ser feitas com azeite engarrafado, sobretudo com o azeite biológico Acushla virgem extra, e podem ser acompanhadas do tradicional pão biológico e azeitonas de muitas variedades – cobrançosa, madural, verdeal e cordovil – e, ainda, com algumas “tapas” criadas para o efeito.

Para experimentar estas iguarias e ver a linha de vestuário sustentável, os interessados apenas têm de se dirigir ao nº 73 da Rua Ferreira Borges, no coração da baixa do Porto, local onde se localiza a “Fábrica do Azeite”.

 

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“Quem quer uma maioria absoluta” não deve “desmerecer a única que o PS teve”, diz Sócrates

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

Antigo primeiro-ministro disse que “quem quer uma maioria absoluta" não deve "desmerecer a única que o PS teve na sua história", referindo-se a António Costa.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates disse esta sexta-feira que “quem quer uma maioria absoluta talvez devesse começar por não desmerecer a única que o PS teve na sua história”, referindo-se a sua eleição em 2005 e alertando António Costa.

Em entrevista à CNN Portugal, conduzida pelo jornalista Júlio Magalhães, o ex-primeiro-ministro socialista afirmou que “não quer entrar na campanha”, dizendo apenas estar ao lado todos aqueles que fizeram a seu lado “política durante os últimos 40 anos”.

“Eu filiei-me nessa família política e tenho muitos amigos que são candidatos a deputados, os meus principais amigos. Os meus companheiros de muitos anos estão neste momento em campanha eleitoral e não quero dizer nada que possa ferir a sensibilidade deles”, salientou.

Considerando “as maiorias absolutas muito difíceis”, José Sócrates, que já não pertence ao PS, deixou ainda implícito na entrevista que irá votar em António Costa nas eleições legislativas agendadas para 30 de janeiro. “Eu não sou do PS, eu não pertenço ao PS, mas sou socialista […]. […] Vou para isso? Sim. Eu gostava que os meus amigos tivessem sucesso”, garantiu.

Costa diz que não viu entrevista e não responde a críticas

O secretário-geral do PS afirmou este sábado, por várias vezes aos jornalistas, que não viu a entrevista televisiva concedida pelo antigo líder socialista José Sócrates na sexta-feira, onde este afirmou que, “quem quer maioria absoluta, talvez devesse começar por não desmerecer a única que o PS teve”, referindo-se indiretamente a António Costa.

No final de uma ação de rua em Leiria, confrontado com esta declaração de José Sócrates, o atual secretário-geral do PS e primeiro-ministro não fez qualquer comentário, limitando-se a dizer por três vezes: “Não tive a oportunidade de ver”.

Já quando um jornalista perguntou a António Costa se José Sócrates é “um ativo tóxico”, o líder socialista reagiu, contrapondo: “Tóxico é não votarmos nas eleições legislativas”. “O que é tóxico é não acreditarmos numa política de valorização do rendimento das famílias, seja por aumento de salários, ou por redução dos impostos”, declarou.

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