Mais de 315 mil eleitores podem votar hoje em mobilidade

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2022

Há mais 315 mil eleitores inscritos no voto em modalidade, um número que ficou abaixo das expectativas do Governo, que preparou tudo para cerca de um milhão de pessoas.

Mais de 315 mil eleitores que se inscreveram para votar antecipadamente para as legislativas podem fazer este domingo as suas escolhas, com as autoridades de saúde a recomendar cuidados como usar máscara cirúrgica e usar a própria caneta.

A utilização de máscara cirúrgica ou máscara FFP2, a desinfeção das mãos, manter o “afastamento recomendado” enquanto se aguarda a vez de votar e usar uma caneta própria para votar são algumas das medidas recomendadas pela da Direção-Geral de Saúde para evitar o contágio pelo SARS-CoV-2.

Entre o passado domingo e quinta-feira, os eleitores recenseados no território nacional puderam inscrever-se para votar antecipadamente numa mesa de voto à sua escolha, no continente ou nas Regiões Autónomas, exercendo o seu direito uma semana antes do dia da eleição, 30 de janeiro. Independentemente do local em que deposita o seu voto, este contará sempre para o círculo onde o eleitor está recenseado.

Depois de se identificar perante o presidente da mesa, o eleitor recebe um boletim de voto e dois envelopes, um branco e um azul. O boletim é colocado no envelope branco e este no envelope azul, que é selado com uma vinheta de segurança. O eleitor recebe um duplicado da vinheta colocada no envelope azul, que serve de comprovativo do exercício do direito de voto.

De acordo com dados do Ministério da Administração Interna (MAI), inscreveram-se mais de 315 mil eleitores nesta modalidade, um número que ficou abaixo das expectativas do Governo, que desenhou uma logística para que cerca de um milhão de portugueses pudesse votar este domingo. Quem se inscreveu e não puder votar poderá ainda fazê-lo no dia 30.

Nas anteriores legislativas, em 2019, mais de 50.000 eleitores votaram antecipadamente, uma semana antes das eleições, enquanto nas presidenciais de 2021, já durante a pandemia, 197.903 portugueses exerceram o seu direito uma semana antes da data do ato eleitoral. Mais de dez milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro constam dos cadernos eleitorais para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.

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Costa afirma que “estão criadas todas as condições” de segurança para o voto

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2022

"Estão criadas todas as condições para que todos possam votar em segurança", disse António Costa, que votou esta manhã de domingo, antecipadamente, no Porto.

O secretário-geral do PS votou este domingo antecipadamente em mobilidade no Porto e defendeu que estão criadas todas as condições de segurança para o exercício do direito de voto pelos eleitores nas legislativas do próximo domingo.

António Costa votou esta manhã no Pavilhão Rosa Mota, onde foi recebido à chegada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira. Sem qualquer fila na sua mesa, o líder socialista votou poucos minutos depois para o círculo eleitoral de Lisboa, pelo qual é cabeça de lista do PS. Em declarações aos jornalistas, fez “um apelo geral a todos aqueles que estão inscritos para poder votar antecipadamente em mobilidade o possam fazer hoje”.

“E todos aqueles que não se inscreveram para votar antecipadamente o façam no dia 30. O voto é o momento mais importante da democracia – um momento único onde só os cidadãos decidem qual o resultado das eleições e o que querem para o seu futuro, escolhendo quem são os seus representantes”, disse.

A seguir, disse que “estão criadas todas as condições para que todos possam votar em segurança”. “Estão também criadas as condições de seguranças para as pessoas que, infelizmente, se encontrem em situação de isolamento no dia 30 possam também exercer o seu direito ao voto”, salientou.

António Costa deixou ainda um “agradecimento especial às pessoas em todo o país que hoje estão a assegurar o funcionamento das assembleias de voto”. Depois, congratulou-se “com a modernização introduzida no sistema eleitoral com esta possibilidade de voto em mobilidade, que é uma forma de combater a abstenção”.

Esperemos que um dia o voto antecipado em mobilidade possa ser exercido no próprio dia das eleições, mas, para já, este é um avanço muito importante. Para mim, foi uma enorme honra ter este privilégio de vir votar ao Porto, contando o meu voto no círculo eleitoral de Lisboa”, acrescentou.

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Quanto vale o seu voto nestas eleições legislativas? 12,88 euros<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Janeiro 2022

Face à subida do IAS este ano, as subvenções públicas destinadas aos partidos políticos também aumentam. No total, cada voto nestas legislativas vale quase 13 euros.

O voto em eleições legislativas, além de definir a composição da Assembleia da República, influencia o montante das subvenções que cada partido político recebe do Estado, quer para o financiamento dos próprios partidos, quer para as campanhas eleitorais. Nas legislativas antecipadas de 30 de janeiro, cada voto vai materializar-se em quase 13 euros para os partidos.Tal como acontece com outros apoios estatais, o valor a atribuir em subvenções públicas aos partidos depende diretamente do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que este ano foi atualizado para 443,2 euros, um aumento que se deve à taxa de inflação registada até novembro passado. A subvenção pública anual é atribuída aos partidos que angariarem, pelo menos, 50 mil votos, mesmo que não consigam eleger um deputado. Consiste num

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PSD passa à frente do PS com 34,5% das intenções de voto, segundo a sondagem da Pitagórica

  • ECO
  • 22 Janeiro 2022

A distância entre socialistas e sociais-democratas foi encurtando nos últimos dias e, de acordo com a sondagem diária da TVI/CNN, o PSD segue agora à frente do PS, separados por um ponto percentual.

Há vários dias que a distância entre socialistas e sociais-democratas nas intenções vinha a encurtar e, agora, parece que o cenário mudou mesmo. De acordo com a mais recente sondagem da Pitagórica para a TVI/CNN Portugal, o PSD (34,5%) conseguiu mesmo ultrapassar o PS (33,5%). As duas maiores forças políticas estão, assim, separadas por um ponto.

A sondagem anterior da Pitagórica, conhecida na passada sexta-feira, indicava 34,6% das intenções de voto para António Costa e 33,5% para Rui Rio. Mas os dados mais recentes inverteram o cenário. O PSD conseguiu ultrapassar o PS, reunindo, assim, 34,5% das intenções de voto, enquanto os socialistas ficam apenas com 33,5%. É uma diferença de um ponto percentual entre os dois partidos.

Como terceira força política aparece o Chega, com 6,5% das intenções de voto. Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal aparecem na quarta posição, ambos com 5,7% das intenções de voto. Atrás aparece a CDU (PCP/PEV) com 4,7%, o PAN (1,6%), o Livre (1,2%) e, por fim, o CDS (0,8%).

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Vacinados ou não vacinados? Esta foi a evolução dos óbitos de Covid no final de 2021

Nos últimos meses de 2021, registou-se um aumento na proporção de pessoas que não tinham vacinação completa entre os óbitos, segundo os dados da DGS e INSA.

A introdução das vacinas trouxe um novo paradigma para a situação pandémica vivida em Portugal, ajudando a controlar as hospitalizações e óbitos devido ao vírus. Segundo os dados disponíveis das autoridades de saúde, o risco de morte para quem fica infetado é menor para as pessoas com vacina, sendo que nos últimos meses de 2021 registou-se um aumento na proporção de pessoas que não tinham vacinação completa entre os óbitos.

Este indicador começou a ser disponibilizado em agosto, no relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) com a monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19 em agosto do ano passado. Nesse mês, ocorreram 96 óbitos (50%) em pessoas com um esquema vacinal completo contra a Covid-19, 63 óbitos (40%) em pessoas não vacinadas e 18 óbitos (10%) em pessoas com vacinação incompleta.

No entanto, o relatório já alertava que “a população mais vulnerável encontra-se quase totalmente vacinada, pelo que é esperado que a proporção de casos com esquema vacinal completo no total de óbitos aumente”. Já o risco de morte, medido através da letalidade por estado vacinal, era “três a sete vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas”.

De facto, em setembro registaram-se 126 óbitos (58%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 13 óbitos (6%) em pessoas com vacinação incompleta e 78 óbitos (36%) em pessoas não vacinadas. Em outubro a proporção voltou a aumentar, tendo-se observado 132 óbitos (80%) em pessoas com esquema vacinal completo e 33 óbitos (20%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

Fonte: relatório da DGS e INSA. Informação à data de 21 de janeiro

Mas a partir daí a tendência começou a inverter-se, o que coincidiu com a altura em que se começou a administrar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 no país. No mês de novembro, ocorreram 195 óbitos (65%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 10 (3%) óbitos em pessoas com dose de reforço e 95 óbitos (32%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

É de sinalizar também que em novembro surgiu a variante Ómicron em Portugal, que fez disparar os contágios por ser mais transmissível. Apesar de apresentar sinais de ser menos severa em termos da doença que causa, continua a provocar hospitalizações e mortes.

Já em dezembro, os últimos dados disponíveis (que foram corrigidos pela DGS), registaram-se 247 óbitos (50%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 38 (8%) óbitos em pessoas com dose de reforço e 208 óbitos (42%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

O relatório indicava também que “o risco de morte para os casos diagnosticados em dezembro, medido através da letalidade, por estado vacinal, foi três a seis vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto”.

Nesta contabilização da DGS e do INSA, consideraram-se como pessoas com vacinação incompleta aquelas que ainda não tinham completado o esquema vacinal recomendado ou tinham-no completado há menos de 14 dias (conforme os critérios da Norma 002/2021 da DGS). Foram consideradas pessoas com esquema vacinal completo as que o completaram há mais de 14 dias.

Já no que diz respeito aos internamentos por estado vacinal, o relatório não contempla os números exatos, adiantando apenas o risco: “Os casos com esquema vacinal completo parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente duas a cinco vezes inferior aos casos não vacinados”, indica o relatório. Foi também medida a diferença com o reforço, sendo que o risco de internamento para quem tem dose de reforço é metade daquele para quem tem vacinação completa.

O secretário de Estado da Saúde já chegou a apontar, no início deste mês, que quase 90% dos doentes com Covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos portuguesas não estavam vacinados. No entanto, numa entrevista algumas horas depois, acabou por dizer que o número “diverge de instituição para instituição”, salientando que fez a estimativa a partir de “conversas” que tem “com colegas das unidades de cuidados intensivos”.

(Notícia atualizada pela última vez a 23 de janeiro após DGS corrigir números referentes ao estado vacinal dos óbitos em dezembro)

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EUA negoceiam fornecimento de gás com o Qatar e enviam ajuda militar à Ucrânia

Washington iniciou conversações com o Qatar, o maior exportador mundial de gás natural, opara encontrar "soluções" para o fornecimento de gás a longo prazo.

Os Estados Unidos estão em conversações com o Qatar e outros grandes exportadores de gás para planear medidas de contingência caso a Rússia invada a Ucrânia, interrompendo o fornecimento de gás para a Europa. De acordo com o Financial Times (conteúdo em inglês, acesso pago), as negociações estão focadas em garantir cargas adicionais de gás natural liquefeito por via marítima.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está a preocupar o mundo. As tensões entre o Ocidente e Moscovo intensificaram-se quando Vladimir Putin enviou cerca de 100 mil soldados para a fronteira ucraniana, em antecipação a uma invasão. A Rússia nega, mas não convenceu. Aumentaram, assim, os receios de que este conflito provoque uma quebra ainda maior no fornecimento de gás para a Europa, numa altura em que os preços dispararam.

Depois de as conversações com a Rússia terem tido efeitos quase nulos, os Estados Unidos procuraram alternativas. De acordo com uma fonte citada pelo FT, Washington iniciou conversações com o Qatar, o maior exportador mundial de gás natural, o Reino Unido e outros países europeus para encontrar “soluções” para o fornecimento de gás a longo prazo.

“Estamos a analisar o que pode ser feito antecipadamente, especialmente a meio do inverno, com stocks muito baixos de [gás natural europeu] armazenados”, disse um membro do Governo norte-americano. “Discutimos o que pode ser movimentado no mercado, o que pode ajudar e o que podemos preparar agora, se e quando houver uma crise crescente”. A maior parte do gás natural do Qatar é enviada para a Ásia.

Fatih Birol, responsável da Agência Internacional de Energia (AIE), citado pela FT, afirmou na semana passada que a Rússia estava a estrangular o fornecimento de gás para a Europa. Isto porque a Ucrânia funciona como a porta de entrada do gás russo na Europa.

A ajuda militar dos Estados Unidos para ajudar a Ucrânia a defender-se contra uma possível invasão da Rússia começou a chegar na noite desta sexta-feira, anunciou a embaixada americana em Kiev, no Twitter. O material “inclui cerca de 200 mil libras de ajuda letal, incluindo munição para os defensores da linha de frente da Ucrânia”.

“A remessa — e 2,7 mil milhões de dólares desde 2014 — demonstra o compromisso dos Estados Unidos em ajudar a Ucrânia a reforçar as suas defesas perante a crescente ameaça russa“, lê-se em outro tweet.

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Rio e Montenegro lado a lado em campanha e confiantes na vitória do PSD

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"O PSD está muito unido e coeso no propósito de vencer as eleições e dar a Portugal um Governo novo", afirmou Luís Montenegro, ex-candidato à liderança do PSD.

O presidente do PSD e o ex-candidato à liderança, Luís Montenegro, fizeram este sábado campanha lado a lado, em Santa Maria da Feira (Aveiro), e ambos manifestaram confiança na vitória do partido nas eleições antecipadas de 30 de janeiro.

“É obviamente importante o facto de o PSD estar unido para conseguir ganhar as eleições”, afirmou Rui Rio, no final de uma iniciativa de campanha, que consistiu na descida de uma rua do centro de Santa Maria da Feira, ao som de bombos e com muita confusão.

O líder do PSD salientou que “outras pessoas” que não estiveram ao seu lado em disputas internas também têm aparecido e, questionado se foi ele quem convidou Montenegro, disse que já nem sabia como tinha sido o processo. “Foi uma questão de marcar a melhor altura”, disse.

Luís Montenegro, que além da Feira irá a Espinho, onde vive, assegurou que “iria aonde quer que fosse”. “O PSD está muito unido e coeso no propósito de vencer as eleições e dar a Portugal um Governo novo”, afirmou.

Questionado se voltará a ser oposição em caso de derrota do PSD — pergunta que motivou risos em Rui Rio –, Montenegro remeteu a pergunta para o campo socialista. “O PSD vai ganhar as eleições, essa pergunta tem de ser colocada ao dr. Pedro Nuno Santos, à dra. Ana Catarina Mendes, ao dr. Fernando Medina, eles é que vão ter um problema de sucessão”, afirmou.

À pergunta se está disponível para integrar um Governo liderado por Rui Rio, o ex-líder parlamentar respondeu: “Vamos primeiro ganhar as eleições, do Governo depois tratará o primeiro-ministro”.

Desafiado a responder se conta com Luís Montenegro no futuro do PSD, Rio respondeu positivamente. “Está visto que sim, ele está aqui, é porque posso contar com ele. Eu não, o partido como um todo”, afirmou.

Luís Montenegro disputou a liderança do PSD em 2020, tendo forçado Rui Rio a uma inédita segunda volta, que o atual presidente do partido venceu com 53% dos votos. Nas legislativas de 2019, em Aveiro, o PSD perdeu a eleição para o PS, com os sociais-democratas a elegerem seis deputados e os socialistas sete (além de dois do BE e um do CDS-PP.

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Cotrim Figueiredo procurou mochila para carregar peso de mudar o país

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"É muito pesada a responsabilidade de mudar Portugal", disse o líder do Iniciativa Liberal, de visita a uma feira, onde procurou uma mochila para carregar o peso de "mudar" o país.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) andou este sábado pela feira do Monte Abraão, em Sintra, à procura de uma mochila para carregar a “responsabilidade de mudar Portugal”, mas não encontrou nem o tamanho, nem a cor pretendida.

“É muito pesada a responsabilidade de mudar Portugal”, comentou João Cotrim Figueiredo, dizendo que a mochila que usa atualmente está “por um fio”, tal como o país, e a necessitar de ser substituída, assim como o Governo. Contudo, até 30 de janeiro, o liberal tem esperança de encontrar uma mochila adequada que aguente também com as 600 páginas do seu programa eleitoral e as muitas medidas propostas para mudar o país.

Além das mochilas, Cotrim Figueiredo virou a sua atenção para as tendas onde se vendiam malas e pastas, mas também aí não conseguiu encontrar e comprar nada que lhe agradasse. “Não havia malas, nem pastas, mas não estou nada preocupado com isso”, sublinhou, entre sorrisos e numa clara alusão à possibilidade de assumir determinada pasta em caso de integrar um Governo de direita.

Para, logo de seguida, dizer que após as eleições legislativas vai discutir políticas e, só depois, ver o “tamanho e cor” da mala a comprar. E, enquanto ia percorrendo o recinto da feira e tirando selfies, o presidente da IL garantiu que não irá viabilizar um Governo do PS, PCP, BE ou Chega.

Falando que a sua posição é, neste aspeto, “claríssima”, o liberal teve a oportunidade de comprar um “relógio anti-Chega”, isto segundo o feirante, mas optou por não o fazer por já ter muitos. “Não puxe por mim”, pediu o liberal que, pelo caminho, se cruzou com uma comitiva do PSD onde, além de abraços, houve votos de boa sorte de ambas as partes.

A comitiva da IL, sem fazer concorrência aos demais feirantes, ia “vendendo o seu produto” e apregoando que com eles “é tudo a 15% de IRS”.

A meio do percurso, João Cotrim Figueiredo foi interpelado por uma senhora que, mais do que o IRS, estava preocupada com o estado da saúde em Portugal, nomeadamente com o facto de estar sem médico de família há oito anos. “Consegue fazer algo? É que para ter consulta tenho de ir para a porta do centro de saúde à 01:00”, frisou.

O presidente liberal garantiu que a saúde é uma das suas bandeiras, estando empenhado em reformar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e acabar com situações semelhantes. Apesar dos gritos “dia 30 Portugal é liberal” que assinalavam a presença da comitiva, Cotrim Figueiredo conseguiu ouvir um feirante dizer “este é dos bons, que eu sei, gosto de o ouvir falar” e, na abordagem, perguntou se tal afirmação era suficiente para contar com o seu voto.

Aproveitando a atenção do dirigente liberal, o feirante aproveitou para queixar-se do preço a pagar pela ocupação do espaço, algo partilhado por outros. “Fomos os primeiros a ir para casa, por isso, o que peço é que se lembre de nós no futuro e não apenas nas campanhas”, vincou uma comerciante de azeite. Cotrim Figueiredo sublinhou que costuma ir às feiras, não só em período de campanha política, porque gosta daquele “clima de confusão organizada” de pessoas a fazer pela vida.

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Da pensão mínima de 705 euros ao défice zero. O programa económico do Chega

O partido liderado por André Ventura propõe que haja um valor mínimo para as pensões equivalente ao salário mínimo e defende uma política orçamental de défice zero.

O país vai a votos no dia 30 de janeiro. Até lá, todos os dias, vamos analisar à lupa os temas económicos dos programas eleitorais dos partidos com representação parlamentar. Os salários, os impostos, as prestações sociais, as pensões, as carreiras, as regras laborais e os apoios às empresas. Afinal, o que querem os partidos para a economia.

Assume-se como um partido “liberal” na economia e contra os “socialismos”, mas também tem medidas que aumentariam a despesa do Estado como a criação de uma reforma mínima garantida equivalente ao salário mínimo nacional (705 euros). As medidas económicas estão a cargo de Pedro Arroja, economista conhecido pelo seu comentário no Porto Canal, que é o ministro das Finanças “sombra” do Chega.

O partido acredita, segundo o seu programa político, que o mercado “promove melhor a economia do que o Estado” e defende Adam Smith. “O ideal da mão invisível representa a defesa do mercado livre de ideias tão fundamental à autorregulação da sociedade, quanto o mercado livre de bens e serviços é fundamental à autorregulação da economia”, lê-se.

No programa eleitoral, o Chega começa por atacar aquilo diz serem os “vícios económicos e financeiros dos governantes que empobrecem os portugueses”. “O esgotamento das classes médias e baixas, dos que trabalham e cumprem, dos portugueses-de-bem, é consequência do uso e abuso da atribuição de benefícios sociais, subsídios e demais vantagens a uns a troco de benefícios eleitorais ou materiais, que se traduzem sempre em encargos suplementares para outros revertidos no agravamento de impostos, burocracia, quebra de rendimentos”, relata.

O que fará de diferente? O partido diz que “governará segundo os princípios utilizados no governo das nossas famílias” e que “tornará o Estado uma pessoa de bem, tratando os cidadãos como ele mesmo exige ser tratado, designadamente no cumprimento escrupuloso de contratos e prazos de pagamento“.

Uma das medidas concretas que se propõe a implementar é a criação de um valor mínimo para a reforma garantida de igual valor ao salário mínimo (705 euros em 2022). Porém, ao mesmo tempo, defende “a transição progressiva para um sistema contributivo que, para ser sustentável, deve assentar, sobretudo, na capitalização e administração individual das poupanças”.

Défice zero e pagar a dívida pública

Em termos de finanças públicas, Ventura garante que “terá como objetivo económico principal começar a pagar a dívida pública portuguesa” e, para o fazer, assegura que não terá qualquer défice orçamental: “As despesas do Estado nunca serão superiores às receitas, salvo em circunstâncias excecionais“.

Do lado da receita, o partido promete reduzir os impostos diretos, nomeadamente o IRS e o IRC, para estimular o crescimento económico. No caso do IRS, o Chega continua a defender a taxa única de IRS com um “patamar de isenção”, retirando a progressividade que existe atualmente no imposto sobre o rendimento.

Do lado da despesa pública, a meta é diminuir o peso face ao PIB, reduzindo-a mais do que a proporção em que baixará os impostos. O partido não revela exatamente onde cortará, mas define os seus princípios de execução orçamental. Fará uma hierarquização das prioridades, procurará a “solução mais económica” para o Estado, seja do setor público, privado ou social, e irá aplicar “o princípio do orçamento de base zero, escrutinando cada despesa do Estado, em cada ano, como se fosse a primeira vez”.

Jovens e produção nacional

Aos jovens, o Chega promete a atribuição de benefícios fiscais nos primeiros anos de inserção dos jovens no mercado laboral, bem como a empresas que contratem, sem termo certo, jovens que tenham emigrado há, pelo menos, dois anos para “combater a precariedade laboral e o recurso abusivo a estágios”. Além disso, quer um reajustamento ao Porta 65 para o alinhar com os preços do mercado de rendas. E propõe uma maior facilidade do acesso jovem ao crédito à habitação, sem concretizar de que forma.

Assumindo-se como um partido nacionalista, o Chega afirma ainda que “patrocinará uma envolvente institucional que incentive a preferência na aquisição de produtos locais e nacionais (‘compre português’) para aumentar a resiliência local e nacional, incluindo ao flagelo dos incêndios florestais”.

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Portugal regista mais 43 mortes e 58.131 casos de Covid

  • ECO
  • 22 Janeiro 2022

Desde o início da pandemia, o país soma mais de 2,18 milhões de casos. Até ao momento, contam-se 1,7 milhões de pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 58.131 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 2,18 milhões o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim deste sábado indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 43 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.539 óbitos desde a chegada do coronavírus ao país.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 2.027 (-17) pessoas estão internadas em unidades hospitalares, das quais 154 (-8) estão nos cuidados intensivos. Há mais de 452 mil sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

O número de recuperados está, atualmente, nos 1.701.896, mais 26.160 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 454.821 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 22 de janeiro

A região do Norte foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 58.131 novos casos registados em todo o país, 25.255 foram nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 17.165.

(Notícia atualizada às 14h38 com mais informação)

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Rival de Angela Merkel foi eleito presidente do partido conservador alemão

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

Os cerca de 980 delegados da União Democrata Cristã (CDU) votaram por quase 95% a favor de Merz, deputado de 66 anos e candidato único ao lugar de presidente do partido.

Os conservadores alemães da CDU elegeram este sábado Friedrich Merz, antigo rival da ex-chanceler Angela Merkel, como novo presidente, com a tarefa de restaurar um partido dividido desde a derrota nas recentes eleições legislativas.

Os cerca de 980 delegados da União Democrata Cristã (CDU) — reunidos em Congresso por videoconferência devido à pandemia — votaram por quase 95% a favor de Merz, deputado de 66 anos e candidato único ao lugar de presidente do partido. Friedrich Merz — que tentou sem sucesso assumir o cargo por duas vezes nos últimos anos — disse ter ficado “profundamente comovido” com a sua escolha.

Defendendo um regresso à linha conservadora tradicional do partido, após os anos de um posicionamento mais ao centro protagonizado pela ex-chanceler de Angela Merkel, Merz terá de relançar um partido que mergulhou numa profunda crise após a derrota nas eleições legislativas de 26 de setembro. O fraco desempenho eleitoral levou Armin Laschet, o líder cessante e candidato derrotado, a colocar o seu lugar em disputa.

Hoje, Merz pediu ao partido para cerrar fileiras à volta da sua liderança. “Temos de ser uma oposição forte”, disse o novo presidente da CDU, referindo-se ainda à necessidade de obter bons resultados nas várias eleições regionais previstas para este ano no país.

Após 16 anos à frente do Governo na Alemanha, a CDU deu início a uma “travessia do deserto” político, na oposição ao Governo de coligação liderada pelos social-democratas do chanceler Olaf Scholz ao lado dos ecologistas e do partido liberal.

O novo líder dos conservadores atacou Scholz, a quem acusou de inação tanto no debate sobre a vacinação obrigatória contra a covid-19 como na discussão sobre a crise nas fronteiras da Ucrânia. Embora não tenha atacado frontalmente a ex-chanceler Angela Merkel, Merz não esconde o seu desejo de romper com a sua herança política.

A rivalidade entre Merkel e Merz remonta ao início dos anos 2000, quando a então presidente da CDU o demitiu do cargo de presidente do grupo parlamentar do partido. Em 2009, Merz retirou-se completamente da vida política e envolveu-se no mundo das finanças, onde fez fortuna. Dono de dois aviões — um dos quais ele próprio pilota — renunciou no ano passado às suas funções na empresa que liderava, a Blackrock, uma das maiores gestoras de ativos financeiros do mundo.

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João Oliveira disponível para voltar a ser líder parlamentar do PCP

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2022

"Não há, desse ponto de vista, alteração nenhuma da minha disponibilidade", disse João Oliveira, mostrando-se disponível para voltar a ser líder parlamentar do PCP.

O dirigente comunista João Oliveira está disponível para voltar a ser o líder parlamentar do PCP na próxima legislatura, cargo que ocupa desde 2013, mas revelou que esse assunto apenas vai ser debatido após as eleições legislativas.

Numa esplanada em Lagos e a falar sobre cenários no pós-eleições, na sexta-feira, João Oliveira disse à Lusa que tem “estado sempre presente para as tarefas” que o partido lhe solicitou ao longo dos anos. “Não há, desse ponto de vista, alteração nenhuma da minha disponibilidade”, respondeu Oliveira, quando questionado sobre se tem vontade de voltar a ser o dirigente da bancada comunista durante a XXIII Legislatura.

Contudo, o deputado comunista disse que esse assunto não tem “ocupado tempo” ao partido, já que o momento é o da campanha eleitoral que vai decidir qual a composição do futuro grupo parlamentar do PCP. “Essas são decisões que são sempre tomadas em função do grupo parlamentar que temos. Em função disso tomamos as decisões não só em relação ao grupo parlamentar, mas também em relação à constituição da direção”, sustentou.

João Oliveira é o líder parlamentar do PCP desde 2013, sucedendo a Bernardino Soares, e é deputado desde 2005, eleito sempre pelo círculo eleitoral de Évora. O deputado tenta estas eleições a reeleição pelo seu distrito, onde o PS já o elegeu como adversário, querendo conquistar os três mandatos possíveis. Em 2019, conseguiu 18,89% dos votos, ou seja, 13.980 votos, resultado que ficou abaixo dos 18.567 votos de 2015 e dos 18.990 de 2011.

João Oliveira está a substituir o secretário-geral do PCP até ao início da próxima semana, enquanto Jerónimo de Sousa está a recuperar de uma cirurgia de urgência à carótida interna esquerda a que foi submetido em 13 de janeiro.

A campanha eleitoral da CDU começou por ser dividida com João Ferreira e o partido previa que o antigo eurodeputado comunista assumisse por inteiro a agenda do secretário-geral, enquanto João Oliveira prosseguiria com a campanha pelo distrito de Évora, por onde volta a ser o cabeça de lista. No entanto, João Ferreira ficou infetado com o SARS-CoV-2 no início da semana e teve de abandonar a campanha da CDU.

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