Fundos europeus devem ajudar mais os desempregados de longa duração, diz Tribunal de Contas Europeu

Tribunal de Contas Europeu recomenda que Bruxelas insista em que os Estados-membros lancem medidas individualizadas para ajudar os desempregados de longa duração.

As medidas que têm sido tomadas pelos diversos países do Velho Continente contra o desemprego de longa duração não têm sido “suficientemente orientadas“, salienta o Tribunal de Contas Europeu, num relatório publicado esta quarta-feira, no qual recomenda, por isso, ao executivo comunitário que insista em que os Estados-membros “utilizem uma abordagem individualizada para ajudar” estas pessoas, através do novo Fundo Social Europeu Mais (FSE+).

“A União Europeia, através do Fundo Social Europeu, financiou várias medidas destinadas a promover o acesso emprego desde 2014. No entanto, as medidas do FSE nem sempre foram adaptadas para dar resposta às necessidades específicas dos desempregados de longa duração“, avaliam os auditores, apelando, por isso, a que o novo FSE+ — que abrangerá o período de 2021 a 2027 — sirva para dar a resposta individualizada em falta. Recomendam, além disso, que a Comissão Europeia avalie a eficácia das “medidas de acesso ao emprego” que visam os desempregados de longa duração.

Em comunicado, Lazaros S. Lazarou, membro do Tribunal de Contas responsável pelo relatório em questão, sublinha também que “o desemprego de longa duração afeta o tecido social“, já que estas pessoas correm “maior risco de pobreza, exclusão social e até de problemas de saúde“. E avisa que a pandemia de coronavírus pode vir a agravar “o problema do desemprego de longa duração”. “Na nossa opinião, seria preferível aplicar uma abordagem individualizada ao conjunto dos desempregados de longa duração no quadro das políticas ativas do mercado de trabalho nacionais”, aconselha o responsável.

Quanto ao FSE, entre 2014 e 2020, foram afetados 11,4 mil milhões de euros ao “acesso ao emprego”, montante que financiou, de acordo com o Tribunal de Contas Europeu, diferentes intervenções que “beneficiaram muitos desempregados de longa duração à procura de emprego”. “No entanto, estes desempregados não eram especificamente visados por tais intervenções, sendo que estavam integrados num grupo mais vasto que englobava todos os desempregados ou grupos ‘desfavorecidos'”, frisam os auditores.

O Tribunal de Contas Europeia salienta, além disso, que as medidas do FSE “não refletiam necessariamente a dimensão do problema” e enfatiza que tem sido difícil acompanhar os resultados alcançados pelo FSE para os desempregados de longa duração, tendo em conta a “ausência de uma categoria específica de despesas para diferentes grupos-alvo”. Já o FSE+ terá como regra a definição dos perfis dos candidatos a emprego e a avaliação das suas necessidades.

Segundo os dados mais recentes, a União Europeia tem atualmente quase 5,3 milhões de desempregados de longa duração. Em Portugal, há 117 mil pessoas nessa situação, que equivalem a 33,3% dos desempregados e a 2,3% da população ativa. Considera-se desempregado de longa duração uma pessoa que esteja sem trabalho há, pelo menos, 12 meses.

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Bolsa cai 1% pressionada pelo BCP e EDP Renováveis

Lisboa e principais praças europeias corrigiram em baixa depois dos bons desempenhos nos últimos dois dias. BCP, EDP Renováveis e Galp penalizaram sessão em Lisboa.

A bolsa nacional caiu quase 1% na sessão desta quarta-feira, corrigindo em forte baixa depois dos ganhos acentuados nas últimas duas sessões. O PSI-20 foi sobretudo penalizado pelo BCP, EDP Renováveis e Galp.

O principal índice português cedeu 0,97% para 5.513,40 pontos, num dia que também foi de correção na Europa, onde o Stoxx 600 cedeu quase 0,5% e as praças de Frankfurt e Paris recuaram 0,8% e 0,7%, respetivamente.

“Os mercados acionistas estiveram em baixa depois de fortes sessões na segunda e terça-feira, um sinal de que os investidores continuam cautelosos apesar dos dados encorajadores em relação à nova variante”, disse Craig Erlam, analista da Oanda.

Apenas quatro cotadas tiveram desempenhos positivos na sessão lisboeta, com a Navigator em destaque: a papeleira ganhou mais de 1% para 3,266 euros.

Outras 14 ações fecharam em baixa, com a tecnológica Novabase a cair mais de 3% no pior registo em Lisboa.

Foram os pesos pesados a ditarem o fecho negativo: as ações do BCP cederam 2,44% para 0,1441 euros e, no setor energético, a EDP Renováveis caiu 1,71%, a Galp caiu 1,53% e a Greenvolt perdeu 1,09%. A Jerónimo Martins e a EDP caíram 0,68% e 0,58%, respetivamente.

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Ministro francês demite-se depois de condenado por ocultar bens

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

O tribunal acusou o ministro de não ter declarado, entre outras coisas, um plano de poupança em ações no valor de 171 mil euros e participações em várias empresas, como a Française des Jeux e Natixis.

O ministro francês das Pequenas e Médias Empresas, Alain Griset, demitiu-se esta quarta-feira, depois de ter sido condenado a uma pena suspensa de seis meses de prisão por ocultar parte dos seus bens.

“Alain Griset apresentou a sua demissão como membro do Governo” ao Presidente Emmanuel Macron e ao primeiro-ministro Jean Castex, refere um comunicado emitido pelo Ministério da Economia estrutura de que dependia.

O tribunal acusou o ministro de não ter declarado, entre outras coisas, um plano de poupança em ações no valor de 171 mil euros, e “participações diretas” em várias empresas, como a Française des Jeux ou a Natixis.

No Governo francês desde julho de 2020, Griset foi o primeiro ministro a comparecer perante um tribunal criminal, que o condenou a seis meses de prisão suspensa e a uma pena de três anos sem poder ser eleito para cargos públicos.

A moralização da vida política em França tinha sido um dos grandes projetos de Emmanuel Macron, eleito Presidente em 2017, após uma campanha marcada por escândalos judiciais. No mesmo ano, o parlamento aprovou uma lei sobre o assunto.

Ao pronunciar o seu acórdão, o tribunal considerou que Griset tinha “optado por ocultar uma parte substancial dos seus bens” e apontou dois elementos agravantes: os fundos em questão estavam depositados num banco francês e ele “mostrou uma verdadeira vontade de ocultar”.

Perante os seus juízes, Griset, 68 anos, defendeu-se alegando “um desleixo” e rejeitando qualquer “desonestidade”.

“Em nenhum momento quis enganar, roubar ou esconder nada. Quando se tem a oportunidade de ser ministro, não se desperdiça essa oportunidade tentando esconder algo que era tão visível”, disse.

O advogado do ministro, Patrick Maisonneuve, anunciou que vai recorrer da condenação.

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Vacina da Pfizer “é eficaz” contra variante Ómicron com três doses

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Estudos realizados pelos seus laboratórios concluíram que a vacina "ainda é eficaz"contra a variante Ómicron se tiver sido administrada três vezes, avançaram a BioNTech e Pfizer.

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech “ainda é eficaz” contra a variante Ómicron do vírus com “três doses”, mas “provavelmente” insuficiente com apenas duas, garantiu a BioNTech em comunicado.

De acordo com a empresa, estudos realizados pelos seus laboratórios concluíram que “a vacina ainda é eficaz contra a Covid-19, também contra a variante Ómicron, se tiver sido administrada três vezes”.

No entanto, acrescentou, esta variante “provavelmente não é suficientemente neutralizada após duas doses”.

Apesar da eficácia com três doses, a BioNTech afirmou que quer finalizar uma vacina adequada à variante Ómicron “até março”.

A Pfizer e a BioNTech foram as primeiras fabricantes de vacinas contra a Covid-19 a emitirem uma posição oficial sobre a eficácia da sua vacina contra a nova variante.

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Wall Street abre em alta com notícias encorajadoras da vacina

  • ECO
  • 8 Dezembro 2021

Um dos setores mais animados pelas notícias é o do turismo: a Norwegian Cruise Line dispara mais de 7% e a Alaska Air Group valoriza quase 4%.

Wall Street abriu a sessão desta quarta-feira em terreno positivo, depois de a Pfizer e a BioNTech terem adiantado que a terceira dose da sua vacina contra a Covid-19 mostrou um efeito neutralizador contra a nova variante Ómicron num teste laboratorial.

Neste cenário, o S&P 500 avança 0,10% para 4.691,28 pontos, acompanhado pelos outros dois índices de referência em Nova Iorque: o industrial Dow Jones ganha 0,06% e o tecnológico Nasdaq soma 0,08%, depois da melhor sessão desde março.

“Esta é realmente a primeira notícia positiva em termos do potencial de eficácia das vacinas existentes”, disse Rick Meckler, da Cherry Lane, citado pela agência Reuters.

“Tudo o que sugira que não estamos a caminho de um período de regresso aos problemas que tivemos antes é positivo para a maioria das ações”, acrescentou.

Um dos setores mais animados é o do turismo, onde a Norwegian Cruise Line dispara mais de 7% e a Alaska Air Group valoriza quase 4%.

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Portugal regista mais 5.286 casos e 15 mortos com Covid-19

Último balanço da DGS dá conta de 5.286 novos casos no país em 24 horas e de 15 vítimas mortais.

Portugal registou 5.286 novos casos de infeção pelo coronavírus nas últimas 24 horas, tendo ainda contabilizado ainda mais 15 óbitos associados à Covid-19, de acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde desta quarta-feira.

Desde o início da pandemia, em março do ano passado, o país contabiliza um total de 1.177.706 infeções e 18.587 óbitos.

É o número mais elevado de casos diários dos últimos seis dias, numa altura em que as autoridades de saúde apontam para uma tendência de agravamento da pandemia em Portugal nas próximas semanas. Por causa disso, o Governo avançou com medidas de restrição, como a semana de contenção entre 2 e 9 de janeiro, em que o teletrabalho voltará a ser obrigatório.

Isto acontece apesar da elevada taxa de vacinação no país, que tem contribuindo para a reduzida mortalidade da doença, apesar do aumento das infeções. Na próxima semana será a vez de as crianças entre os cinco e os 11 anos serem também vacinados.

De acordo com o boletim desta quarta-feira, recuperaram do vírus 3.021 pessoas. Neste momento, os casos ativos totalizam os 62.834, sendo que a maioria está a recuperar em casa. Há menos 19 internamentos face ao balanço anterior, num total de 917 internados, dos quais 138 estão em unidades de cuidados intensivos (mais cinco em relação ao dia anterior).

A região de Lisboa e Vale do Tejo registou 1.796 casos e quatro mortos, sendo a região com mais novas infeções confirmadas. Segue-se o Norte, com 1.600 novos casos e duas mortes. A região Centro teve mais mortos, num total de cinco, tendo ainda registado 1.315 casos.

O Algarve contabilizou 338 casos e três óbitos. As outras regiões apresentam números de casos e mortes mais baixos: o Alentejo observou 122 novos casos e uma morte, Açores e Madeira não tem vítimas mortais a lamentar, tendo contabilizado 34 e 81 casos, respetivamente.

Quanto à matriz de risco, a incidência de infeções do vírus e o índice de transmissibilidade (Rt) aumentaram a nível nacional, passando para 438,4 casos por 100 mil habitantes e 1,11, respetivamente.

Considerando apenas Portugal continental, a incidência registou também um crescimento de 413,9 casos por 100 mil habitantes para 442,1.

Já Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – manteve-se em 1,11 ao nível de Portugal continental.

(Notícia atualizada às 14h40)

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Primeiro-ministro adianta que vacinação em crianças deverá começar pelos 11 anos

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

“Pessoalmente, se tivesse filhos pequenos, não tinha dúvidas de que os vacinaria, mas cada pai é que tem de tomar a decisão”, comentou o primeiro-ministro, António Costa.

O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quarta-feira que a vacinação das crianças deverá “provavelmente” começar pelas que têm 11 anos e, progressivamente, avançar até às de cinco anos, um calendário que será apresentado no final da semana.

“No final desta semana haverá a apresentação do programa e calendário de vacinação [das crianças], provavelmente vamos começar pelas de 11 anos e, depois, vamos descendo até às de cinco anos”, afirmou em entrevista ao programa Casa Feliz, da SIC.

Na terça-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos, com prioridade para as que têm doenças consideradas de risco para covid-19 grave.

Em comunicado, a DGS disse que esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19 (CTVC), que considerou, com base nos dados disponíveis, que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária.

António Costa sublinhou que as crianças sofrem menos com a doença, mas são “altamente transmissoras” da mesma, seja por se movimentarem muito, seja por exteriorizarem muito os afetos.

“Como se diz a uma criança que não se pega ao colo ou não se dá um abraço, não se diz”, vincou.

"No final desta semana haverá a apresentação do programa e calendário de vacinação [das crianças], provavelmente vamos começar pelas de 11 anos e, depois, vamos descendo até às de cinco anos.”

António Costa

Primeiro-ministro

Além disso, o chefe do Governo salientou que uma criança infetada tem um “efeito muito nocivo” para si, para a sua família e escola porque, desde logo, interrompe o seu processo de aprendizagem, o que é mau para o seu desenvolvimento.

E, muitas vezes, recordou, uma criança infetada leva ao isolamento de uma turma e encerramento de uma escola e afeta a organização das famílias.

Costa recomendou aos pais ouvirem os pediatras e médicos de família para ficarem “mais confortáveis” na hora de tomar a decisão de vacinar ou não a criança.

“Pessoalmente, se tivesse filhos pequenos, não tinha dúvidas de que os vacinaria, mas cada pai é que tem de tomar a decisão”, comentou.

O chefe do Governo ressalvou que a vacina para as crianças já está muito testada, estando já a ser administrada em vários países.

Existem 600 mil crianças para serem vacinadas entre os cinco e 11 anos, revelou, dizendo que o Governo tem já 700 mil vacinas encomendadas e que chegarão até final de janeiro.

O primeiro-ministro apelou às famílias para realizarem autotestes à covid-19 antes dos convívios de Natal para evitar um “janeiro horrível” como aquele que foi o de 2021.

“Antes de se juntarem [no Natal] façam autotestes, cada vez há mais pessoas que estão infetadas e não têm qualquer sintoma e, portanto, fazendo um autoteste estão mais à vontade”, afirmou. A realização destes testes são fundamentais para que o Natal seja passado em segurança e se evitar um “janeiro terrível”, sustentou.

“Não podemos voltar a ter um janeiro de 2022 igual a um janeiro de 2021 que foi absolutamente horrível para milhares de pessoas e temos de evitar isso, o país não pode voltar a parar”, reforçou.

E foi por esse motivo que o Governo decidiu criar a semana de contenção de 02 a 09 de janeiro para, após um forte período de convívio familiar, se evitar o cruzamento de pessoas, explicou.

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Multadas 21 companhias aéreas e 591 passageiros em seis dias

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Ministério da Administração Interna avança que a PSP e o SEF fiscalizaram 186.267 passageiros e 1.985 voos, que resultaram em 591 contraordenações.

Vinte e uma companhias aéreas e 591 passageiros foram multados nos aeroportos portugueses nos primeiros seis dias de obrigatoriedade de desembarcarem com teste negativo à covid-19 ou certificado de recuperação, revelou hoje à Lusa o Ministério da Administração Interna.

Desde 01 de dezembro que todos os passageiros que cheguem a Portugal por via área são obrigados a apresentar teste negativo à covid-19 ou certificado de recuperação no desembarque.

Num balanço dos seis primeiros dias desta medida para conter o aumento do número de casos de covid-19, o Ministério da Administração Interna (MAI) avançou que a PSP e o SEF fiscalizaram 186.267 passageiros e 1.985 voos, que resultaram em 591 contraordenações.

Dos 591 autos de contraordenação, 403 foram levantados pela PSP, que controla os passageiros provenientes de voos com origem no espaço Schengen, e 188 pelo SEF, que fiscaliza os viajantes oriundos de países fora do espaço Schengen (fora da Europa).

Estão isentos da obrigatoriedade de testes, PCR ou rápido, os passageiros de voos domésticos, os menores de 12 anos e as tripulações.

O MAI indica também que nas 591 contraordenações estão incluídos seis estrangeiros a quem foi recusada a entrada no país por não terem apresentado teste no desembarque, uma vez que apenas é permitida a realização do teste no aeroporto aos cidadãos de nacionalidade portuguesa, estrangeiros com residência em Portugal e pessoal diplomático.

Segundo o MAI, 21 companhias aéreas foram multadas por terem transportado passageiros sem teste negativo à covid-19 ou certificado de recuperação, tendo a maioria destas companhias transportados pessoas da Europa.

As companhias aéreas que transportem passageiros sem teste negativo à covid-19 incorrem numa multa entre 20.000 e 40.000 euros por passageiro e os viajantes são também alvo de uma contraordenação por não apresentarem teste à chegada, que pode ter multa entre os 300 e os 800 euros.

Os dados do MAI mostram ainda que foram realizados nos aeroportos 603 teste de diagnóstico à covid-19 a passageiros que entraram no país sem este documento.

Nas fronteiras terrestres, também desde 01 de dezembro que os cidadãos de países exteriores à União Europeia e dos países da UE considerados de risco vermelho ou vermelho-escuro precisam de teste negativo ou certificado de recuperação para entrar em Portugal.

Os cidadãos oriundos dos países da UE considerados de risco baixo ou moderado devem ser portadores do certificado de vacinação, teste ou recuperação para entrarem em Portugal.

A GNR e o SEF realizaram até dia 06 de dezembro 945 operações aleatórias de fiscalização nas fronteiras terrestres para garantir a realização de testes à covid-19, segundo o MAI.

No âmbito destas operações, foram fiscalizadas 8.652 viaturas ligeiras, mercadores e motociclos, 294 transportes coletivos e dois comboios que deram origem a 26 autos de contraordenação por falta de teste ou certificado de recuperação.

O MAI refere ainda que nas fronteiras terrestres foram realizados 262 testes de diagnóstico à covid-19.

Portugal Continental está em situação de calamidade desde 01 de dezembro devido ao aumento do número de casos de covid-19 e estas regras nas fronteiras estão em vigor até 09 de janeiro de 2022.

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Taxa de desemprego baixou em outubro no conjunto da OCDE

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

A taxa de desemprego do conjunto da OCDE reduziu-se de 5,8% em setembro para 5,7% em outubro.

A taxa de desemprego baixou em outubro, pelo sexto mês consecutivo, no conjunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas mantém-se acima do período antes da pandemia.

A OCDE disse, em comunicado, que a taxa de desemprego do conjunto dos estados-membros reduziu-se de 5,8% em setembro para 5,7% em outubro, ainda assim quatro décimas acima da taxa de desemprego agregada de fevereiro de 2020, antes de se sentirem os efeitos da crise pandémica.

Em outubro, a taxa de desemprego baixou na maioria dos países membros da OCDE, com poucas exceções, entre as quais se destacam os aumentos relativos na Austrália (seis décimas para 5,2%), Áustria (seis décimas para 5,8%) e Colômbia (três décimas para 13%).

O caso da Colômbia é particular porque é um país em que o desemprego diminuiu relativamente pouco desde o pico.

Em outubro, havia 38,3 milhões de desempregados em toda a OCDE, ou seja, 2,8 milhões a mais do que antes da pandemia.

Os países com maior procura de emprego foram os EUA (7,42 milhões), Espanha (3,38 milhões), Colômbia (3,2 milhões), Itália (2,37 milhões), França (2,29 milhões) e México (2,27 milhões).

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Bastonária dos Enfermeiros e Gouveia e Melo em Fórum Ageas

  • ECO Seguros
  • 8 Dezembro 2021

A seguradora continua a sua aproximação às ordens profissionais. Depois de engenheiros, arquitetos e economistas, a pandemia foi o tema no 3º Fórum Ageas Seguros.

Oradores convidados pela Ageas Seguros: Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros e Henrique Gouveia e Melo, vice-almirante e ex-coordenador da task-force da vacinação.

A Ageas Seguros promoveu nova edição do seu Fórum Ordens Profissionais com o tema “Liderança em tempos de pandemia” com a participação como oradores de Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Henrique Gouveia e Melo, vice-almirante e ex-coordenador da task-force da vacinação, e Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal.

Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, salientou a forma como os enfermeiros foram fundamentais na gestão ao combate à pandemia, sublinhando os baixos números de enfermeiros em Portugal. Sobre esta situação, Steven Braekeveldt, defendeu a importância de ser aplicada uma estratégia a longo prazo, já que este é “um problema tipicamente democrático, decorrente de eleições que ocorrem de quatro em quatro anos”.

A importância de uma estratégia a longo prazo, também foi destacada por Henrique Gouveia e Melo que explicou ser “a liderança explicar às pessoas, de forma simples, o que há a fazer para resolver um problema”.

Estas conferências têm como objetivo reforçar a relação entre a Ageas Seguros e as ordens profissionais, tendo em maio deste maio uma outra conferência ter contado com a presença de Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, Gonçalo Byrne, presidente da Ordem dos Arquitetos, e Rui Leão Martinho, bastonário da Ordem dos Economistas.

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Bruxelas quer nova “arma” para responder à “intimidação económica” contra UE

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

"A UE e os seus Estados-Membros estão a tornar-se alvos de intimidação económica. Precisamos dos instrumentos adequados para responder", argumentou vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira a criação de um novo instrumento que permita à União Europeia combater a “coerção económica” de que considera estar a ser alvo, e que contempla a aplicação de sanções comerciais a países terceiros.

“Num contexto de crescentes tensões geopolíticas, o comércio está a ser cada vez mais utilizado como uma arma, e a UE e os seus Estados-Membros estão a tornar-se alvos de intimidação económica. Precisamos dos instrumentos adequados para responder. Com esta proposta, estamos a enviar uma mensagem clara de que a UE se manterá firme na defesa dos seus interesses”, justificou o vice-presidente executivo Valdis Dombrovskis.

De acordo com Bruxelas, “o objetivo é dissuadir os países de restringir ou ameaçar restringir o comércio ou o investimento para provocar uma mudança de política na UE em áreas como as alterações climáticas, a tributação ou a segurança alimentar”.

Garantindo que a União Europeia continuará a privilegiar o diálogo para resolver os diferendos, a Comissão Europeia sublinha no entanto que este novo instrumento capacitará o bloco europeu para agir de forma “rápida e eficaz” contra concorrentes que persistam em fazer ‘chantagem’ económica e comercial.

“O principal objetivo da ferramenta anti-coerção é atuar como um dissuasor. Mas agora também temos mais ferramentas à nossa disposição quando somos impelidos a agir. Este instrumento permitir-nos-á responder aos desafios geopolíticos das próximas décadas, mantendo a Europa forte e ágil”, comentou Dombrovskis, responsável pela pasta do Comércio na Comissão liderada por Ursula von der Leyen.

"Num contexto de crescentes tensões geopolíticas, o comércio está a ser cada vez mais utilizado como uma arma, e a UE e os seus Estados-Membros estão a tornar-se alvos de intimidação económica. Precisamos dos instrumentos adequados para responder. Com esta proposta, estamos a enviar uma mensagem clara de que a UE se manterá firme na defesa dos seus interesses.”

Valdis Dombrovskis

Vice-presidente da Comissão Europeia

Na apresentação desta proposta – que havia sido já antecipada por Von der Leyen em setembro, no seu discurso sobre o Estado da União, e que terá agora de ser negociada com o Conselho (Estados-membros) e o Parlamento Europeu – o executivo comunitário insiste que “quaisquer contramedidas tomadas pela UE seriam aplicadas apenas como último recurso quando não há outra forma de abordar a intimidação económica”.

“A UE envolver-se-á diretamente com o país em questão para pôr termo à coerção económica. Se a intimidação económica não parar imediatamente, o novo instrumento permitirá à UE reagir rápida e eficazmente, dando uma resposta adaptada e proporcional a cada situação, desde a imposição de tarifas e restrições às importações do país em questão, a restrições aos serviços ou investimentos ou a medidas para limitar o acesso do país ao mercado interno da União”, precisa a Comissão.

A Comissão explica que essa intimidação exercida por outros atores mundiais “pode assumir muitas formas”, e “vão desde países que utilizam coerção explícita e instrumentos de defesa comercial contra a UE, a controlos seletivos nas fronteiras ou na segurança alimentar de mercadorias de um determinado país da UE, e até boicotes de mercadorias de determinada origem”.

“O objetivo é preservar o direito legítimo da UE e dos Estados-Membros de fazer escolhas e decisões políticas e impedir interferências graves na soberania da UE ou dos seus Estados-Membros”, argumenta a Comissão.

Embora muitos analistas considerem que esta proposta visa designadamente a China, o executivo comunitário alega que o novo instrumento anti-intimidação “não tem como alvo nenhum país em particular” e visa “lidar com o problema da coerção, de onde quer que venha”, tendo sido “concebido como um instrumento horizontal, aplicável a qualquer país que recorra à coerção económica contra a UE ou os seus Estados-Membros”.

Ainda assim, durante a conferência de imprensa de apresentação da proposta, e insistindo que o instrumento “não visa nenhum país específico”, Dombrovskis, instado a dar exemplos de coerção económica de que a UE ou um Estado-membro esteja a ser alvo e em que a nova ‘arma’ poderia ser aplicável, exemplificou com as restrições comerciais recentemente impostas pela China à Lituânia, depois da decisão política de Vilnius de acolher uma representação de Taiwan.

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Meteorologia, Euro 2020, Sporting e Censos entre os mais pesquisados este ano em Portugal

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Meteorologia, o Campeonato Europeu de 2020, o Sporting e os Censos 2021 foram alguns dos temas mais procurados este ano no motor de busca do Google. Lista inclui o certificado digital.

Meteorologia, o Campeonato Europeu de 2020, o Sporting e os Censos 2021 foram alguns dos temas mais procurados este ano no motor de busca do Google, numa lista em que também se encontra o certificado digital.

Em termos gerais, os temas “tempo para amanhã”, “Euro 2020”, “Sporting CP”, “Censos 2021”, “Liga NOS”, “Marília Mendonça”, “certificado digital”, “S.L. Benfica”, “Maria João Abreu” e “Porto” foram os que registaram tendências de maior crescimento face a 2020, segundo dados enviados à Lusa.

Entre as pesquisas sobre como fazer coisas, os internautas procuraram saber “como obter o certificado digital covid”, “como saber onde votar”, “como ganhar dinheiro no TikTok”, “como votar antecipadamente” ou “como agendar a vacina covid-19”. Em destaque estiveram também perguntas sobre o funcionamento e adesão aos programas IVAucher e AUTOvoucher, lançados pelo Governo.

A curiosidade levou também os utilizadores portugueses a procurarem “o que são Censos”, “o que visitar em Sintra” ou “o que plantar em fevereiro”. No motor de busca foram ainda perguntadas questões sobre ostomia, ecmo, maçonaria, creme de leite, fibrose quística, o que visitar em Aveiro ou o conteúdo do exame de língua portuguesa.

A covid-19 levou a que fosse criada uma lista dos termos mais procurados dedicada à doença. Aí os temas mais procurados foram “certificado digital”, “vacinação covid”, “covid-19 Portugal” e o agendamento da vacina. Além disso, os utilizadores portugueses mostraram-se preocupados com novos confinamentos, o número de casos diários, sintomas da doença ou quais os concelhos de risco.

Na categoria de nomes nacionais, Rogério Samora foi o mais pesquisado, seguindo-se Noah, Tony Carreira e Luís Filipe Vieira e Marisa Matias. Na mesma categoria, surgem também os atletas Patrícia Mamona, Nélson Évora, Miguel Oliveira e João Mário.

A nível de nomes internacionais, o futebolista Christian Eriksen lidera a lista, à frente do ator Alec Baldwin, do futebolista Valentino Lazaro, da ginasta Simone Biles e do futebolista David Luís.

Os dados consultados pela Lusa incluem ainda uma lista dos “falecidos” mais pesquisados. A lista é liderada pela cantora brasileira Marília Mendonça, seguida pela atriz Maria João Abreu e pelo também cantor brasileiro MC Kevin. Na lista constam ainda o jogador de andebol Alfredo Quintana, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, o ator brasileiro Paulo Gustavo, o antigo futebolista Neno, o músico Carlos do Carmo, o antigo ministro Jorge Coelho e o ator Igor Sampaio.

Em termos de entretenimento, o reality show “Big Brother”, da estação de televisão TVI, foi o mais procurado, sendo um dos quatro portugueses na lista, junto de “All Together Now” e “O Amor Acontece”, da mesma estação, e “The Voice Kids”, da RTP.

Em 2021, o entretenimento estrangeiro dominou os 10 primeiros lugares, em particular produtos dos serviços de streaming. As séries “Squid Game”, “Bridgerton”, “Lupin” e “Sex Education”, distribuídas pela plataforma Netflix integram também o top. Os filmes “Dune”, inspirado no romance “Duna”, de Frank Herbert, e “Eternos”, da Marvel Comics, estiveram também entre os mais pesquisados.

A nível global, o críquete liderou as pesquisas, com os jogos da seleção da Índia contra Austrália e Inglaterra a serem os dois temas mais pesquisados (com o confronto desta com a Nova Zelândia a ocupar o sétimo lugar) e com a Primeira Liga Indiana desta modalidade a ocupar o último lugar do pódio. O Campeonato do Mundo de T20, que se realizou nos Emirados Árabes Unidos e no Omã, foi o oitavo termo mais pesquisado este ano.

A liga norte-americana de basquetebol, a NBA, foi o quarto termo mais pesquisado, à frente de “Euro 2021” e “Copa América”. A série coreana “Squid Game”, uma das mais vistas de sempre da Netflix, alcançou o nono lugar entre os temas mais pesquisados em 2021, com o ‘rapper’ e ator DMX, que morreu em abril, aos 50 anos, a encerrar os dez mais procurados.

“Afeganistão” foi o termo mais procurado em termos noticiosos num ano em que os Estados Unidos da América concluíram a retirada das suas tropas e os talibãs retomaram o poder. Aqui surgem também os termos AMC Stock e GME Stock, cujas ações dispararam na bolsa de Nova Iorque por iniciativa de pequenos investidores ativos num fórum do sítio Reddit.

A covid-19 e as vacinas contra a doença foram outros dos temas que dominaram as pesquisas no motor de busca da Google, a par dos estímulos distribuídos pelos Estados Unidos da América, tal como as criptomoedas Dogecoin e Ethereum, e as eleições para o senado na Geórgia e o furação Ida.

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