Tupperware encerra fábrica em Constância e deixa 200 pessoas no desemprego

Autarca de Constância anuncia encerramento na página oficial do município. Fecho acontecerá a 8 de janeiro, mas equipa de embalamento mantém-se até que o stock seja escoado, apurou o ECO.

A Tupperware vai encerrar a fábrica de Constância, onde trabalham cerca de 200 pessoas. A decisão terá sido comunicada na quinta-feira aos trabalhadores e a notícia foi avançada esta sexta-feira na página do Município no Facebook.

A Câmara Municipal de Constância tomou conhecimento que no dia de ontem [quinta-feira] foi comunicado aos trabalhadores da empresa que a mesma encerrará a 8 de janeiro de 2025“, anunciou esta sexta-feira o presidente da autarquia, Sérgio Oliveira.

O autarca escreve ainda: “Face a esta situação difícil para o nosso Concelho e para a nossa Região, deixamos uma palavra de solidariedade a todos os trabalhadores e respetivas famílias.”

Recorde-se que a empresa norte-americana Tupperware, que detém esta fábrica ribatejana desde 1980, apresentou em setembro um pedido de insolvência no seu país, numa situação em que acumulou 700 milhões de euros de dívida.

De acordo com os pedidos de falência apresentados ao tribunal de falências do Delaware, a Tupperware tem um passivo entre mil milhões e 10 mil milhões de dólares, enquanto os ativos valem entre 500 milhões e mil milhões de dólares. Porém, o grupo não divulga as contas desde 2022, ano em que reportou uma queda de 42% do volume de negócios face a 2017, para 1,3 mil milhões de dólares. Além disso, a empresa tem negociado com os credores sobre a forma de gerir as dívidas de mais de 700 milhões de dólares (cerca de 630 milhões de euros), que tem tido dificuldades em abater devido à subida das taxas de juro nos últimos anos.

Em setembro, quando se soube da situação vivida nos EUA e perante a ausência de esclarecimentos da empresa, tanto do outro lado do Atlântico como na fábrica de Montalvo, o presidente da Câmara de Constância solicitou o auxílio do ministro da Economia para chegar à fala com a administração na sede norte-americana. Conforme apurou o ECO/Local Online na altura, Pedro Reis deu indicação às estruturas do Estado para que dessem seguimento ao pedido de esclarecimento. “O Governo está a acompanhar o desenvolvimento da situação da empresa nos EUA e não deixará de o fazer relativamente à situação da empresa em Portugal“, afirmou então o ministério.

A preocupação principal manifestada pelo presidente da câmara era para com o impacto tão vasto na comunidade pequena deste município do Médio-Tejo. “O que nos preocupa são os postos de trabalho e as famílias inteiras que ali trabalham“, notou o autarca. “O concelho é pequeno, conheço famílias em que trabalham lá ambos os membros do casal, ou pai e filho, por exemplo. O sentimento das pessoas é de tristeza, há pessoas com 30, 40 anos ali, vivem na incerteza, não sabem se haverá continuação dos postos de trabalho”, explicava, em meados de setembro.

Num processo que já leva três meses de indefinição para os que estão ligados à Tupperware de Montalvo, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA) lamentava, no final de outubro, a falta de informação. “O sindicato olha com grande preocupação para a questão dos trabalhadores da Tupperware e reconhecemos que os trabalhadores neste momento estão num impasse”, afirmou então, à Lusa, Ricardo Rodrigues, do SITE-CSRA, após se ter reunido com trabalhadores da empresa.

Segundo o dirigente sindical, “o encerramento da Tupperware, caso se concretizasse, significaria um drama para as centenas de trabalhadores” e “seria igualmente desastroso para o concelho de Constância, para a região e para o país”, tendo defendido que o problema “deve merecer a maior atenção e tomada de medidas por parte do Estado e, em particular, do Governo”.

A incerteza terminou agora, com a confirmação do encerramento feita aos trabalhadores. Segundo apurou o ECO/Local Online, apenas a equipa de embalamento ficará operacional, enquanto haja stock para escoar.

A unidade portuguesa segue assim o curso do encerramento gradual de operações que a companhia norte-americana tem vindo a realizar. Um dos exemplos é a África do Sul, onde termina a produção e venda a 31 de dezembro.

Em termos internacionais, segundo um acordo de credores validado pela justiça dos EUA, o nome Tupperware irá continuar agora com novo acionista e apenas em mercados chave, nomeadamente o país natal da marca, os vizinhos Canadá e México, o Brasil e os asiáticos China, Coreia do Sul, Índia e Malásia.

Sem esclarecer se o Governo teve conhecimento deste encerramento antes de ser comunicado aos trabalhadores e tornado público pelo autarca Sérgio Oliveira, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, afirma: “Estamos atentos e a seguir muito de perto a notícia do encerramento da fábrica da Tupperware. O Ministério da Economia está em contacto com a Câmara Municipal de Constância e em articulação com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no sentido de apoiar estes trabalhadores“.

Notícia atualizada às 18h com declarações do Governo

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Anacom já pode cobrar taxas de regulação de 2024. Operadoras fazem adiantamento até 15 de fevereiro

Governo publicou o decreto-lei que legaliza as taxas da Anacom, depois de terem sido declaradas inconstitucionais. Operadoras ganham mais mês e meio para fazer pagamento por conta das taxas deste ano.

O Governo já legalizou as taxas regulatórias cobradas pela Anacom aos operadores de comunicações eletrónicas, permitindo que o regulador efetue a cobrança das taxas relativas a 2024. O decreto-lei vai permitir que as empresas façam o pagamento por conta da taxa relativa a este ano até ao dia 15 de fevereiro de 2025, mais mês e meio do que o prazo normal. No mesmo diploma, o Executivo admite ainda vir a reavaliar “o modelo de financiamento da Anacom no seu conjunto”.

No passado dia 29 de outubro, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional a cobrança das taxas de regulação, por estarem regulamentadas numa portaria de 2008, alterada em 2013. O Governo e o regulador tiveram, então, de procurar uma solução para este imbróglio, sob pena de ficarem por cobrar as taxas de regulação relativas ao ano corrente. Essa solução foi aprovada em Conselho de Ministros menos de um mês depois, no dia 28 de novembro.

“O Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade da contribuição que os operadores de telecomunicações pagavam para a Anacom. Nós entendemos que quem deve pagar a regulação independente são os regulados e, portanto, aprovámos hoje [28 de novembro] um diploma que, de forma legal, cumprindo as limitações definidas pelo Tribunal Constitucional, cria esta contribuição que esperamos possa ser paga ainda relativamente ao ano de 2024″, disse, na altura, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

O diploma a que se referia o ministro foi esta sexta-feira publicado em Diário da República, com o ano já na reta final, assumindo a forma de um decreto-lei para resolver o problema identificado pelos juízes do Palácio Ratton. Na prática, o diploma incorpora a referida taxa na Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE), que tinha sido alterada em 2022, na sequência da transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE).

No texto introdutório, o Executivo explica que, “após as recentes decisões jurisprudenciais do Tribunal Constitucional, no espírito de lealdade constitucional e boa-fé, considera-se adequado proceder a uma alteração legislativa que mantém, em parte, a solução acolhida no anexo” da portaria de 2008, que foi considerado inconstitucional. Deste modo, “a LCE – que agora prevê uma efetiva contribuição financeira – adapta-se assim à jurisprudência constitucional”, assegura o Governo.

Esta alteração não prejudica que se reavalie o modelo de financiamento da Anacom no seu conjunto, tendo em conta as diversas vertentes envolvidas na delimitação dos custos (gastos) administrativos de regulação e o seu impacto no Orçamento do Estado, garantindo a independência orçamental e a autonomia financeira daquela autoridade reguladora.

Decreto-Lei n.º 114/2024, de 20 de dezembro

A lei passa a prever agora a obrigatoriedade do pagamento de uma “contribuição financeira” à Anacom pelas “empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas abrangidas pelo regime de autorização geral”.

Esta contribuição é anual e depende de vários fatores. Desde logo, “é determinada em função dos custos administrativos decorrentes da gestão, controlo e aplicação do regime de autorização geral”, bem como “custos de cooperação internacional, de harmonização e normalização, análise de mercados, vigilância do cumprimento e outros tipos de controlo do mercado, bem como trabalho de regulação que envolva a preparação e execução de legislação derivada e decisões administrativas, como decisões em matéria de acesso e de interligação”. Por outras palavras, a contribuição paga a regulação do setor exercida pela Anacom, que é presidida há pouco mais de um ano pela economista Sandra Maximiano.

Para o cálculo da taxa a pagar por cada operador, são contabilizados os chamados “rendimentos relevantes diretamente conexos com a atividade de comunicações eletrónicas”, de acordo com uma tabela de escalões. Uma empresa que tenha rendimentos até 250 mil euros faz parte do escalão 1. O segundo escalão vai dos 250.001 a 1,5 milhões de euros. O terceiro e último escalão, onde entram Meo, Nos e Vodafone, pressupõe rendimentos acima dos 1.500.001 euros, sem limite máximo.

O pagamento da taxa anual de regulação é, depois, feito em dois momentos. A lei requer que as empresas façam um “pagamento por conta” até ao final de dezembro do próprio ano. Depois, quando apurados os rendimentos e o montante exato da taxa devida, as empresas pagam o restante até ao dia 30 de setembro do ano seguinte, ou recebem o reembolso se o pagamento por conta tiver sido superior.

As taxas deste ano, contudo, serão cobradas de forma diferente. “Dada a proximidade da entrada em vigor do presente decreto-lei ao final do ano de 2024, estabelece-se, em norma transitória, a admissibilidade de o pagamento por conta relativo a 2024 ser efetuado até 15 de fevereiro de 2025″. No ano que vem, as operadoras já terão de fazer o pagamento por conta à Anacom até ao final de dezembro, adverte o decreto-lei.

As taxas cobradas pela Anacom têm sido alvo de várias ações judiciais por parte das operadoras e são um tema polémico no setor. Com isto como pano de fundo, o Governo admite, na nota introdutória do decreto-lei, que esta alteração não prejudica que se desenhe um novo modelo no futuro.

“Esta alteração não prejudica que se reavalie o modelo de financiamento da Anacom no seu conjunto, tendo em conta as diversas vertentes envolvidas na delimitação dos custos (gastos) administrativos de regulação e o seu impacto no Orçamento do Estado, garantindo a independência orçamental e a autonomia financeira daquela autoridade reguladora”, refere.

Este mês, a presidente da Anacom, Sandra Maximiano, revelou aos jornalistas que apenas um operador requereu a devolução de taxas regulatórias já pagas. A situação do potencial reembolso de centenas de milhões de euros cobradas irregularmente está a ser analisado juridicamente, explicou a responsável.

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Dona da Mimosa torna permanente suplemento de 1 cêntimo por litro aos produtores de leite

Lactogal calcula que valor a incorporar no preço base custará cerca de oito milhões de euros por ano e “garante o pagamento de uma remuneração justa aos produtores pelo trabalho diário realizado”.

A Lactogal, que é o maior grupo lácteo ibérico e a maior empresa agroalimentar em Portugal, chegou a acordo com as suas acionistas para tornar permanente, a partir de 1 de janeiro de 2025, o suplemento de um cêntimo por litro de leite a todos os produtores, que foi atribuído nos meses de novembro e dezembro.

A dona de marcas como Mimosa, Agros, Matinal ou Gresso, que no ano passado recebeu e processou mais de 1.235,7 milhões de litros de leite, calcula que este aumento, a incorporar no preço base, corresponda a um valor anual superior a oito milhões de euros e “garante o pagamento de uma remuneração justa aos produtores pelo trabalho diário realizado”.

José Marques, que há poucas semanas sucedeu a José Capela e Casimiro de Almeida na presidência do conselho de administração do grupo nortenho fundado em 1996, deixando a administração da União de Cooperativas Lacticoop, fala em comunicado num “acordo sustentável economicamente porque contribui para a viabilidade das unidades produtivas leiteiras no nosso país”.

Trata-se de um acordo sustentável economicamente porque contribui para a viabilidade das unidades produtivas leiteiras no nosso país.

José Marques

Presidente da Lactogal

“E é sustentável ambientalmente, porque o pagamento deste valor estará associado ao cumprimento de critérios objetivamente definidos e diretamente ligados ao bem-estar animal, à redução das emissões de gases com efeito de estufa e à biodiversidade, entre outros”, acrescenta o gestor, que iniciou o percurso profissional como produtor de leite em 1980 e foi um dos fundadores do Clube de Produtores da Sonae.

A Lactogal, que fatura 1.131 milhões de euros e emprega 1.800 pessoas, sublinha na mesma nota que está a “trabalhar intensamente com as suas acionistas na criação de um programa Produtor Lactogal”. Será divulgado durante o próximo ano e “sustentado por uma abordagem baseada em dados, integrando trabalho de campo e análise de informações recolhidas nas unidades produtivas leiteiras”.

Este anúncio do grupo que lidera o setor em Portugal acontece poucos dias depois de a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenelac) antever que o preço do leite ao consumidor possa subir em 2025, fruto do agravamento dos custos de produção. À Lusa, o presidente citou o aumento dos custos de produção, sobretudo associados à energia, apontando o produtor como o elo mais fraco da cadeia.

Nessa ocasião, Idalino Leão alertou ainda que, sem sustentabilidade económica, o abandono da atividade vai aumentar e poderá mesmo pôr em causa a soberania alimentar do país. E referindo-se diretamente aos supermercados, assinalou que “não gostaria que a distribuição fosse tentada a ceder a alguma oferta de leite mais barato” vindo do estrangeiro.

Segundo dados publicados esta semana pelo Eurostat, depois dos aumentos verificados nos últimos três anos, impulsionados sobretudo pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia, em 2024, os preços do leite diminuíram em 16 dos 27 países da União Europeia, com as descidas mais acentuadas a acontecerem na Finlândia (-12%), em Portugal (-10%) e em Espanha (-8%).

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Embaixada portuguesa na Ucrânia atingida após ataque russo. Rangel vai apresentar protesto formal

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Ministro Paulo Rangel já chamou o encarregado de Negócios da Federação Russa ao Palácio das Necessidades para apresentar protesto formal ao Kremlin.

A embaixada portuguesa na Ucrânia foi atingida na madrugada desta sexta-feira pelos ataques das forças russas contra Kiev, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

De acordo com o gabinete do ministro Paulo Rangel, os ataques provocaram “danos materiais” em missões diplomáticas de vários países, incluindo na chancelaria de Portugal. “É absolutamente inaceitável que qualquer ataque possa visar ou ter impacto em zonas de instalações diplomáticas”, condena a tutela, no comunicado.

Na mesma nota, o gabinete do chefe da diplomacia portuguesa revela que o encarregado de Negócios da Federação Russa foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na sequência dos ataques desta madrugada, “para que seja apresentado um protesto formal” junto do Kremlin.

Entretanto, em declarações à RTP3, o ministro Paulo Rangel adiantou outros países cujas embaixadas em Kiev foram atingidas na sequência dos ataques russos, tais como a Albânia, Argentina e Montenegro, que têm as missões diplomáticas no mesmo edifício que Portugal.

“Qualquer ataque da Federação Russa à Ucrânia merece a nossa mais forte condenação, mas é absolutamente inaceitável que possa haver ataques que tenham impacto ou visem instalações diplomáticas“, disse o governante, apontando que não houve danos pessoais, apenas danos materiais “ligeiros” como “janelas partidas”, e que, “para já”, a missão diplomática portuguesa em Kiev mantém-se aberta.

Portugal não tinha outra solução senão reagir com firmeza“, afirmou, por sua vez, o Presidente da República, em defesa da decisão do Governo de chamar o encarregado de Negócios da Rússia ao MNE. Marcelo, que falava às televisões ao final da manhã, sublinhou que os danos sofridos na embaixada portuguesa e noutras na sequência de um ataque russo constituem uma violação do direito internacional”.

Entretanto, na rede social X, a presidente da Comissão Europeia afirmou que o “desrespeito de Putin pela lei internacional atingiu um novo patamar”, na sequência do ataque de mísseis russos que danificou a embaixada de Portugal em Kiev. “Mais um ataque horrendo da Rússia contra Kiev. Desta vez contra um edifício que alberga a embaixada de Portugal e outros serviços diplomáticos“. “Solidariedade com Portugal”, escreveu, em português, Ursula von der Leyen.

Segundo avançou a Lusa esta manhã, pelo menos uma pessoa morreu no ataque russo realizado esta madrugada na capital ucraniana, assumido por Moscovo como uma resposta ao ataque de quarta-feira contra a região de Rostov, no sudoeste da Rússia.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, declarou na rede social Telegram que as equipas de busca e salvamento localizaram um corpo após o ataque russo, antes de especificar que quatro dos cerca de dez feridos “foram hospitalizados”.

Klitschko indicou que há danos materiais em vários bairros devido ao impacto de “fragmentos” dos mísseis intercetados, antes de afirmar que “630 edifícios residenciais, 16 instituições médicas, 17 escolas e treze creches estão sem aquecimento” como resultado do ataque.

Já o Ministério da Defesa russo sublinhou no Telegram que o bombardeamento foi uma resposta a um ataque com seis mísseis ATACMS — de fabrico norte-americano — e quatro mísseis Storm Shadow — construídos pelos britânicos –, realizado na quarta-feira contra a região russa de Rostov.

(Notícia atualizada às 12h50 com declarações do ministro Paulo Rangel e do Presidente da República e a reação da presidente da Comissão Europeia)

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FC Porto lança campanha solidária de recolha de presentes. Criatividade é da Legendary Iberia

  • + M
  • 20 Dezembro 2024

Os atletas portistas Alan Varela, Samu, Inês Oliveira, Joana Resende, Toney Douglas e Diogo Rêma protagonizam a campanha, acompanhados por funcionários, sócios e adeptos.

O Futebol Clube do Porto lançou a iniciativa “Porto Presente”, uma campanha de recolha de presentes nos jogos em casa, para os entregar a crianças de diversas instituições. O conceito criativo é da Legendary Iberia.

Os atletas portistas Alan Varela, Samu, Inês Oliveira, Joana Resende, Toney Douglas e Diogo Rêma protagonizam a campanha, acompanhados por funcionários, sócios e adeptos, “as verdadeiras estrelas” que têm a possibilidade de “proporcionar um Natal azul e branco a quem mais precisa”, refere-se em nota de imprensa.

A cargo da Legendary Iberia, em parceria com a LesDiables, ficou a produção do vídeo, bem como a criação dos materiais digitais e da landing page Porto Presente.

Tendo como mote “As verdadeiras estrelas do Natal são os nossos adeptos”, a iniciativa já angariou até ao momento 10 mil presentes, os quais serão distribuídos por várias instituições de solidariedade social.

Para participarem na iniciativa, aos adeptos basta entregar um presente no próximo jogo em casa, dia 28 de dezembro, num dos postos de recolha devidamente identificados na Friendzone (Praça do Dragão) e no Hall do Museu FC Porto, ou nas nas zonas Corporate do Estádio do Dragão (portas 1 e 15).

A Abraço – Associação de Apoio a Pessoas com VHI/SIDA, a Acreditar- Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, a Associação Protetora da Criança contra Crueldade e Abandono, a Casa Acolhimento Especializado — Coração d´Ouro, o Centro Comunitário S. Cirilo, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais — Centro Educativo de Santo António, o Centro Juvenil Campanhã – Seminário dos Meninos de Desamparados, a Associação Portuguesa para o Direito da Criança e da Família – CrescerSer, a Fundação Nuno Silveira e a Obra de Nossa Senhora das Candeias compõem o conjunto de instituições parceiras a quem serão entregues os presentes doados.

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Fisco muda de posição e força EDP e Movhera a pagar IMI das barragens

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

Notas de liquidação já foram emitidas pelo Fisco, que deixou de defender a posição da EDP. Empresas que negociaram a venda de seis barragens em 2020 ainda podem impugnar decisão.

As câmaras de Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães, municípios onde estão instalados os centros de produção de energia elétrica adquiridos pelo consórcio da francesa Engie à EDP há quatro anos, estão perto de receber mais de três milhões de euros em Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Segundo avança o Público (acesso condicionado), a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) foi forçada a mudar a interpretação de que as barragens, por estarem registadas como bens do domínio público, ficam isentas do pagamento de impostos.

Esta mudança de posição surgiu na sequência da “pressão das entidades locais e com a ajuda de peritos fiscais”, acabando por “quebrar uma injustiça com 15 anos”, realçou o vereador Vítor Bernardo, da Câmara Municipal de Miranda do Douro. Desde 2016 que a AT ignorava a prática anterior consolidada num parecer de 2006 do Conselho Consultivo do Ministério Público que concluíra que as barragens, ainda que reconhecidas de utilidade pública, quando são exploradas por concessionárias, não integram o domínio público.

Agora, o Fisco já emitiu as notas de liquidação, que a EDP e a Movhera ainda podem impugnar, mas terão de prestar no imediato uma garantia bancária correspondente ao valor do imposto a pagar, acrescida de 15%. As autarquias, por seu lado, vão continuar a luta judicial em torno da cobrança do Imposto Municipal sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto de Selo relativa à venda das barragens de Miranda, Picote, Bemposta, Foz do Sabor, Feiticeiro e Foz Tua pela EDP à Movhera por 2,1 mil milhões de euros em 2020.

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BCE avança com alterações na avaliação de bancos “sistemicamente importantes” na Zona Euro

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

BCE anuncia nova metodologia para avaliação de buffers de capital de instituições sistemicamente importantes na Zona euro para promover igualdade de condições para todos os bancos na União Bancária.

O Banco Central Europeu (BCE) revelou esta sexta-feira uma nova forma de avaliar os bancos mais importantes para a economia da Zona Euro. Esta nova abordagem, que avança já a partir de 1 de janeiro do próximo ano, pretende tornar as regras mais justas e consistentes para todos os bancos através de uma atualização significativa na sua abordagem à avaliação dos buffers de capital para as “outras instituições sistemicamente importantes” (O-SIIs) na União Bancária.

A entidade liderada por Christine Lagarde revela em comunicado que esta mudança “contribuirá para a estabilidade financeira dentro da União Bancária, em linha com o mandato do BCE sob o Artigo 1 do Regulamento do SSM, ao avaliar a importância sistémica de todas as O-SIIs para a união bancária como um todo.”

Uma das principais inovações desta abordagem é a inclusão de uma perspetiva da união bancária na avaliação da importância sistémica dos bancos. Até agora, o BCE considerava apenas uma perspetiva nacional. Com esta mudança, o BCE pretende reduzir a heterogeneidade injustificada nos níveis de buffer para os bancos mais sistemicamente importantes na União Bancária, tornando o sistema bancário mais resiliente a choques e aumentando a igualdade de condições.

“A redução da heterogeneidade injustificada nos níveis de buffer para os bancos mais sistemicamente importantes na União Bancária tornará o sistema bancário da união bancária mais resiliente a choques e aumentará a igualdade de condições”, refere o BCE em comunicado.

Outra novidade relevante é o reconhecimento do progresso feito na harmonização da regulação, supervisão e resolução bancária dentro da União Bancária. Isto reflete-se na forma como as exposições transfronteiriças dentro da União Bancária serão tratadas, sendo parcialmente equiparadas a exposições domésticas. O comunicado do BCE explica que “desde o início da metodologia O-SII do BCE em 2016 houve uma maior harmonização da regulação, supervisão e resolução (embora alguns elementos da união bancária ainda não estejam completos)”. “Esta harmonização mitiga o risco sistémico decorrente de exposições transfronteiriças dentro da união bancária”, diz.

A implementação desta nova metodologia será gradual. O BCE garante que será neutra em termos de capital em 2025 e 2026. Após esse período, o piso da União Bancária será aumentado em dois níveis, com a metodologia aprimorada totalmente implementada a partir de 1 de janeiro de 2028.

O BCE sublinha ainda que “o período de transição, juntamente com a sólida capitalização e rentabilidade dos bancos da União Bancária, deverá permitir que os bancos afetados cumpram os potenciais pisos mais altos de buffer O-SII a partir de 1 de janeiro de 2028 e descartem potenciais efeitos procíclicos.”

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A Cartier da Avenida da Liberdade reabriu (ainda mais incrível)

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 20 Dezembro 2024

A Cartier de Lisboa acaba de reabrir e só nos ocorre dizer “Uau”. A cada passo somos surpreendidos por obras de arte recheadas de simbolismo, recantos confortáveis e uma luminosidade impressionante.

À chegada, quase conseguimos esquecer que estamos na esquina do número 240 da Avenida da Liberdade e que o estaleiro das obras do plano geral de drenagem de Lisboa fica mesmo em frente. Uma obra importante para o futuro da cidade e que não dá para contornar, bem sabemos, mas cuja visão desaparece de imediato assim que nos abrem a porta. Entramos e, na zona da joalharia, a renovação da boutique, concebida pelos arquitetos Bruno Moinard e Claire Bétaille, salta logo à vista: uma grande cúpula de vidro, obra do artista de vitrais Jorge Aragone, filtra a luz em tons suaves e dá as boas-vindas aos visitantes.


A cúpula é uma homenagem ao artesanato da Art Nouveau do final do século XIX, que mostra o meticuloso processo de esmaltagem plique-à-jour, no qual o fio de ouro soldado traça motivos complexos. O brilho da peça tem o dom de ampliar o espaço e de dar uma luz especial às peças de alta joalharia Cartier que encontramos nas vitrinas à volta, “Panthère” e “Grain de Café”.
Na parede, destaca-se um marcante painel em laca e marqueterie de palha, assinado pelos ateliers Lison de Caunes e Midavaine, onde encontramos a imagem de uma panthère (um dos símbolos mais icónicos da maison). Um trabalho de extrema delicadeza – a palha é um material frágil mas resistente, com uma beleza e um brilho naturais, que atravessou civilizações e que simboliza longevidade e savoir-faire. O motivo no fundo, como quase todos os aspetos desta renovada boutique, reflete as influências locais, inspirando-se nos azulejos tradicionais que encontramos no Museu Nacional do Azulejo e nas formas triangulares presentes na bandeira da Câmara Municipal de Lisboa. O simbolismo não acaba aqui: os tons de azul e amarelo evocam o Mosteiro dos Jerónimos.

Moinard e Bétaille idealizaram um espaço que juntasse de forma harmoniosa a sofisticação característica da Cartier ao rico património cultural de Portugal. Dos azulejos pintados à mão às esculturas em têxtil, cada pormenor conta uma história de perícia artesanal e dedicação, fazendo da boutique uma homenagem viva à sua localização. Refletindo a história marítima de Portugal, o design da boutique honra este legado e celebra a identidade cultural atual do país através de um jogo de tradição e modernidade.

Com tonalidades claras e suaves, o espaço intimista da zona de Bridal irradia um ambiente marinho sereno que realça as coleções de diamantes da maison. No centro, uma instalação criada pela artista Véronique de Soultrait apresenta cordas de vários tamanhos e cores, adornadas com pátinas madrepérola e douradas. Estas tranças, cada uma delas símbolo de paciência e mestria, evocam o movimento rítmico do mar e remetem para os cabos outrora utilizados pelos navegadores portugueses. Nenhum detalhe foi descurado: a alcatifa com padrão de ondas conecta a sala à costa portuguesa, integrando na perfeição as curvas graciosas dos anéis da Cartier. Os estofos de inspiração coral e um painel em madrepérola com motivos de conchas realçam ainda mais o tema aquático. Um candelabro com gotas transparentes desce como gotas de água, conferindo um toque final de elegância etérea ao espaço.

Visto o primeiro nível, é tempo de subir dois degraus que nos levam a um ambiente distinto do anterior: a Sala Jardim. Aqui, destaca-se, na parede lateral direita, uma incrível instalação têxtil criada pelo estúdio português de decoração de interiores Casa do Passadiço, inspirada nos bordados tradicionais das colchas de Castelo Branco, numa homenagem a este trabalho artesanal que perdura no tempo. A paleta quente de tons amarelos, verdes, azuis e encarnados com motivos inspirados na natureza dá eco às tradições dos bordados e recebe com conforto as coleções de joalharia mais icónicas da Cartier – “LOVE”, “Trinity” e “Juste un Clou”.
A viagem prossegue, e entramos agora no espaço dedicado à relojoaria. Inspirado na natureza, mergulhamos numa atmosfera vibrante, onde cores vivas e materiais requintados destacam as coleções “Santos”, “Panthère”, “Tank”, “Baignoire”. A obra da artista portuguesa Vanessa Barragão, que transforma a arte tradicional do croché numa obra-prima escultural, reforça este tema, refletindo a beleza e a fragilidade da natureza.

Quase a chegar ao fundo deste corredor, já vislumbramos a Sala Privada, no seu requinte discreto, onde os têxteis ricos e uma mistura sofisticada de azul, branco e amarelo proporcionam uma experiência intimista e exclusiva. O teto inspira-se na arquitetura grandiosa da Galeria da Basílica do Palácio de Mafra, criando uma atmosfera dramática, mas equilibrada. Mas o grande foco vai para a peça central, um painel de azulejos Viúva Lamego com a icónica panthère da maison pintada à mão por Cédric Peltier. Mais uma vez, a união entre a tradição e a contemporaneidade, fundindo dois séculos de história e transportando as peças desta fábrica de azulejos artesanais para a arte complexa de Cédric.

Ao lado, a área de assistência pós-venda, mais um recanto que reflete a energia da portugalidade dando as boas-vindas aos clientes com as cores arrojadas do papel de parede De Gournay, intrincadamente bordado com motivos florais. Aqui encontramos as coleções de “Arte de Viver” e fragrâncias da maison. Com inspiração no Mediterrâneo, o espaço oferece uma atmosfera serena influenciada pelo jardim da Quinta da Regaleira, em Sintra, criando um ambiente tranquilo.


A Cartier mantém-se, também com este projeto, fiel no seu compromisso de preservar o artesanato, colaborando com artesãos qualificados para criar instalações que honram o património do país. Cada peça, desde a marcheterie complexa até ao bordado artesanal, é um testemunho do legado intemporal de um savoir-faire excecional. Um orgulho para o Diretor Administrativo da Cartier Ibéria, Nicolas Helly: “desde a sua abertura em 2013, a boutique Cartier em Lisboa tem acompanhado o renascimento da Avenida da Liberdade para se tornar um destino obrigatório para os visitantes. Com esta renovação, o novo espaço Cartier presta homenagem ao rico património cultural português através da visão contemporânea de diferentes artistas locais e tornar-se-á um ponto de encontro para todos os lisboetas e visitantes da cidade”.

Boutique Cartier
Avenida da Liberdade, nº240 – Lisboa

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Euribor cai a três e a seis meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Esta sexta-feira, a Euribor caiu a três e a seis meses para 2,772% e 2,624%, respetivamente. No prazo mais longo, a 12 meses, subiu para 2,484%.

A Euribor desceu esta sexta-feira a três e a seis meses para mínimos desde março de 2023 e dezembro de 2022, respetivamente, e subiu a 12 meses. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,772%, continuou acima da taxa a seis meses (2,624%) e da taxa a 12 meses (2,484%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, desceu para 2,624%, menos 0,013 pontos e um novo mínimo desde 19 de dezembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou, para 2,484%, mais 0,015 pontos do que na quinta-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 2,772%, menos 0,067 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 17 de março de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

A média da Euribor em novembro desceu em todos os prazos, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio: 0,160 pontos, para 3,007%, a três meses (contra 3,167% em outubro); 0,214 pontos, para 2,788%, a seis meses (contra 3,002%); e 0,185 pontos, para 2,506%, a 12 meses (contra 2,691%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) cortou, pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Famílias reforçam aposta nos Certificados de Aforro pelo segundo mês

Descida das taxas de juro dos depósitos voltou a tornar os Certificados de Aforro mais atrativos. Em novembro, atraíram 263,6 milhões de euros das famílias.

A descida das taxas de juro dos depósitos bancários voltou a tornar os Certificados de Aforro mais atrativos. Em novembro, as famílias aplicaram 263,6 milhões de euros nestes títulos que até há pouco tempo estavam a registar mais saídas do que entradas.

Trata-se, de resto, do segundo mês seguido com subscrições líquidas positivas, depois de um ano em que as famílias pouco ou nada quiseram ter a ver com este tradicional produto de poupança oferecido pelo Estado.

O regresso do interesse surge num quadro em que os bancos continuam a cortar a fundo na remuneração dos seus depósitos — que de alguma forma é o concorrente direto dos certificados. Em novembro, a taxa de juro média das novas aplicações a prazo baixou para 2,39%, já abaixo da taxa base que oferece atualmente a Série F dos Certificados de Aforro.

Por outro lado, o Governo também aumentou os limites máximos para a subscrição de certificados dos 50 mil euros para os 100 mil euros, que está a impulsionar a procura.

Depois das saídas registadas desde o início do ano, os Certificados de Aforro vão assim a caminho de fechar o ano com um saldo de subscrições líquidas de resgates positivo. Até novembro esse saldo superava os 330 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

No final do mês passado, as famílias tinham aplicados 34,4 mil milhões de euros em Certificados de Aforro, o valor mais elevado de sempre.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Certificados do Tesouro registam saídas há 37 meses

Já os Certificados de Tesouro mantiveram em novembro a tendência de saída que vem registando nos últimos três anos. Entre subscrições e resgates, saíram cerca de 138,75 milhões de euros no mês passado, com o investimento total a baixar da fasquia dos 10 mil milhões de euros.

Neste período de três anos e um mês, as famílias tiraram perto de oito mil milhões de euros dos Certificados do Tesouro — ao que tudo aponta, transferindo as poupanças para os Certificados de Aforro.

No seu todo, os ‘empréstimos’ das famílias ao Estado ascendem a cerca de 44,3 mil milhões de euros entre Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro.

Há ainda outros mil milhões de euros aplicados pelo pequeno aforrador em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), títulos que vencem em junho. Entretanto o Governo já anunciou o regresso destes títulos no próximo ano, prevendo emissões de 1,5 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h12)

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PRR financia reabilitação em oito escolas do Norte por 40 milhões

Valongo, Guimarães, Vila Nova de Gaia, Penafiel, Arcos de Valdevez, Moimenta da Beira, Paredes e Lamego são os municípios abrangidos pelas intervenções.

Oito escolas da região Norte vão receber intervenções de recuperação e reabilitação no valor de 40,4 milhões de euros, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em concreto do Programa de Recuperação/Reabilitação de Escolas – Modernização dos estabelecimentos públicos de ensino do 2º e 3º ciclos e secundário.

As escolas em causa são: Escola Secundária de Valongo, Escola Básica do Vale de São Torcato em Guimarães, Escola Básica de Santa Marinha em Vila Nova de Gaia, Escola Básica de Penafiel Sudeste, EB 2,3/S de Arcos de Valdevez, Escola Básica e Secundária de Moimenta da Beira, Escola Básica de Paredes e Escola Básica de Lamego.

A cerimónia de assinatura dos contratos relativos às intervenções financiadas tem lugar na próxima segunda-feira. A sessão contará com o ministro adjunto e da coesão territorial, Manuel Castro Almeida, com a participação do presidente da CCDR Norte, António Cunha.

No âmbito Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram já celebrados 22 protocolos para intervenções em escolas, no passado mês de maio. Na altura, os municípios envolvidos foram Barcelos, Chaves, Esposende, Maia, Mogadouro, Monção, Paços de Ferreira, Penafiel, Penedono, Sabrosa, Santo Tirso, Trofa, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Famalicão e Vila Nova de Foz Côa.

O Programa Escolas visa promover a construção, recuperação e reabilitação de 451 escolas dos 2.º e 3.º ciclos de todo o país até 2033. As obras serão financiadas com fundos europeus e sem qualquer tipo de encargo para as autarquias, o que corresponde a um investimento total de 1,7 mil milhões na renovação do parque escolar.

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Marcas brilham no Natal. Recorde algumas das campanhas deste ano

Seja através da recuperação de músicas natalícias, com a partilha de histórias emocionantes ou com apelos à solidariedade, são várias as estratégias das marcas para comunicar nesta época festiva.

Chegando a altura do Natal são muitas as marcas que aproveitam a época festiva — uma das mais importantes do ano em termos de comunicação — para “brilhar” e tentar chegar junto dos consumidores.

Enquanto algumas apostam na recuperação de músicas natalícias, outras tentam passar mensagens de solidariedade, fraternidade, empatia, amor e gratidão. Apelos à solidariedade ou a partilha de histórias emocionantes ou engraçadas são algumas das estratégias utilizadas pelas marcas para comunicar na época natalícia.

O +M compilou algumas das principais campanhas de Natal que pretendem contagiar os portugueses com a “magia” da quadra e com a comunicação das respetivas marcas.

“Somos uma só família” – Meo

O Artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos serve de mote para a campanha de Natal do Meo, que este ano celebra o poder da união e da igualdade entre comunidades. “Somos uma família” é a mensagem “traduzida na união e na amizade genuína, sem fronteiras, das duas crianças que, livres de barreiras, diferenças e preconceitos”, protagonizam a campanha. A campanha é assinada pela Dentsu Creative e produzida pela GarageFilms.

“Experimenta viver mais” – Vodafone

A Vodafone optou por abordar na sua campanha de Natal a importância de um uso responsável da tecnologia, em particular dos telemóveis. Para isso, mostra como um jovem “redescobre” a importância da relação humana e se reconecta com a vida para lá do ecrã, após ficar sem o telemóvel quando vai passar o Natal a casa do avô. Com assinatura da VML e produção da Krypton Films, a campanha criada e produzida em Portugal foi também lançada na Alemanha, Países Baixos e Grécia.

“A Mensagem” – Nos

Já a aposta da Nos passou por recuperar a música “A Todos um Bom Natal”, original do Coro de Santo Amaro de Oeiras. O spot mostra uma jovem que, estando a viver longe da família, decide desejar um bom Natal, através de uma mensagem de voz, onde canta a tradicional canção “A todos um Bom Natal”. À medida que a mensagem se propaga, acaba por inspirar e envolver aqueles que a ouvem, criando uma corrente de alegria. “O Natal é maior quando é partilhado. Passa a mensagem“, ouve-se no final do spot, onde se vê a protagonista a chegar a casa da família para a quadra natalícia. A criatividade é da Havas e a produção da Ministério dos Filmes.

“Todos Recebemos Mais Quando Damos Mais” – Continente

Lançada com o objetivo de reforçar “valores como empatia e a generosidade”, a campanha de Natal do Continente é composta por duas histórias interligadas, centrando-se na premissa de que “todos recebem mais, ao dar mais”. Com criatividade da Fuel, o primeiro spot lançado no âmbito da campanha acompanha a relação entre um homem de mais idade e uma funcionária da Cozinha Continente. O segundo tema é protagonizado pela atriz Gabriela Barros que perde o seu bolo-rei mas onde o gesto generoso de um desconhecido -– o mesmo do primeiro vídeo — faz com que metade de um bolo-rei seja entregue na sua ceia de Natal.

“E o Bolo-Rei quem trouxe? Foi o Pingo Doce e a Versailles” – Pingo Doce

Na sua campanha de Natal deste ano, o Pingo Doce, em parceria com a pastelaria Versailles, entrega o protagonismo ao bolo-rei. Assinada pela BBDO Portugal e com produção da Blanche Films, a campanha retrata uma família reunida no Natal, com o avô a partilhar com a neta as saudades que tem da altura em que vivia em Lisboa e tinha como ritual ir comprar o bolo-rei à Versailles. A neta, ao ficar sensibilizada por estas recordações, desafia o avô a manter a tradição, dizendo-lhe que a mesma se encontra apenas a 10 minutos a pé de distância. O avô, surpreendido, fica a perceber que neste Natal é possível manter a tradição, apenas com uma visita ao Pingo Doce mais próximo.

​”Neste Natal há coisas que só na Auchan” – Auchan

Muitos dos momentos de celebração do Natal são proporcionados por uma parte “invisível”, através de um trabalho desenvolvido nos “bastidores”. É essa “outra metade da história” que a Auchan mostra na sua campanha de Natal desenvolvida pela Bar Ogilvy – co-adjuvada pela The Brand Affair, 10 Digital e Burson — e produzida pela Jungle Corner. Partindo de momentos de celebração à mesa e após elogios ouve-se no spot: “Mas isso é só metade da história”, sendo que a partir daí, os espectadores são levados a conhecer colaboradores da Auchan que partilham “o processo e o carinho investidos em cada produto”.

“Nesta Noite, Deu-te Uma Branca…” – Worten

A campanha de Natal da Worten este ano é inspirada nos portugueses que deixam tudo para a última hora. “Português que é português deixa tudo para a última. Todos conhecemos alguém assim. Foi a partir desta observação que construímos a campanha de Natal da Worten deste ano, desta vez aliada à música, que é uma ferramenta muito poderosa para criar memorização”, explicou João Madeira, diretor criativo da Fuel. Assim, e a cantar, Ricardo Araújo Pereira e Inês Aires Pereira protagonizam a campanha que diz como claim “Não deixes tudo para a última, deixa tudo para a Worten“. A produção é da Looks:Good.

“O recomeço” – Fnac

Na sua campanha de Natal, assinada pela Judas, a Fnac relembra que “há paixões que são adiadas ao longo da vida, mas que nunca é tarde para descobrir um novo sonho“. No spot conta-se a história de uma professora que se está prestes a reformar, tendo os seus alunos aproveitado a última aula para lhe escrever cartas com mensagens inspiradoras e de agradecimento. De regresso a casa, os dias passam e a sensação de vazio e solidão tomam conta da antiga professora. Para se sentir mais acompanhada, recupera a caixa com as mensagens dos alunos e começa a lê-las em voz alta, para que fiquem registadas num antigo gravador. Ao descobrir esta vontade, a filha decide oferecer-lhe um microfone de podcast como presente de Natal, momento em que a ex-professora aceita o desafio de descobrir uma nova paixão.

“Este Natal, pensa bem, oferece melhor” – Sonae Sierra

A Sonae Sierra, gestora de centros comerciais como o NorteShopping, o Vasco da Gama, o Colombo e o CascaiShopping, apela neste Natal a um consumo consciente, refletido e planeado, através de uma campanha protagonizada pela influenciadora Madalena Abecasis. Cruzando a criatividade e o humor com dados reais sobre os comportamentos de consumo dos portugueses, o spot identifica os perfis de comportamentos típicos na época natalícia e os estereótipos mais comuns, os quais foram foram interpretados por Madalena Abecasis. “Este Natal, pensa bem, oferece melhor” contou com a criatividade da Born e com a produção da Mother.

“O melhor presente para este Natal é a dignidade” – Cruz Vermelha Portuguesa

Já a Cruz Vermelha Portuguesa, com a sua campanha de Natal deste ano, pretendeu levar aos portugueses a mensagem de que “mesmo em tempos difíceis, garantir a dignidade é o primeiro passo para promover a autonomia e quebrar ciclos de pobreza e exclusão”, visando a recolha de donativos. Tendo como lema “Dignidade. Todos os Dias“, a campanha é assinada pela Kobu e produzida pela Shot And Cut Films.

“Porto presente” – FC Porto

O Futebol Clube do Porto lançou a iniciativa “Porto Presente”, uma campanha de recolha de presentes nos jogos em casa, para os entregar a crianças de diversas instituições. Os atletas portistas Alan Varela, Samu, Inês Oliveira, Joana Resende, Toney Douglas e Diogo Rêma protagonizam a campanha, acompanhados por funcionários, sócios e adeptos, “as verdadeiras estrelas” que têm a possibilidade de “proporcionar um Natal azul e branco a quem mais precisa”. O conceito criativo de “Porto presente” é da Legendary Iberia.

“É no cuidado que o amor se fortalece” – O Boticário

Tendo como objetivo celebrar os laços familiares, a campanha de Natal d’O Boticário visa “destacar importância de cuidar de quem sempre cuidou de nós”. Com mais de quatro minutos de duração, o filme “explora, com sensibilidade, os desafios que os filhos enfrentam quando assumem o cuidado dos pais, revelando os conflitos e reconciliações que testam e fortalecem os laços de amor”. Segundo a marca, esta é a sua “maior realização audiovisual” de sempre. A campanha foi produzida no Brasil pela AlmapBBDO e adaptada ao mercado português.

“A Carta da Avó Lena” – Prio

A Prio mostra em campanha que nunca é tarde para escrever ao Pai Natal, algo que Maria Helena — a avó Lena — decidiu fazer aos 62 anos. No spot, a carta imaginária ao Pai Natal dá lugar a uma carta real, a de condução, com a energética portuguesa a “reforçar o compromisso em destacar a mobilidade como fator de proximidade entre gerações“. O conceito criativo foi desenvolvido pela Adagietto, tendo a produção ficado a cargo da Bro Cinema.

“Os bónus já cá cantam” – Solverde

A Solverde.pt apostou em Bjazz Choir, um coro a capella de Guimarães, para interpretar a canção original “São muitos bónus“, para a sua campanha de Natal deste ano. Assinada pela Legendary, a campanha contou com a produção da Snowberry.

 

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