Tupperware despediu hoje 200 trabalhadores e fecha fábrica em Constância

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

A empresa detentora da fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância, foi declarada insolvente na segunda-feira pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa.

Os cerca de 200 trabalhadores da fábrica da Tupperware, empresa instalada em Montalvo, Constância (Santarém), e declarada insolvente na segunda-feira, receberam esta quinta-feira a carta de despedimento, num dia “triste”, após reunião com o gestor de insolvência.

“É triste, não é fácil, mas também já não tenho nada a perder. Já fiz 44 anos de trabalho. Há colegas meus que estão em muito pior situação”, disse à Lusa Alzira Cupertino, à saída da reunião que decorreu no interior da fábrica, tendo dado conta de que o gestor de insolvência assegurou aos trabalhadores o pagamento das respetivas indemnizações.

Segundo revelou, será feito um inventário “de todo o material existente, depois são as burocracias características e a venda de material. Na totalidade, até recebermos, o gestor diz que poderá demorar entre oito meses a um ano”, disse Alzira, residente em Amoreira (Abrantes), com a carta de despedimento numa mão e a incerteza no futuro na outra mão.

“Hoje já estou despedida, sim. Para já vou ficar no desemprego e depois, a seguir, talvez a reforma antecipada, se compensar”, declarou.

A empresa detentora da fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância, foi declarada insolvente na segunda-feira pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, desfecho que colocou hoje 200 pessoas no desemprego, com os trabalhadores a relatarem à Lusa um sentimento de resignação perante um “desfecho esperado” mas onde subsistia uma ténue esperança de continuidade da unidade fabril.

“Estamos despedidos, pronto. Já nos deram as cartas para o fundo de desemprego e tudo. Agora estão à espera para vender a fábrica. Sabemos que os primeiros credores somos nós, os trabalhadores. Em seguida são os outros, mas agora é esperar que vendam”, disse hoje à Lusa Carla, de 42 anos de idade e 24 anos de casa.

A agora ex-funcionária da multinacional norte americana, que reside em Alferrarede Velha, disse ser “importante” ter os papéis para o desemprego. “É o mais importante, porque este mês não vamos receber nada”, notou, tendo apontado a um processo indemnizatório que pode demorar um ano até se efetivar.

“Os trabalhadores têm agora 30 dias para reclamar os créditos [indemnizações por cada ano de trabalho], que é o que a advogada vai fazer. Passados esses 30 dias, vão ativar o Fundo de Garantia Salarial que, segundo o que dizem, dá uns 15 mil [euros] a quem tem direito, quem tem a receber mais será depois, e deu-nos mais ou menos a perspetiva de um ano” para o respetivo pagamento.

Questionada sobre o estado de espírito perante um despedimento coletivo, Carla disse ter “muita pena” deste desfecho. “Muita, muita pena. É muito triste entrar na fábrica e ver tudo parado, tudo às escuras. Foram 24 anos. Agora é esperar, ver se aparece alguma coisa”.

Cristina Brunheta, com 59 anos de idade e 22 de efetividade na Tupperware, saiu da empresa com um papel para entregar no fundo de desemprego mas sem perspetivas de futuro, sendo “nova para a reforma” mas antevendo “dificuldades” em regressar ao mercado de trabalho.

Agora vamos entregar o papel para o desemprego. As indemnizações vamos ter que esperar que eles vendam e arranjem o dinheiro para nos pagarem. A partir daí dizem que nós estamos em primeiro lugar, como credores. Que somos os principais, os primeiros a receber quando houver dinheiro. Agora vamos ver o que é que isto vai dar”, declarou, revelando “incerteza” sobre o seu futuro.

“O meu futuro? Não sei. Ainda não sei. Está tudo para estudar, ainda não sei. Agora vou para o desemprego e o futuro é uma incerteza”, afirmou.

A representante do Sindicato das Indústrias Transformadoras (SITE CRSA), Isabel Matias, manteve-se ao longo da manhã junto da fábrica, tendo lamentado à Lusa o “despedimento de 200 pessoas”, a “incerteza no futuro”, e os “problemas sociais” inerentes, e realçado que os trabalhadores saíram “satisfeitos” da reunião pela garantia do pagamento dos seus direitos.

“Eles demonstram que estão satisfeitos porque, efetivamente, dizem que vão receber, são valores que, de facto, deixam a pessoa satisfeita. Mas, só depois de saber o que é que foi apresentado no tribunal, depois de fazer a petição inicial para o tribunal com os montantes, e depois de decorrido esse tempo todo, ainda vai haver também uma assembleia de credores. Portanto, só consoante o final é que a gente vai saber”, declarou, cautelosa.

Segundo Isabel Matias, “a esperança que há é de que, efetivamente, haja uma compra de empresa, que vá reabrir, e que vá chamando trabalhadores. Vamos ver. De facto, era a nossa expectativa e era o que nos agradava a todos”, concluiu. A Tupperware – Indústria Lusitana de Artigos Domésticos, Lda, empresa que detém a fábrica em Montalvo, que já não produzia desde 08 de janeiro, foi declarada insolvente na segunda-feira, dia 10 de fevereiro, pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa.

Segundo pode ler-se na sentença do tribunal, “o prazo para a reclamação de credores foi fixado em 30 dias”, tendo sido nomeado Jorge Manuel e Seiça Dinis Calvete para administrador de insolvência.

A fábrica da Tupperware em Montalvo era controlada pela sociedade Tupperware Indústria Lusitana de Artigos Domésticos que, por sua vez, era detida em 74% pela Tupperware Portugal – Artigos Domésticos Unipessoal Lda e em 26% pela Tupperware Iberia. Ambas as empresas dependem a 100% da casa-mãe sediada nos Estados Unidos – a Tupperware Brands Corporation.

A fábrica da multinacional Tupperware em Portugal, a funcionar desde 1980, dependia a 100% da casa-mãe norte-americana, vendida depois de em setembro ter entrado em falência, e os planos para o futuro não parecem passar pela Europa, uma vez que a empresa revogou a sua licença de venda de produtos em todos os países europeus. A Lusa pediu informações à administração da fábrica instalada em Portugal, sem resposta até ao momento.

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Leilão de gases renováveis já tem vencedores. Biometano fica muito aquém

Existiu apenas uma candidatura na área do biometano, apresentada pela Dourogás Renovável. A capacidade adjudicada neste gás ficou 75 vezes abaixo da fasquia máxima prevista no concurso.

A Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG) já selecionou as empresas que irão receber as verbas do leilão de 140 milhões de euros para apoio a projetos de gases renováveis. Há vários projetos de hidrogénio verde vencedores, mas apenas uma candidatura no biometano, da Dourogás Renovável, que foi admitida.

“Lançamos um leilão de gases renováveis, no qual iremos injetar 140 milhões de euros, ao longo de um período de dez anos, financiado pelo Fundo Ambiental. Este montante deverá compensar os investidores pelas flutuações de preço”, tinha dito em maio do ano passado a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, quando anunciou o pontapé de partida do leilão.

Só houve uma candidatura na área do biometano, apresentada pela Dourogás Renovável, que assegurou a adjudicação de 1.990 MWh (megawatts-hora) por ano de biometano ao preço de 62 euros por MWh. De acordo com a nota do Governo que anunciava o lançamento do leilão, este é o preço máximo que seria possível praticar no caso do biometano.

No caso deste gás renovável, as quantidades máximas para contratualização eram de 150 GWh (gigawatts-hora) por ano. Assim sendo, a capacidade adjudicada ficou 75 vezes abaixo do limite previsto no âmbito do concurso.

Fonte do setor explica que o preço de 62 euros por MWh não é particularmente atrativo, tendo em conta que o custo de construção de um digestor, necessário à sua produção, ronda os 120 euros por MWh.

No que diz respeito ao hidrogénio verde, a quantidade máxima a adjudicar era de 120 GWh por ano. Aqui, os resultados foram muito diferentes.

No conjunto dos dois sub-lotes nos quais a DGEG divide os vencedores, foram adjudicados 119.280 MWh por ano de hidrogénio renovável, ao preço de 127 euros por MWh, correspondendo desta forma à fasquia que havia sido colocada para este gás.

O primeiro conjunto de vencedores, destinado a injetar gás na rede nacional de transporte, inclui a Winptx, que ficou com 30.000 MWh por ano; a Ptsunhydrogen, que arrecadou duas vezes o volume de 11.029 MWh por ano; e a Marte Boémio Unipessoal, que se compromete a fornecer 7.000 MWh por ano.

O segundo grupo, cujo gás tem como destino a rede nacional de distribuição, é liderado pela HyChem, que se compromete com 30.000 MWh anuais, seguida da WP2X, que divide a oferta entre 7.000 MWh por ano, que contratará a 127 euros, e 10.500 MWh a 126,99 euros por MWh. Conta-se ainda a CME, que contribui com 7.722 MWh por ano, e a Essential Advantage, que avança com 5.000 MWh.

De acordo com a portaria que enquadra o concurso, os gases renováveis serão contratados pelo Comercializador de Último Recurso Grossista, a Transgás, e este assume ainda os custos com as tarifas de acesso às redes, em particular as de injeção de gases renováveis que possam ser aplicáveis. Os projetos seguem agora para a fase em que serão elaborados e firmados os contratos com este comercializador.

“Esta dotação, assegurada através do Fundo Ambiental, visa criar maior segurança para o desenvolvimento e implementação destas tecnologias inovadoras, ao permitir salvaguardar os investidores de eventuais flutuações de preços”, explicou ao Governo na altura do lançamento.

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JB Capital avalia Novobanco entre 4,8 mil milhões e 6,2 mil milhões

Uma eventual fusão com outro banco em Portugal poderia gerar sinergias entre 500 milhões e mil milhões de euros. Mas comprador teria de se sentar à mesa com o Estado para negociar.

Quanto vale o Novobanco? Para a JB Capital, o banco português estará avaliado entre 4,8 mil milhões e 6,2 mil milhões de euros, de acordo com uma nota de research publicada esta quinta-feira, no mesmo dia em que começaram os preparativos para a entrada em bolsa. Mas o valor poderá ser superior.

Esta avaliação já assume a distribuição de dividendos em 1,3 mil milhões de euros que o Novobanco irá efetuar nos próximos meses aos acionistas Lone Star (75%) e Estado (Fundo de Resolução e Direção-Geral do Tesouro e Finanças detêm 25%).

Contudo, o valor do banco poderá ser superior tendo em conta que detém ativos por impostos diferidos (DTA) na ordem dos 1,3 mil milhões. “São um tesouro escondido”, refere o analista Maksyn Mishyn, estimando que os DTA podem adicionar outros 500 milhões à avaliação.

O Novobanco anunciou esta quinta-feira que foi mandatado pela Lone Star para avançar com o IPO (oferta pública inicial) que, segundo uma mensagem interna do CEO Mark Bourke, poderá acontecer já durante o próximo verão.

BPI, BCP, Caixa, BNP e ING como potenciais interessados

A JB Capital não descarta que o fundo americano, que adquiriu uma participação de 75% do Novobanco em 2017 a troco de mil milhões de euros, possa explorar oportunidades de fusão. Nesse cenário, “com base numa estimativa conservadora de 30% de poupanças, uma fusão poderá gerar entre 500 milhões e mil milhões de euros de valor adicional”, diz na nota a que o ECO teve acesso.

“É possível uma maior consolidação, mesmo que as aprovações regulamentares se possam tornar um obstáculo”, refere o analista que assume o Caixabank (dono do BPI) como um “comprador natural”, embora coloque na lista de potenciais interessados o BCP, Caixa Geral de Depóistos e outros players internacionais, como o BNP Paribas, que já conta com uma grande operação de back-office em Portugal, e até o ING.

Para Maksyn Mishyn parece estar fora de questão um negócio em dinheiro no caso do Caixabank ou BCP, “pelo menos no curto prazo”. “Admitimos um cenário em que a Lone Star e o Fundo de Resolução poderiam ser acionistas quer do Caixabank ou do BCP no seguimento de uma consolidação”, considera o analista da JB Capital.

Caixabank tem “maior poder de fogo”

Ainda assim, nota que o Caixabank dispõe de “maior poder de fogo” se decidir ajustar a sua política de dividendos e lembra que a história de fusões ocorridas em Espanha geraram sinergias de perto de 50% do valor de custo do alvo.

Em relação à CGD, frisa que o banco público já é líder de mercado com uma quota de cerca de 20%, pelo que o incentivo “não é muito grande”, e recorda as recentes declarações do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, sobre as consequências sistémicas que poderão resultar de eventual operação de fusão envolvendo os dois bancos.

Maksyn Mishyn sublinha ainda que, além das várias autorizações, desde o Banco Central Europeu (BCE) à Autoridade da Concorrência, quem quiser comprar o Novobanco terá de se sentar à mesa de negociações com o Estado português “tendo em conta que o Novobanco está num setor regulado e que a imprensa portuguesa já mencionou que o Estado não é muito favorável a um aumento da banca espanhola em Portugal”.

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Tripulantes declaram fim da paz social na TAP

Sindicato que representa os tripulantes de cabine acusa companhia de cortar nas ajudas de custo e degradar condições de trabalho.

O Sindicado Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) enviou um comunicado aos associados onde declara o fim da paz social na TAP. Tripulantes de cabine acusam a companhia de cortar nas ajudas de custo e penalizar condições de trabalho.

“Unilateralmente, o fim da Paz Social”, diz o título da missiva, onde o sindicato diz ter sido confrontado pela companhia aérea com uma nova tabela de ajudas de custo, com retroativos a janeiro. A tabela, baseada num estudo da consultora Mercer, contempla “uma redução em vários destinos e que a TAP pretendia implementar unilateralmente”.

Segundo o comunicado, a direção do SNPVAC, liderada por Ricardo Penarróias, questionou a validade do estudo e contrapôs que “qualquer alteração deveria contemplar um aumento das ajudas de custo para suportar a inflação, o aumento do custo de vida nos países de destino, bem como fazer face à desregulada taxa cambial em alguns países”.

Reconhecendo que a decisão da TAP não carece de negociação com o sindicato, a direção apela a que as tripulações exijam, em resposta à companhia, “o embarque da respetiva refeição correspondente ao horário estabelecido”, o que poderá provocar constrangimentos operacionais.

"O SNPVAC não pode aceitar ou anuir a mais uma tentativa de degradação das nossas condições, que começou com a escolha dos hotéis e foi agora alargada às ajudas de custo.”

Sindicado Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil

O SNPVAC contesta ainda os avanços “escassos” em relação aos horários flexíveis e abre a porta ao recurso aos tribunais. Enveredará também pela via legal se não for encontrado um entendimento em relação à interpretação a dar ao “Complemento em situação de acidente de trabalho, gravidez clinicamente comprovada e licenças parentais iniciais”. As divergências incluem ainda os lugares de descanso para os tripulantes nos aviões A321 LR.

“O SNPVAC não pode aceitar ou anuir a mais uma tentativa de degradação das nossas condições, que começou com a escolha dos hotéis e foi agora alargada às ajudas de custo”, diz o sindicato.

“Pois bem, que seja então de forma oficial e unilateral que a Direção do SNPVAC anuncia que a Paz Social na TAP acabou”, termina.

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Salário médio na Madeira aumentou 29% entre 2015 e 2024. É “evidência indesmentível”, diz Albuquerque

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

“É bom desmistificar esta ideia de que o crescimento do PIB na Madeira não tem impacto na vida das pessoas”, diz o presidente do Governo Regional em gestão, falando numa “evidência indesmentível".

O salário mensal bruto médio na Madeira aumentou 29% entre 2015 e 2024, passando de 1.143 euros para 1.475 euros, indicou esta quinta-feira o presidente do Governo Regional em gestão, Miguel Albuquerque, sublinhando que se trata de uma “evidência indesmentível”.

“É bom desmistificar esta ideia de que o crescimento do PIB na Madeira (…) não tem impacto na vida das pessoas”, afirmou.

Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita a uma empresa, no Funchal, disse que os dados estatísticos contrariam o “recorrente discurso da oposição”, que insiste em afirmar que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) regional não se traduz em ganhos para as famílias, apesar de ter atingido o valor recorde de 7.122 milhões de euros em 2024.

“O que é importante é olharmos os dados estatísticos”, disse, para logo reforçar: “Os dados apontam para esta evidência, isto é uma evidência que é indesmentível. A remuneração bruta mensal dos trabalhadores, em média, na Madeira, aumentou 29% entre 2015 e 2024”.

O chefe do executivo social-democrata explicou que, deduzindo a inflação neste período, o ganho em termos do salário médio bruto se situa entre 19,5% e 20%, tendo passado de 1.143 euros para 1.475 euros.

“Tudo isto tem a ver com a intervenção que o Governo também teve na negociação dos contratos coletivos”, disse, esclarecendo que só em 2023 foram negociados 59 contratos coletivos de trabalho.

Miguel Albuquerque lidera o executivo madeirense desde 2015 e é novamente o cabeça de lista do PSD nas eleições legislativas antecipadas de 23 de março.

O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles – Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura – foi arquivado pelo Ministério Público.

A aprovação da moção de censura, inédita no arquipélago, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.

Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a decisão de dissolver o parlamento madeirense e convocar novas eleições regionais antecipadas em 23 de março – o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.

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Exportação de vinhos cresce 4,5% em 2024, apesar da descida do preço médio

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

França manteve-se como principal destino dos vinhos portugueses, com os EUA a reforçarem a posição como segundo maior mercado. Brasil aumentou as compras em 7,5% e ultrapassou o Reino Unido.

As exportações dos vinhos portugueses cresceram 4,46% em 2024, para 965,8 milhões de euros, apesar do decréscimo do preço médio por litro, que desceu 3,88%, fixando-se nos 2,78 euros, divulgou esta quinta-feira a ViniPortugal.

No que diz respeito ao volume, as exportações atingiram os 347,5 milhões de litros, o que se traduz num aumento de 8,7% face a 2023.

Não considerando o vinho do Porto, as exportações atingiram 661,6 milhões de euros, um aumento de 6,6% face a 2023, e em termos de volume atingiram os 292,5 milhões de litros, um aumento de cerca de 11%.

Em termos de mercados, França manteve-se como o principal destino dos vinhos portugueses, registando 103,4 milhões de euros em importações, já os Estados Unidos reforçaram a sua posição como segundo maior mercado, com um crescimento de 2%, atingindo 102,1 milhões de euros.

Outro dos mercados com maior destaque foi o Brasil, que registou um crescimento de 7,5%, alcançando os 85,8 milhões de euros em importações, tendo ultrapassado o Reino Unido.

A evolução positiva das exportações em 2024, especialmente nos mercados estratégicos como Brasil, Canadá e EUA, demonstra a resiliência e competitividade dos vinhos portugueses.

Frederico Falcão

Presidente da ViniPortugal

“A evolução positiva das exportações em 2024, especialmente nos mercados estratégicos como Brasil, Canadá e EUA, demonstra a resiliência e competitividade dos vinhos portugueses […] o crescimento ainda mais expressivo das exportações sem vinho do Porto, demonstra que a estratégia de diferenciação dos vinhos portugueses continua a dar frutos“, afirmou o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão, em comunicado.

A ViniPortugal é a associação interprofissional do vinho e tem como missão promover a imagem de Portugal enquanto produtor de vinhos por excelência, valorizando a marca “Vinhos de Portugal/Wines of Portugal”.

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Fusões e aquisições em Portugal caíram 40% no arranque do ano

Mercado que engloba fusões e aquisições, private equity, capital de risco e compra de ativos em Portugal movimentou mais de 380 milhões de euros. Compra da Bolseira pela Core Capital em destaque.

O mercado transacional português entrou com o pé esquerdo em 2025, um ano que se antevê de retoma dos negócios. As fusões e aquisições (M&A) em Portugal, incluindo private equity, capital de risco e compra de ativos, desceram 40% em janeiro, para 40 operações, segundo a base de dados TTR.

O relatório de M&A, considerado um dos mais representativos do país, mostra que o capital mobilizado nesses negócios rondou os 385 milhões de euros, 62% abaixo do primeiro mês do ano passado. No entanto, só 28% – menos de um terço – é que publicaram os seus valores.

Como tem vindo a ser tendência nos últimos anos, o setor de imobiliário foi o mais ativo em janeiro (sete negócios). Segue-se a categoria de viagens, hotéis e entretenimento, que a empresa autonomiza do imobiliário, com cinco. E logo depois a Internet, software e serviços tecnológicos com quatro operações.

O negócio do mês, na opinião dos analistas da TTR Data foi a aquisição da Bolseira pela Core Capital por 9,5 milhões de euros, uma operação que contou com a assessoria jurídica dos escritórios SRS Legal e CS’Associados, enquanto a EY Portugal fez a due diligence. Contudo, o documento assinala a compra da Claranet Portugal pela NOS, por 152 milhões de euros, como o negócio de maior dimensão, apoiado pela Morais Leitão.

Espanha e Brasil destacaram-se nas operações transfronteiriças (cross-border) quanto ao número de transações, uma vez que foram os países que mais investiram em Portugal no primeiro mês do ano, contabilizando seis e três transações, respetivamente. Por sua vez, as empresas nacionais escolheram Espanha e Estados Unidos como principal destino de investimento, com três e duas operações, pela mesma ordem.

Nas subcategorias de capital privado (private equity), capital de risco (venture capital) e compra de ativos (asset acquisitions), destaque novamente para o private equity, que foi o único dos três que se manteve em linha com o período homólogo com quatro transações, de um total de 10 milhões de euros.

Tanto o venture capital, que registou três rondas de investimentos num acumulado de 44 milhões de euros, como o segmento de compra de ativos – 10 transações com 24 milhões de euros – caíram a pique. A redução foi de 37% no número de operações e de 87% no valor, de acordo com o relatório publicado esta quinta-feira na íntegra.

O ranking de assessores financeiros menciona apenas a Alkar Corporate Finance e a EY Portugal na vertente consultoria.

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Joana Pinto é a nova sócia da Antas da Cunha ECIJA

Joana Pinto, ex-senior Legal Counsel da Accenture Portugal, é a nova sócia da Antas da Cunha Ecija. A advogada irá co-liderar a Unidade de “Technology Transactions” da sociedade.

A Antas da Cunha Ecija acaba de anunciar a integração de Joana Pinto na sua estrutura societária. A ex- senior Legal Counsel da Accenture Portugal e Membro do Accenture Portugal Executive Committee deixa a Tecnológica após 17 anos, para reforçar a sociedade liderada por Fernando Antas da Cunha. Joana Pinto irá co-liderar a Unidade de “Tecnology Transactions”.

Segundo Fernando Antas da Cunha, managing partner da Antas da Cunha Ecija: “Podermos contar com a Joana na nossa equipa, é motivo de enorme orgulho e uma fonte de motivação para todos nós”. E acrescenta: “Sentimo-nos muito honrados pelo facto de a Joana ter aceitado o nosso convite. Trata-se de uma profissional com um percurso verdadeiramente notável, cujo valor, versatilidade e competência são sobejamente reconhecidos”.

Fernando Antas da Cunha sublinha: “Era a ‘peça’ que nos faltava”. E explica: “Desde muito cedo que identificámos um espaço no mundo jurídico que entendemos que poderia ser ocupado por nós – o Direito Digital. Adaptar as áreas tradicionais a esta linguagem tecnológica é algo que não nos é natural. Nesse sentido, ao longo dos anos, temos vindo a reforçar as nossas capacidades e competências, trazendo para a equipa aqueles que consideramos serem os melhores”. Fernando Antas da Cunha termina, reforçando: “A Joana tem um profundo conhecimento do negócio e do seu contexto regulatório e conhece bem os riscos e os desafios que as empresas enfrentam atualmente. Face ao nosso posicionamento enquanto firma, a sua integração, faz todo o sentido. A sua experiência corporativa será, certamente, uma grande mais-valia para o escritório”.

De acordo com Joana Pinto: “O convite que me foi endereçado pela Antas da Cunha Ecija foi irrecusável”. E esclarece porquê: “A Antas da Cunha Ecija é uma sociedade de advogados com uma identidade única e uma visão com a qual me identifico integralmente”. E concretiza: “O que me atraiu foi a combinação de excelência técnica com uma abordagem prática e visionária, focada em soluções legais que impactam o negócio dos clientes. No atual contexto de tecnologias emergentes, a assessoria jurídica não pode ser reativa, tem de antecipar desafios e oferecer soluções que equilibrem teoria e prática. A Antas da Cunha Ecija é um escritório que compreende a complexidade dos tempos em que vivemos e que se distingue pela capacidade de transformar desafios regulatórios em oportunidades estratégicas para os clientes”.

Segundo a nova sócia da Antas da Cunha Ecija: “A Antas da Cunha Ecija tem no seu ADN uma especialização em digital que a posiciona na linha da frente da assessoria jurídica, nesta área. Mais do que acompanhar as mudanças, antecipamo-las, ajudando os nossos clientes a navegar com confiança pelas complexidades regulatórias deste novo cenário. O nosso diferencial está nas equipas multidisciplinares com ‘backgrounds’ diversos, que asseguram um apoio ‘end-to-end’, da análise de riscos legais à implementação de soluções juridicamente sólidas e adaptadas à realidade dos negócios”. E acrescenta: “Estamos num momento em que a regulamentação está a tentar acompanhar a velocidade da inovação tecnológica. As empresas precisam de parceiros legais que traduzam a lei em soluções que realmente funcionem no dia-a-dia-das suas operações e que as ajudem a transformar conformidade em vantagem competitiva. A minha experiência no mundo corporativo ensinou-me que, não basta identificar riscos, é essencial traduzir o conhecimento jurídico em soluções viáveis que permitam às empresas avançar com segurança num mercado onde a confiança se tornou o ativo mais valioso e um fator essencial para a competitividade. O verdadeiro diferencial na advocacia está em saber falar a linguagem dos clientes, conhecer o seu ‘core business’, as tecnologias com que trabalham, os novos ecossistemas e ajudar a idealizar novos modelos de negócio”. Joana Pinto, conclui, afirmando: “Sei o que as organizações esperam dos parceiros legais, compreendo as suas dinâmicas e adoto uma abordagem prática orientada para resultados. É esse ‘know-how’ que pretendo trazer para este projeto. O meu foco será contribuir para reforçar a capacidade da Antas da Cunha Ecija em prestar um serviço jurídico inovador, que alia rigor técnico, conhecimento do negócio e visão estratégica”.

Em jeito de conclusão, Fernando Antas da Cunha revela a estratégia que a sociedade irá adotar em 2025: “Em 2025 completamos 10 anos de atividade. Ao longo dos últimos anos, temos registado um crescimento muito assinalável, de ano para ano. 2025 será diferente”. O managing partner da Antas da Cunha Ecija explica porquê: “Será um ano de consolidação. Certamente que estaremos atentos ao mercado, contudo, a nossa prioridade será ajustar processos, desenvolver competências e encontrar novas formas de acrescentar valor e experiência aos nossos clientes e parceiros, através da utilização de ferramentas tecnológicas com base em Inteligência Artificial. O nosso principal objetivo é transformarmo-nos numa “Full AI Law Firm””.

Antes de ingressar na Accenture Portugal, Joana Pinto desempenhou funções de “In-house Counsel” na Capgemini Portugal e na Sonaecom, e foi assessora jurídica do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna do XVII Governo Constitucional.

Ao longo dos anos, especializou-se nas áreas de Regulação Digital e Direito das Tecnologias, negociação e gestão de transações tecnológicas no setor público e privado, acumulando vasta experiência na assessoria jurídica a executivos seniores e funções corporativas.

Joana Pinto é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica – Escola de Lisboa. Possui ainda uma pós-graduação em Direito das Telecomunicações pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e uma certificação pela Harvard Business School em Financial Accounting.

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Nelson Neves é o primeiro sócio da consultora Simon-Kucher em Portugal

Consultora alemã Simon-Kucher já operava em Portugal, mas numa lógica ibérica. Anuncia agora a abertura do seu novo escritório em Lisboa e a nomeação do primeiro sócio no país.

A consultora alemã Simon-Kucher, especializada em estratégia e marketing, anuncia a abertura do seu novo escritório em Portugal e a nomeação do seu primeiro sócio no país, Nelson Neves.

“Após 20 anos a operar em Portugal numa lógica ibérica e com diversas empresas do PSI20 e grandes líderes de indústria em Portugal, a abertura do novo escritório faz parte da estratégia global de expansão“, explica a empresa, numa nota enviada às redações.

Com a nomeação do referido sócio, a consultora consolida também a sua presença no mercado português, sendo que, citado, Nelson Neves, avança que o foco será a “expansão da receita dos clientes”. Isto através de “soluções de monetização” em estado de arte “de implementação praticamente imediata, traduzindo-se em melhorias no EBIDTA muito interessantes”, realça o mesmo.

“Com uma forte reputação em áreas como estratégia de pricing, a Simon-Kucher tem sido reconhecida internacionalmente pela sua capacidade de ajudar empresas a alcançar o sucesso em ambientes de mercado desafiantes“, salienta a alemã, no mesmo comunicado.

Com 38 anos de história, a Simon-Kucher é uma empresa de consultoria global com mais de 2.500 funcionários em 30 países. “Com experiência em questões de monetização de todos os tipos, somos considerados o maior especialista em estratégias de preços e de crescimento a nível mundial”, assinala a consultora.

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Portugal com recorde de 70 milhões de passageiros aéreos em 2024

O aeroporto de Lisboa concentrou quase metade (49,8%) dos passageiros em 2024, mas entre as maiores infraestruturas foi o Porto que mais cresceu.

Passaram 70,4 milhões de passageiros pelos aeroportos portugueses em 2024, um novo recorde. O crescimento face ao ano anterior, de 4,3%, foi, ainda assim, bem mais modesto do que os 18,9% registados em 2023, indicam os dados preliminares publicados esta quinta-feira pelo INE.

No conjunto de 2024 aterraram 245,9 mil aeronaves em voos comerciais, mais 0,9% do que no ano anterior. O que também significa uma travagem face ao crescimento de 12% em 2024.

O aeroporto de Lisboa concentrou quase metade (49,8%) dos passageiros em 2024, mas entre as maiores infraestruturas foi o Porto que mais cresceu. O tráfego no Francisco Sá Carneiro aumentou 4,8%, enquanto o Humberto Delgado se ficou pelos 4,3% e o aeroporto de Faro pelos 2%.

Os principais países de origem e destino dos voos não se alteraram no ano passado. O Reino Unido continua a ser o principal mercado, crescendo 1,4% em 2024, seguido da França, Espanha, Alemanha e Itália.

Com um forte crescimento está o movimento de carga e correio, que aumentou 14,2% face ao ano anterior (+0,1% em 2023), atingindo 254,8 mil toneladas.

O mês de dezembro confirmou a tendência de crescimento verificada ao longo do ano passado, em que se registaram novos máximos em todos os meses face ao período homólogo. O mês do Natal fez passar 4,7 milhões de passageiros pelos aeroportos portugueses, carimbando um crescimento de 3,9%.

O ano também terminou em alta na carga e correio, que cresceu 9,6% em dezembro para 22,2 mil toneladas.

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Luís Chaby é o novo customer success director da Microsoft Portugal

  • + M
  • 13 Fevereiro 2025

Luís Chaby sucede a Sónia Falcão, que assume agora o cargo de business applications sales lead para a Europa ocidental, num desafio com foco no Microsoft Copilot.

Luís Chaby é o novo customer success director da Microsoft Portugal, ficando responsável pela gestão de programas e as relações com os clientes.

“É com enorme motivação e entusiasmo que assumo a liderança da área de customer success. Com um agradecimento especial à incrível equipa de Azure, bem como a todos os excelentes profissionais com quem tive o privilégio de trabalhar, inicio agora uma nova aventura. Numa época de disrupção tecnológica sem precedentes, em que a inovação da inteligência artificial (IA) está a transformar os negócios dos nossos clientes e parceiros e as ameaças à segurança são uma preocupação constante, a área de customer success é mais importante do que nunca“, diz Luís Chaby, citado em comunicado.

“Acredito que a positividade atrai grandes pessoas e melhores resultados e, como tal, não podia estar mais empolgado por me juntar à equipa”, acrescenta.

Tendo-se juntado à Microsoft em 2008, através da aquisição da startup portuguesa MobiComp, Luís Chaby integrou a equipa de specialist team units “nos primórdios do Office 365”, tendo já desempenhado diversas funções e exercido cargos como services consulting, account executive e Azure sales manager.

Luís Chaby sucede assim a Sónia Falcão, que, após 23 anos no segmento empresarial português, assume agora o cargo de business applications sales lead para a Europa ocidental, num desafio com foco no Microsoft Copilot.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e pós-graduado em Gestão de Marketing pelo ISEG, Luís Chaby “desempenhou, nos últimos quatro anos, um papel fundamental enquanto sales manager para soluções Azure”, refere-se em nota de imprensa.

“Com a sua vasta experiência e conhecimentos, constituiu uma equipa de alto impacto e contribuiu ativamente para o sucesso do negócio, com migrações completas para a cloud e soluções pioneiras de IA, contribuindo também para o crescimento sustentado do negócio da solução Azure”, lê-se.

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CEO do Novobanco aponta IPO para junho ou setembro

Numa mensagem enviada aos trabalhadores, Mark Bourke diz que a entrada em bolsa do Novobanco, confirmada esta quinta-feira, pode ocorrer "no final do segundo trimestre ou no final do terceiro".

O CEO do Novobanco disse esta quinta-feira aos trabalhadores que a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) pode ocorrer “no final do segundo trimestre ou no final do terceiro trimestre deste ano”.

Na mensagem interna a que o ECO teve acesso, enviada no dia em que confirmou oficialmente o avanço da operação, Mark Bourke faz ainda depender a entrada em bolsa das “condições do mercado”.

“Este é um marco importante e o tiro de partida oficial para uma jornada que temos vindo a preparar ao longo dos últimos dois anos”, considera o irlandês. Mas “embora este seja um passo importante, o timing efetivo do IPO está ainda dependente das condições do mercado”, acrescenta.

Ora, “se as condições forem favoráveis, as janelas de mercado prováveis são o final do segundo trimestre ou o final do terceiro trimestre deste ano”, diz o líder executivo do banco. “Em qualquer caso, o nosso objetivo continua a ser o de estarmos totalmente preparados e registarmos um desempenho sólido trimestre após trimestre”, conclui.

Leia a mensagem na íntegra:

"Apenas uma breve mensagem para vos dar nota de que o Banco recebeu indicação formal da Nani Holdings (Lone Star) para iniciar o processo de Oferta Pública Inicial (IPO). Este é um marco importante e o tiro de partida oficial para uma jornada que temos vindo a preparar ao longo dos últimos dois anos.

Embora este seja um passo importante, o timing efetivo do IPO está ainda dependente das condições do mercado. Se as condições forem favoráveis, as janelas de mercado prováveis são o final do segundo trimestre ou o final do terceiro trimestre deste ano. Em qualquer caso, o nosso objetivo continua a ser o de estarmos totalmente preparados e registarmos um desempenho sólido trimestre após trimestre.

Obrigado pelos vossos esforços e empenho contínuos.”

Mark Bourke, CEO do Novobanco

Mensagem interna enviada aos trabalhadores

Pontapé de saída no IPO

Esta quinta-feira, o Novobanco revelou, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que a Lone Star, através da Nani Holdings, deu “instrução formal” à administração para, em conjunto com os acionistas Estado e Fundo de Resolução, avançar com os preparativos para um IPO.

O processo de “implementação do IPO” (oferta pública inicial) vai decorrer “nos próximos meses” e já foi comunicado também ao Fundo de Resolução (FdR) e ao Estado português, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, de acordo com o mesmo comunicado.

A Nani Holdings é o veículo através do qual o fundo americano Lone Star controla 75% do capital do banco que resultou do colapso do antigo Banco Espírito Santo (BES).

Na quarta-feira, a Bloomberg noticiou que o Novobanco escolheu o Bank of America, o Deutsche Bank e o JPMorgan Chase para organizar esta operação. Mas indicou que outros bancos poderão ainda ser chamados ao processo.

Esta decisão surge na sequência do fim antecipado do acordo de capital contingente em dezembro passado, processo que desbloqueou 1,3 mil milhões de euros em dividendos e abriu a porta à Lone Star para avançar com o processo de venda do banco.

No âmbito do IPO, que poderá ocorrer já em maio, está previsto que Lone Star e Estado vendam uma participação entre 25% e 30% do Novobanco. Enquanto isso, também tem estado em cima da mesa uma venda direta a um concorrente.

Nos últimos dias falou-se no eventual interesse da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e BPI (detido pelo Caixabank), sendo que uma operação de concentração teria de ser avaliada pela Autoridade da Concorrência, como sublinharam recentemente o governador e ex-governador do Banco de Portugal, Mário Centeno e Carlos Costa, respetivamente.

Com uma participação de 13,54%, o Fundo de Resolução disse esta semana no Parlamento que pretende “gerar receita” e que irá contratar um assessor financeiro para auxiliar no processo que será liderado pela Lone Star.

Outros 12,46% são detidos pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). Ao ECO, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou que “o normal é que o Estado venda a participação no Novobanco” se a “oportunidade surgir”.

O Novobanco registou lucros de 610,4 milhões de euros até setembro e apresenta os resultados anuais no próximo dia 6 de março.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h40)

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