Constituição online de empresas agilizada e maior transparência nas insolvências

Declaração de insolvência passa a ter de estar inscrita no registo predial, comercial e automóvel, relativamente aos bens ou direitos que integrem a massa insolvente.

O regime especial de constituição de sociedades através da Internet foi alterado para suportar as alterações introduzidas com a criação da Empresa Online 2.0, a plataforma que introduziu novos serviços de apoio às empresas, em áreas como a sucursal online e o registo de beneficiário efetivo e de insolvências. As alterações preveem o preenchimento da informação necessária ao cumprimento da obrigação declarativa do registo de beneficiário efetivo aquando da constituição da sociedade. Há ainda uma maior transparência sobre a massa insolvente em casos de insolvência.

“Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficientes os procedimentos de constituição de sociedades, o Decreto-Lei n.º 28/2024, de 3 de abril, veio alterar o Decreto-Lei n.º 125/2006, de 29 de junho, diploma que consagra o regime especial de constituição online de sociedades, remetendo para portaria do membro do Governo responsável pela área da Justiça a definição dos aspetos procedimentais que, pelo seu caráter eminentemente técnico, não carecem de previsão em decreto-lei”, adianta uma portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República.

O diploma refere que a alteração legislativa “surge na sequência da reformulação do sistema de informação que suporta a Empresa Online, no âmbito do qual se sentiu a necessidade de desenvolver novas arquiteturas tecnológicas e novos modelos baseados num forte movimento interno de transformação digital, criando-se a Empresa Online 2.0 (EOL 2.0)”.

A Empresa Online 2.0, a plataforma que passou a ser disponibilizada no início de abril, veio disponibilizar novos serviços de apoio às empresas, em áreas como a sucursal online e o registo de beneficiário efetivo e de insolvências.

Este novo espaço digital contempla uma página eletrónica específica destinada a cada entidade, na qual constará toda a informação disponível sobre a empresa no sistema de registos, permitindo um acesso mais imediato e facilitando a interação com os serviços de registo que possam ser realizados online.

“A solução preconizada para a EOL 2.0 assentou no desenvolvimento e implementação de um ecossistema inteligente, que disponibiliza informação contextualizada, relevante e personalizada sobre as empresas, com um front end único e consolidado, com vista a uma experiência de utilizador intuitiva e valiosa, transparente e simples de utilizar”, sintetiza o documento publicado esta sexta-feira, acrescentando ainda que “procedeu-se à transformação dos procedimentos, tornando-os integralmente digitais e desmaterializados, com a possibilidade de realizar no sistema todos os passos necessários à conclusão de cada procedimento”.

Com a nova regulamentação do procedimento especial de constituição online de sociedades passa a “prever-se, nomeadamente, o preenchimento da informação necessária ao cumprimento da obrigação declarativa do registo de beneficiário efetivo aquando da constituição da sociedade“.

O diploma publicado esta sexta-feira introduz ainda alterações ao Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, “preceito que estabelece agora que a declaração de insolvência é ainda inscrita no registo predial, comercial e automóvel, relativamente aos bens ou direitos que integrem a massa insolvente, com base em mera certidão judicial da declaração de insolvência transitada em julgado, se o serviço de registo não conseguir aceder à informação necessária por meios eletrónicos, e com base em declaração do administrador da insolvência que identifique os bens ou direitos”.

“Deste modo, evita-se que, por impossibilidade de acesso à informação por via eletrónica, se dificulte a transparência para terceiros que lidam com a massa insolvente“, justifica o diploma.

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Mota-Engil tem 267 vagas para estágios em 12 países

Mota-Engil está à procura de licenciados ou mestres que queiram estagiar durante 12 meses. Candidaturas estão abertas até ao final de julho.

A Mota-Engil acaba de lançar a maior edição de sempre do seu programa de estágios. Em causa estão 267 vagas, que estão distribuídas por 12 países. O grupo está à procura de licenciados ou mestres em áreas tão diversas como engenharia civil, computação, psicologia, recursos humanos e contabilidade.

Das 267 vagas para estágio, 155 dizem respeito a recrutamentos feitos a partir de Portugal, sendo que, destas, 29 são para mobilização internacional.

Já as demais 112 são referentes a recrutamentos feitos em mercados externos, em países como África do Sul, Angola, Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, México, Moçambique, Nigéria, Peru, Polónia e Uganda, explica o grupo numa nota enviada às redações.

Os estágios terão a duração de um ano, sendo que, quanto ao perfil pretendido, a Mota-Engil procura jovens com habilitações ao nível da licenciatura ou mestrado nas áreas de engenharias (como civil, mecânica, eletrotécnica, minas, geológica, gestão industrial, ambiente, eletrónica, de sistemas, computação, data science ou similar), arquitetura, logística, psicologia, recursos humanos, economia, gestão e contabilidade.

Em contrapartida, o grupo paga uma bolsa, bem como suplementos internacionais que incluem ajudas de custo para colaboradores em mobilidade. Entre os benefícios, está, por exemplo, o teletrabalho, nos casos em que tal regime é possível. As candidaturas decorrem até final de julho, e podem ser feitas online.

“O programa, que acolheu nas dez edições anteriores um total de 919 jovens, tem uma taxa de incorporação de 88% após término do estágio“, acrescenta ainda a empresa.

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Ministra da Saúde garante novo hospital em Barcelos

"Posso anunciar-vos que vamos finalizar o processo de arquitetura e preparar o lançamento do concurso do hospital de Barcelos", assegurou a ministra da Saúde.

Ministra da Saúde garante novo hospital de Barcelos24 maio, 2024

A ministra da Saúde garantiu ao presidente da Câmara de Barcelos a construção do novo hospital da cidade minhota. “Palavra dada é palavra honrada. Posso anunciar-vos que vamos finalizar o processo de arquitetura e preparar o lançamento do concurso do hospital de Barcelos“, assegurou Ana Paula Martins, durante a cerimónia de assinatura do auto de transferência de 15 viaturas para o município destinada às unidades de saúde locais.

“O atual Governo, liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, tem um único lema e que nos faz todos os dias recordar: palavra dada é palavra honrada, contem connosco, nós contamos convosco”, assegurou a governante ao autarca Mário Constantino Lopes.

Posso anunciar-vos que vamos finalizar o processo de arquitetura e preparar o lançamento do concurso do Hospital de Barcelos.

Ana Paula Martins

Ministra da Saúde

Na ocasião, Mário Constantino Lopes referiu à ministra que os barcelenses não o “perdoariam” se não aproveitasse a presença da ministra para apurar as reais intenções do novo Governo em relação ao futuro hospital que é “um desígnio central dos barcelenses, unânime entre todas as forças políticas”.

A aquisição das viaturas elétricas resultou de uma candidatura da ARS Norte ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de meio milhão de euros, avança o município barcelense em comunicado.

As 15 viaturas elétricas vão servir igual número de unidades de saúde de Barcelos: dez Unidades de Saúde Familiar (USF); três Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP); e duas Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) .

Estes veículos vão reforçar a capacidade de prestação de cuidados de saúde no domicílio. Cada viatura está equipada com um computador portátil para registar dados clínicos em tempo real. Também estão “preparadas para o acondicionamento de resíduos contaminados resultantes da atividade domiciliária”, descreve a autarquia.

Viaturas elétricas destinadas às unidades de saúde de Barcelos

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Segurança Social vai regularizar dívidas aos cuidados continuados até final do mês

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

Depois de queixas de dívidas de milhares de euros, Segurança Social deixa hoje garantia de que vai regularizar dúvidas aos cuidados continuados até ao fim do mês.

A Segurança Social informou hoje que deve regularizar até final do mês os pagamentos às entidades de cuidados continuados com contrato-programa autorizado, informação divulgada depois das organizações se terem queixado de dívidas de milhares de euros.

“A Segurança Social perspetiva que os pagamentos às entidades, com contrato-programa autorizado, estejam regularizados até final de maio”, respondeu o Instituto de Segurança Social, contactado pela Lusa, depois de na quinta-feira a Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC) ter denunciado a existência de dezenas de milhares de euros em dívida da Segurança Social a diversas instituições, algumas já com dificuldade em pagar salários aos funcionários.

Em declarações à Lusa, o presidente da ANCC, José Bourdain, disse que, sobretudo aquando da renovação de contratos de três em três anos da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados com as instituições, a Segurança Social chega a atrasar [os pagamentos] seis meses”.

José Bourdain contou ainda que o aumento do valor a pagar aos cuidados continuados para 2024 “também ainda não foi pago”.

“Estamos a falar de algumas dezenas de milhares de euros no total e, nalguns casos, em organizações de maior dimensão, estamos a falar de centenas de milhares de euros em dívida”, afirmou.

Como exemplo, apontou a instituição que dirige (Cercitop, em Sintra), que tem um atraso de quatro meses por parte da Segurança Social, e a informação que recebeu da Associação para o Desenvolvimento de Figueira (Penafiel), que se queixa de dificuldades já para o pagamento de salários do mês de maio.

Na informação enviada por esta instituição à ANCC, a que a Lusa teve acesso, os responsáveis apontam “problemas na comparticipação financeira relativa ao acordo atípico da Casa Abrigo”.

Segundo o relato enviado pela instituição à Segurança Social, não só não foi regularizado “o diferencial que tinha ficado pendente relativo ao mês de março”, como “voltaram a não pagar o valor atualizado para o ano de 2024”.

“Somando os dois meses (março e maio), falamos em mais cerca de 10.500 euros que ficam em falta para com a nossa instituição e que acrescem a outras situações pendentes que o ISS tem para com a nossa instituição”, explica a AD Figueira.

Uma das respostas do ISS enviada à instituição indica que o atraso no pagamento dos valores atualizados a 2024 se deve a “um erro do sistema”, que terá ocorrido em diversos casos.

No caso desta associação, na resposta enviada à Lusa, a Segurança Social informa que “o mês de janeiro já foi pago” e que “até final de maio serão processados os pagamentos de fevereiro, março e abril”.

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Optivisão aposta em campanha focada na saúde visual. Sustentabilidade é outro pilar da estratégia de comunicação

A sustentabilidade é um eixo importante na estratégia de comunicação da Optivisão. O orçamento de marketing e comunicação para este ano é de um milhão de euros.

André Brodheim, administrador executivo, explica a estratégia da Optivisão para este ano.

A Optivisão lançou uma nova campanha, focada naquilo que é a saúde visual dos portugueses. Esta conta com um cariz “muito emocional”, segundo explica André Brodheim, administrador executivo da Optovisão, numa conversa com o +M onde aborda a estratégia de comunicação e marketing da rede de óticas para este ano, para a qual conta com um budget de um milhão de euros.

É sob o mote “Podia ser, mas eles não viram” que a campanha narra a história de personagens de diferentes idades que, por terem problemas de visão, acabam por perder momentos marcantes da sua vida.

“Nós, na Optivisão, diferenciamo-nos das restantes cadeias pelo trabalho muito focado naquilo que é a saúde visual e a importância de escolhermos as lentes, as graduações e os tratamentos certos. E a nossa campanha é muito à volta disto, em explicar a importância de ter uma boa saúde e performance visual”, diz André Brodheim.

“A ideia é ser uma campanha muito emocional. Retrata momentos da vida onde se não virmos bem, perdemos momentos importantes. São várias situações da vida de diferentes pessoas que se tivessem a acuidade visual corrigida teriam vivido aqueles momentos de uma forma muito melhor. No fundo trata-se de sensibilizar as pessoas sobre a importância que tem fazer um exame visual“, acrescenta.

A campanha marca presença em televisão, digital e out-of-home, tendo a criatividade e planeamento de meios ficado a cargo da Caetsu Two.

Após as primeiras comunicações agora divulgadas, a marca vai também comunicar em períodos definidos até ao final do ano, nos quais vai lançar outras histórias, com uma forte aposta no digital e redes sociais, mas também no offline, “sempre com uma visão de 360º e de omnicalidade”, diz o administrador executivo da Optivisão.

A sustentabilidade enquanto pilar na estratégia de comunicação. Objetivo é retirar plástico dos oceanos

Outro dos eixos em que assenta a estratégia de comunicação da Optivisão passa pela sustentabilidade, com a marca a querer ajudar a “mudar mentalidades” sobre um tema “tão importante como é o mar e a sua limpeza”. Até porque “there is no green without blue“, refere André Brodheim, acrescentando que se fala muito da pegada verde mas que “a pegada azul também é muito importante”.

Para atingir este objetivo, a Optivisão apresentou recentemente ao mercado a Sea2See, marca de óculos feita a 100% com plástico retirado do fundo do mar, e que vem precisamente responder ao desafio de “encontrar uma missão de sustentabilidade para abraçar e que também fizesse sentido para o país”.

A apresentação desta marca ao mercado português foi possível através do trabalho que a organização Sea2See tem desenvolvido na costa africana, com a retirada de redes de pesca do fundo do mar, as quais podem ter até 30 ou 40 kms de extensão. O plástico das redes de pesca retirado é depois transformado numa matéria que é encaminhada para uma fábrica em Itália, onde são produzidos estes óculos, explica o administrador executivo da Optovisão em Portugal.

No entanto, a Optivisão queria criar algo para o território português, pelo que optou pela criação de uma “tríade” entre si, a Sea2See e a Sea Shepherd, ONG internacional que também apanha plástico do fundo do mar e que tem uma filial em Portugal, com sede em Setúbal.

François Van Abeele, CEO e fundador da Sea2See, André Brodheim, administrador executivo da Optivisão, e Pedro Finamore, da Sea Sheperd Portugal.

A Optivisão vai assim desenvolver ações de comunicação para dar a conhecer a Sea Shepherd Portugal e figurar como “veículo de venda” para gerar valor para esta organização. “Vamos ser o centro desta tríade para que que consigamos dar oportunidade aos consumidores de também eles ajudarem na limpeza da costa nacional de uma forma fácil: através da aquisição de uns óculos para verem melhor e terem melhor qualidade de vida”, explica o responsável.

Estes óculos, feitos com plástico retirado do fundo do mar, estão disponíveis em todas as cerca de 280 lojas da Optivisão do país, sendo que o objetivo passa pela venda de cinco mil pares anualmente em Portugal, no que se traduz em cerca de 600 mil euros de vendas ao público. A totalidade dos lucros gerados com a venda destes óculos vai ser canalizada para a melhoria da estrutura da Sea Shepherd, garante André Brodheim.

A previsão da Optivisão é de que consiga triplicar o número de toneladas de plástico retiradas do mar pela Sea Shepherd, algo que se faz com ações de limpeza de praias, mas também através da aquisição de barcos e de máquinas para que se possa desembrulhar as redes de pesca, para que estas sejam trabalháveis.

Estes números, no entanto, “podem ser totalmente diferentes” dependendo da “envolvência do público em geral com o projeto”, sublinha André Brodheim. “Toda a margem que conseguirmos canalizar desta marca vai ser o nosso investimento total neste projeto, e portanto o céu é o limite. Os consumidores é que vão definir qual é o orçamento”, acrescenta.

“Acreditamos muito que todos têm de ajudar um bocadinho o planeta, e esta é de facto a maneira mais fácil que encontrámos para disponibilizar ao consumidor a hipótese de ajudar”, diz ainda André Brodheim, acrescentando que cada par de óculos vendido vai equivaler a um quilo de plástico retirado do mar da costa nacional.

“Portanto estamos a falar de cinco mil quilos de plástico retirados anualmente do mar, no mínimo. Nós vamos querer retirar muito mais. Não temos nenhum objetivo ou número certo delineado, pois de facto temos de perceber o primeiro impacto das vendas deste produto para depois delinearmos a nossa estratégia quantitativa”, refere o administrador executivo.

Acreditamos que estamos no caminho certo, temos um posicionamento muito claro, não estamos muito alinhados com aquilo que nós vemos no mercado em termos de comunicação e de formato de trabalho. Tentamos distinguir-nos e sermos a rede de óticas mais virada para a saúde visual e não tanto do uso de óculos como commodity e acessório de moda

André Brodheim

Administrador executivo da Optivisão Portugal

A Optivisão lançou também este mês um novo website com o objetivo de “aumentar a proximidade e nível de informação”, com um editorial com conteúdos focados em saúde visual e tendências, um localizador de lojas e a possibilidade de agendamento de exames.

Queremos dar cada vez mais informação aos nossos clientes para que possam fazer a compra mais informada possível. Mais do que uma importantíssima ferramenta de localização de lojas ou de marcação de consumo, o nosso site é também uma base com muita informação técnica, escrita de forma muito ligeira, para que o consumidor possa perceber cada vez melhor aquilo que é um par de lentes e as suas potencialidades, a refração, os efeitos refrativos, o que é a miopia, o estigmatismo ou a hipermetropia”, explica André Brodheim.

No âmbito da sua estratégia de comunicação, a marca vai também promover rastreios nas escolas. “Nós somos de facto uma rede de ótica que está preocupada com a falta de visibilidade que esta área tem. Devia estar no plano nacional de saúde, devia haver obrigatoriedade das crianças até aos três anos terem que fazer um exame visual. Muitas crianças têm problemas na escola porque vêm mal. Muitos acidentes de carro acontecem também por causa de problemas de visão”, defende o responsável.

Acreditamos que estamos no caminho certo, temos um posicionamento muito claro, não estamos muito alinhados com aquilo que nós vemos no mercado em termos de comunicação e de formato de trabalho. Tentamos distinguir-nos e sermos a rede de óticas mais virada para a parte mais relacionada com a saúde visual, e não tanto do uso de óculos como commodity e acessório de moda“, conclui.

O grupo Brodheim, desde que integrou a Optivisão em 2016, tem vindo sempre a crescer (com exceção de 2020), sendo o segundo maior player do mercado em termos de faturação, atrás da MultiOpticas, segundo André Brodheim.

Estamos à volta de 10 milhões de euros abaixo a nível da faturação do primeiro lugar. A MultiOpticas fatura à volta de 100 e nós de 90 milhões, mas temos vindo sempre a crescer. No ano passado crescemos 5%, e os anos anteriores tinham sido de crescimentos ainda maiores”, explica o administrador executivo.

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Plataformas TVDE já renderam ao Estado quase 19 milhões em cinco anos

  • ECO
  • 24 Maio 2024

Só no ano passado, a contribuição paga por cada viagem realizada valeu 7,66 milhões de euros aos cofres do Estado, o número mais alto desde novembro de 2018.

O Estado já arrecadou quase 19 milhões de euros com o negócio dos carros de transporte de passageiros em veículos descaracterizado (TVDE), que soma mais de 68 mil motoristas e 17 mil empresas a operar. Desde que o setor foi legalizado em 2018, as contribuições pagas pelas plataformas mais que triplicaram, avança oJornal de Notícias (acesso pago). O Governo já garantiu que vai rever as regras das plataformas digitais.

Só no ano passado, a contribuição paga por cada viagem realizada valeu 7,66 milhões de euros ao Estado, o número mais alto desde novembro de 2018, de acordo com a informação avançada ao mesmo jornal pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Em 2022, a contribuição rendeu 3,80 milhões e, mesmo durante os anos da pandemia, o Estado faturou 2,8 milhões em 2021 e 2,18 em 2020, o que representa valores superiores aos de 2019 que rendeu 1,98 milhões aos cofres do Estado.

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PS contra novo IRS Jovem por beneficiar mais os salários mais altos

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

Miguel Costa Matos, vice-presidente da bancada socialista, diz que o PS votará contra o novo IRS Jovem se o Governo recusar mudar a proposta para diminuir desequilíbrios.

O secretário-geral da Juventude Socialista (JS), Miguel Costa Matos, afirmou esta sexta-feira que o PS vai opor-se ao IRS Jovem anunciado pelo Governo caso a proposta não seja alterada e acusou o Executivo de pretender enganar a juventude em vésperas de eleições europeias.

Estas posições foram transmitidas pelo também vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS numa conferência de imprensa em que reagiu às medidas que o Governo aprovou na quinta-feira para os jovens em Conselho de Ministros.

Perante os jornalistas, Miguel Costa Matos garantiu que o PS terá uma atuação “construtiva” em relação às propostas do Governo, mas acusou o executivo PSD/CDS-PP “de plágio legislativo” e de adotar medidas ou com “reduzido alcance” ou que beneficiam mais os jovens com mais elevados rendimentos.

“Em vésperas eleitorais, este é um programa que pretende enganar os portugueses, sobretudo enganar os jovens”, considerou o líder dos jovens socialistas.

De todas as medidas que na quinta-feira foram anunciadas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, Miguel Costa Matos insurgiu-se, sobretudo, contra a filosofia inerente ao novo IRS Jovem e à isenção parcial de IMT e imposto de selo.

“O IRS Jovem criado pelo PS beneficiava todos de forma igual. O Governo atual da Aliança Democrática (AD) beneficia mais os que mais têm. Os jovens que recebem até mil euros por mês (que são dois terços do total) vão apenas beneficiar em 55 euros por mês. Mas um jovem que recebe cinco mil euros (que está no oitavo escalão) vai beneficiar em mil euros por mês. É esta a grande distorção”, apontou o secretário-geral da JS.

Em relação ao IMT (Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) e ao Imposto do Selo, o dirigente socialista defendeu que poucos jovens serão beneficiados pela isenção parcial.

Não podemos apoiar uma extensão do IRS Jovem que é tão desequilibrada a favor daqueles que têm rendimentos mais elevados.

Miguel Costa Matos

Secretário-geral da Juventude Socialista

Interrogado sobre o sentido de voto que o PS deverá adotar no parlamento face a estes diplomas do Governo destinados aos mais jovens, Miguel Costa Matos afirmou que a bancada do PS, ao longo destes últimos meses, tem procurado melhorar as medidas, caso da proposta inicial de redução de IRS proveniente do executivo PSD/CDS-PP e que se encontra atualmente em discussão em sede de especialidade.

“Seremos construtivos para melhorar as medidas apresentadas e fazer com que cheguem a mais jovens. Mas não podemos apoiar uma extensão do IRS Jovem que é tão desequilibrada a favor daqueles que têm rendimentos mais elevados”, advertiu.

Pela parte do PS, segundo Miguel Costa Matos, há disponibilidade para estender o alcance do IRS Jovem, “mas uma coisa é certa: medidas simbólicas para quem tem rendimentos médios e borlas fiscais chorudas para quem tem elevados rendimentos, para isso não contem com o PS, porque esse dinheiro faz falta ao Serviço Nacional de Saúde, à escola pública é à construção de residências” para estudantes, argumentou.

PS censura “plágio legislativo” pelo Governo

Na conferência de imprensa, o secretário-geral da JS acusou o Governo de ter procedido a “um plágio legislativo”, lembrando então que “ainda na quarta-feira, no Parlamento, o PS conseguiu aprovar um projeto para o alargamento aos não bolseiros dos apoios destinados ao alojamento”.

“A diferença é que a medida do Governo vai apenas chegar às famílias que ganhem até 1.020 euros, enquanto a do PS chega às que ganham até 2.800 euros, o sexto escalão do IRS. O apoio ao alojamento previsto pelo Governo é de apenas metade, enquanto o PS cobre o valor total. Estamos perante um mau plágio”, disse.

Ainda de acordo com o líder da JS, o Governo PSD/CDS-PP plagiou com a medida de disponibilização das pousadas da juventude para o apoio ao alojamento e no que se refere à disponibilização de distribuição de produtos de higiene menstrual. “Já está em vigor em vários concelhos”, assegurou.

Miguel Costa Matos acusou ainda o Executivo de ter anunciado medidas de curto alcance como o reforço do alojamento estudantil, “com um programa que não ultrapassará as 500 camas novas, ou a do “cheque psicólogo” para um total cerca de 100 mil consultas.

“Se pensarmos em duas consultas por ano, então conclui-se que apenas chegará a um em cada dez dos estudantes do Ensino Superior. O Governo do PS tinha um programa com 14 milhões de euros e com um alcance muito superior em termos saúde mental”, acrescentou.

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Investimento direto estrangeiro encolheu no primeiro trimestre, mas aposta no imobiliário continua a aumentar

O stock de investimento direto estrangeiro baixou 1,1 mil milhões de euros em relação ao final de 2023, para 179,3 mil milhões de euros, no final do primeiro trimestre.

As transações de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Portugal atingiram mil milhões de euros, no primeiro trimestre. Mais de metade deste valor foi investido no setor imobiliário, mostram os dados divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal.

“No primeiro trimestre de 2024, as transações de IDE totalizaram mil milhões de euros, dos quais 0,6 mil milhões estavam associados a investimento imobiliário“, revela o Banco de Portugal, acrescentando que foram os países europeus que mais investiram em Portugal neste período.

Os dados do Banco de Portugal mostram que cerca de metade das transações de investimento direto estrangeiro, 544 milhões de euros, foram realizadas por investidores europeus. A América foi responsável por 159,3 milhões de euros do investimento direto estrangeiro, no primeiro trimestre.

O stock de Investimento Direto Estrangeiro em Portugal era de 179,3 mil milhões de euros, no final do primeiro trimestre, o que revela uma quebra de 1,1 mil milhões de euros em relação ao final de 2023.

Apesar do imobiliário ter captado cerca de 60% do valor das transações de investimento direto estrangeiro no primeiro trimestre, em termos de stock, os setores de atividade económica das “Outras atividades” e “Indústrias, eletricidade, gás e água” continuaram a ser os que mais investimento direto atraíam, representando, respetivamente, 39% e 14% do stock de IDE em Portugal, no final do primeiro trimestre.

Mais investimento de Portugal no exterior

Já as transações de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) totalizaram 1,8 mil milhões de euros, dos quais 1,6 mil milhões foram canalizados para países europeus.

O stock de IPE era de 65,4 mil milhões de euros, no final do primeiro trimestre do ano. “Verificou-se um aumento do stock de IPE em mil milhões de euros relativamente ao mesmo período, justificado, essencialmente, por transações de 1,8 mil milhões de euros“, explica o Banco de Portugal

“Desde 2008 que ambos os stocks têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o primeiro trimestre de 2024, enquanto o IPE cresceu 25%. Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 21 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se 5 pontos percentuais”, calcula o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 12:05)

 

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Euribor a seis meses volta a cair para novo mínimo de 11 meses

  • Lusa
  • 24 Maio 2024

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses para um novo mínimo desde 13 de junho do ano passado.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses para um novo mínimo desde 13 de junho do ano passado. Com as alterações desta sexta-feira, a Euribor a três meses, que avançou para 3,808%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,780%) e da taxa a 12 meses (3,729%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, desceu esta sexta-feira para 3,780%, menos 0,003 pontos e um novo mínimo desde 13 de junho do ano passado, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou esta sexta-feira para 3,729%, mais 0,027 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,808%, mais 0,007 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária, em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Avaliação bancária das casas sobe pelo quinto mês para novo máximo

Desde dezembro que a avaliação bancária das casas está a crescer interruptamente, fechando em abril no valor mais elevado de sempre de 1.596 euros o metro quadrado.

Em abril de 2024, a avaliação bancária da habitação em Portugal continuou a demonstrar um crescimento significativo, refletindo a resiliência e a dinâmica do mercado imobiliário nacional.

O valor mediano da avaliação bancária na habitação foi de 1.596 euros por metro quadrado (euros/m²), representando um aumento de 16 euros (1%) face a março, o valor mais elevado de sempre. Segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituo Nacional de Estatística (INE), há cinco meses seguidos que a avaliação bancária está a aumentar ininterruptamente.

Em termos homólogos, avaliação bancária das casas registou um incremento de 7,04%, traduzindo assim o maior aumento desde novembro de 2023. Os apartamentos registaram um valor mediano de 1.769 euros/m², um aumento de 6,1% comparativamente a abril de 2023. No que diz respeito às moradias, o valor mediano da avaliação foi de 1.248 euros/m², um acréscimo de 9,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

No mercado de apartamentos, as regiões que apresentaram os valores mais elevados foram a Grande Lisboa (2.338 euros/m²) e o Algarve (2.092 euros/m²), enquanto o Centro registou o valor mais baixo (1.215 euros/m²). A Região Autónoma da Madeira destacou-se com o crescimento homólogo mais expressivo de 19,5%, contrastando com o Algarve, que registou um aumento de apenas 1,2%.

A Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação substancialmente superiores à mediana do país.

No mercado das moradias a tendência não é muito diferente. Novamente, a Grande Lisboa (2.289 euros/m²) e o Algarve (2.185 euros/m²) lideraram nos valores mais elevados, enquanto o Centro (963 euros/m²) e o Alentejo (1.052 euros/m²) apresentaram os valores mais baixos. A Madeira também mostrou um crescimento notável de 16,7%, com o Algarve a apresentar o menor aumento homólogo de 3%.

A análise do INE revela que a Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação substancialmente superiores à mediana do país. Em contraste, regiões como Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela, e Alto Tâmega e Barroso registaram valores significativamente inferiores à mediana nacional.

Destaque ainda para o número de avaliações bancárias realizadas em abril de 2024 pelo INE, que foi de aproximadamente de 31.868, um crescimento de 49,9% em relação ao período homólogo. “Esta variação reflete essencialmente o menor número de avaliações realizadas em abril de 2023, mês em que registou uma redução homóloga de 34,3%”, refere o comunicado do INE. Comparativamente com março de 2024, houve um aumento de 4,4% no número de avaliações realizadas, sublinhando a contínua recuperação e confiança no mercado imobiliário.

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Portugal tem mais pessoas a trabalhar em tecnologia, mas ainda está abaixo da média da UE

Há quase dez milhões de pessoas a trabalhar no setor tecnológico na União Europeia, o equivalente a 4,8% do total do emprego. Em Portugal, 4,5% dos trabalhadores desempenham funções nessa área.

O número de pessoas que trabalham no setor das tecnologias de informação e comunicação (TIC) voltou a aumentar no Velho Continente, no último ano. Já há quase dez milhões de trabalhadores dedicados a essa área de atividade, o equivalente a 4,8% do emprego total na União Europeia. Em Portugal, a fatia de trabalhadores que exercem funções no setor tecnológico também engordou, mas continua abaixo da média comunitária, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

“Em 2023, 9,8 milhões de pessoas trabalharam como especialistas de TIC na União Europeia, o que representa 4,8% do total do emprego. Nos últimos anos, tem havido uma tendência de crescimento dos especialistas de TIC, sendo que o número de pessoas a trabalhar nessa área subiu 1,5 pontos percentuais desde 2013 e 0,2 pontos percentuais face a 2022“, avança o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Entre os vários países que compõem o bloco comunitário, foi a Suécia que se destacou como o Estado-membro com mais trabalhadores dedicados ao setor tecnológico (9,8%) em 2023. A completar o pódio aparecem o Luxemburgo (8,0%) e a Finlândia (7,6%).

Já do outro lado da tabela, a Grécia é o país europeu onde a percentagem de empregados nas TIC é mais magra (2,4%). Na base do ranking estão também a Roménia (2,6%) e a Eslovénia (3,8%).

Em Portugal, no último ano, 4,5% dos trabalhadores exerceram funções como especialistas de TIC. Esse valor representa um aumento de 0,2 pontos percentuais face a 2022, mas continua abaixo da média da União Europeia. Há 14 países que saem melhor na fotografia do que Portugal, como mostra o gráfico abaixo.

Mas há um ponto em que Portugal consegue superar a média comunitária: no peso das mulheres no emprego tecnológico: 20% dos especialistas em TIC são do género feminino, acima dos 19,4% registados no conjunto da União Europeia.

No entanto, enquanto a média europeia de mulheres na tecnologia aumentou entre 2022 e 2023 (0,5 pontos percentuais), em Portugal houve um recuo (0,3 pontos percentuais).

Entre os vários Estados-membros, a Bulgária (29,1%), a Estónia (26,8%) e a Roménia (26,0%) destacam-se como países onde as mulheres mais pesam no setor tecnológico. Já a República Checa (12,4%), Malta (13,8%), a Hungria e Itália (ambos com 15,7%) aparecem nos lugares opostos da tabela.

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Taylor Swift faz disparar em 70% preço das reservas de alojamento local em Lisboa

Preço médio por noite ultrapassou os 200 euros entre os dias 24 a 26 de maio e a taxa de ocupação ronda os 90%. Turistas norte-americanos e ingleses foram os que mais reservaram AL.

Os concertos da cantora norte-americana Taylor Swift em Lisboa, agendados para esta sexta-feira e sábado no Estádio da Luz, fizeram disparar em cerca de 70% o preço por noite nas unidade de alojamento local, com o preço médio a ultrapassar os 200 euros por dormida, avança a GuestReady, empresa que atua neste setor.

“Apesar de a duração média das estadias continuar a ser semelhante ao habitual para este ano, e sendo Lisboa uma cidade com enorme procura internacional o ano todo, assistimos agora a um fim de semana de interesse redobrado graças a este evento, que está a provocar resultados recorde com um aumento da procura muito superior ao normal,” afirma Rui Silva, diretor-geral da GuestReady em Portugal, citado em comunicado.

Assistimos agora a um fim de semana de interesse redobrado graças a este evento, que está a provocar resultados recorde com um aumento da procura muito superior ao normal.

Rui Silva

Diretor geral da GuestReady em Portugal

Apesar do aumento dos preços, a taxa de ocupação já supera os 90%, mantendo-se estável face ao habitualmente registado nos meses de aproximação do verão. Neste fim de semana, entre os hóspedes que mais reservaram estadias em Lisboa, destacam-se norte-americanos e ingleses, ficando em média cinco noites, por contraste com os anos anteriores (2023 e 2022), nos quais a maioria de hóspedes franceses e até portugueses reservava estadias médias de quatro noites.

A empresa explica que o “drástico aumento de preços, além de refletir o efeito esta procura excessiva, também é influenciado pela inflação na economia nacional – e no AL este aumento é empurrado pelo acréscimo dos custos associados à atividade, refletindo-se depois no valor cobrado por noite pelos operadores”.

“O mercado reage muito rapidamente às flutuações de procura e eventos desta relevância têm um efeito imediato na procura e nos preços, tornando-os em períodos lucrativos para os proprietários. No entanto, a constante subida do valor das reservas ao longo dos últimos anos tem vindo a acompanhar o aumento dos custos de manutenção e gestão das unidades de AL, fruto do contexto económico em que vivemos”, acrescenta Rui Silva.

Estes dois concertos esgotados marcam a estreia da cantora norte-americana Taylor Swift em Portugal no âmbito da ‘The Eras Tour’. Taylor Swift é conhecida internacionalmente pela música, mas o “seu valor” vai para lá do musical, com um património líquido avaliado em 740 milhões de dólares.

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